Laerte Braga
O
cidadão comum pode ser abordado na rua – o que é ilegal – e revistado
de forma brutal e violenta por um PM, ou uma guarnição de PMs, quando a
Constituição determina que esse tipo de procedimento só para justificar
prisão em flagrante e cumprir mandado de prisão.
Nos
termos da lei o cidadão pode ser encaminhado a uma delegacia de Policia
Civil, apresentado a um delegado e se for o caso lavrado o flagrante ou
cumprido o mandado.
Não é que acontece
Nos
debates da atual Constituição o lobby da PM queria incluir um
dispositivo que permitisse a legalização do crime, cabendo a ela a
condução do flagrante, do preso por mandado ou a realização de inquérito
policial. Tiveram bom senso os deputados e senadores e essa pretensão
não foi aprovada.
Na prática era o fim da
Polícia Civil, hoje sucateada e deixada de lado pelos governos
estaduais, pois a repressão a trabalhadores se faz com PMs e não com
policiais civis, em menor número.
Em tese a PM faz o policiamento preventivo e a Polícia Civil cuida dos procedimentos como o inquérito se for o caso.
Há
tempos um juiz reclamou com um delegado que a PM entregava os presos
moídos de pancada e isso só os favorecia no julgamento, já que o
depoimento prestado à autoridade policial pode ser desconsiderado sob
alegação de tortura diante da autoridades juidiciária.
PM
é um câncer que se agravou e se espalhou por todo o organismo policial e
repressor do País desde a ditadura militar. Vivem o tempo da ditadura
quando os militares entenderam que era preciso a presença de
profissionais nos interrogatórios com tortura, estupro, achaque,
assassinato, etc,, pois não tinha a prática necessária, que só veio mais
tarde na Operação Condor com Dan Mitrione, agente norte-americano e
professor de boçalidade.
A Operação Condor
agregou as PMs, que eram comandadas por militares do Exército (exceto a
de MG), os “peritos” e barbárie da Polícia Civil, como Sérgio Fleury, o
delegado Romeu Tuma (o que via mas não punha a mão), além de militares
das três forças treinados para esse fim, caso do coronel Brilhante
Ulstra, atual colunista do jornal FOLHA DE SÃO PAULO.
O
nível intelectual de um PM é semelhante ao de uma ameba, não importa a
patente. É o “teje preso”, “encosta aí e não dá um pio” e vai por aí
afora.
É o que tem sido visto nas manifestações
que acontecem no Brasil inteiro nessas últimas semanas. Provocadas pelo
fracasso do governo Dilma, são incentivadas pelos seus adversários. Um
PM consegue a proeza de carregar 20 coquetéis Molotov em sua mochila,
infiltrado entre os que protestam. Foi identificado e a GLOBO não fala
nada e nem vai falar.
Mulheres são molestadas
nas revistas, ou estupradas, como aconteceu em Pinheirinhos, em São
Paulo, a estupidez é parte da vida, parte intrínseca e extrínseca da
vida de um PM. O tal “meganha”.
Aí soma-se a
mídia podre do País, exemplo maior o grupo GLOBO e o jornal o GLOBO, em
suas costumeiras mentiras e seu acadêmico de fancaria, o tal Merval,
publica na edição de quinta, 25, que uma professora fora presa por
atirar pedras contra policiais. A moça fugia da confusão, é uma graduada
professora de uma Universidade e na confusão mental que povoa os PMs
foi presa por um delito, registrado no boletim apenas desacato.
Desacato a quem? A um tenente PM? Tenente PM não sabe a tabuada.
O
repórter Antônio Werneck assinou matéria mentirosa em que dizia que
“agente da ABIN foi preso em protesto”. Tratava-se do geógrafo e agente
da ABIN (AGÊNCIA BRASILEIRA DE INFORMAÇÕES) Pouchaim Matela e sua mulher
a professora Carla Hirt. O marido não estava com a professora, foi à
delegacia e foi informado que a prisão da mulher se dera por desacato e
“agressão” a uma ameba, quer dizer um tenente PM.
Dificil
não é? Havia levado bala de borracha e estava ferida. Uma tentativa do
governo Sérgio Cabral de incriminar o governo federal na repressão de
seus pistoleiros, os que cercam sua casa e provavelmente cercam a casa
ilegal de Luciano Huck, legalizada por sua mulher (advogada).
Formação
e quadrilhas e atirar pedras numa agência bancária. O tal tenente, ou
ameba, a mesma coisa, tem visão de raio X, devem ter importado o
Superman diretamente das telas ou dos quadrinhos. Foi presa numa rua e a
PM notificou outra. Deve ter tido dificuldade em escrever um dos nomes
aí optou pelo mais fácil.
A vitima, Carla Hirt,
deu entrada no Ministério Público contra a agressão. A notícia só foi
divulgada uma semana depois, quando aumentou a pressão sobre Cabral e no
prédio mora a fonte da informação, o ex-deputado Marcelo Itagiba, do
PSDB. É ligado às milícias no Rio e foi citado na CPI sobre essas
quadrilhas. Por que o repórter foi direto ao ex-deputado?sobre a
ocorrência na delegacia do Leblon? E por que Antônio Werneck não revelou
a fonte da sua mentirosa matéria e fez questão de contatar o
ex-deputado? Ele é fonte de O Globo?
Veja o que
escreveu o notável jornalista Mário Augusto Jakobskind sobre o assunto,
foi dele a matéria denúncia, a propósito do O GLOBO
“Como
Igor Matela havia mandado uma carta ao jornal O Globo negando o
desacato e informando que ele e Carla Hirt eram alunos do Instituto de
Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio
de Janeiro, o repórter Antônio Werneck procurou o professor Carlos
Wainer, titular do referido instituto, perguntando se “o senhor gostaria
de comentar o caso?” e se ”conhecia o casal?”.
Vainer respondeu, mas o que disse não foi divulgado pelo jornal:
Carla
é geógrafa, professora, brilhante estudante de doutorado em
Planejamento Urbano e Regional. Digna e íntegra, como os milhões de
jovens que têm ido às ruas manifestar sua inconformidade com a situação
do país. Orgulho-me de ser seu professor. No Rio de Janeiro, o direito
de manifestação vem sendo violado por uma polícia inepta, brutal e, como
agora se sabe, capaz de forjar autuações fraudulentas para criminalizar
manifestantes. Sob pretexto de manter a ordem, a polícia instaura o
terror a cada nova manifestação pública. É necessário investigar e punir
policiais e autoridades que promovem ou acobertam essas violências.
Ouvir a mensagem das ruas, recomendou a Presidente Dilma. Querem, no
entanto, calá-la.
Igor Matela garante também que em momento algum deu uma carteirada como agente da ABIN, como insinua O Globo.
Ao ser enquadrado, a delegada naquele momento, Flávia Monteiro, pediu
seus documentos e que revelasse a profissão. Mostrou então a carteira de
motorista e disse ser funcionário público. A delegada insistiu
perguntando em que repartição, mencionando então a ABIN. Igor ingressou
na ABIN por concurso.
Em suma, como tem acontecido nos últimos tempos, O Globo
deu mais uma prova de baixo jornalismo, que precisa ser denunciado em
todos os fóruns, sobretudo nas escolas de comunicação onde são formados
os futuros repórteres que ocuparão as redações”.
PM não é Polícia é a quadrilha dos opressores.
*GilsonSampaio