Lula e Josué, os dois filhos do Brasil....
LULA, é hoje o homem mais perseguido, odiado e execrado pela MÍDIA oficial do sistema mercantil criminoso, e pelos seus amestrados e raivosos seguidores ("coxinhas"), os quais sem nunca terem sentido a fome, que é o grande escândalo da humanidade nos dois últimos séculos, nem entenderem os reais motivos da fome ser estrutural e sistêmica, pois além de ignorarem o processo que a gera, são insensíveis a tal flagelo tão perverso ..Lendo "DESTRUIÇÃO EM MASSA" de Juan Siegler, consultor para alimentação da FAO-ONU, livro baseado segundo seu próprio autor, no antológico "GEOPOLÍTICA DA FOME"- do nosso Josué de Castro, o médico sanitarista brasileiro, nordestino, que denunciou ao mundo lá nos idos dos anos 50, a barbárie do latifúndio monocultor como causador direto da fome e da miséria das massas camponesas nordestinas escravizadas, desmistificando com dados e estatísticas, a ladainha elitista de que a causa dessas tragédias estaria focada exclusivamente no clima árido e seco. Instei-me a refletir sobre duas coisas e duas personalidades do nosso Brasil atual : cito o dito "santo de casa não faz milagres" mesmo...porque pouquíssimos brasileiros sabem quem foi Josué de Castro, cujo busto de bronze jaz postado em frente a sede da ONU em New York, este desconhecimento deve-se também a omissão proposital da mídia patronal e deformadora da verdade dos fatos, ele que foi um sanitarista de alto nível, humanista, estudioso dos contraditórios fenômenos sócio políticos da nossa sociedade, que foi banido injustamente pelo golpe em 64, tornando-se no exilio (na França professor emérito na renomada Sorbonne) , reconhecido por qualidades e suas virtudes intelectuais por todo o planeta, menos por aqui, e que acabou falecendo de "Banzo" : (saudades do seu Brasil amado), e que a ditadura civil militar negou-lhe conceder-lhe passaporte de regresso por divergirem ideologicamente do entreguista modelo aqui implantado, não concedeu o visto de regresso, cruelmente, mesmo ele já sendo um enfermo em estado terminal...o ódio tem classe.
A outra reflexão é sobre um outro cidadão brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva, vulgo Lula, o ex-líder sindical, nordestino também, que ousou chegar à presidência do País, fazendo com que pela primeira vez um governo centrasse suas prioridades administrativas na tragédia da fome conjuntural e estrutural, sofrida pela maioria do nosso povo, como bem explica o significado literal disso o notável sociólogo Juan Siegler. Lula prometeu três refeições diária a todos brasileiros, isso logo no seu discurso de posse, e de que iria lutar contra um inimigo que ele conheceu bem de perto na infância e sabia exatamente o que faria para derrotar tal flagelo assassino. Nossa mídia, ocultamente sempre inimiga dos benéficos projetos populares, porta voz oficial dos interesses mais mesquinhos e inconfessáveis das classes dominantes, as quais jamais passaram necessidades materiais alguma, arraigadas ao egoísmo crônico, com ausência total de solidariedade fraterna; ao invés de reconhecerem nesta promessa um mérito ou no mínimo uma dívida a ser cobrada caso não viesse a ser cumprida, iniciou-se de imediato e por aí mesmo, a campanha ininterrupta de desconstrução da sua imagem de homem público ...de forma premeditada e cotidiana, as páginas dos velhos jornais conservadores e as tvs tradicionais, que apoiaram e se enricaram com o golpe de 64...”manchetam” de modo torpe, injusto e canalha, o mito de que o presidente Lula seria apenas mais um político "demagogo e populista " além de "alcoólatra inveterado", o que mais tarde seria acrescentado por links de corrupto e ladrão...um saco sem fundo de infâmias e falsas acusações. Assim como fizeram com Getúlio Vargas em 1954, e depois com João Goulart em 64, dois presidentes que ousaram amparar o desprotegido e sempre explorado trabalhador nacional, e batalham avidamente a cada eleição para desmoraliza-lo e destruindo-o perante o povo brasileiro, como o fizeram nestas últimas eleições, tentando repetir o mesmo filme da desconstrução de 54 e 64, ... “O mar de lama nº 3”, baseado no velho e falso denuncismo udenista. Entretanto, e felizmente, não obtiveram mais seu pleno “sucesso de bilheteria”, como no passado com Vargas e Goulart, apesar dos estragos causados na sua imagem, o povão simples o adora, porque sentiu na própria pele e no estomago, que pela primeira vez na história da republica do país “alguém lá de cima" "olhou” verdadeiramente para eles. Descobriram que a democracia é algo mais ampla: não se restringe apenas nas liberdades políticas, ela e integralizada quando atinge a economia...distribui a renda concentrada em pouquíssimas mãos...por isso VIVA LULA!!!! ele foi o governante pioneiro dessa estrada sem volta, iniciador de uma revolução silenciosa e irreversível para desespero dos famigerados e preconceituosos egoístas da nossa decadente elite...
*HorácioFeres
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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
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