França: liberdade de expressão com asterisco
Ficamos a saber que o famoso comediante e actor francês Dieudonné M'Bala M'Bala foi preso sob a acusação de "apologia do terrorismo".
Dieudonné, por causa das suas batalhas em defesa do povo palestiniano e da resistência dos povos oprimidos contra a agressão imperialista, por anos foi pintado pelos media de regime como "anti-semita", uma acusação sempre rejeitada pelo actor.
Dieudonné tinha participado na marcha do dia 11 de Janeiro, aquela contra o terrorismo e para a defesa da liberdade de expressão, a tal Je Suis Charlie. Mas pouco depois escreveu na sua página Facebook: Je me sens Charlie Coulibaly, "Eu sinto-me Charlie Colulibaly", referindo-se a Amedy Coulibaly, o autor do massacre nosupermercado hebraico.
Isso foi suficiente para ser colocado na prisão, com a acusação de apologia do terrorismo, apesar de Dieudonné (que, lembramos, é um comediante) ter realçado como a sua fosse sátira.
Podemos pensar que a frase incriminada, aquele "Eu sinto-me Charlie Colulibaly", não seja muito
simpática. O que é verdade: tem a mesma sensibilidade dos cartoons de Charlie Hebdo.
E é mesmo este o ponto: num País que desce nas ruas para defender a "liberdade de pensamento", nem todos têm o direito de fazer sátira. Pelo menos, não de um certo tipo.
Se Dieudonné tivesse gozado com Allah ou Maomé, hoje seria apontado como exemplo de coragem e liberdade. Infelizmente, brincou com o lado errado.
O que fez mais de errado o comediante? Nada, só aquela frase. Por isso a prisão é um claro acto político e judicial: acusa-se uma ideia, um pensamento, nada mais do que isso. Qual o nome desta atitude? Deixem ver..."Democracia" não..."Liberdade", não, não é...ah, é este: "Fascismo".
Vamos ver agora se o enxame de políticos, jornalistas, intelectuais que gritavam Charlie terão a coragem de denunciar a prisão do comediante francês. Alguém acredita nisso?
Ipse dixit.
Fonte. The Guardian
Dieudonné, por causa das suas batalhas em defesa do povo palestiniano e da resistência dos povos oprimidos contra a agressão imperialista, por anos foi pintado pelos media de regime como "anti-semita", uma acusação sempre rejeitada pelo actor.
Dieudonné tinha participado na marcha do dia 11 de Janeiro, aquela contra o terrorismo e para a defesa da liberdade de expressão, a tal Je Suis Charlie. Mas pouco depois escreveu na sua página Facebook: Je me sens Charlie Coulibaly, "Eu sinto-me Charlie Colulibaly", referindo-se a Amedy Coulibaly, o autor do massacre no
Isso foi suficiente para ser colocado na prisão, com a acusação de apologia do terrorismo, apesar de Dieudonné (que, lembramos, é um comediante) ter realçado como a sua fosse sátira.
Podemos pensar que a frase incriminada, aquele "Eu sinto-me Charlie Colulibaly", não seja muito
simpática. O que é verdade: tem a mesma sensibilidade dos cartoons de Charlie Hebdo.
E é mesmo este o ponto: num País que desce nas ruas para defender a "liberdade de pensamento", nem todos têm o direito de fazer sátira. Pelo menos, não de um certo tipo.
Se Dieudonné tivesse gozado com Allah ou Maomé, hoje seria apontado como exemplo de coragem e liberdade. Infelizmente, brincou com o lado errado.
O que fez mais de errado o comediante? Nada, só aquela frase. Por isso a prisão é um claro acto político e judicial: acusa-se uma ideia, um pensamento, nada mais do que isso. Qual o nome desta atitude? Deixem ver..."Democracia" não..."Liberdade", não, não é...ah, é este: "Fascismo".
Vamos ver agora se o enxame de políticos, jornalistas, intelectuais que gritavam Charlie terão a coragem de denunciar a prisão do comediante francês. Alguém acredita nisso?
Ipse dixit.
Fonte. The Guardian
*InformaçaoIncorrecta
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