Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sábado, agosto 22, 2015
#AmericaLatinaConBrasil ficou entre os assuntos mais comentados de países como a Venezuela
#AmericaLatinaConBrasil ficou entre os assuntos mais comentados de países como a Venezuela
ericaLatinaConBrasil ficou entre os assuntos mais comentados de países como a Venezuela
Por: Agência PT, em 21 de agosto de 2015 às 07:30:50
Internautas favoráveis ao governo da democracia e contra as tentativas de golpe contra a presidenta Dilma Rousseff se mobilizaram, nesta quinta-feira (20), em favor do Estado Democrático de Direito. Enquanto milhares de brasileiros manifestaram, nas ruas, contra o golpismo da oposição, os venezuelanos se juntaram para manifestarem apoio ao governo brasileiro nas redes sociais.
As manifestações organizadas pelos movimentos sociais e sindicais em apoio ao governo e a democracia começaram pela manhã desta quinta e seguiram durante todo o dia. No fim do dia, segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), São Paulo registrou 60 mil de pessoas reunidas. Enquanto isso, 20 mil se encontravam em favor do ato na cidade do Rio de Janeiro.
A hashtag #AmericaLatinaconBrasil foi um dos assuntos mais comentados e estava no Trendings Topics na Venezuela. Aos poucos a tag foi contagiando outros países da América Latina como colombianos, equatorianos e panamenhos.
Os internautas reforçaram o discurso contra os pedidos de impeachment, a favor do povo e da democracia. O usuário @CesarConjV disse que o governo do Brasil se manterá firme e trabalhando pelo povo e contra os ataques da direita.
O @rangelgomez afirmou que o Brasil e a Venezuela são povos irmãos que transcenderam fronteira pela integração plena.
O usuário @andreseloypsuv escreveu que seu povo crê na união dos povos e que apoio “os irmãos do Brasil”.
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