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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, agosto 08, 2015

MARCHA INTERNACIONAL CONTRA O GENOCÍDIO DO POVO NEGRO

III MARCHA INTERNACIONAL CONTRA O GENOCÍDIO DO POVO NEGRO - SALVADOR - BAHIA - 
24 DE AGOSTO DE 2015
http://reajanasruas.blogspot.com.br/ 

https://www.facebook.com/ReajaOuSeraMortoReajaOuSeraMorta

Em 5 de setembro, Criolo fará 40 anos. 1975, nesta época, ou bem antes, ouvíamos falar de...e testemunhávamos enormes injustiças sociais em relação aos negros, não só aqui, mas em outras partes do mundo. O que fazer se este mundo é nazi fascista? O que fazer? e o pior... é que a maioria ainda não se tocou disto e continua fazendo o jogo do inimigo... e se considerando cidadão ou gente!
Nos anos 80 lembro bem de amigos negros que diziam não poder passar no centro da maior cidade do Brasil, São Paulo, após 10 da noite. Se lá passassem certamente seriam parados e revistados por policiais como se fossem bandidos... na época eu só podia me solidarizar, hoje tomo partido aqui no blog destas crueis injustiças, destes crimes absurdos contra os direitos humanos, destas mortes e crimes "invisíveis", "invisiveis" pra maioria do povo e para os que "governam" e se fazem de cegos e ainda cooperam para manter toda esta vergonha! 

Nadia Gal Stabile - 07 08 2015

http://www.cartacapital.com.br/cultura/criolo-desde-que-me-entendo-por-gente-vao-pra-favela-assassinar-jovens-1875.html

Polícias Militares invadem com fuzil na mão o lançamento do Comitê da III Marcha contra do genocídio do povo negro em Cachoeira/ BA


http://www.geledes.org.br/policias-militares-invadem-com-fuzil-na-mao-o-lancamento-do-comite-da-iii-marcha-contra-do-genocidio-do-povo-negro-em-cachoeira-ba/#gs.3110961579ab4172bccf0a7ec2e90f2b

*vídeo via portal Geledés

Polícia Militar invade e intimida atividade comunitária EM Cachoeira-BA 

https://www.youtube.com/watch?v=3XbzXCFCneo



*PDF do Relatório da Anistia Internacional : 
"Você Matou Meu Filho" 
https://anistia.org.br/wp-content/uploads/2015/07/Voce-matou-meu-filho_Anistia-Internacional-2015.pdf

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