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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, agosto 12, 2013

Um trabalhador morre por dia em acidente de trabalho no estado de São Paulo

 


Radioagência NP

Segundo Secretaria Estadual da Saúde, em 2012, foram registradas 444 mortes. Entre as causas mais frequentes de acidentes estão maquinário velho e desprotegido, ritmo acelerado, assédio moral, cobrança exagerada.

Uma pessoa morre por dia, em média, no Estado de São Paulo vítima de acidentes de trabalho. Em 2012, foram registradas 444 mortes no estado. Os dados fazem parte do levantamento divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde, baseado nas notificações feitas pelos municípios paulistas. 
 
Desde 2006, foram registradas 2.239 mortes por acidentes de trabalho no estado. No mesmo período, 119.088 trabalhadores receberam atendimentos ambulatoriais e emergenciais pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Acidentes de trabalho podem ser evitados com o controle dos ambientes e das condições oferecidas aos trabalhadores. Por isso, é muito importante o uso adequado e contínuo dos equipamentos de proteção.

No Brasil, cerca de 700 mil casos de acidentes de trabalho são registrados em média todos os anos, sem contar os casos não notificados oficialmente, de acordo com o Ministério da Previdência. O País gasta cerca de R$ 70 bilhões para esse tipo de acidente anualmente.

Entre as causas mais frequentes de acidentes estão maquinário velho e desprotegido, tecnologia ultrapassada, mobiliário inadequado, ritmo acelerado, assédio moral, cobrança exagerada e desrespeito a diversos direitos.

Nota do Blog: O que vai bem aqui no estado de São Paulo, fora a conta bancária dos tukkkanus?  
*Cappacete

Dez anos sem roberto marinho e o choro de Bonner





O companheiro  Roberto Marinho
O companheiro roberto marinho
Então são dez anos sem o Doutor Roberto Marinho, um homem nas próprias palavras “condenado ao êxito”, completados agora em agosto.
Lembremos sua jornada quase centenária sobre esta terra, contritos, e agradeçamos a ele por:
1)   conspirar contra um governo democrático e abrir as portas para uma ditadura militar que matou, perseguiu e fez do Brasil um campeão mundial de desigualdade;
2)   fazer um pacto com essa ditadura pelo qual em troca de receber uma rede de tevê a apoiaria incondicionalmente;
3)  ocupar o Estado brasileiro, de tal forma que sucessivos governos o brindaram com empréstimos multimilionários a juros maternos ou pagáveis, eventualmente, até com anúncios;
4)  ocupar também o legislativo nacional, de maneira que quando o Brasil se abriu à concorrência internacional a Globo permaneceu protegida por uma reserva de mercado que contraria o capitalismo de que nosso companheiro tanto falava;
5)   criar, na captação de publicidade, uma propina chamada “BV”, pela qual a Globo mantém até hoje acorrentadas as agências de propaganda e com a qual mesmo com audiências cada vez menores a receita da empresa continua a aumentar;
6)  levar ao estado da arte o merchandising, com o qual os brasileiros são estimulados subrepticiamente a tomar cerveja em todas as ocasiões em cenas de novela pelas quais os fabricantes de novelas pagam um dinheiro muito além da propaganda normal;
7)   montar uma programação à base de novelas que ao longo do tempo tanto ajudaram a entorpecer a alma e o espírito crítico de tantos brasileiros;
8)   abduzir o judiciário nacional com relações promíscuas, com as quais a emissora pôde montar um esquema bilionário de sonegação sem risco de pagar por isso;
9)  manter por tantos anos João Havelange e Ricardo Teixeira na CBF por causa das relações especiais, e com isso conseguir coisas como o pior horário de futebol do mundo, ainda hoje mantido por causa da novela;
10)  criar uma cultura de jornalismo da qual derivariam, ao longo do tempo, figuras como Amaral Neto, Alberico Souza Cruz, Merval Pereira, Ali Kamel, William Wack e Arnaldo Jabor.
Por tudo isso, e muito mais, como Galvão e Faustão, Huck e Ana Maria Braga, Saia Justa e Manhattan Connection, Proconsult e Diretas Já,  BBB e Jô Soares, nós lembramos o legado do companheiro Roberto Marinho e lhe rendemos graças.
Paulo Nogueira No DCM

*Saraiva

Luiz Fernando Veríssimo: a grande imprensa brasileira é conservadora, tem os seus interesses, protege o PSDB e mostra antipatia pelo PT e por Lula

 

*opensadordaaldeia

“Não somos gays e essa não é uma briga de minoria”, diz jovem que dançou hit para Feliciano
 
bhaz

Os dois passageiros que dançaram o hit Robocop Gay para o deputado federal Marco Feliciano (PSC) e viraram notícia nos principais portais do país neste sábado (10) são heterossexuais, ao contrário do que afirmou o pastor em seu perfil no Twitter. A reportagem do Bhaz conversou em primeira mão com os editores de vídeo Eric Corazza e Conrado Ribeiro, que têm 26 anos. Eles contaram que decidiram fazer o protesto após perceberem que muitas pessoas que estavam no voo criticavam, ainda que de maneira contida, o político.
A postagem original do vídeo, feita no perfil de Conrado, alcançou mais de 50 mil compartilhamentos em menos de 24 horas. Na gravação, ele aparece com o amigo, que já conhece há mais de 15 anos, dançando o hit dos Mamonas Assassinas no corredor do avião. Eles chegam a cantar: “Abra sua mente, gay também é gente”. Feliciano permanece em sua cadeira lendo um livro.
O deputado afirmou, por meio de seu perfil no Twitter, que foi atacado durante o voo na manhã de sexta-feira (9). Ele postou várias mensagens logo após desembarcar às 11h50 no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. “Ao decolarmos em Brasília cerca de 10 gays me constrangeram, 2 vieram a minha poltrona gritando, cantando música bizarra”, escreveu.
Eric rebate as acusações do deputado. Durante a entrevista, ele fez questão de ressaltar que não houve excessos no protesto. “Ninguém usou palavras de baixo calão ou o xingou em nenhum momento. Não somos gays e essa não é uma briga de minoria. Queríamos demonstrar que o preconceito se encontra na cabeça do Feliciano”, disse.
Os dois jovens tiveram a ideia de cantar o sucesso dos Mamonas Assassinas após vários passageiros do voo gritarem: “Fora Feliciano!”. Para Conrado, o voo foi uma oportunidade de ter certeza que o deputado ouviria que muitos discordam de suas “ideologias fundamentalistas”. ”A nossa atitude foi respaldada por muitos recém-amigos gays que estavam no avião, mas, infelizmente, não tiveram a coragem de levantar e se manifestar criativamente. Inclusive a única violência que ocorreu no ato veio por parte de um defensor do político que tentou me agredir e tomar a minha câmera”, completou Conrado.
Os amigos ainda negaram que agentes da Polícia Federal (PF) tenham feito alguma intervenção no desembarque. O pastor Roberto Marinho, que estava ao lado de Feliciano no voo, disse, por meio de seu perfil no Twitter, que as autoridades foram acionadas quando o avião pousou e os jovens só não acabaram presos porque o deputado não quis prestar queixa. A reportagem não conseguiu contato com a assessoria de imprensa do órgão durante o fim de semana para confirmar a versão.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias ainda não esclareceu o suposto motivo que o levou a não registrar o fato, apesar de se dizer vítima de um ataque. Uma empresa de comunicação que trabalha para o deputado postou no YouTube uma versão editada do vídeo com o seguinte título: “Marco Feliciano | Agredido em Voo por Ativistas Gays”. O link foi compartilhado pelo pastor em seu perfil no Twitter.
Para Eric, o deputado está distorcendo os fatos ao se posicionar como vítima de uma agressão. Os amigos garantem que apenas manifestaram o anseio de muitos diante dos embates criados pelas declarações polêmicas dadas por Feliciano nos últimos anos. “Acredito que o mundo está carente de amor e compaixão, devemos esquecer diferenças, pois são com elas que aprendemos e evoluímos”, concluiu Eric.
*Mariadapenhaneles

A legalização da maconha no Uruguai e o controle estatal


Lucas Costa
Sociólogo que coordena projeto de legalização da maconha no Uruguai defende controle estatal
LUCAS FERRAZ
O sociólogo Julio Calzada, 57, vai comandar o processo de legalização da maconha no Uruguai. Secretário-geral da Junta Nacional de Drogas, ele foi designado pelo presidente José Mujica para coordenar a (nova) política nacional sobre o tema.
"O país iniciará um processo de risco", disse à Folha. "Não há antecedentes, nenhum país fez o que estamos fazendo. Há que minimizar os riscos, mas temos pouca margem para equívocos."
No próximo mês, o Senado deve concluir votação do projeto de lei que libera o plantio e a venda de maconha no Uruguai --tudo controlado pelo Estado. Espera-se aprovação mais folgada que na Câmara, há 12 dias.
Se aprovado, o Uruguai será o primeiro país do mundo a legalizar a maconha --nos EUA, até agora dois Estados aprovaram o uso "recreativo" e, na Holanda, cuja lei é conhecida pela tolerância, permite-se fumar pequenas quantidades em cafés, mas nunca em locais públicos.
Segundo o projeto, haverá cadastro para usuários --com mais de 18 anos e residentes no país, sem levar em conta a nacionalidade--, que poderão comprar até 40 gramas da droga por mês.
O consumo já é permitido --a Constituição uruguaia reconhece os direitos individuais em relação ao corpo e à própria vida.
Entra aí a incongruência da atual situação, que será sanada com a aprovação da lei: para praticar um ato legal, o cidadão precisa recorrer a meios ilícitos.
Formado em sociologia pela Universidade da República, de Montevidéu, Julio Calzada afirma que o modelo a ser adotado no Uruguai não serve para outros países. E nem é perfeito --o secretário admite que o projeto "limita" direitos aos cadastrados.
"Há uma limitação de direitos, mas assumimos isso para mudar a política de drogas, que é fracassada. Não há alternativa a não ser o controle do Estado de todo o processo, do plantio à distribuição".
A seguir, trechos da entrevista concedida por telefone, na semana passada, em Bella Unión, no lado uruguaio da tríplice fronteira com Brasil e Argentina.
*
Folha - O Senado deve aprovar a lei no próximo mês. Como será a legalização?
Julio Calzada - Levará tempo, acho que no final deste ano ou talvez no início do próximo. Ainda estamos decidindo assuntos referentes ao cultivo e à distribuição. Não sabemos quantas associações vão cultivar a droga e quantos locais de venda o Estado terá.
Fizemos pesquisas para entender como funciona o tráfico no país, os preços cobrados etc. Estipulamos um valor com base no mercado negro. O valor médio do grama é de US$ 1, US$ 1,50 (entre R$ 2,30 e R$ 3,40). Vamos trabalhar com um valor nessa faixa. Decidimos também um montante anual que será produzido e permitido pelo Estado, 22 toneladas de maconha por ano, que é a quantidade que se consome atualmente no país.
O que explica o fato de o país ser o primeiro a regulamentar o cultivo e o acesso à droga?
O convencimento do presidente da República de que os mecanismos de controle existentes há 50 anos não davam os resultados que esperávamos. Em primeiro lugar está o aspecto da saúde pública. É preciso dar resposta aos usuários. Uma resposta que seja adequada. Os usuários são estigmatizados ou considerados cidadãos de segunda classe. Este é o ponto central.
Um segundo aspecto, não menos importante, é a incongruência de nosso país. Aqui o consumo é legal. Nossa Constituição diz que atos pessoais, privados, desde que não afetem terceiros, não podem ser proibidos pelo Estado ou pelo Poder Judiciário.
Qual a maior dificuldade para legalizar a maconha?
É um processo que carece de precedentes. Há alguns poucos casos, como a Holanda e alguns Estados dos EUA. Há um conjunto de coisas que precisamos adequar à realidade. A dificuldade é que não há antecedentes, nenhum país fez o que estamos fazendo. Há que minimizar os riscos, temos pouca margem para equívocos.
A maioria da população uruguaia é contrária. Esse cenário não cria um problema para a regulamentação da lei?
O que estamos fazendo é trabalhar com muita dedicação e profissionalismo. Mudar o paradigma é muito difícil. Mas temos estudado a experiência de alguns países com a produção de ópio, como Índia e Turquia, por exemplo. É uma experiência prévia. É preciso haver sobretudo controle, para não haver desvios.
Há um convencimento de que a melhor forma de se lutar contra o tráfico é no plano econômico. O que essa lei busca é tirar o usuário do comércio ilegal. A única forma de matar o tráfico é tirar sua sustentação econômica. Essas organizações se utilizam da estrutura das drogas para cometer outros crimes, como tráfico de armas ou de pessoas. A atual política gera mais danos que benefícios.
Há preocupação com potenciais efeitos da legalização nos vizinhos Brasil e Argentina?
Estamos atentos aos controles necessários para evitar qualquer problema. Os usuários precisam se registrar, e para isso é necessário comprovar residência no país. Só assim as pessoas poderão comprar a maconha produzida aqui. Ou terão permissão para plantar em casa.
O objetivo é controlar o que seja produzido legalmente e evitar que essa produção seja desviada para o mercado negro e para países vizinhos.
Só a lei será suficiente para impedir a entrada da droga legal no mercado negro?
Sim, haverá um sistema de licenças que permite ao Estado interferir em todo o processo. Os produtores tampouco poderão competir entre si. O mercado será fechado e completamente controlado pelo Estado.
Um cidadão recebe autorização para plantar maconha. O Estado irá na sua casa para fiscalizá-lo?
Sim, essa pessoa terá que se registrar e nos informar qual tipo de planta irá utilizar. Tudo isso será controlado, sobretudo a quantidade. Se ficar comprovado que há mais do que o especificado, a pessoa poderá responder por tráfico de drogas.
Muitos usuários dizem que o projeto fere liberdades individuais e civis, já que eles precisam se cadastrar para plantar ou comprar do Estado. O que o sr. pensa dessa afirmação?
Este é um aspecto muito discutido pelas organizações sociais. Estamos num momento de debate e mudanças na política de drogas em todo o mundo. Essa é uma maneira de controle no marco dessa nova política.
Mas, para o sr., não há desrespeito às liberdades individuais e civis?
Há, sim, uma limitação de direitos, mas assumimos isso para mudar a nossa política de drogas, que é fracassada. Não há outra alternativa a não ser o controle do Estado em todo o processo, do plantio à distribuição. A medida tem dois aspectos. O primeiro é evitar o desvio da droga. Depois, também é uma medida sanitária, para controlar a quantidade de droga consumida no país.
O sr. acredita que o modelo uruguaio poderá ser aplicado em outros países latino-americanos?
É um projeto pensado exclusivamente para o Uruguai. Não somos um modelo a ser seguido. Estamos dando uma resposta aos nossos problemas, à realidade do Uruguai. A medida está de acordo com a presença do Estado na vida do país. Vamos controlar o comércio e oferecer um programa de assistência médica e também preventivo.
Queremos que neste século haja uma política progressiva em relação às drogas. O Uruguai, por ser o primeiro país a fazer isso, certamente vai contribuir ao debate como um exemplo. Brasil e Argentina têm uma política de drogas completamente distinta da nossa. Mas, neste caso, cada país precisa modificar essa política de acordo com a realidade local.
*Nassif

domingo, agosto 11, 2013

Charge foto e frase do dia













































Dilma inaugura Aeromovel em Porto Alegre.



Conforme afirmamos nesta  nota , a  fonte da reportagem malfeita da revista Época, João Augusto Rezende Henriques, iria desmentir  declarações que foram atribuídas à ele,ficou evidente que, da maneira em que foi publicada, se fosse verdade, seria uma confissão de crimes gravíssimos praticados pelo próprio lobista.

Dito e feito. Na tarde de sábado (10), João Augusto distribuíu nota negando participação na reportagem. Eis a nota:
"Informo que não concedi entrevista à revista Época. O contato que mantive com o repórter da publicação tratava-se meramente de uma conversa informal, cujo convite partiu dele, na qual o repórter apresentou as situações descritas na reportagem. O que não significa que houve concordância com a versão do repórter.
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Quanto aos fatos mencionados pelo jornalista, não exerço, e nunca exerci, qualquer interferência nos contratos da área internacional da Petrobras. Não recebi e nunca repassei qualquer recurso para pessoas nem tampouco partidos, sejam eles PT ou PMDB.
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De fato, havia sido sondado pelo já falecido deputado Fernando Diniz para assumir um cargo na Petrobras, mas declinei do convite.
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Conheci, e conheço várias pessoas da Petrobras porque lá trabalhei durante 23 anos, tendo sido, inclusive, diretor da BR Distribuidora. Não fui responsável por demissões ou indicações para cargos na estrutura da Petrobras.
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No mais, o que expôs a publicação são ilações. João Augusto Henriques"
Diego Escosteguy, jornalista que assina a matéria, resolveu então publicar a gravação, querendo provar que não estava mentido. Foi um vexame. Só publicou alguns treichos  deixando  dúbios quando as conversas são cortadas, sem mostrar todo o contexto em que foi dita. Inclusive seria importante publicar na íntegra para entender a motivação que João Augusto teria para se autoincriminar se é que fez isso de fato. Ele achou que estava falando em "off"? E estaria usando esse "off" para detonar adversários de Aécio Neves, sem compromisso com a verdade? Diego Escosteguy esconde as informações do leitor, que são importantes, quando se trata de um denúncia sem documentos, apoiada apenas em palavras de quem o próprio Escosteguy deprecia ao tratá-lo como lobista.

Que falta faz a Mídia Ninja, que transmite ao vivo e ainda deixa tudo gravado na íntegra para qualquer internauta que queira ver. Mas esperar o quê do jornalismo da Globo? Se não manipulasse informações ao gosto dos demotucanos não seria a Globo. Que vexame.

Aliás, bateu desespero na Globo. Será só com o propinão tucano ou será também com o escândalo da sonegação da emissora? A TV deu outro vexame. Repercutiu a matéria malfeita da revista no Jornal Nacional, mesmo após ser contestada pela própria fonte. Isso sem conseguir nenhum documento, nem entrevista com João Augusto (pelo contrário, teve a negação em nota). Jornalismo decente acabaria de apurar antes sair espalhando coisas que carecem de consistência. Mas isso é a Globo. Nas eleições de 2010, o Jornal Nacional embarcou na campanha de José Serra e colocou no ar o ex-presidiário Rubney Quicoli para fazer denúncias mirabolantes contra Dilma, sem apresentar qualquer documento, testemunha ou prova.
*AmoralNato