Demônios
Por Ana Burke
DEMÔNIO é aquele que contradiz a mesmice, os dogmas, o comum aceito pela maioria, o sagrado, os embustes, as fraudes e a mentira. É aquele que têm a coragem e a ousadia de desafiar o que está estabelecido como verdade absoluta; é aquele que mata o metódico desafiando os oprimidos a pensar e a reconhecer a hipocrisia do sistema religioso ou qualquer outro sistema repressor. John Lenon era um demônio, Giordano Bruno era um demônio, Niezstche era um demônio, Voltaire era um demônio, Galileu era um demônio e as mulheres que curavam as pessoas, usando medicina caseira, as chamadas feitiçeiras ou bruxas, eram demônios. E os ateus, em todas as épocas, são demônios.
Os demônios têm que ser expulsos. A coragem dos demônios envergonham os cadáveres putrefatos e malcheirosos daqueles que se apoiam nas crendices e superstições para fugir da vida e de si mesmos. Os demônios são aqueles cuja inteligência é temida devendo desaparecer para que o rebanho não se corrompa.
O demônio quer que cada um conheça-se a si mesmo, tirem as suas máscaras e adquiram coragem para debater e rebater conceitos excludentes e repressores.
Os demônios habitam dentro de todos nós mas só alguns eleitos são capazes de reconhecê-los como seres sábios e amigos capazes de nos elevar à categoria de deuses.
Pintura: – Herbert James Draper, 1909 – de Lamia, a rainha da Líbia, que, segundo a mitologia grega, tornou-se um daemon (demônio).
*A.Burke
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