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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, janeiro 07, 2015

Médico que faria parte da "Máfia das Próteses" fazia campanha anti-Dilma

Ele
Em sua página no Facebook o médico, Fernando Sanchis, está sempre pronto da bradar contra a corrupção. Defende até linchamentos e não se constrange a fazer campanha anti-Dilma como pode ser ver nesse "cartão de natal" que ele distribuiria para quem pediria caixinha de natal. Mas na sua profissão sua postura era bem outra.


Como se fossem duas personalidades diferentes, o combatedor da corrupção no facebook era o médico que suspostamente integrava uma quadrilha que fraudava o SUS com superfaturamento e comissões para a colocação de próteses.

A denúncia partiu de uma reportagem da RBS TV (exibida no Fantástico desse domingo - assista o vídeo abaixo). Segundo a reportagem as comissões, pagas aos médicos, seriam entre 15% e 50%. Para essas vantajosas comissões os profissionais superfaturavam serviços, direcionavam licitações, faziam procedimentos desnecessários e até registravam procedimentos não realizados.

Segundo um ex-vendedora de próteses, ouvida pela reportagem, os médicos, envolvidos, chegavam a faturar R$ 100 mil por mês no esquema.

Somente em um hospital, o Mãe de Deus, em Porto Alegre, que criou um grupo para revisar os pedidos de cirurgia, constatou que 35% dos pedidos eram desnecessários, ou seja, os pacientes passavam por longos tratamentos apenas para os médicos ficarem mais ricos.

Ele outra vez
Ouvido pela reportagem o médico Fernando Sanchis, admitiu que assinava laudos em nome de outros médicos, em resumo isso é falsidade ideológica, mesmo que o outro profissional estivesse de acordo (o que é duvidoso).

Nenhum dos médicos envolvidos é cubano! Tanto o Conselho Regional de Medicina, o Sindicato Médico do RS e o Conselho Federal de Medicina estão em silêncio sobre o caso até agora. Essas entidades fazem uma campanha declarada e aberta contra o governo federal, principalmente contra o Mais Médicos, mas parece que estão pouco interessadas nos desvios, milionários, feitos no SUS pelos seus integrantes.





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