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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, março 22, 2014

Charge foto e frase do dia

















































































 Mussolini terminou assim/



 hitler terminou assim






























































banheirosite Faxineira de banheiros receberá adicional de insalubridade

A Sexta Turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho) confirmou determinação anterior da Justiça do Trabalho e concedeu o direito ao recebimento de adicional insalubridade para uma faxineira que fazia a limpeza e coleta de lixo de banheiros de residências ocupadas por 50 empregados de uma empresa de engenharia. A decisão prevê que a trabalhadora deverá receber os valores relativos a todo o período trabalhado sem o benefício.
Segundo a sentença, quando a limpeza e a coleta de lixo são feitas em sanitários que atendem a elevado número de pessoas é devido o adicional ao trabalhador por se tratar de lixo urbano, e não lixo doméstico. Na quarta (19/3), o TST negou provimento a recurso da empresa contra a condenação.
A faxineira trabalhou para a companhia, localizada em Capivari do Sul, no Rio Grande do Sul, de agosto de 2010 a setembro de 2011 fazendo a limpeza de três alojamentos para empregados. Segundo ela, tinha contato com saponáceo, ácido muriático, detergentes e outros químicos nocivos à saúde, além de recolher o lixo e limpar banheiros, usados por 50 funcionários. Em juízo, a trabalhadora pleiteou o pagamento do adicional de insalubridade e outras verbas trabalhistas.
A empresa afirmou em contestação que as atividades da faxineira não eram insalubres, pois ela apenas limpava as residências provisórias dos empregados, atividade não classificada como lixo urbano pelo Ministério do Trabalho. A companhia pediu a aplicação da OJ 4 (Orientação Jurisprudencial  4) da SD-1 (Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais) do TST, que exclui da classificação de lixo urbano a limpeza em residências e escritórios. Em acréscimo, disse que fornecia equipamentos de proteção, como luvas, avental e botas.
Ao julgar o caso, o juízo da Vara do Trabalho de Viamão (RS) levou em consideração perícia técnica que apontou que as atividades da faxineira eram insalubres em grau médio, em razão do manuseio de produtos, e em grau máximo, por conta da higienização dos banheiros. Por isso, condenou a empresa a arcar com o adicional de insalubridade em grau máximo durante todo o período do contrato.
A empresa recorreu da decisão afirmando que a limpeza de banheiros e o recolhimento de lixo eram tarefas pontuais, mas o TRT-4 (Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região) manteve o adicional por entender que sanitários de uso coletivo oferecem risco idêntico ao dos esgotos. Para o Regional, as luvas, se fornecidas, não seriam suficientes para impedir o contato da trabalhadora com os agentes nocivos, visto que, sem a higienização necessária e a troca constante das luvas, estas acabam se tornando um foco a mais de desenvolvimento de micro-organismos lesivos à saúde do trabalhador.
Mais uma vez a empresa recorreu, mas a Sexta Turma do TST, ao negar provimento ao recurso, destacou que, no caso de limpeza e coleta de lixo de banheiros que atendem a número elevado de pessoas, incide não a OJ 4 da SDI-1, mas o Anexo 14 da Norma Regulamentadora 15 do Ministério do Trabalho e Emprego, que considera devido o pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo, por se tratar de lixo urbano, não de lixo doméstico.

Fonte: Última Instância
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Silvia Amalia Carcagnolo

    FIQUE SABENDO: JUCELINO FOI ASSASSINADO PELOS MILITARES


Com base em depoimentos, laudos e documentos, relatório aponta a cúpula militar como uma das responsáveis pela conspiração responsável pela morte do ex-presidente, porém não propõe julgamento dos assassinos.
 Segundo a história oficial, Juscelino Kubitscheck morreu devido à colisão do carro em que estava com uma carreta que vinha no sentido oposto. O acidente ocorreu na rodovia Presidente Dutra, em 22 de agosto de 1976. O relatório da Comissão da Verdade de São Paulo, no entanto, traz conclusões diferentes sobre a morte de Juscelino Kubitschek.
“Em nome da História do Brasil, da Verdade e com base em 90 indícios, evidências, provas, testemunhos, circunstâncias, contradições, controvérsias e questionamentos, todos abaixo relacionados, a Comissão Municipal da Verdade Vladimir Herzog, em atividade na Câmara Municipal de São Paulo, DECLARA o assassinato de Juscelino Kubitschek de Oliveira, vítima de conspiração, complô e atentado político na Rodovia Presidente Dutra, em 22 de agosto de 1976, e, consequentemente, considera nula a causa mortis oficial, forjada no período da ditadura militar, segundo a qual o ex Presidente da República perdeu a vida em consequência de acidente de trânsito, durante viagem de São Paulo para o Rio de Janeiro”, diz.
 A Comissão da Verdade de São Paulo pedirá ao Congresso Nacional e ao governo que modifique “história oficial”. As conclusões são de que o acidente foi, na verdade, orquestrado para esconder o assassinato do ex-presidente pelo regime militar.
 A versão defendida pela Comissão da Verdade é que o motorista do Opala onde estava JK foi baleado na cabeça. Baleado, perdeu o controle e colidiu com o caminhão. Para sustentar esta versão, há laudos no motorista e no carro e depoimentos de testemunhas do acidente.

 ___________> O ASSASSINATO

 Há laudos que apontam fragmentos de metal no crânio de Geraldo Ribeiro, motorista do ex-presidente. De acordo com o perito criminal, Alberto Carlos, em 1996, quando o corpo de Ribeiro foi exumado, havia uma lesão no crânio, mas ele foi impedido de fotografar.
 Os laudos do carro também apontam que ele foi modificado, após ser levado pela perícia, para esconder evidências do que levou ao acidente.
 O motorista do caminhão, Ademar Jahn, afirmou em seu depoimento ter visto o motorista do Opala com a cabeça caída entre o volante e a porta, o que indicaria que ele estava desacordado.
 Já o motorista de um ônibus, que foi acusado de ter causado o acidente, por supostamente fechar o carro de JK, afirma que chegaram a oferecer suborno, para ele assumir a responsabilidade da colisão.
 O relatório sobre a morte do ex-presidente começou a ser feito no começo do ano e já possui 90 itens que fortalecem a tese do assassinato pela Ditadura. Há ainda a suspeita de que o então presidente, João Figueiredo, o Serviço Nacional de Informação e a cúpula das Forças Armadas estariam envolvidos na conspiração.

 ___________> OPERAÇÃO CONDOR

 Não foi apenas JK que foi assassinado. Carlos Lacerda e João Goulart também estão na lista de figuras políticas importantes mortas pela ditadura. Os três foram figuras essenciais e fieis ao regime. Lacerda foi um dos principais propagandistas do golpe; Juscelino e Jango foram presidentes da República, ou seja, representavam diretamente o regime. Mas para a direita não basta derramar rios de dinheiro nas mãos das empreiteiras como fez JK, ou abrir mão do governo como fez Jango, e muito menos colocar os militares no poder para depois voltar-se contra eles como fez Carlos Lacerda.


THIETRE MIGUEL - RIO DE JANEIRO-RJ
Blog Justiceira de Esquerda

FHC e Cerra não querem CPI da Petrobras. Hum ...

Marcha dos insensatos: prenúncio da hegemonia petista gera desconforto em setores da sociedade

É possível evitar a hegemonia petista na política brasileira nas próximas décadas?
Sem ter bola de cristal, provavelmente não. Para o bem ou para o mal, o PT deve se tornar nas próximas décadas (não nas próximas eleições) o partido hegemônico, ou seja, o partido com o maior poder político, mas não o de total poder político.
Eugène Delacroix
Eugène Delacroix é um fantasma
E esse prenúncio de hegemonia, que é sentido por certos atores políticos, tanto de direita quanto de esquerda, está nas ruas, nas políticas públicas, na sociedade, nas pesquisas de opinião pública e no eminente desmoronamento do PSDB nas próximas eleições presidenciais se vingar a dupla Eduardo Campos (PSB) e Marina.
É por isso que surge o desespero de alguns lunáticos falando golpe comunista, marcha da família, tradição e propriedade privada. Na cabecinha miúda, os fantasmas aparecem e a vergonha desaparece. Daí a quantidade de direitista e reacionários que saíram do armário para combater homossexuais, petistas e outros seres que tendem a ganhar espaço social. Se nos anos 60 e 70 havia algum medo real de revolução, hoje não passa de alucinação.
Esse desespero faz sentido, há uma percepção social da inevitável força petista que ganha muitos admiradores à direita e perde outros à esquerda. Faz parte do processo e só mesmo uma ruptura democrática radical poderá retirar a eminente hegemonia petista, que deverá ser demandada pela própria sociedade.
Assim, falar que existe um “projeto hegemônico do PT” é redundância ideológica e discurso vazio. Isso significa apenas que setores mais conservadores da sociedade estão com medo que o PT atinja uma real presença política que o permita imprimir políticas públicas independente de negociações com os setores mais conservadores.  Afinal, é óbvio ululante que todo partido e toda a ideologia busca hegemonia.
Atualmente o PT é o partido que ganhou, mas não levou. Ou melhor, levou mas sofre quando tenta uma mudança na política pública de forma a melhorar as condições de vida para a população como um todo. E os ataques vêm de diversos setores, mas principalmente de setores que se sentem atingidos por políticas de distribuição de renda, ainda que mínimas e superficiais.

No início disse que a hegemonia petista deverá chegar para o bem e para o mal simplesmente porque não sabemos qual PT será hegemônico. A questão talvez não seja evitar a hegemonia petista, mas em saber qual hegemonia petista teremos. Talvez esta luta já esteja sendo travada dentro do próprio PT.
*http://cartacampinas.com.br/2014/03/marcha-dos-insensatos-prenuncio-da-hegemonia-petista-gera-desconforto-em-setores-da-sociedade/

 Por que a Petrobrás não é bala de prata contra Dilma


Não é a bala de prata contra Dilma
A oposição vai explorar o caso Petrobras ao máximo para ver se consegue abalar o que parece ser uma segura caminhada de Dilma rumo ao segundo mandato.

É do jogo. O PT faria o mesmo se as posições estivessem invertidas. A única diferença, aqui, é que a mídia pouparia seus amigos, se fosse o PSDB no poder.

Mas quem acredita que o caso pode ser a bala de prata contra Dilma acredita, como disse Wellington, em tudo.

Dilma balançou em junho, quando as ruas gritaram sua insatisfação. Mas em sua extrema fraqueza a oposição não conseguiu capitalizar nada.

Quase um ano depois, Dilma, como mostram as pesquisas, andou para a frente. Os candidatos da oposição, em compensação, se movimentaram como caranguejos.

O último Ibope mostra isso. Aécio, depois de implorar um papo com os brasileiros, teve um choque de realidade: ninguém está interessado em sua conversa mole.

Eduardo Campos saiu do nada, quando se declarou candidato, para chegar a menos que nada, às vésperas da campanha.

Pelos últimos resultados, será difícil ele evitar a pressão para que a cabeça de chapa do PSB seja Marina.

Uma votação vergonhosa em 2014 pode comprometer seu futuro, e ele é relativamente jovem.

Marina 2014 é menos interessante que a versão de 2010. A aura verde e moderna de então foi, em parte, substituída pela carolagem evangélica retrógrada de agora.

Fora isso, Marina continua com uma extrema dificuldade em se manifestar com clareza, e isso vai virando motivo de piada. Seu programatismo é anedótico, confrontado com o pragmatismo que ela — acertadamente — atribui ao PT.

Se havia em junho alguma expectativa de que ela poderia sair realmente forte e competitiva dos protestos, nove meses depois sabe-se que isso simplesmente não ocorreu.

Marina, para os manifestantes, é mais do mesmo.

Tudo isso considerado, é vital que o episódio da Petrobras seja cabalmente esclarecido.

O Brasil precisa, no Congresso e não só nele, de um choque de transparência.

A falta de transparência leva as informações relevantes a ficarem em poucas mãos no Congresso, e isso facilita chantagens como a promovida pelo Blocão.

É triste constatar isso, mas se os desejos dos integrantes do Blocão tivessem sido saciados, não saberíamos que a Petrobras fez uma compra tão desastrada em Pasadena, Texas.

Alguma coisa funcionou terrivelmente mal na análise do negócio, e a sociedade tem que saber, nos detalhes, o que foi.

Mas imaginar que o caso vai ressuscitar candidaturas mortas em vida, como a de Aécio e a de Campos, pertence, definitivamente, à categoria de coisas consagrada por Wellington. Quem acredita nelas acredita em tudo.

Paulo Nogueira
No DCM
*comtextolivre 

Curso para Jornalistas

O Ministério da Justiça vai realizar o curso 'Cobertura Jornalística em Ações de Segurança Pública', nos dias 28 e 29 de março.

Especialmente voltado para os profissionais de imprensa de todo Brasil, a capacitação vai tratar de procedimentos seguros em coberturas que envolvam riscos físicos.

O treinamento acontecerá na Base da Força Nacional de Segurança Pública, localizada na cidade do Gama (DF).

Para se inscrever é preciso preencher o formulário até o dia 24 de março.

Saiba mais em http://zip.net/bdmRrj