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terça-feira, setembro 28, 2010
Uma nação de pobres graças a Washington
Uma nação de pobres graças a Washington
As famílias estadunidenses já estão há anos imersas numa vertiginosa espiral de decadência econômica, uma involução que não começou com essa recessão e não terminará tão cedo, a menos que haja uma intervenção massiva e sustentada. Essa é a dura realidade, uma verdade tão clara como o fato de que pouquíssimas pessoas no governo estejam preparadas para encará-la.
O ponto que mais desnortea a cultura política no coração de Washington não é a repetidamente desrespeitosa linha divisória partidária, e sim o perpétuo consenso de que no futuro tudo será melhor, mesmo quando todos os sinais evidenciam o contrário. As famílias estadunidenses já estão há anos imersas numa vertiginosa espiral de decadência econômica, uma involução que não começou com essa recessão e não terminará tão cedo, a menos que haja uma intervenção massiva e sustentada. Essa é a dura realidade, uma verdade tão clara como o fato de que pouquíssimas pessoas no governo estejam preparadas para encará-la.
Na quinta passada, o Censo dos Estados Unidos publicou dados que mostram uma pobreza sem precedentes no ano 2009 (link em inglês), ano em que quase 44 milhões de estadunidenses viveram abaixo da linha da pobreza, mais do que o Censo registrou nos 51 anos em que esse indicador é publicado. É possível que o fato tenha sido o titular menos surpreendente do ano: é tão certo que esses números provém de nosso processo eleitoral como é tão certo que o dia precede a noite.
Tampouco causa surpresa ler que em 2009 foi pior. O índice total de pobreza alcançou 14,3% (uma em cada sete pessoas), mais de um quarto da população negra e de origem latino-americana no país viveu nessa situação no ano passado. Os dados sobre a pobreza na infância são os mais reveladores: quase 36% das crianças negras e 33% das crianças latino-americanas eram pobres em 2009, igual a 38,5% de todas as famílias a cargo de mães solteiras. Façamos uma pausa para tratar de digerir essa informação: mais de um terço de todas as crianças negras de origem latino-americana crescem como indigentes. Frente a esse dado, com que cara podemos discutir articuladamente sobre um futuro melhor?
Nos convém, com nação, perguntarmos seriamente por que os problemas das famílias negras e de origem latino-americana se entendem melhor como indicadores previsíveis do que como dados atípicos.
A perda massiva de empregos entre 2008 e 2009 (o desemprego cresceu em 3,5%) é, sem dúvida, o principal fator que explica o aumento imediato da pobreza. Além disso, aqueles angustiantes meses não foram nem o princípio nem o final do problema. A atual recessão tem sido impiedosa com os estadunidenses negros por diversas razões, mas uma das mais importantes diz respeito ao fato de que os bairros negros nunca superaram a recessão de 2001. Isso significa que foi um grupo mais vulnerável à depressão do mercado imobiliário que levou a economia nacional à beira do precipício.
Agora sabemos que os bancos outorgaram empréstimos incobráveis de maneira deliberada e que os reguladores fizeram vista grossa das sobras, assinadas em tempo real, que indicavam fraude nos empréstimos e previam o desastre. Essa situação continuou impune porque não havia nada de novo debaixo do sol. A demanda de Wall Street para gerar receitas a curto prazo alimentava decisões irresponsáveis dos bancos em empréstimos muito antes da crise dos títulos subprime. Todas as famílias que entrevistei enquanto cobria a crise haviam sido induzidas a esses perigosos empréstimos num esforço para sair de enormes dúvidas contraídas pelo uso de cartões de crédito, financiamentos para estudantes e muitas outras armadilhas espalhadas por toda a economia nacional.
À medida que o Congresso trabalha para a eliminação dessas armadilhas, os bancos e as grandes corporações não farão nada senão colocar outras. E estão buscando novas e criativas maneiras de enganar os seus clientes e convencê-los a aceitar taxas de cheque especial exorbitantes, bem como mecanismos que possam ampliar o mercado para os empréstimos em folha. As seguradoras estão aumentando as taxas antes que entrem em vigor as reformas e as empresas de cartões de crédito estão inventando uma forma de burlar os novos mecanismos de proteção ao consumidor... e isso é apenas o que vem à luz. O certo é que cada vez há mais pessoas que levam mais de seis meses seguidos sem emprego, e cada vez mais famílias serão tão vulneráveis ao efeito predador dos bancos como tradicionalmente foram as famílias negras e de origem latino-americana.
Tudo isso explica porque a tarefa mais importante em Washington poderia ser o novo organismo de controle para a proteção financeira do consumidor, criado graças ao projeto de reforma de Wall Street desse ano.
Os representantes de Wall Street que compareceram ao Congresso e se esforçaram para barrar o projeto do novo organismo de controle. Tentaram bloquear a proposta de criá-lo como agência independente, de maneira que terá sua sede dentro do Banco Central e operará com um pressuposto próprio. É importante destacar que os mesmo reguladores que aprovaram o comportamento questionável dos bancos terão poder de veto sobre os trabalhos de vigilância do novo organismo. Isso significa que a única via para que essa oficina tenha êxito consiste em ter uma pessoa forte e com bom senso tomando as rédeas, alguém muito próximo da presidência... alguém como Elizabeth Warren, que concebeu e promoveu o novo organismo, e a quem os protetores dos bancos trataram de bloquear de todas as maneiras. No início do debate em torno dessa oficina, os republicanos chegaram ao ponto de redigir uma emenda com o propósito explícito de evitar que Warren a dirigisse.
No entanto, o presidente Obama está disposto a nomear Warren como chefe interina, o que evitará um conflito na ratificação. Seria conveniente ir ainda mais além, mas o movimento é, antes de tudo, um espetáculo atrasado de suposta resistência da batalha que travamos.
A Casa Branca também reagiu a esse sombrio informe sobre a pobreza ao destacar que o panorama poderia ser ainda mais desalentador se não tivesse recorrido à política de estímulo econômico no ano passado. É verdade. Tal como destacou o Centro de Política e Prioridades do Orçamento, os subsídios relacionados ao desemprego evitaram que 3,3 milhões de pessoas se somassem às filas dos mais pobres no ano passado. Seguramente, em algum momento do restante do ano as estatísticas do Censo irão deslocar outros milhões da cifra de pobres quando se incluir na equação os créditos fiscais e os cupons para comprar alimentos.
Claro que a Casa Brance e os democratas no Congresso não pretendem convencer o eleitorado de merecer o crédito por essa façanha, já que é como resistir a um furacão armados de guarda-chuvas. Já havia cerca de 44 milhões de pessoas em situação de pobreza quando o Congresso repartiu os centavos do estímulo de 2009. Certamente essa cifra cresceu em 2010 devido ao incremento do emprego.
Cabe notar que as únicas pessoas que evitaram mergulhar na pobreza são as da terceira idade. Enquanto o índice de pobreza subiu em praticamente todos os grupos demográficos, esse grupo continuou com uma diminuição que já dura décadas e caiu ao nível mais baixo registrado. Por que? A resposta é a segurança social ou, para dizer sem rodeios, o gasto governamental destinado para que os mais vulneráveis não toquem no fundo.
Além disso, não é coincidência que a pobreza alcance altíssimas cifras entre as mães e as crianças. Por que? Porque nas últimas duas décadas destruímos cada um dos programas criados para tirar esses grupos da pobreza. Segundo o Economy Policy Institute em uma recente análise que aborda a “década perdida” de 2000 a 2010, “À medida que as políticas de combate à pobreza chegam a depender mais do trabalho remunerado como principal via para sair da miséria, a rede de segurança perdeu eficácia como fator para atenuar as privações econômicas quando a economia e o mercado de trabalho vão mal".
*Revista Forum
Carta ao povo de Juristas
Carta ao Povo: Juristas lançam manifesto defendendo governo Lula
Um grupo de renomados juristas divulgou nesta segunda-feira (27) manifesto intitulado "Carta ao Povo Brasileiro", onde reafirmam o compromisso do governo Lula com a preservação e a consolidação da democracia no pais. Os juristas rebatem a tese do "autoritarismo e de ameaça à democracia" que setores da grande imprensa e a oposição vêm tentando imputar ao presidente Lula e ao seu governo, após o presidente ter feito críticas ao comportamento da mídia em relação à candidatura de Dilma Rousseff.A iniciativa é uma resposta ao manifesto lançado por um outro grupo de juristas de direita, ligados ao PSDB e ao DEM, que lançaram texto a pedido dos empresários da mídia atacando o presidente Lula. (leia mais aqui)
"Nos últimos anos, com vigor, a liberdade de manifestação de idéias fluiu no País. Não houve um ato sequer do governo que limitasse a expressão do pensamento em sua plenitude. Não se pode cunhar de autoritário um governo por fazer criticas a setores da imprensa ou a seus adversários, já que a própria crítica é direito de qualquer cidadão, inclusive do Presidente da República", diz um trecho do documento, assinado por dezenas de personalidades do mundo jurídico, incluindo vários presidentes estaduais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O documento registra ainda que é preciso deixar o povo ""tomar a decisão dentro de um processo eleitoral legítimo, dentro de um civilizado embate de idéias, sem desqualificações açodadas e superficiais, e com a participação de todos os brasileiros".
Veja abaixo a íntegra do manifesto:
Em uma democracia, todo poder emana do povo, que o exerce diretamente ou pela mediação de seus representantes eleitos por um processo eleitoral justo e representativo. Em uma democracia, a manifestação do pensamento é livre. Em uma democracia as decisões populares são preservadas por instituições republicanas e isentas como o Judiciário, o Ministério Público, a imprensa livre, os movimentos populares, as organizações da sociedade civil, os sindicatos, dentre outras.
Estes valores democráticos, consagrados na Constituição da República de 1988, foram preservados e consolidados pelo atual governo.
Governo que jamais transigiu com o autoritarismo. Governo que não se deixou seduzir pela popularidade a ponto de macular as instituições democráticas. Governo cujo Presidente deixa seu cargo com 80% de aprovação popular sem tentar alterar casuisticamente a Constituição para buscar um novo mandato. Governo que sempre escolheu para Chefe do Ministério Público Federal o primeiro de uma lista tríplice elaborada pela categoria e não alguém de seu convívio ou conveniência. Governo que estruturou a polícia federal, a Defensoria Pública, que apoiou a criação do Conselho Nacional de Justiça e a ampliação da democratização das instituições judiciais.
Nos últimos anos, com vigor, a liberdade de manifestação de idéias fluiu no País. Não houve um ato sequer do governo que limitasse a expressão do pensamento em sua plenitude.
Não se pode cunhar de autoritário um governo por fazer criticas a setores da imprensa ou a seus adversários, já que a própria crítica é direito de qualquer cidadão, inclusive do Presidente da República.
Estamos às vésperas das eleições para Presidente da República, dentre outros cargos. Eleições que concretizam os preceitos da democracia, sendo salutar que o processo eleitoral conte com a participação de todos.
Mas é lamentável que se queira negar ao Presidente da República o direito de, como cidadão, opinar, apoiar, manifestar-se sobre as próximas eleições. O direito de expressão é sagrado para todos – imprensa, oposição, e qualquer cidadão. O Presidente da República, como qualquer cidadão, possui o direito de participar do processo político-eleitoral e, igualmente como qualquer cidadão, encontra-se submetido à jurisdição eleitoral. Não se vêem atentados à Constituição, tampouco às instituições, que exercem com liberdade a plenitude de suas atribuições.
Como disse Goffredo em sua célebre Carta: “Ao povo é que compete tomar a decisão política fundamental, que irá determinar os lineamentos da paisagem jurídica que se deseja viver”. Deixemos, pois, o povo tomar a decisão dentro de um processo eleitoral legítimo, dentro de um civilizado embate de idéias, sem desqualificações açodadas e superficiais, e com a participação de todos os brasileiros.
ADRIANO PILATTI - Professor da PUC-Rio
AIRTON SEELAENDER - Professor da UFSC
ALESSANDRO OCTAVIANI - Professor da USP
ALEXANDRE DA MAIA - Professor da UFPE
ALYSSON LEANDRO MASCARO - Professor da USP
ARTUR STAMFORD - Professor da UFPE
CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELLO - Professor Emérito da PUC-SP
CEZAR BRITTO - Advogado e ex-Presidente do Conselho Federal da OAB
CELSO SANCHEZ VILARDI - Advogado
CLÁUDIO PEREIRA DE SOUZA NETO - Advogado, Conselheiro Federal da OAB e
Professor da UFF
DALMO DE ABREU DALLARI - Professor Emérito da USP
DAVI DE PAIVA COSTA TANGERINO - Professor da UFRJ
DIOGO R. COUTINHO - Professor da USP
ENZO BELLO - Professor da UFF
FÁBIO LEITE - Professor da PUC-Rio
FELIPE SANTA CRUZ - Advogado e Presidente da CAARJ
FERNANDO FACURY SCAFF - Professor da UFPA e da USP
FLÁVIO CROCCE CAETANO - Professor da PUC-SP
FRANCISCO GUIMARAENS - Professor da PUC-Rio
GILBERTO BERCOVICI - Professor Titular da USP
GISELE CITTADINO - Professora da PUC-Rio
GUSTAVO FERREIRA SANTOS - Professor da UFPE e da Universidade Católica de Pernambuco
GUSTAVO JUST - Professor da UFPE
HENRIQUE MAUES - Advogado e ex-Presidente do IAB
HOMERO JUNGER MAFRA - Advogado e Presidente da OAB-ES
IGOR TAMASAUSKAS - Advogado
JARBAS VASCONCELOS - Advogado e Presidente da OAB-PA
JAYME BENVENUTO - Professor e Diretor do Centro de Ciências Jurídicas da
Universidade Católica de Pernambuco
JOÃO MAURÍCIO ADEODATO - Professor Titular da UFPE
JOÃO PAULO ALLAIN TEIXEIRA - Professor da UFPE e da Universidade Católica de Pernambuco
JOSÉ DIOGO BASTOS NETO - Advogado e ex-Presidente da Associação dos
Advogados de São Paulo
JOSÉ FRANCISCO SIQUEIRA NETO - Professor Titular do Mackenzie
LENIO LUIZ STRECK - Professor Titular da UNISINOS
LUCIANA GRASSANO - Professora e Diretora da Faculdade de Direito da UFPE
LUÍS FERNANDO MASSONETTO - Professor da USP
LUÍS GUILHERME VIEIRA - Advogado
LUIZ ARMANDO BADIN - Advogado, Doutor pela USP e ex-Secretário de Assuntos
Legislativos do Ministério da Justiça
LUIZ EDSON FACHIN - Professor Titular da UFPR
MARCELLO OLIVEIRA - Professor da PUC-Rio
MARCELO CATTONI - Professor da UFMG
MARCELO LABANCA - Professor da Universidade Católica de Pernambuco
MÁRCIA NINA BERNARDES - Professora da PUC-Rio
MARCIO THOMAZ BASTOS - Advogado
MARCIO VASCONCELLOS DINIZ - Professor e Vice-Diretor da Faculdade de
Direito da UFC
MARCOS CHIAPARINI - Advogado
MARIO DE ANDRADE MACIEIRA - Advogado e Presidente da OAB-MA
MÁRIO G. SCHAPIRO - Mestre e Doutor pela USP e Professor Universitário
MARTONIO MONT'ALVERNE BARRETO LIMA - Procurador-Geral do Município de
Fortaleza e Professor da UNIFOR
MILTON JORDÃO - Advogado e Conselheiro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária
NEWTON DE MENEZES ALBUQUERQUE - Professor da UFC e da UNIFOR
PAULO DE MENEZES ALBUQUERQUE - Professor da UFC e da UNIFOR
PIERPAOLO CRUZ BOTTINI - Professor da USP
RAYMUNDO JULIANO FEITOSA - Professor da UFPE
REGINA COELI SOARES - Professora da PUC-Rio
RICARDO MARCELO FONSECA - Professor e Diretor da Faculdade de Direito da
UFPR
RICARDO PEREIRA LIRA - Professor Emérito da UERJ
ROBERTO CALDAS - Advogado
ROGÉRIO FAVRETO - ex-Secretário da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça
RONALDO CRAMER - Professor da PUC-Rio
SERGIO RENAULT - Advogado e ex-Secretário da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça
SÉRGIO SALOMÃO SHECAIRA - Professor Titular da USP
THULA RAFAELLA PIRES - Professora da PUC-Rio
WADIH NEMER DAMOUS FILHO - Advogado e Presidente da OAB-RJ
WALBER MOURA AGRA - Professor da Universidade Católica de Pernambuco
dos Amigos do Presidente Lula
A força da militância em São Paulo até debaixo de chuva
Lula: chega de governo tucano em SP, é preciso pensar grande
O presidente Lula, durante comício em São Paulo na noite de segunda-feira, pediu para o povo paulista eleger Aloizio Mercadante (PT), porque São Paulo precisa pensar grande, do tamanho do Brasil.O presidente deu um exemplo de como o povo paulista pode pensar grande, tirando governantes com ideias submissas, como são os tucanos:
No seu governo, o presidente fez questão de fazer a maior capitalização do mundo, a da Petrobrás, em São Paulo, na Bolsa de São Paulo, e não na Bolsa de Nova York, nem de Londres, nem de Tóquio, como provavelmente um tucano faria.
E foi um sucesso, transformando a Bolsa de São Paulo na 2ª maior do mundo. É mais dinheiro na economia paulista e mais empregos no setor de serviços financeiros gerados aqui, em vez de ser nos países ricos que dominavam o mercado financeiro global.
"Nunca antes na história do planeta Terra houve uma capitalização como essa. E não foi nos Estados Unidos. Não foi na China. Foi no Brasil...
... Está na hora de colocar uma estrela para governar São Paulo. Precisamos eleger Mercadante. Quem tiver dúvida da competência do Mercadante, assista ao debate amanhã [hoje] na Rede Globo. Aquele que tiver vizinho tucano, ou que tenha medo do PT, convide esse vizinho para ver o debate em sua casa. Ofereça um cafezinho, para saber quem é melhor. Se é o Mercadante ou o adversário dele...
...Os tucanos governam aqui há mais de 20 anos e até agora a universidade pública paulista atende apenas a 96 mil alunos. Enquanto isso, o Prouni beneficia mais de 130 mil...
...Vamos eleger Mercadante por uma experiência diferente neste Estado. Se juntarmos os dois (Dilma e Mercadante) podemos ser também o Estado que melhor cuida do seu povo na área de educação", disse.
O presidente também disse que os tucanos acham que não tem pobre em São Paulo, porque eles só vivem "naquele palácio".
Lula pediu aos militantes entusiasmo para os últimos dias de campanha e anunciou uma agenda intensa até o domingo, que incluem um comício em São Bernardo do Campo na quinta-feira, e uma caminhada na sexta.
O presidente voltou a pedir votos a Aloizio Mercadante, Marta e Netinho, afirmando que "o tempo dos tucanos em São Paulo acabou".
Um comício numa segunda-feira, marcado por forte chuva, lotou o Sambódromo de São Paulo, com uma militância animada e emocionante.
Dá ou não dá para acreditar numa grande vitória de Dilma em São Paulo, e da arrancada de Mercadante para desbancar Alckmin?
Mercadante (PT) fez um discurso empolgado, como os demais candidatos:
“Essa militância é o patrimônio do nosso projeto. Eles (PSDB) podem ter mais tempo de TV, mais dinheiro e mais poder na imprensa, mas nunca vão comprar a garra, a dignidade de vocês.” Para ele, se a crise financeira internacional foi, por aqui, uma marolinha, a vitória petista no Brasil será um tsunami.
A plateia puxou o coro "Lula, guerreiro do povo brasileiro" e ainda desfraldou uma bandeira gigante com a frase "Valeu, companheiro Lula", o que levou o presidente a ficar emocionado e dizer que ele é quem tinha que agradecer ao povo.
Daniela Lima, de 25 anos, queria entregar a Lula uma faixa dizendo que era sua fã e que admirava suas conquistas. “Nunca fui empolgada com política, mas te digo que o Lula é um cara que não desiste nunca. Estou muito feliz de presenciar esse momento. O que mais mudou foi o orgulho de ser brasileiro, a afirmação do brasileiro.”
Havia também críticas às ligações entre o tucano e a velha mídia. Faixas exibiam mensagens como “Folha mente” e outra, mais irônica, colocava “Quem? Quem? Quem? Veja. O que o povo pensa não erra. A cabeça dos brasileiros não precisa de Serra.”