Euro: mais um prego no caixão
Dia feio para a Zona NEuro. Todos os dias são feios para um amoeda nascida mal e gerida ainda pior, mas este é mesmo negro.
A Suíça decidiu rasgar o tecto do câmbio com o Euro. O que significa isso? Significa que o Franco Suíça já não está atrelado ao Euro. Bom, a questão é um pouco complicada, mas vamos ver.
Pergunta? Porque a Suíça decidiu esta manobra?
Para manter o valor do Franco aos actuais níveis, a Suíça era obrigada a comprar Euro em quantidades muito elevadas, ao ponto que os cofres helvéticos agora estão cheio deles (centenas de biliões). Mas isso significava fazer sair da Suíça muito, mas mesmo muito dinheiro.
Então a Suíça decidiu rasgar o acordo (que tinha um nome: PEG), deixando o câmbio Franco-Euro livre de flutuar. A ideia é que a reforço do Franco face ao Euro (isso é, o Franco fica mais forte) seja compensado pela queda face ao Dólar.
Dito de forma ainda mais simples: a Suíça está farta de fazer negócios só com a Europa, quer uma moeda mais débil face ao Dólar para poder exportar fora do Velho Continente também.
Faz sentido? Sim, todo o sentido. Ficar atrelados ao Euro é como estar no meio dum velório: há um morto, só que neste caso ninguém quer vê-lo e todos continuam a apertar as mãos e trocar prendas (económicas) como se nada fosse.
Tentamos ler a notícia entre as linhas.
A jogada do Banco Central Suíço é a admissão duma derrota. Ou seja, o Euro é uma moeda muito fraca e, portanto, o risco na construção de enormes activos em Euro para defender a taxa de câmbio é potencialmente maior do que o benefício obtido na manutenção do actual câmbio.
Repito: é uma derrota, não é jogada inteligente. O Banco Central Suíço acreditava que, eventualmente, a economia europeia se estabilizasse e com ele o Euro. Mas a expectativa demonstrou estar errada e, perante os factos, os Helvéticos escolheram o mal menor.
A Suíça desta forma deixa claro que o Euro não é uma moeda de confiança.
Mas há mais: além da forte valorização do Franco, há uma segunda consequência desta decisão. Claramente, o Banco Central Suíço já não irá comprar mais Euros, isso é, não vai mais apoiar as dívidas públicas da Europa através da criação de novos Francos suíço e da compra de moeda e títulos a curto prazo (o que permitia manter o Franco indexado ao Euro).
Na verdade, irá lentamente livrar-se da moeda europeia acumulada nos últimos anos. Faltará assim um forte comprador nos mercados primários e secundários.
Do ponto de vista do Euro: mais um prego no caixão.
Ipse dixit.
A Suíça decidiu rasgar o tecto do câmbio com o Euro. O que significa isso? Significa que o Franco Suíça já não está atrelado ao Euro. Bom, a questão é um pouco complicada, mas vamos ver.
Pergunta? Porque a Suíça decidiu esta manobra?
Para manter o valor do Franco aos actuais níveis, a Suíça era obrigada a comprar Euro em quantidades muito elevadas, ao ponto que os cofres helvéticos agora estão cheio deles (centenas de biliões). Mas isso significava fazer sair da Suíça muito, mas mesmo muito dinheiro.
Então a Suíça decidiu rasgar o acordo (que tinha um nome: PEG), deixando o câmbio Franco-Euro livre de flutuar. A ideia é que a reforço do Franco face ao Euro (isso é, o Franco fica mais forte) seja compensado pela queda face ao Dólar.
Dito de forma ainda mais simples: a Suíça está farta de fazer negócios só com a Europa, quer uma moeda mais débil face ao Dólar para poder exportar fora do Velho Continente também.
Faz sentido? Sim, todo o sentido. Ficar atrelados ao Euro é como estar no meio dum velório: há um morto, só que neste caso ninguém quer vê-lo e todos continuam a apertar as mãos e trocar prendas (económicas) como se nada fosse.
Bye-bye Euro
Tentamos ler a notícia entre as linhas.
A jogada do Banco Central Suíço é a admissão duma derrota. Ou seja, o Euro é uma moeda muito fraca e, portanto, o risco na construção de enormes activos em Euro para defender a taxa de câmbio é potencialmente maior do que o benefício obtido na manutenção do actual câmbio.
Repito: é uma derrota, não é jogada inteligente. O Banco Central Suíço acreditava que, eventualmente, a economia europeia se estabilizasse e com ele o Euro. Mas a expectativa demonstrou estar errada e, perante os factos, os Helvéticos escolheram o mal menor.
A Suíça desta forma deixa claro que o Euro não é uma moeda de confiança.
Mas há mais: além da forte valorização do Franco, há uma segunda consequência desta decisão. Claramente, o Banco Central Suíço já não irá comprar mais Euros, isso é, não vai mais apoiar as dívidas públicas da Europa através da criação de novos Francos suíço e da compra de moeda e títulos a curto prazo (o que permitia manter o Franco indexado ao Euro).
Na verdade, irá lentamente livrar-se da moeda europeia acumulada nos últimos anos. Faltará assim um forte comprador nos mercados primários e secundários.
Do ponto de vista do Euro: mais um prego no caixão.
Ipse dixit.
*http://informacaoincorrecta.blogspot.com.br/2015/01/euro-mais-um-prego-no-caixao.html
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