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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, agosto 08, 2015

Viviane Mosé Desenhando a situação




Zilda Pavão compartilhou o vídeo de Jovens de Esquerda.
6 h ·
Resumindo didaticamente esse vídeo: a imprensa golpista quer que o Brasil se exploda.


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Uma aula de ciência política de altíssimo nível em menos 5 min...Extraordinário!



“Pobre e simplista”, diz filósofa sobre cobertura da imprensa no Brasil

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“Pobre e simplista”, diz filósofa sobre cobertura da imprensa no BrasilEm entrevista ao programa Observatório da Imprensa, a doutora em Filosofia Viviane Mosé disse que a mídia tradicional não contextualiza a situação econômica do Brasil em relação à crise mundial e deixa de noticiar os avanços do país para não falar bem do governo Do Revista Fórum Em entrevista ao programa Observatório da Imprensa, na […] Leia mais »

Parque Olimpico


11.300 visualizações
O Parque Olímpico ocupa uma área de 1,18 milhão de metros quadrados e será o coração dos Jogos ‪#‎Rio2016‬. No complexo, composto por nove arenas esportivas, serão disputas de 16 modalidades, entre elas basquete, natação e saltos ornamentais. Faça um passeio virtual pelo e confira o andamento da obra. goo.gl/sT7DIJ

Família de Lula abre três queixas-crime contra mentiras da imprensa e do PSDB + Médicos


68.428 visualizações
, o programa conseguiu atender a 63 milhões de pessoas que vivem em regiões carentes do país. “Agradeço também pela generosa acolhida que vocês dão a quem precisa”. Confira no vídeo!

Família de Lula abre três queixas-crime contra mentiras da imprensa e do PSDB



O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e seu filho, Fábio Luís Lula da Silva, abriram três queixas-crime contra autores de calúnias contra eles. Os alvos das medidas judiciais são o deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG), o prefeito de São Carlos, Paulo Altomani (PSDB), e os repórteres da revista Veja responsáveis pela reportagem de capa da edição de 25 de julho passado.
O ex-presidente é autor de queixas-crime contra Robson Bonin e Adriano Ceolin, repórteres de Veja. Eles são autores das reportagens de capa da edição nº 2436 da revista, em que pretensa reportagem afirma que uma delação premiada estaria próxima de envolver Lula na Operação Lava Jato. Aquele que seria o autor da delação, o empreiteiro Leo Pinheiro, negou integralmente as informações no mesmo dia da publicação de Veja por meio de nota de seus advogados, e o texto não expôs nenhuma evidência concreta para sustentar as afirmações difamatórias que publicou e divulgou com grande estardalhaço por meio de publicidade física e nas redes sociais.
Em relação ao deputado do PSDB, a ação se reporta às afirmações ofensivas feitas por ele em entrevista concedida em 9 de fevereiro de 2015 ao programa de rádio "Bom dia Divinópolis". Na ocasião, Sávio afirmou que o filho do ex-presidente enriqueceu de maneira ilícita e possui fazendas, o que não é verdade. A decisão de mover ação penal contra Sávio foi tomada depois que o parlamentar teve oportunidade de se retratar perante o STF, mas preferiu insistir em divulgar mentiras contra o filho de Lula.
Já o prefeito de São Carlos Altomani publicou mentiras em sua página no Facebook, dizendo que: “não é justo o Tesouro Nacional tirar dinheiro de nossa cidade para repassar ao BNDES para financiar por exemplo a empresa Frioboi, que pertence ao Lulinha, e que paga cachês milionários para o ator Tony Ramos para vender em rede nacional sua carne financiada com recursos de saúde educação limpeza publica etc” (sic). Por essas afirmações, Fábio moveu queixa-crime também contra ele.

Em primeiro lugar, porque nós temos de condenar todas as manifestações de ódio e intolerância. Essa não é a índole do povo brasileiro.

Ato contra o ódio promove abraço simbólico ao Instituto Lula




Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Cerca de mil pessoas promoveram um abraço simbólico ao Instituto Lula nesta sexta-feira (7). O abraço "contra o ódio e a intolerância, pela apuração dos responsáveis" foi organizado pelo diretório municipal do PT em São Paulo como uma manifestação solidariedade ao Instituto e de repúdio à bomba atirada contra o local na semana passada.
Lula chegou acompanhado da ex-primeira-dama Marisa Letícia e foi recepcionado com cartazes e faixas de apoio. De uma janela do prédio, o ex-presidente atirou rosas e cravos aos manifestantes. Estiveram presentes, ao lado da militância: Adi dos Santos Lima, presidente da CUT-SP; Alexandre Padilha, secretário de Relações governamentais de SP; Aloizio Mercadante, ministro da Casa Civil; Ana do Carmo, deputada estadual; Ana Perugini, deputada federal; Andrés Sanches, deputado federal; Antonio Donato, vereador de São Paulo; Artur Henrique, secretário de Trabalho da cidade de SP; Aytan Sipahi, militante histórico do PT; Benedita da Silva, deputada federal; Brás Marinho, presidente do PT de São Bernardo; Breno Altman, jornalista; Carlos Grana, prefeito de Santo André; Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá; Devanir Ribeiro, ex-deputado federal; Edinho Silva, ministro da Secom; Eduardo Suplicy, secretário de Direitos Humanos de SP; Emídio Souza, presidente estadual do PT-SP; Emir Sader, sociólogo; Gog, Rapper; Jamil Murad, vereador de São Paulo; Jaques Wagner, ministro da Defesa; José Graziano, diretor-geral da FAO; Ladislau Dowbor, economista; Laurindo Leal Filho, sociólogo; Lindbergh Farias, senador; Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo; Luiz Turco, presidente do PT de Santo André; Marcos Lula, vereador em São Bernardo; Max Altman, jornalista; Paulo Fiorilo, vereador de São Paulo; Ricardo Patah, presidente da CTB; Rui Falcão, presidente nacional do PT; Sebastião Almeida, prefeito e Guarulhos; Teonílio Barba, deputado estadual; Valter Pomar, da Executiva nacional do PT; Valter Sanches, diretor de comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC; Vicente Cândido, deputado federal; Wagnão, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e Zé Ferreira, vereador de São Bernardo do Campo. E representantes das entidades: Apeoesp; CMP; Contracs; CTB; CUT; Movimento População de Rua; PCdoB; PCO; PDT; PT; Sincoverg, UNE, MTSC e FLM.
Leia abaixo algumas das manifestações das personalidades presentes a favor da democracia:
Alexandre Padilha, secretário de Relações Governamentais do Governo Haddad, ex-ministro
O atentado ao Instituto Lula é um atentado à democracia, à tolerância, a tudo que por que nós lutamos nesse país. Nós estamos aqui também para cobrar a apuração dos responsáveis, para que não se propaguem gestos de intolerância. 
Benedita da Silva, deputada federal
Este ato é a demonstração de que o Partido dos Trabalhadores está organizado e não aceita nenhum golpe e que essa prática terrorista aqui no Instituto Lula vai fazer com que estejamos cada dia mais atentos. Eles não querem a Democracia, mas ela se implantou e vai ficar. E nós vamos estar cada dia mais a conquistando. Lula é o maior líder que nós temos na política brasileira e internacional, e portanto nós estamos junto com ele. Mexeu com ele, mexe com a gente.
Edinho Silva, ministro da Secretaria de Comunicação Social
Divergências devem ser resolvidas no debate político e se for uma questão de fundo, uma questão de direcionamento, se resolve no processo eleitoral. Você não pode resolver divergências políticas afrontando a democracia, afrontando as instituições democráticas. 
Eduardo Suplicy, ex-senador, secretário de Direitos Humanos da Cidade de São Paulo
Eu vim aqui como centenas senão alguns milhares de companheiros, admiradores, pessoas que ao longo dos últimos 35, 40 anos sempre estivemos solidários aos trabalhadores, à causa da democracia, aos objetivos de construção democrática de uma nação mais justa, solidária e fraterna. Nós viemos aqui para dizer que achamos inadmissível e condenamos fortemente qualquer ato de violência contra quem quer que seja, ainda mais aqui um atentado que se realizou há poucos dias contra o Instituto Lula. Então estamos aqui solidários ao presidente Lula, a todos os diretores do Instituto Lula e para apoiar às manifestações que se dêem de forma pacífica numa democracia, e Constituição Federal Brasileira assugura o deireito de manifestação de quem quer que seja desde que de  maneira respeitosa e pacífica. Então viemos aqui para condenar este ato de atentado às nossas instituições democráticas.
Emir Sader, sociólogo e cientista político
Lula, e por extensão, o Instituto, é a figura-chave do passado, presente e futuro do Brasil. Eles lutam para destrui-lo e nós, para que ele seja o articulador da recomposição das forças populares do Brasil.
Jamil Murad, médico e membro do Comitê Central do PCdoB
Estamos aqui para protestar contra a violência da oposição; forças políticas, sociais, para dizer: nós defendemos a democracia e exigimos respeito.
Jaques Wagner, ministro da Defesa
"Eu acho que o direito de manifestação é fundamental. Considero que houve uma agressão clara, um pouco consequência do ambiente construído neste momento, estranho à história da democracia brasileira. Então alguém se acha no direito de jogar seja lá o que for... Eu acho que essa coisa tem de ser desmontada. Então estas pessoas que estão aqui com um sentimento de carinho pelo presidente Lula, seguramente a maior liderança popular dos últimos 40, 50 anos no brasil. Mas há também uma consciência que, no jogo da democracia, a convivência entre os diferentes é fundamental. Então tudo que estimula o ódio, a intolerância não é bem-vindo.
José Graziano, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)
Todos nós estamos aqui hoje defendendo o direito dos cidadãos de se manifestar livremente e ter opiniões diferentes sem ser violentos. Não há espaço para a violência neste momento do Brasil, nunca houve. O Brasil sempre foi um país que resolveu suas diferenças de modo pacífico e é isso o que todos nós queremos.
Ladislau Dowbor, membro do Conselho África do Instituto Lula e professor titular da PUC-SP
É uma reação da sociedade a um ato de bestialidade política. Usar de terrorismo depois de tanta luta para conquistar a democracia é regredir. Os acertos, a construção e a tranformação que houve no Brasil nos últimos anos é patente. Tentar voltar atrás é lamentável. A reação das pessoas para defender o que a gente conquistou vai ser muito forte.
Laurindo Leal Filho, sociólogo e jornalista
É importante como primeiro passo para que mais grupos sociais se integrem nessa luta contra o golpe. Um ato como esse tem dois significados: a defesa da democracia e despertar a população para a necessidade do confronto de ideias em termos civilizados.
Lindbergh Farias, senador
Esse ato é um movimento de repulsa ao ato bárbaro que aconteceu aqui. Infelizmente setores da oposição brasileira tinham que ter dado um peso maior ao que aconteceu aqui. Eu não vi nenhuma declaração forte de lideranças do PSDB, do Aécio, do Fernando Henrique Cardoso... isso foi um atentado contra um ex-presidente da República do Brasil que tem um nome muito forte não só no país, mas representa muito o Brasil fora do Brasil. E o que a gente veio fazer aqui foi um desagravo. A gente não vai aceitar que movimentos facistas como esse prosperem. E queremos — por isso que eu faço questão de falar da oposição — cobrar um posicionamento mais firme da oposição contra um ato como esse que aconteceu aqui.
Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo do Campo
Nós pertencemos a uma geração, a algumas gerações, que conheceram o significado do que é intolerância, do que foi a ditadura militar, o que uma crise inventada, forçada pode levar. E nós sabemos que a democracia brasileira construiu vários líderes, de várias visões ideológicas... Mas a democracia produziu a maior liderança brasileira de todos os tempos, que é o presidente Lula. Uma direita raivosa, que tem a coragem de começar a mostrar as garras e ter a petulância de fazer um... na prática de executar um ato terrorista. Se fosse nos Estados Unidos, isso aqui ia ser enquadrado como terrorismo e possivelmente as forças de inteligência já teriam localizado, já etava preso e tal. Nós precisamos chamar a atenção do Ministério da Justiça, da Polícia Federal, do Supremo Tribunal Federal para os perigos que um processo desse crescente pode acontecer. Eu observo que tem muita gente que são corruptos confessos e que estão sendo tratados pela mídia como coitadinhos, como colaboradores. Corruptos confessos. Tudo para sacrificar o PT, sacrificar o Lula, sacrificar o governo. É preciso ter, evidentemente, um processo de serenidade para conduzir o país pra passar por essa crise econômica, mas é preciso ter responsabilidade de todos os órgãos que tenham responsabilidade para manter o Brasil nos trilhos.
Esse ato representa o simbolismo da militância de esquerda, popular, não só do PT, como mensagem: não brinque com isso, que isso é coisa séria. E precisamos continuar, acima de tudo, transformando o Brasil, porque tem muito pra fazer.
Renato Rabelo, presidente do PCdoB
O atentado é exatamente um exemplo do nível da intolerância e da atitude facista que em alguns setores da nossa sociedade já se expande nessa hora. Dá corpo até a esse tipo de gente. O petardo lançado aqui o que é? O símbolo de uma violência física, de uma violência que a gente só pode entender como atitude facistoide. Então essa é a primeira questão. Segundo, Lula é um patrimônio brasileiro, porque é uma grande liderança do nosso povo e um homem de grande prestígio mundial. Aliás, nós conseguimos isso nesses 12 anos. Todo mundo fala do que a gente conseguiu, mas esse é o lado maior, é uma grande liderança. Por isso que eles querem atingir Lula. Porque o atingir Lula abre caminho para eles. Essa é que é a questão. Atingir Lula é atingir o projeto, atingir a esquerda. Por isso que nós estamos aqui. Não é uma questão só do PT, não, é uma questão da esquerda. Eles vão dizer depois que a esquerda falhou, que a esquerda não vale nada, que a esquerda exatamente levou o Brasil ao desastre. É isso que eles vão dizer. Por isso que Lula para nós é o maior símbolo da democracia e das conquistas alcançadas neste país.
Rui Falcão, presidente Nacional do PT
Em primeiro lugar, porque nós temos de condenar todas as manifestações de ódio e intolerância. Essa não é a índole do povo brasileiro. Principalmente quando esse ódio se materializa numa bomba atirada contra o local de trabalho de um ex-presidente da República, da maior liderança que este país já produziu. E é também um momento de solidariedade, dizer do nosso carinho, da nossa admiração, que estamos juntos em qualquer circunstância. Com ele, e em defesa da democracia também, porque a democracia é uma convivência de contrários, mas dentro de regras, de leis, e quando você rompe essas regras com atos de violência, a sociedade tem de reprovar.

MARCHA INTERNACIONAL CONTRA O GENOCÍDIO DO POVO NEGRO

III MARCHA INTERNACIONAL CONTRA O GENOCÍDIO DO POVO NEGRO - SALVADOR - BAHIA - 
24 DE AGOSTO DE 2015
http://reajanasruas.blogspot.com.br/ 

https://www.facebook.com/ReajaOuSeraMortoReajaOuSeraMorta

Em 5 de setembro, Criolo fará 40 anos. 1975, nesta época, ou bem antes, ouvíamos falar de...e testemunhávamos enormes injustiças sociais em relação aos negros, não só aqui, mas em outras partes do mundo. O que fazer se este mundo é nazi fascista? O que fazer? e o pior... é que a maioria ainda não se tocou disto e continua fazendo o jogo do inimigo... e se considerando cidadão ou gente!
Nos anos 80 lembro bem de amigos negros que diziam não poder passar no centro da maior cidade do Brasil, São Paulo, após 10 da noite. Se lá passassem certamente seriam parados e revistados por policiais como se fossem bandidos... na época eu só podia me solidarizar, hoje tomo partido aqui no blog destas crueis injustiças, destes crimes absurdos contra os direitos humanos, destas mortes e crimes "invisíveis", "invisiveis" pra maioria do povo e para os que "governam" e se fazem de cegos e ainda cooperam para manter toda esta vergonha! 

Nadia Gal Stabile - 07 08 2015

http://www.cartacapital.com.br/cultura/criolo-desde-que-me-entendo-por-gente-vao-pra-favela-assassinar-jovens-1875.html

Polícias Militares invadem com fuzil na mão o lançamento do Comitê da III Marcha contra do genocídio do povo negro em Cachoeira/ BA


http://www.geledes.org.br/policias-militares-invadem-com-fuzil-na-mao-o-lancamento-do-comite-da-iii-marcha-contra-do-genocidio-do-povo-negro-em-cachoeira-ba/#gs.3110961579ab4172bccf0a7ec2e90f2b

*vídeo via portal Geledés

Polícia Militar invade e intimida atividade comunitária EM Cachoeira-BA 

https://www.youtube.com/watch?v=3XbzXCFCneo



*PDF do Relatório da Anistia Internacional : 
"Você Matou Meu Filho" 
https://anistia.org.br/wp-content/uploads/2015/07/Voce-matou-meu-filho_Anistia-Internacional-2015.pdf

sexta-feira, agosto 07, 2015

Vargas, Goulart, Dilma e as ilusões da extrema esquerda

Vargas, Goulart, Dilma e as ilusões da extrema esquerda


por Ignacio Godinho Delgado*

Estamos perto de um desfecho do processo iniciado desde a proclamação dos resultados das eleições de 2014, caracterizado pela disposição de setores da direita brasileira em interromper o curso normal do governo Dilma.
No momento, tal disposição está concentrada nas Organizações Globo, em setores do PSDB ligados a Aécio Neves, em segmentos ultra-reacionários da oposição parlamentar (Caiado et caterva), nas hordas fascistas gestadas e embaladas pela mídia e nos braços do aparato policial e judicial da direita política, representados por grupos da Polícia Federal, jovens procuradores com inclinações salvacionistas e o juiz Moro.
O epicentro da conspiração está radicado nas Organizações Globo. Setores do PSDB ligados a José Serra e Geraldo Alckmin estão reticentes, em meio a especulações sobre o melhor cenário para seus propósitos eleitorais. O PMDB observa, com suas tradicionais divisões, com segmentos ligados a Cunha e/ou ressentidos com Dilma cogitando (se é que já não se decidiram) qual a saída que pode lhe garantir o melhor prêmio.
No meio empresarial, o temor é o aprofundamento de um quadro de conturbação que seja, digamos, ruim para os negócios.
Setores mais tradicionais aspiram a retomada da perspectiva alentada na década de 1990 de nuclear o desenvolvimento na redução do Custo Brasil, notadamente o custo do trabalho, que hoje se expressa na batalha pela terceirização.
É significativo lembrar que Dilma rechaçou energicamente tal perspectiva no seu primeiro governo, reafirmando o propósito de manter a política de valorização do salário mínimo e vetando o projeto que extinguia a cobrança do adicional de 10% na multa do FGTS pago pelas empresas em caso de demissão sem justa causa. As medidas associadas ao ajuste fiscal, incidentes sobre o seguro-desemprego, o abono salarial e as aposentadorias não afetam diretamente o custo do trabalho para os empresários, vinculando-se, antes, a preocupações fiscais. Conquanto controversas, é um grande equívoco coloca-las no mesmo saco.
Há, também, o interesse de investidores estrangeiros na mudança do marco regulatório do Pré-Sal e na ocupação do espaço a ser eventualmente aberto no setores de energia e construção, na esteira da Operação Lava Jato.
Não necessariamente o alcance dos objetivos dos empresários dos setores intensivos em trabalho e dos entreguistas exigiriam a remoção de Dilma, podendo ser efetivado com o enfraquecimento de seu governo e com arranjos no parlamento.
Todavia, tal como ocorre com os setores políticos da oposição hoje reticentes com o objetivo do impeachment, o alinhamento definitivo numa mesma direção – a remoção de Dilma – vai depender do andamento das ações previstas no Congresso e nas ruas. Esta é a expectativa das Organizações Globo: criar um ambiente que torne a alternativa do impeachment inevitável e acolhida por todos os setores de direita.
Boa parte do cenário atual foi gerado pela inabilidade do governo, pela proposição e condução desastradas do ajuste fiscal, pelo recrudescimento da inflação e pela letargia do PT, que erodiram de forma expressiva sua base de sustentação popular.
Não obstante, é uma ilusão perigosa a perspectiva da extrema esquerda de assistir ou colaborar para a derrubada do governo, na expectativa de que assim os interesses dos trabalhadores poderiam ser melhor defendidos. José Maria do PSTU, disse em entrevista recente que “ou estamos contra o governo, dispostos a ajudar nossa classe a derrubá-lo (…) ou vamos estar no campo deste governo com o argumento de que estamos lutando contra o golpe de direita” (ver vídeo em anexo, aos 12 minutos – http://www.revistaforum.com.br/rodrigovianna/geral/pstu-chama-derrubada-governo-de-dilma-roussef/).
É um simplismo monumental. A derrubada de Dilma traz de imediato a liquidação do marco regulatório do Pré-Sal e facilita a aprovação de medidas como a terceirização. Ademais, por que imaginar que os trabalhadores não têm interesse no respeito pela democracia e a normalidade institucional? Por que tomá-las apenas como um instrumento, não obstante as duras réplicas e ineficiências da história?
Em 1954, o PCB, às vésperas da morte de Vargas, alcunhava-o um “aliado do imperialismo”. Sua remoção, ainda que tenha firmado o trabalhismo como identidade política dos trabalhadores, facilitou a consolidação de um modelo de desenvolvimento subordinado ao capital externo. Em 1963, diante do Plano Trienal de Celso Furtado, o combate sem tréguas da esquerda colaborou para minar o governo Goulart, facilitando o caminho do golpe. É possível combater o ajuste fiscal, estar na oposição à esquerda do governo e condenar o golpe que se avizinha. Não fazer isso, pode deixar aliviada a consciência revolucionária em sua infantil expressão, mas serve claramente aos propósitos entreguistas e à erosão dos direitos dos trabalhadores.
*Ignacio Godinho Delgado é professor de História e Ciência Política na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia-Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (INCT-PPED). Doutorou-se em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1999, e foi Visiting Senior Fellow na London School of Economics and Political Science (LSE), entre 2011 e 2012.
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Partido  panteras-negrasA tensão racial nos Estados Unidos sempre foi alta, já faz parte da história do país. Mas, no último ano ela tem se intensificado com o aumento da violência policial contra os negros. Em Ferguson, no Estado do Missouri, a população protestou massivamente depois que um policial branco matou um jovem negro desarmado, em agosto do ano passado. Em Nova Iorque, foi o caso do estrangulamento de Eric Garner, em julho do ano passado, também por um policial branco que depois foi absolvido, o que revoltou a comunidade. Em Ohio, também no ano passado, um menino de 12 anos com uma pistola de brinquedo foi morto por policiais brancos que alegaram legítima defesa. A prisão, no Texas, da militante do movimento “Black Lives Matter” (A Vida dos Negros Importa, em tradução livre), Sandra Bland, que foi imobilizada no chão e algemada por não ter sinalizado adequadamente ao mudar de faixa no trânsito e apareceu morta em sua cela três dias depois sem uma explicação plausível.
O ataque terrorista à igreja afro-americana batista de Birmingham, no Alabama, em 1963, em que o grupo racista Ku Klux Klan explodiu 15 bananas de dinamite na escadaria, matou quatro meninas e feriu outras 22 pessoas, gerou uma onda tão grande de protestos que conseguiu forçar a aprovação, no ano seguinte, da lei federal que criminalizou o racismo e baniu o sistema de segregação que existia no país. Cinquenta e dois anos depois da aprovação da lei, a bandeira dos Estados Confederados, que ainda é um símbolo forte da escravidão e da segregação que ocorria no Sul dos Estados Unidos durante a Guerra Civil Americana, ainda tremulava no Parlamento da cidade de Columbia, na Carolina do Sul, onde ocorreu o assassinato de nove negros por um homem branco, na Igreja Metodista Episcopal de Charleston, no dia 17 de junho. A população saiu às ruas para exigir a retirada da bandeira e outros símbolos que representam o passado escravista. No dia 10 de julho a retirada da bandeira foi aprovada pelo Congresso Estadual e sancionada pela governadora Nikki Haley.
Após a retirada da bandeira, terroristas da organização racista Ku Klux Klan, que proclama a supremacia branca, foram às ruas no sábado (18 de julho) protestar contra a decisão do Parlamento. Durante a marcha mostraram faixas confederadas – algumas chegando a conter a suástica nazista no meio – e proferiram insultos aos negros que passavam pelo lugar. Apesar do aumento do policiamento na região, o conflito se tornou inevitável e foi tão intenso que a governadora do Estado emitiu um comunicado pedindo para as pessoas ficarem em suas casas. Agressões verbais racistas e físicas foram desferidas contra a comunidade negra, que revidou, deixando alguns feridos e pelo menos dois detidos.
 No mesmo dia, no entanto, a população mobilizada pelo Novo Partido dos Panteras Negras, partido que defende a luta revolucionária para a libertação e emancipação do povo negro, e vários negros ligados a movimentos por direitos civis foram às ruas defender o fim do racismo nos EUA. Cerca de 400 pessoas do Novo Partido Panteras Negras, criado para autodefender e impulsionar uma luta revolucionária para libertação e emancipação dos negros, inspirado no antigo Partido dos Panteras Negras, marcharam nas ruas uniformizados e carregando bandeiras do movimento e proferiram sua palavra de ordem: “Pela auto-organização popular e individual, para a autodefesa e para uma luta revolucionária de caráter político, econômico e social autônomo! Todo poder ao povo!”.
Andrea Moura, Pernambuco.
*Averdade

O covarde massacre de Hiroshima e Nagasaki


hiroshimaA rendição não tardaria. O Japão, único país do tripé nazifascista a resistir, não aguentaria por muito tempo. O fascismo italiano já havia sido nocauteado, mais pela luta popular (foram os guerrilheiros partisans que prenderam e executaram Mussolini), que por intervenção externa. A Alemanha assinara a rendição a 8 de maio de 1945, após a tomada de Berlim pelo Exército Vermelho Soviético (leia A Verdade, nº 172). A União Soviética declarara guerra ao Japão, fato que pesou mais que qualquer outro para a rendição japonesa, como afirmaram explicitamente historiadores e membros do governo na época.
Na verdade, o lançamento das bombas atômicas sobre as cidades interioranas de Hiroshima e Nagasaki não tem justificativa do ponto de vista estratégico. Seu objetivo foi apenas impedir que a União Soviética, a principal vítima da Segunda Guerra, com 20 milhões de mortos, e a responsável pela derrocada da Alemanha, o fosse também pela rendição japonesa.
Na verdade, para conter a hegemonia do comunismo no mundo, os Estados Unidos, sem consultar nenhum dos países aliados, praticaram, há exatos 70 anos, o maior atentado terrorista da História da Humanidade, e demonstrou que se equiparava ao monstro nazista agonizante em termos de desprezo pelo povo, pela vida.
O massacre covarde 
Os habitantes de Hiroshima (350 mil) sofriam as consequências da guerra, naturalmente, mas não tinham sofrido nenhum ataque. Nem esperavam por aquele. Às 8 horas da manhã, viviam a rotina das primeiras horas do dia 6 de agosto de 1945. De repente, uma explosão violenta, uma claridade ofuscante e uma nuvem imensa, em forma de cogumelo, transformam tudo num inferno. Crianças, idosos, mulheres, homens, sem distinção, são atingidos pelas ondas radioativas das mais diferentes formas. Difícil contar, mas cerca de um terço da população morre de imediato. Quem sobrevive, implora para morrer, pois a situação, as dores são insuportáveis. “Pensem nas crianças mudas, telepáticas/pensem nas mulheres rotas, alteradas…”. Poucos sobrevivem. Um desses, Sumie Karamoto, que tinha 16 anos, relata:
Houve um estrondo, uma explosão reverberante e, no mesmo instante, um clarão de luz amarelo-alaranjado entrou pelo vidro do telhado. Ficou tudo tão escuro como noite. Um golpe de vento atirou-me no ar e a seguir no chão, contra as pedras. A dor estava apenas brotando quando o prédio começou a ruir em torno de mim… Aos poucos, o ar se aclarou e eu consegui sair dos destroços. No caminho para um dos centros de emergência vi muita confusão. As ruas estavam tão quentes que queimavam meus pés. Casas ardiam, os trilhos de bonde irradiavam uma luz sinistra e no local de um templo pessoas se amontoavam. Algumas respiravam, a maioria estava imóvel. No pronto-socorro chegava gente correndo, as roupas rasgadas, chorando, gritando. Alguns tinham o rosto ensanguentado e inchado, outros tinham a pele queimada caindo aos frangalhos de seus braços e pernas. Em um bonde vi fileiras de esqueletos brancos. Havia também os ossos de pessoas que tentaram fugir. Hiroshima tinha se tornado num verdadeiro inferno.”
O mundo emudece. Mas não bastava; um espetáculo apenas de horror não foi suficiente para satisfazer a sanha assassina da nova besta imperialista. Nagasaki (266 mil moradores) era uma cidade industrial, portanto, com maioria da população operária. Já havia sofrido alguns bombardeios com resultados ínfimos diante do que estava para acontecer no dia 9 de agosto, quando é lançado sobre a cidade, perto do meio dia, o mesmo artefato que destruíra Hiroshima. E o inferno se repete. “Senhor Deus dos desgraçados, dizei-me vós, Senhor Deus, se é mentira, se é verdade, tanto horror perante os céus”, teria repetido o nosso poeta-maior da liberdade, Castro Alves.
Setenta anos depois, a “rosa radioativa, estúpida e inválida” continua fazendo vítimas, descendentes dos sobreviventes, que sofreram mutações genéticas, provocando doenças como câncer e leucemia. Os memoriais nas duas cidades atualizam anualmente o número de vítimas até os dias atuais, registrando, em 2014, 260 mil em Hiroshima e 160 mil em Nagasaki.

Como será a Terceira Guerra Mundial?

Deprimido, com certo remorso por ter ajudado a criar a bomba atômica, o grande cientista Albert Einstein afirmou, dias depois dos atentados: “Não sei com que armas se fará a terceira guerra mundial, mas a quarta será com paus e pedras”.
É que ele previa a evolução da “Little Boy” (nome com o qual cinicamente foi batizada a primeira bomba). O seu poder de destruição é café-pequeno ante as modernas bombas nucleares que compõem o arsenal das superpotências capitalistas (Estados Unidos, Rússia, China) e dos aliados dos EUA: França, Índia, Paquistão e Israel.
O aprofundamento da crise do capitalismo acirra a disputa de mercado entre as potências capitalistas, como aconteceu no século 20. Portanto, a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial não é algo improvável (segundo o papa Francisco, ela já começou). Hoje, o arsenal existente é capaz de destruir, em poucos dias, toda a Humanidade e extinguir a vida sobre a Terra.
Portanto, ou a Humanidade destrói o capitalismo ou o capitalismo destruirá a Humanidade. Este é o desafio do nosso tempo e, por isso, como alertou o poetinha Vinícius de Moraes, “Não se esqueça da rosa de Hiroshima, a rosa hereditária, a rosa com cirrose, a antirrosa atômica, sem cor, sem perfume, sem rosa, sem nada…”.
(José Levino é historiador)
*Averdade