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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 20, 2014

Foguete russo-ucraniano Satanás colocará em órbita 33 satélites de uma só vez

míssil, defesa, Rússia, satélite, espaço, Ucrânia, cooperação

Um foguete russo-ucraniano RS-20 Dnepr (SS-18 Satanás, na classificação da OTAN), reconvertido para usos civis, irá pôr em órbita 33 mini-satélites de sensoriamento remoto da Terra, anunciou um representante da companhia internacional Kosmotras, operadora do lançamento.

"O lançamento é marcado para 19 de junho, às 23h11, hora de Moscou, a partir do centro de lançamentos Yasny, na região de Orenburgo. De acordo com o plano, 33 aparelhos espaciais de pequeno porte, criados na Rússia, Cazaquistão, Espanha, Arábia Saudita, Japão, Itália, Canadá, EUA, Holanda e Argentina, serão colocados em órbita sincronizada com o Sol", especificou a fonte.
O foguete transportador RS-20 Dnepr foi desenvolvido por empresas russas e ucranianas com base na reconversão de mísseis balísticos intercontinentais R-36M UTTH e R-36M2 Voevoda, sujeitos à liquidação. O veículo impulsionador é capaz de transportar até 3,7 toneladas, colocando a carga útil (uma nave espacial ou grupo de satélites) em órbitas com altitude de 300 a 900 km.

Deleite - Gabriel o Pensador Bandeira dos EUA USA

A música é do Gabriel pensador.
oram guerra
Misturados num lugar cheio de farsa e preconceito
Me diz porque essa merda de bandeira no seu peito?
O quê que cê quer dizer quando veste uma camisa
Exaltando as belas cores dos opressores que te pisam?
O quê que cê quer passar pra pessoa que olhar
Pro seu peito e num entender de que lado você tá?
Mas não precisa responder
Cê tá do lado de baixo
Você é uma fêmea no cio e o Tio Sam é o seu macho
Você é o capacho dos norte-americanos
Por isso ainda acho que existe algum engano
Porque eu não me rebaixo a passear vestido
Com a roupa do inimigo: os Estados Unidos

quinta-feira, junho 19, 2014

Por que a direita anda mais raivosa do que nunca?

Os barões das grandes corporações midiáticas perceberam que, para haver uma oposição de direita forte, é preciso uma ampla opinião pública direitista.


Charge de Vitor TeixeiraAntonio Lassance (*)


Faz tempo que as campanhas eleitorais são espetáculos dantescos, movidos por baixarias sem limites. Enquanto o Tribunal Superior Eleitoral fica muitas vezes cuidando da perfumaria, os dinossauros reinam.

Mas há algo de novo nesta campanha.

A começar do fato de que boa parte da perversidade de campanha seguia, antes, o seguinte roteiro: denúncias na imprensa, primeiro em jornais e revistas, que depois se propagavam na tevê e no rádio e, finalmente, ganhavam a rua pela ação dos cabos eleitorais.

Agora, o roteiro é: denúncias pela imprensa, mas divulgadas primeiro via internet; propagação pelas redes sociais; repetição pela tevê e pelo rádio e, por último, sua consolidação  pelo colunismo e editorialismo da imprensa tradicional.

Embora essa imprensa ainda seja, normalmente, a dona da informação, seu impacto é cada vez menos medido pela audiência do próprio meio - que anda em declínio em praticamente todos os veículos tradicionais - e mais pela sua capacidade de propagação pela internet - blogs, redes sociais e canais de vídeo, principalmente pelo Youtube. E a versão que se propaga da notícia acaba sendo tão ou mais importante do que a notícia em si.

Antes, as pesquisas de opinião calibravam os rumos das campanhas. Nesta eleição, a internet é quem tende a ditar o ritmo. As pesquisas vão servir para aferir, tardiamente, o impacto de alguns assuntos que ganharam peso na guerrilha virtual.

Antes, o trabalho de amaldiçoar pra valer os adversários políticos era feito pelos cabos eleitorais que batiam de porta em porta. Agora, os cabos eleitorais que caçam votos perambulam pelos portais de internet, pelos canais de vídeo e entram nos endereços dos eleitores pelas redes sociais.

Uma outra diferença, talvez tão decisiva quanto essa, é que a direita resolveu aparecer. Antes, o discurso da direita era de que não existia mais esse negócio de "direita x esquerda".

A direita, finalmente, saiu do armário e anda mais raivosa do que nunca. Em parte, a raiva vem do medo de que, talvez, ela tenha perdido o jeito de ganhar eleições e de influenciar os partidos.

Por outro lado, a direita imagina que a atual campanha petista está mais vulnerável que em outras épocas. A raiva é explicada, nesse aspecto, pelo espírito de "é agora ou nunca".

Os bombardeios midiáticos raivosos têm assumido feições mais pronunciadamente ideológicas.

Ao contrário de outras eleições, os ataques têm não só mentiras, xingamentos e destemperos verbais de todos os tipos. Têm uma cara de pensamento de direita.
 
Querem não apenas desbancar adversários. Querem demarcar um campo.

Não é só raiva contra um partido. É ódio de classe contra tudo e contra todos os que se beneficiam (e nem tanto quanto deveriam) de algumas das políticas governamentais.

É ódio contra sindicatos de trabalhadores, organizações comunitárias, movimentos de excluídos (Sem Terra, Sem Teto), grupos em defesa de minorias e de direitos humanos que priorizam a crítica a privilégios sociais e aos desníveis socioeconômicos mais profundos.

A mídia direitista tem desempenhado um papel central. Sua principal missão é orientar os ataques para que eles tenham consequência política e ideológica no seio da sociedade brasileira.

Como sempre, a mídia é diretamente responsável por articular atores dispersos e colocá-los em evidência, conforme uma pauta predeterminada.

Embora seja uma característica recorrente, no Brasil, a mídia tradicional comportar-se como partido de oposição, nos últimos anos ela parece seguir uma nova estratégia.

Os barões das grandes corporações midiáticas brasileiras, com a ajuda de seus ideólogos, perceberam que, para haver uma oposição de direita forte, é preciso formar uma ampla opinião pública direitista.

Antes mesmo de cobrar que os partidos se comportem e assumam o viés de direita, é preciso haver uma base social que os obrigue a agir enquanto tal.
A mídia tradicional entendeu que os partidos oposicionistas são erráticos em seus programas e na sua linha política não por falta de conservadorismo de suas principais lideranças, mas pela ausência de apelo social em sua pregação.

Em função disso, coisas como o Instituto Millenium se tornaram de grande importância. O Millenium tem, entre seus mantenedores e parceiros, a Abert (controlada pelas organizações Globo) e os grupos Abril, RBS e Estadão. O instituto é também sustentado por outras grandes empresas, como a Gerdau, a Suzano e o Bank of America.

O Millenium tenta fazer o amálgama entre mídia, partidos e especialistas conservadores para gerar um programa direitista consistente, politicamente atraente e socialmente aderente.

O colunismo midiático, em todas as suas frentes, é outro espaço feito sob medida para juntar jornalistas, especialistas e lideranças partidárias dedicadas a reforçar alguns interesses contrariados por algumas políticas públicas criadas nos últimos 12 anos.

A estratégia midiática de reinvenção da direita brasileira representa, no fundo, uma tentativa desesperada e consciente dessa mesma mídia de reposicionar-se nas relações de poder, diante da ameaça de novos canais de comunicação e de novos atores que ganharam grande repercussão na opinião pública.

Com seu declínio econômico e o fim da aura de fonte primordial da informação, o veneno em seus anéis tornou-se talvez seu último trunfo no jogo político.


(*) Antonio Lassance é cientista político.
Créditos da foto: Charge de Vitor Teixeira
*CartaMaior

Globo e seus cães sem dentes








Se a Globo Overseas tivesse consultado o Renato Meirelles, do Data Popular, tinha antecipado as férias do Galvão, aquele que disse que o goleiro do México decidiu não deixar o Brasil vencer !

(Na Copa da África do Sul, ele já tinha cometido aquela “a situação já esteve melhor para o Brasil”, depois que a Holanda empatou.)

O que teria dito o Renato ?

(O Renato é desses poucos analistas que tem número para sustentar o que diz. A maioria dos “especialistas” pigais (*) “acha”: “acho que…”, “na minha opinião”…) 

O Renato teria dito, por exemplo, como já cansou de dizer no Data Popular:

- a Classe C é 54% da população brasileira;

- daqui a dez anos será 60%, ou seja, 125 milhões;

- 95% dos novos assinantes de tevê por assinatura são das classes C e D;

- juntas, a duas classes são 66% do total de assinantes de tevê paga;

- 29% dos que compram tevê paga são “entrantes”, ou seja, compram pela primeira vez;

- 79% dos consumidores de tevê paga compraram a menos de dois anos;

- de cada 10 membros da Classe Média, 6 vivem no interior do Brasil;

- o mercado potencial para a compra de teve paga é de 14 milhões de brasileiros;

- a Classe C é responsável por 50% do acesso à internet no Brasil, é a classe que mais usa a internet e é a maioria do Facebook e do Twitter.

Por que a audiência da Globo é essa derrota na Copa ?

(Veja aquiaquiaqui e aqui).

Porque Nunca Dantes a Classe C teve a oportunidade de comparar a Globo com o resto: ESPN e Fox.

(A Band não conta, porque é um clone piorado. A SportTV, idem.)

O “entrante” na tevê por assinatura pode usar o controle remoto e comparar o Galvão com os outros narradores.

O Ronaldo Fenômeno com o Paulo Calçade e o Mário Sérgio.

(Pelo amor de Deus, um pouquinho menos de “tatiquês”: o espectador não tem o nível de informação de vocês dois e se perde ! Quando vai ver, a bola já mudou de campo ! De resto, Calçade e Mário Sérgio dão de 10 a zero nos “analistas” da Globo. Com exceção do Junior, que sabe do que diz.)

O espectador da Classe C descobriu que os “analistas” da Globo, Galvão inclusive, não tem informações elementares sobre os  jogadores e os técnicos.

Porque eles ficam enclausurados no Brasil, levam o “Brasileirinho” a sério, e só QUATRO jogadores da seleção brasileira jogam no Brasil.

E as outras seleções ?

A Fox e a ESPN cobrem a Alemanha, a Itália, a Espanha, a Inglaterra – centro do futebol mundial – e seus narradores e comentaristas conhecem os jogares e técnicos – tem informação a dar.

A Globo é o burro diante do palácio da lenda.

E também se esgotou aquela herança do monopólio, a tentativa de transformar a Copa do Mundo num evento da Globo, de seu plano de negócios, de promoção de seus contratados, de utensílio de sua estratégia de marketing.

Repórter da Globo só pode entrevistar jogador da seleção, com exclusividade, na Granja Comary, porque, fora de lá, existe o “cercadinho” da FIFA e nada mais.

Acabou aquela de ir tomar café da manhã na cama com o Ronaldinho Gaúcho …

A Copa do Brasil, ironicamente, é a primeira que não foi da Globo.

É culpa da Classe C.

Esse Nunca Dantes …

O Brasil é o único pais sul-americano que não transmite a Copa por uma tevê pública.

Finalmente agora, em 2014, o brasileiro pode usar o controle remoto.

Bem que o Roberto Marinho tentou adiar a introdução do controle remoto na indústria brasileira. 

Ele sabia das coisas.

Os filhos, bem, os filhos … não têm nome próprio.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
http://www.conversaafiada.com.br/economia/2014/06/18/copa-classe-c-da-bye-bye-a-globo/

PRA QUEM NÃO SABE, ELES (PSDB DEM) VENDERAM O BRASIL SÓ ESSA "BESTEIRINHA"

PRA QUEM NÃO SABE, ELES VENDERAM O BRASIL SÓ ESSA "BESTEIRINHA" E TÃO LOUCOS ACABAR O RESTINHO!
CADÊ A GRANA DA PRIVATARIA?
O preço de um patrimônio
Principais privatizações federais e estaduais
(Preços pela cotação do dólar no dia da venda*)
(*) Os preços acima se referem não apenas aos valores apurados nos leilões, mas incluem também eventuais
cifras apuradas com as “vendas de sobras”.
(**) Os preços divulgados para as ferrovias privatizadas são fictícios: houve apenas uma entrada de 10% a
15% (só para a malha Sudeste o percentual chegou a 30%); o valor restante será pago em 30 anos, sem
correção para o saldo devedor, isto é, com atualizações apenas das prestações, trimestrais.
Fonte dos dados brutos: BNDES.

Telesp 4,96 bilhões
Vale do Rio Doce 3,13 bilhões
Telesp Celular 3,07 bilhões
CPFL (energia, São Paulo) 3,01 bilhões
Tele Norte Leste 2,94 bilhões
Light (Rio de Janeiro, distribuidora) 2,35 bilhões
Embratel 2,27 bilhões
Usiminas 1,94 bilhão
Eletropaulo Metrop. (energia, São Paulo) 1,77 bilhão
Tele Centro Sul 1,77 bilhão
Coelba (energia, Bahia) 1,60 bilhão
CEEE (energia, Rio Grande do Sul) 1,48 bilhão
Companhia Siderúrgica Nacional 1,49 bilhão
CEEE-Centro Oeste (energia) 1,37 bilhão
Tele Sudeste Celular 1,36 bilhão
Cemig (energia, Minas Gerais) 1,05 bilhão
Copesul (petroquímica) 861 milhões
Rede Ferroviária Federal-Sudeste ** 870 milhões
Telemig Celular 750 milhões
Cachoeira Dourada (energia, Goiás) 710 milhões
Tele Celular Sul 700 milhões
CRT (tele, Rio Grande do Sul) 660 milhões
Tele Nordeste Celular 660 milhões
Cosern (energia, RN) 600 milhões
Açominas 600 milhões
Cosipa 590 milhões
CERJ (energia, interior Rio de Janeiro) 590 milhões
Enersul 570 milhões
Energipe (energia, Sergipe) 520 milhões
Acesita (siderurgia) 460 milhões
Tele Centro Oeste Celular 440 milhões
CEG 430 milhões
Tele Leste Celular 430 milhões
Escelsa (energia, Espírito Santo) 430 milhões
Cemat (energia, Mato Grosso) 350 milhões
Banerj 330 milhões
Rede Ferroviária-Centro Leste ** 320 milhões
PQU (petroquímica) 290 milhões
Metrô RJ 260 milhões
Copene (petroquímica) 270 milhões
Porto de Santos-Terminal 251 milhões
Banco Meridional 240 milhões
Petroflex 230 milhões
Rede Ferroviária-Sul ** 210 milhões
Ultrafértil 205 milhões
Embraer (indústria aeronáutica) 190 milhões
Fosfértil 180 milhões
Salgema (petroquímica) 140 milhões

Dilma considera justa sanção do adicional de periculosidade a trabalhadores com motocicleta

Presidenta Dilma posa para foto com presentes de representantes dos trabalhadores com motocicleta. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Presidenta Dilma posa para foto com presentes de representantes dos trabalhadores com motocicleta. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Com a sanção da presidenta Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (18), a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) inclui, agora, a periculosidade da atividade dos trabalhadores em motocicleta, que representa um adicional de 30% sobre os salários da categoria. Dilma classificou como justo e necessário o acréscimo, por reconhecer a dificuldade que motoboys, mototaxistas e motofretistas enfrentam no cotidiano de trabalho.
“Uma categoria que enfrenta o trânsito, que enfrenta todos os perigos que daí advêm que, em alguns momentos, têm de cumprir um horário, essa categoria tem direito à periculosidade, 30% de periculosidade, porque se trata não só de jovens, mas de jovens pais de família, na sua grande maioria, pessoas que estão ali lutando por seus filhos, e que ao arriscar as suas vidas, colocam, também, em questão os destinos das suas próprias famílias”, comentou.








Dilma acrescentou ainda que se esses profissionais são muitas vezes invisíveis para alguns, são visíveis para o governo, por sua importância no atendimento à sociedade. A presidenta destacou que a medida é apenas o início de vários outros avanços que precisam ser discutidos, como a criação de faixas de circulação exclusiva para a categoria.
Em entrevista coletiva, Dilma negou que a medida possa causar demissão de motoboys por conta do custo adicional, e reiterou que o acréscimo é uma questão de direito da categoria.
“O motoboy é uma realidade dos grandes centros urbanos do país. Nós sabemos disso. Se não tiver o motoboy pra levar e trazer as coisas com urgência, até na área econômica propriamente dita na relação entre empresas, eles cumprem um papel muito importante. Porque mesmo estando na época do digital, do uso da internet, do e-mail, tem algumas trocas empresarias ou encomendas que são físicas, e que o motoboy cumpre esse papel na logística de distribuição. Não é uma coisa supérflua”, afirmou.

Confira a íntegra



Deleite - Elza Soares Aquarela do Brasileira

“Rubens Paiva” lançou nesta segunda-feira um livro com a primeira denúncia pública contra torturadores.



O “Bagulhão” foi entregue ao então presidente da OAB nacional, Caio Mário da Silva Pereira, que havia dito que não existiam provas contundentes de tortura e prisão irregulares na época. O documento foi entregue a diversas autoridades, mas nenhuma investigação foi aberta.
Comissão da Verdade lança primeira denúncia pública contra torturadores
‘Bagulhão’ foi produzido clandestinamente dentro da prisão durante regime militar e foi entregue a advogado em garrafa de café
POR JULIANNA GRANJEIA
16/06/2014
Segundo ex-ministro de Direitos Humanos Paulo Vannuchi, documento assinado por presos que corriam riscos dentro da prisão, é prova cabal dos crimes
SÃO PAULO — A Comissão da Verdade de São Paulo “Rubens Paiva” lançou nesta segunda-feira um livro com a primeira denúncia pública contra torturadores. O documento, chamado de "Bagulhão" — termo usado entre presos —, lista o nome de 233 agentes da ditadura militar e é assinado por 35 presos políticos da época.
O “Bagulhão” foi entregue ao então presidente da OAB nacional, Caio Mário da Silva Pereira, que havia dito que não existiam provas contundentes de tortura e prisão irregulares na época. O documento foi entregue a diversas autoridades, mas nenhuma investigação foi aberta.
Comissão da Verdade lança primeira denúncia pública contra torturadores
‘Bagulhão’ foi produzido clandestinamente dentro da prisão durante regime militar e foi entregue a advogado em garrafa de café
POR JULIANNA GRANJEIA
16/06/2014
Segundo ex-ministro de Direitos Humanos Paulo Vannuchi, documento assinado por presos que corriam riscos dentro da prisão, é prova cabal dos crimes
SÃO PAULO — A Comissão da Verdade de São Paulo “Rubens Paiva” lançou nesta segunda-feira um livro com a primeira denúncia pública contra torturadores. O documento, chamado de "Bagulhão" — termo usado entre presos —, lista o nome de 233 agentes da ditadura militar e é assinado por 35 presos políticos da época.
Produzido clandestinamente durante cerca de seis anos na prisão de Barro Branco, em São Paulo, a compilação dos registros foi datilografada e colocada dentro de uma garrafa de café e entregue ao advogado Luiz Eduardo Greenhalg (ex-deputado petista), durante uma visita a seus clientes, em 1975.
O “Bagulhão” foi entregue ao então presidente da OAB nacional, Caio Mário da Silva Pereira, que havia dito que não existiam provas contundentes de tortura e prisão irregulares na época. O documento foi entregue a diversas autoridades, mas nenhuma investigação foi aberta.
— O presidente do conselho federal da OAB havia dado uma declaração dizendo que ele gostaria, precisaria, de mais informações a respeito do que se dizia existir no Brasil naquele momento da ditadura militar, de torturas a mortes de presos políticos. O coletivo do Barro Branco, que era o presídio político de São Paulo, decidiu então atender a demanda do doutor Caio Mário e elaborar um documento com os dados que dispúnhamos naquele momento. E nós, os 35 que assinaram, nos posicionamos como vítimas, sobreviventes e testemunhas — contou o psicanalista Reinaldo Morano Filho, que foi companheiro de cela de Eduardo Leite, o Bacuri, assassinado durante a ditadura.
Entre os 233 torturadores listado estão o o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, o tenente-coronel Paulo Malhães, morto em abril, e o delegado Sérgio Paranhos Fleury.
— O resgate desse documento é muito importante para o relatório final da Comissão da Verdade para a responsabilização sistêmica do Estado. Os poucos participantes do regime militar que admitem que ocorreram tortura, admitem como exceção. Então, a exceção terá que ser abordada no relatória das comissões da Verdade para dizer que não foi excesso de uma meia dúzia. Essa meia dúzia ou 233 nomes, eles precisam ser conhecidos e identificados. Os presidentes dos altos escalões sabiam o que se passavam. Esse documento, assinado por presos que corriam risco por isso, tem um peso, é uma prova cabal — disse o ex-ministro de Direitos Humanos Paulo Vannuchi, um dos signatários do “Bagulhão”.