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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, janeiro 16, 2015

Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul protagonizam principal fato econômico desde a crise de 2009

Mídia brasileira esconde nascimento de nova ordem mundial

Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul protagonizam principal fato econômico desde a crise de 2009. Criação do Novo Banco de Desenvolvimento e Acordo de Reservas de Contingência fura esquema financeiro global traçado em 1944, em Bretton Woods

brics fortaleza 2014 economia
Principal fato econômico desde a crise de 2009, criação do Novo Banco de Desenvolvimento e Acordo de Reservas de Contingência fura esquema financeiro global traçado em 1944, em Bretton Woods. Prevalência de americanos e europeus no Banco Mundial e no FMI é enfrentada com cartada que muda o jogo. Brics anunciaram US$ 150 bilhões para banco e poupança em comum (reprodução)
Bretton Woods, 1944. Fortaleza, 2014. Setenta anos depois de terem sido traçadas as regras da governança financeira do mundo, um fato capaz de inserir outra cidade no mapa das grandes mudanças econômicas globais aconteceu.
Na capital do Ceará, nesta terça-feira 15, os cinco países que integram a sigla BRICS inauguraram, na prática, uma nova ordem para o mundo. Eles colocaram em prática a constituição de um bloco econômico repleto de afinidades políticas. A partir de agora, já se sabe que Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul terão o seu Novo Banco de Desenvolvimento, com capital inicial de US$ 50 bilhões, mas que poderá ser elevado a US$ 100 bilhões, para fazer frente ao Banco Mundial. E também formarão uma poupança de US$ 100 bilhões no Acordo de Reservas de Contingência, exatamente para não dependerem exclusivamente do Fundo Monetário Internacional para serem socorridos em crises. O jornal inglês Financial Times publicou análise da redação que dá a correta dimensão do conjunto desses fatos: “Notável demonstração de como a ordem econômica está mudando”.
Na mídia tradicional brasileira, no entanto, o assunto foi publicado, como se diz no jargão do jornalismo, com “má vontade”. A reunião de Fortaleza que impressionou o Financial Times e chama a atenção de todos os líderes mundiais não mereceu, na terça-feira 15, ocupar o espaço da manchete de nenhum dos jornais Folha de S. Paulo, Estado e Globo. Na tevê, a colunista Eliane Cantanhêde, na Globo News, registrou o acontecimento dentro do contexto da sucessão presidencial:
– A Copa acabou, mas a presidente Dilma Rousseff engatou uma segunda e já está de novo nas fotografias, registrou a comentarista. Ao final do comentário, lembrou que nesta quarta-feira, em Brasília, cerca de 20 presidentes do continente americano serão recebidos para ter informações sobre como irá funcionar o banco de desenvolvimento e o fundo de reservas. E pontuou:
– Será mais um momento de badalação e fotografias para a presidente que é candidato à reeleição.
Ideia estudada pela nata dos economistas dos governos dos BRICS há pelo menos dois anos, o Novo Banco de Desenvolvimento poderá emprestar dinheiro para projetos de infraestrutura em países em desenvolvimento a juros menores que os praticados pelo Banco Mundial. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, explicou que os recursos dos BRICS poderão ser aplicados em fundos especiais para renderem enquanto aguardam as demandas dos países.
Houve apostas nos jornais brasileiros de que uma briga de última hora entre as delegações da China e da Índia poderia matar a ideia de criação do banco de fomento. Não foi o que ocorreu. Os sócios acordaram rapidamente em que a sede será em Xangai, na China; o primeiro presidente será da Índia, inaugurando o rodízio de cinco anos no cargo; a presidência do conselho de administração será do Brasil; a Rússia ficará com a presidência do conselho de governadores; e a primeira sede regional da instituição ficará na África do Sul.
– A democracia é uma das marcas do BRICS, disse Mantega.
Com um mercado consumidor de 3 bilhões de pessoas e um PIB conjunto que equivale a 20% da riqueza mundial, o BRICS poderá adotar, no futuro, as moedas nacionais para transações comerciais entre seus cinco sócios. Na véspera da cúpula, 700 empresários assinaram carta em que pedem aos líderes políticos a adoção dessa medida, que substituiria o dólar e o euro em compras e vendas.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, estimou no encontro de Fortaleza que a demanda de recursos para projetos de infraestrutura em países em desenvolvimento chega, hoje, a US$ 800 bilhões. Há, assim, demanda suficiente para o banco do BRICS ter um grande papel na nova ordem mundial que o grupo está criando a olhos vistos – ainda que a mídia brasileira tenha má vontade em enxergar.
*Pragmatismopolitico

Do ponto de vista do Euro: mais um prego no caixão.

Euro: mais um prego no caixão

Dia feio para a Zona NEuro. Todos os dias são feios para um amoeda nascida mal e gerida ainda pior, mas este é mesmo negro.

A Suíça decidiu rasgar o tecto do câmbio com o Euro. O que significa isso? Significa que o Franco Suíça já não está atrelado ao Euro. Bom, a questão é um pouco complicada, mas vamos ver.

Pergunta? Porque a Suíça decidiu esta manobra?

Para manter o valor do Franco aos actuais níveis, a Suíça era obrigada a comprar Euro em quantidades muito elevadas, ao ponto que os cofres helvéticos agora estão cheio deles (centenas de biliões). Mas isso significava fazer sair da Suíça muito, mas mesmo muito dinheiro.

Então a Suíça decidiu rasgar o acordo (que tinha um nome: PEG), deixando o câmbio Franco-Euro livre de flutuar. A ideia é que a reforço do Franco face ao Euro (isso é, o Franco fica mais forte) seja compensado pela queda face ao Dólar.

Dito de forma ainda mais simples: a Suíça está farta de fazer negócios só com a Europa, quer uma moeda mais débil face ao Dólar para poder exportar fora do Velho Continente também.

Faz sentido? Sim, todo o sentido. Ficar atrelados ao Euro é como estar no meio dum velório: há um morto, só que neste caso ninguém quer vê-lo e todos continuam a apertar as mãos e trocar prendas (económicas) como se nada fosse.
Bye-bye Euro

Tentamos ler a notícia entre as linhas.

A jogada do Banco Central Suíço é a admissão duma derrota. Ou seja, o Euro é uma moeda muito fraca e, portanto, o risco na construção de enormes activos em Euro para defender a taxa de câmbio é potencialmente maior do que o benefício obtido na manutenção do actual câmbio.

Repito: é uma derrota, não é jogada inteligente. O Banco Central Suíço acreditava que, eventualmente, a economia europeia se estabilizasse e com ele o Euro. Mas a expectativa demonstrou estar errada e, perante os factos, os Helvéticos escolheram o mal menor.

A Suíça desta forma deixa claro que o Euro não é uma moeda de confiança.

Mas há mais: além da forte valorização do Franco, há uma segunda consequência desta decisão. Claramente, o Banco Central Suíço já não irá comprar mais Euros, isso é, não vai mais apoiar as dívidas públicas da Europa através da criação de novos Francos suíço e da compra de moeda e títulos a curto prazo (o que permitia manter o Franco indexado ao Euro).

Na verdade, irá lentamente livrar-se da moeda europeia acumulada nos últimos anos. Faltará assim um forte comprador nos mercados primários e secundários.

Do ponto de vista do Euro: mais um prego no caixão.


Ipse dixit.
*http://informacaoincorrecta.blogspot.com.br/2015/01/euro-mais-um-prego-no-caixao.html

quinta-feira, janeiro 15, 2015

GLOBO = Em 1964, após o GOLPE MILITAR os generais necessitaram de um projeto de integração nacional baseado em ações propagandistas do regime e disseminado por um meio de comunicação.



via JenipapoNews

Dos últimos cinquenta anos até aqui não se pode pensar nos acontecimentos mais importantes do país sem a interferência, a cobertura, a influência e a presença maligna da TV Globo.

Em 1964, após o GOLPE MILITAR os generais necessitaram de um projeto de integração nacional baseado em ações propagandistas do regime e disseminado por um meio de comunicação. Não seria o rádio, embora este veículo fosse difundido em todo o Brasil. A televisão, no Brasil, tinha apenas quatorze anos de existência. 

A TV Globo nasceria um ano após a investida golpista contra o governo Jango. E seria ela a escolhida para exercer o plano de integração do regime militar através das ondas da TV.

Evidente que a TV Globo não abdicaria desta proposta. 

Como talvez nenhuma outra emissora teria de coragem de fazê-lo. Por necessidade de estabelecer suas metas, a TV dos Marinho ganhou espaço nos anos seguintes; construiu parcerias importantes, criou e recriou em diversas oportunidades suas influências políticas para obter concessões de transmissão. 

E sobre este palco político alavancou campanhas, destituiu outras, transformou a TV no objeto de desejo de tradicionais coronéis e suas oligarquias.

 aconteceu em Pequim uma reunião pouco comentada, mas altamente significativa, que aconteceu enquanto quando Washington estava absorvida em suas tentativas para ‘’incapacitar’’ e, afinal, desestabilizar a Rússia de Putin. Os chineses realizaram o que chamaram de Conferência Central sobre Trabalho Relacionado a Assuntos Exteriores. Ali Xi Jinping, presidente daChina e presidente da Comissão Militar Central pronunciou o que foi chamado de “Importante Discurso”.
China
Xi e Putin assinaram o acordo para construir um gasoduto da Sibéria à China, chamado Rota Oeste
Leitura cuidadosa do documento oficial do Ministério de Relações Exteriores da China sobre aquela Conferência confirma que, sim, foi discurso “importante”.
A liderança política chinesa já completou e agora divulgou oficialmente uma mudança estratégica global nas prioridades geopolíticas da política exterior da China.
A China já não vê como a mais alta prioridade o seu relacionamento com os EUA nem, sequer, com a União Europeia. Em vez disso, definiram agora um novo grupo de países prioritários, no novo mapa geopolítico que os chineses discutiram demoradamente e agora acabaram de definir.
Esse novo mapa inclui a Rússia e todos os países BRICS com suas economias em rápido desenvolvimento; inclui os vizinhos asiáticos da China, países africanos e outros países em desenvolvimento.
Prova de que é discurso importante, muitos já começaram a falar sobre “maiores riscos de confronto com o mundo desenvolvido” (por exemplo, Timothy Heath, em The Diplomat). [Aqui há um parágrafo truncado, ininteligível (NTs)].
No discurso que fez aos participantes daquela Conferência, o presidente Xi destacou um subgrupo de países em desenvolvimento: “grandes países em desenvolvimento” (kuoda fazhanzhong de guojia). Com esses, a China vai “fortalecer a unidade e a cooperação e integrar firmemente [o desenvolvimento chinês] com o desenvolvimento comum de todos os grandes países em desenvolvimento”, disse Xi.
Segundo intelectuais chineses, esses países aparecem agora como parceiros especialmente importantes “para apoiar a reforma da ordem internacional”. Nesse grupo estão Rússia, Brasil, África do Sul, Índia, Indonésia e México, quer dizer, os parceiros BRICS da China, mais Indonésia e México. A China também deixou de se autodefinir como “país em desenvolvimento”, sinalizando que há uma nova autoimagem [vide Sobe a periferia e rebaixam-se as ‘grandes potências’ (ing.) (NTs)].
O Vice-Ministro de Relações Exteriores, Liu Zhenmin, indicou outro aspecto significativo da nova política quando, na Conferência em Pequim, declarou que “o desequilíbrio entre a segurança política da Ásia e o desenvolvimento econômico tornou-se questão cada dia mais importante”. A proposta da China, de criar uma “comunidade de destino partilhado”, visa a resolver esse desequilíbrio. Implica que a China terá laços diplomáticos e econômicos mais próximos com Coreia do Sul, Japão, Índia, Indonésia, até o Vietnã e as Filipinas.
Em outras palavras, embora o relacionamento com os EUA vá continuar como mais alta prioridade, por causa do poderio militar e financeiro dos EUA, deve-se esperar ver uma China cada dia mais ativa contra o que vê como interferência dos EUA. É novidade que já se viu claramente em outubro, quando o jornal People Daily do Partido Comunista Chinês publicou editorial, durante a ‘revolução dos guarda-chuvas’ em Hong Kong, que interrogava “Por que Washington tanto se interessa por revoluções coloridas?” O artigo citava nominalmente, como envolvida naquela “operação”, a ONG National Endowment for Democracy, dedicada a “mudanças de regime” pelo mundo e mantida pelo vice-presidente dos EUA. Esse tipo de denúncia direta era impensável há seis anos, quanto Washington tentou criar problemas para Pequim insuflando protestos violentos do movimento do Dalai Lama no Tibete, pouco tempo antes dos Jogos Olímpicos de Pequim de 2008.
A China está agora rejeitando abertamente a crítica usual do ocidente sobre “direitos humanos” e recentemente declarou um esfriamento nas relações diplomáticas entre China e Reino Unido, depois que o governo de Cameron ter recebido o Dalai Lama; e entre China e Noruega, depois que o país reconheceu o dissidente Liu Xiaobo. Ao longo do ano passado, passo a passo, Pequim cuidou de esvaziar as críticas de Washington contra os direitos históricos que a China declara ter no Mar do Sul da China.
Mas talvez mais significativo de tudo, em meses recentes a China promoveu firmemente uma agenda para construir instituições alternativas aos FMI e Banco Mundial controlados pelos EUA – o que, se o movimento for bem-sucedido, pode ser golpe devastador contra o poder econômico dos EUA. Para resistir em oposição à tentativa, pelos EUA, de isolar economicamente a China na Ásia, com a criação de uma Parceria EUA Trans-Pacífico [US Trans-Pacific Partnership (TPP)], Pequim anunciou sua própria visão chinesa de uma Área de Livre Comércio do Pacífico Asiático [Free Trade Area of the Asia-Pacific (FTAAP)], acordo comercial “plenamente inclusivo, padrão ganha-ganha”, que realmente promove a cooperação no Pacífico Asiático.
Elevar as relações russas
Nesse momento, o que emerge claramente é a decisão da China de pôr sua relação com a Rússia de Putin no centro da nova prioridade estratégica chinesa. Apesar das décadas de desconfiança depois da ruptura sino-soviética de 1960, os dois países iniciaram cooperação em profundidade que é completamente sem precedentes. As duas maiores potências territoriais da Eurásia estão costurando laços econômicos que criam o único “desafiante” potencial imaginável, capaz de ameaçar a supremacia global norte-americana, como a descrevia o estrategista da política externa dos EUA, Zbigniew Brzezinski, em 1997, em seu O Grande Tabuleiro de Xadrez.
No momento em que Putin combate uma guerra sem tréguas de sanções econômicas impostas pela OTAN para derrubar seu governo, a China assinou não um, mas vários negócios-gigantes com empresas estatais russas, Gazprom e Rozneft, que permitem à Rússia enfrentar em melhores condições a crescente ameaça às suas exportações de energia para a Europa ocidental, que é questão de vida ou morte para a economia russa.
Durante a reunião da Associação dos Países Exportadores de Petróleo em Pequim, Obama foi oficialmente rebaixado no panteão diplomático, ao ser mandado postar-se ao lado da esposa de um presidente asiático, enquanto Putin permanecia ao lado de Xi. Os símbolos têm grande peso político, especialmente na China – e são parte essencial da comunicação.
Na mesma reunião, Xi e Putin assinaram o acordo para construir um gasoduto da Sibéria à China, chamado Rota Oeste, que se conectará ao histórico gasoduto Rota Leste já acordado com a Rússia, em maio. Quando os dois estiverem completados, a Rússia estará fornecendo 40% do gás natural de que a China necessita.
Na mesma ocasião, em Pequim, o Ministro do Exército da Rússia, anunciou importantes novas áreas de cooperação entre as Forças Armadas da Rússia e o Exército da Libertação do Povo, da China.
Agora, em plena guerra total que Washington faz contra o rublo russo, a China anunciou que está pronta para, se solicitada, ajudar seu parceiro russo. Dia 20/12/2014, em meio a uma queda histórica na cotação do rublo em relação ao dólar, o Ministro de Relações Exteriores, Wang Yi, disse que a China proverá ajuda à Rússia, se necessária, e tem confiança de que a Rússia conseguirá superar suas atuais dificuldades. Ao mesmo tempo, o Ministro do Comércio, Gao Hucheng, disse que expandir uma operação de swap de moedas entre as duas nações e fazer uso mais amplo do yuan no comércio bilateral são operações que, com certeza, darão grande alívio à Rússia.
Há outras sinergias entre Rússia e China, nas quais os dois países se autocoordenam em relação mais próxima, inclusive a decisão de Putin de encontrar-se na primavera com o presidente da Coreia do Norte, e com a Índia, aliado de longa data dos russos, e com quem a China tem relações sensíveis desde os anos 1950s. Assim também a Rússia tem posição forte com o Vietnã desde a Guerra Fria e a ajuda que os russos deram para a pesquisa e extração de petróleo em águas do Vietnã.
Em resumo, tão logo haja estratégia geopolítica harmônica entre Rússia e China, o pior pesadelo geopolítico de Brzezinski ganhará vida própria, graças, em grande parte, às próprias políticas estúpidas dos neoconservadores maníacos por guerras que governam Washington, do próprio presidente Obama e das famílias milionárias sem amor nem pudor, que pagam todas as contas desse pessoal.
Todos esses movimentos, embora todos carregados de inúmeros perigos, sinalizam que a China compreendeu em profundidade o jogo geopolítico de Washington e as estratégias dos neoconservadores norte-americanos obcecados por guerras; e que, como a Rússia de Putin, a China também não tem nenhuma intenção de ajoelhar-se ante o que interpretam como uma Washington-tirana-global. O ano de 2015 surge como um dos mais decisivos e interessantes da história moderna.
Frederick William Engdahl é jornalista, conferencista e consultor para riscos estratégicos. É graduado em política pela Princeton University; autor consagrado e especialista em questões energéticas e geopolítica da revista online New Eastern Outlook.

psdb e a coca

Nas asas da coca


De Jorge Gouveia em O Globo, hoje:

"A quadrilha envolvida com o tráfico de cocaína presa no fim de semana na divisa de Tocantins com Pará usava o avião de um político do PSDB ligado ao grupo do ex-governador Siqueira Campos.

A Polícia Federal apreendeu 505 quilos da droga numa pista clandestina às margens do Rio Xingu, no município de Santana do Araguaia. O avião pertence a Misilvan Chavier dos Santos, candidato a prefeito de Tupiratins (TO) pelo PSDB em 2004 e candidato a deputado estadual pelo PSL em 2002.

Os dois partidos são ligados à União do Tocantins, comandada por Siqueira Campos e por seu filho, o senador Eduardo Siqueira Campos, ambos do PSDB."

Candidato do PSDB é preso por TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS. Caaaaalma, não estamos falando do Cocainócoptero apreendido com 450 Kg de cocaína pouco antes das eleições de 2014. Estamos falando de um AVIÃO COM MEIA TONELADA DE COCAÍNA, logo antes das eleições de 2006. É vício antigo.
*obviamente

“Sou marxista”, diz Dalai Lama



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Karl Marx disse que a religião era o ópio das massas, e por isso muitos ficaram surpresos quando o Dalai Lama se declarou marxistaem uma palestra numa universidade na Índia.
“No que diz respeito às crenças sociopolíticas, considero-me um marxista”, disse ele.
O líder tibetano afirmou que o marxismo é um ideário que ajuda a combater a desigualdade social.
“O marxismo é fundado em princípios morais, enquanto o capitalismo é baseado apenas em ganância e interesse pessoal. O marxismo está preocupado com as vítimas da exploração imposta por uma minoria.”
O fracasso do regime soviético, para ele, não foi o fracasso do marxismo, mas “o fracasso do totalitarismo”.
*DCM

Tomas Sankara o Íntegro

VA FAZER CINEMA EM CUBA

A Coordenação dos Exames de seleção para a Escola Internacional de Cinema de TV de Cuba no Brasil (EICTV) comunica que estão abertas, até o dia 7 de março, as inscrições para o Processo Seletivo 2015 / 2018. As provas serão aplicadas nos dias 13 e 14 de março, em cinco cidades: Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Florianópolis (SC), Belém (PA) e Brasília (DF).
Serão oferecidas oito especializações - Direção, Produção, Roteiro, Fotografia, Som, Documentário, Edição e TV e Novas Mídias. Cada candidato deverá optar por apenas uma destas especializações. A Coordenação dos Exames de seleção para a EICTV no Brasil comunica que estão abertas até o dia 7 de março, as inscrições para o Processo Seletivo 2015 / 2018. As provas serão aplicadas nos dias 13 e 14 de março, em cinco cidades: Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Florianópolis (SC), Belém (PA) e Brasília (DF).
Do Brasil, serão selecionados de quatro a seis candidatos que irão fazer parte de um grupo de 40 estudantes de todo o mundo, principalmente da América Latina. O curso tem duração de três anos. O início está previsto para setembro de 2015 e término em julho de 2018.
SAIBA MAIS: http://bit.ly/1IGShdD

quarta-feira, janeiro 14, 2015