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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, janeiro 11, 2015

MAIORIA DOS RUSSOS QUER A VOLTA DA UNIÃO SOVIÉTICA

Beth Monteiro em undefined
MAIORIA DOS RUSSOS QUER A VOLTA DA UNIÃO SOVIÉTICA
Mikhail Guennadievich Deliaguin, economista e diretor do Instituto de Estudo dos Problemas Causados pela Globalização e membro permanente do clube Izbnorsk, disse, no último 03 de janeiro, que uma pesquisa entre os russos, que foi realizado pela cadeia de TV negócio, revelou que 59% do russos elegeram como o seu maior desejo para 2015 o regresso da União Soviética.
A pesquisa deu os seguintes resultados: 6% expressou como seu maior desejo a remoção de sanções contra a Rússia; 7,4% quer a estabilidade do rublo , 27% quer a paz na Ucrânia e 59,3% desejam o renascimento da União Soviética.
Mikhail Deliaguin avaliou assim o resultado da pesquisa: "É provável que para essas pessoas, o renascimento Soviético reúna outras possibilidades como não ficar à mercê de sanções dolorosas de países ocidentais, a estabilidade da moeda nacional, a paz na Ucrânia e uma série de outras conquistas soviéticas.
Importante observar que essa reação não ocorre
entre os nacionalistas, mas entre os simples observadores que por definição são muito mais liberais do que a população em geral.
Esta pesquisa é uma prova de que a propaganda liberal não está mais funcionando na Rússia. O desejo do renascimento da União Soviética, que a maioria quer, estaria sobre uma nova base qualitativa e livre dos defeitos que teve no passado. Isto é o que une o povo russo como nunca antes.
http://russieconservatisme.org
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