Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, agosto 14, 2015

Razões para ser fidelista (em homenagem aos 89 anos de Fidel Castro)


Fidel Castro durante o quinto aniversário da Revolução. Por AIN
Por Ivette Martínez

Ser fidelista é a virtude indispensável em um revolucionário cubano, é um reconhecimento de que a Revolução foi feita por muitos homens mas conduzido por um líder, é saber ainda que com este líder os méritos lhe sobram e nos segue dando múltiplas razões para defender suas conquistas.

Felicidades Comandante! Em seu aniversário de 89 anos recordamos essas razões que nos inspiram a seguir seus passos, que nos mantêm defendendo a Revolução que você engendrou junto a seu povo, esse povo que hoje se orgulha de ter um Fidel em sua história.

Você é e será sempre um exemplo para todos os cubanos:

Por ter nascido em berço humilde e fazer de sua vida uma solenidade à modéstia.

Por ter sido um adolescente em que não foi alheio aos problemas de seu país.

Por ter estudado a carreira correta para defender os direitos de seu povo e se converter no líder que a juventude de seu tempo necessitava.

Por emancipar suas ânsias de independência como um Pinheiro Novo Martiano.

Por nos ensinar que houve um Zanjón e um Baraguá.

Por nos deixar um Moncada e uma alegação que o deixou absolvido pela história.

Leia também:
Especial - Fidel Castro, 87 anos
Fidel Castro: 88 anos de um lutador
50 verdades de Fidel Castro
O aniversário dos impossíveis

Por um Granma que removeu as águas do Oriente e um exército que conquistou a Sierra.

Por conquistar o triunfo de uma Revolução dos humildes, com os humildes e para os humildes.

Por nos fazer valorizar homens como Camilo, Che, Almeida e Raúl.

Por uma reforma agrária que beneficiou milhares de camponeses e uma campanha de alfabetização que fez de Cuba o primeiro país sem analfabetos na América Latina.

Por um Girón de vitória que ratificou o caráter socialista de nossa Revolução.

Pela negociação mais exata para que não se disparassem os mísseis russos.

Por ser o maior estrategista na busca de alternativas para sobreviver no Período Especial.

Por ser um internacionalista incansável e porta-voz perseverante dos países pobres do mundo.

Por nos convencer de que as ideias de um povo unido podem mais do que um exército.

Por nos definir Revolução em um conceito, mas nos demonstrar que é um sentido de vida.

Por nos demonstrar que em um Partido se sintetizam os sonhos de todos os revolucionários e é ali onde se concretizam as ideias, os princípios e a força da Revolução.

Por nos convencer de que é o povo quem tem que ser protagonista de sua própria história.

Por resistir ao mais longo e cruel bloqueio norte-americano na história.

Por multiplicar seu exemplo em milhares de médicos e colaboradores que levam a bandeira da solidariedade aos lugares mais longínquos deste mundo.

Por sua luta incansável pela volta dos Cinco.

Por seu trabalho em integrar a América de Bolívar e Martí.

Por seu alerta permanente do fim da espécie humana.

Por sua enérgica denúncia diante das ânsias imperialistas dos Estados Unidos no mundo.

Podem existir muitas outras razões por ser fidelista porque Fidel é grande, imenso e tão gigantes são também as razões e argumentos para seguir sua obra. Se estas razões nos conduziram até hoje pelo roteiro correto, então estamos obrigados a preservá-las. Arraigá-las na consciência de todos é um dever, mas defendê-las é nossa obrigação.

Não importa que em sua camisa verde-oliva faltem as ombreiras com as insígnias vermelha e preta. Sua estrela está em nós, em cada um dos que amamos esta Revolução e para quem Fidel é e será para sempre nosso Comandante em chefe.

Ivette Martínez/Consulado de Cuba em São Paulo.

Tradução: Blog Solidários

Nenhum comentário:

Postar um comentário