Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
A Isto É prestou um excelente serviço ao eleitores ao publicar na edição que vai às bancas hoje e que já está disponível eletronicamente a comparação entre os oito anos do governo Lula/Dilma com o mesmo período de Fernando Henrique Cardoso/Serra.
A revista procura ser elegante, afirmando que os dois presidentes estão na lista dos mais importantes do Brasil e que ambos tiveram erros e acertos. Mas ao recorrer aos indicadores de cada gestão, a superioridade do governo Lula é avassaladora.
Chega a ser covardia os resultados que Lula tem a apresentar em termos sociais e econômicos e não há um indicadorzinho sequer que salve os tucanos.
Com Lula o país cresceu mais, a renda per capita disparou, muito mais empregos foram gerados, a produção industrial subiu, a inflação caiu e ficou totalmente sob controle e o país alcançou um novo patamar de desenvolvimento. O melhor mesmo é clicar e ampliar os indicadores acima, que falam por si.
*Tijolaço
A privatização do governo FHC/Serra e a tentativa de criar a Petrobrax custarão aos conservadores brasileiros, no mínimo, 12 anos de ostracismo: oito de Lula e quatro de Dilma, pelo menos.
FHC e Serra preferiram compartilhar a riqueza de petróleo do Brasil com aqueles que se beneficiavam com o regime de “concessão”.
Lula e Sérgio Gabrielli, com Dilma na presidência do Conselho de Administração da Petrobrás garantiram que a Petrobrás vai explorar o pré-sal e o lucro será aplicado em educação, saúde, ciência e tecnologia.
Serra se escondeu embaixo da batina do Papa para esconder o essencial: o eleitor brasileiro prefere a Petrobrás à Petrobrax.
Sérgio Guerra e Agripino
afundam no lixo de Brasília
Agripino e Guerra, a turma do Arruda (vote num careca e leve dois)
Depois do Paulo Preto.
Da concorrência de carta marcada do metrô do Serra – aquele que afunda.
Agora tem mais essa preciosidade: o presidente do PSDB (*) Sérgio Guerra e o senador do DEMO do Rio Grande do Norte, Agripino Maia afundam no escândalo do lixo de Brasília.
A ex-secretária Domingas Gonçalves Trindade, 40 anos, foi ouvida ontem na Divisão de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap), da Polícia Civil do Distrito Federal, sobre as acusações que faz contra o ex-governador Joaquim Roriz; o presidente do PSC-DF, Valério Neves; os senadores Sérgio Guerra (PSDB-PE) e José Agripino Maia (DEM-RN); o empresário Eduardo Badra; e o ex-diretor da Belacap (estatal responsável pelo serviço de ajardinamento e limpeza urbana do DF), Luís Flores. Todos são acusados de se servirem de um esquema de desvio de dinheiro envolvendo a Qualix, empresa que faz o recolhimento do lixo no DF.
O depoimento foi acompanhado da apresentação de uma série de provas documentais. Domingas denunciou um esquema que, até então, não tinha o respaldo de tantos elementos. Ela acusa Roriz, Valério, Agripino e Guerra de receberem propina proveniente de contratos firmados entre o GDF e a Qualix.
O Jornal de Brasília obteve um vídeo (cujos trechos estão ao lado) no qual Domingas faz as mesmas acusações que confirmou à polícia e apresenta as mesmas provas documentais. Ela apresentou aos delegados extratos telefônicos que confirmam contatos constantes entre os envolvidos. A ex-secretária fazia o serviço a mando de seu chefe, Eduardo Badra – que, à época, era diretor da Qualix. Domingas tinha como função organizar a agenda do patrão, além de fazer depósitos bancários e o que chamou de “serviços particulares”.
Enquanto era ouvida pelos investigadores, Domingas ainda apresentou lacres bancários emitidos pelo Banco Central que tinham a marcação de R$ 50 mil cada – são seis, num total de R$ 300 mil.
“Depois de dois, três meses, o doutor Eduardo passou a confiar em mim e fiquei responsável pela chave de um quarto, em uma casa no Lago Sul, onde guardavam o dinheiro. Era tanto dinheiro que ocupava uma cama de casal inteira. Eu cheguei a pegar um dos maços e pensar que ele seria capaz de resolver a minha vida”, contou, em certo trecho do vídeo.
Paulo Henrique Amorim (*) Esse cargo de presiente do PSDB deve ter um enconsto. Eduardo Azeredo foi apanhado com a mão na botijo do Mensalão Tucano de MG e vai ter uma conversinha com o Ministro Joaquim Barbosa.
O deputado Índio da Costa (DEM), vice de José Serra, resolveu visitar a Rocinha, no Rio de Janeiro.
Muito questionado, e sem argumentação contra o questionamento da população, Índio não teve outra alternativa que não a de fugir.
*conversaafiada
O mauricinho Da Costa, vice do Serra, que só vê a Rocinha quando se desloca de carro entre o Leblon e a Barra, resolveu ir fazer campanha lá e foi questionado pelos moradores, que queriam saber o que ele tinha feito pela comunidade, que recebeu uma espetacular vila olímpica do PAC. Da Costa ficou sem argumentos e não sustentou o debate, dando às costas e fugindo do local. O vídeo está no YouTube desde o dia 19 de outubro e vários jornalistas estavam presentes, como se percebe pelos microfones e gravadores. Eu pelo menos não vi nada em nenhum noticário. Que estranho, né?
*Tijolaço
Ainda bem que depois de segunda não vamos mais saber dele.
*abundacanalha
Em Minas, mulheres sentem-se ofendidas por Serra
Serra falou a uma plateia em Minas
Mulheres reagem a pedido de Serra para convencer pretendentes a votar no tucano através da sedução.
O candidato tucano, José Serra, gerou uma nova onda de protestos na internet, no início da noite desta quinta-feira, por parte das mulheres que se sentiram ofendidas com o pedido do candidato, feito no encerramento do discurso em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, para uma plateia de cabos eleitorais e convidados. Ele apelou para que para as “meninas bonitas” busquem convencer os seus pretendentes masculinos a votar nele, principalmente na internet.
"Quero me concentrar agora no que vamos fazer até domingo. Temos que não apenas votar, temos que ganhar voto de quem está indeciso, voto de quem não está ainda muito decidido do outro lado", argumentou o candidato.
Segundo o candidato tucano, mulheres bonitas têm mais condições de cabalar votos para a aliança da direita.
"Se é menina bonita, tem que ganhar 15 (votos). É muito simples: faz a lista de pretendentes e manda e-mail dizendo que vai ter mais chance quem votar no 45", completou.
A proposta caiu mal para as mulheres brasileiras que, no Twitter, alçaram o primeiro lugar nos trends (assuntos mais debatidos nas redes sociais) nacionais e terceiro lugar, em nível mundial, com as mensagens de protesto contra o candidato.
“Sou mineira e bonita, mas não tenho tenho vocação pra trabalho de bordel”, escreveu @fiz_mesmo, seguida de @velvetinha: “Credo, o Serra é antigo, que ideia mais triste, gente. Ele imagina as meninas coqueteando para ganhar votos. Perai, vou ali vomitar”.
Os protestos foram rastreados pela tag #serracafetao, que chegou ao terceiro lugar em nível mundial, no início da noite. O internauta @emrsn ponderou que “por muito menos o Ciro foi mega desacreditado pela imprensa”, e @purafor pergunta se esta seria uma proposta do candidato para se criar “um bordel a nível nacional”. Enquanto isso, @rodrigonc, que não deve passar dos 14 anos, aproveita para entrar na discussão, “só avisando às meninas bonitas do Twitter: podem me mandar DM (mensagem direta, na tradução do inglês) que a gente já pode negociar esse voto”.
O internauta @luisfelipesilva acirra o debate ao constatar que “não tem profissão mais ingrata do que ser marketeiro do Serra, haja gafe…”, mas coube à internauta @alessandra_st colocar o tom do protesto: “Serra desvaloriza a mulher e subestima eleitorado feminino em MG”, concluiu.
Algumas vozes espalham o ceticismo na imprensa, nas universidades, de repente passam do ceticismo ao cinismo, já não importa nada, tudo é ruim, cambalache, tudo é igual, o mundo vai para o pior dos mundos possíveis.
Foi uma atitude que foi amadurecendo ao longo das ultimas décadas, passou-se a achar que o século XX foi um século muito ruim para a humanidade, o pior dos séculos, etc. Uma atitude de melancolia, de desencanto, de desânimo, de abandono da luta, traduzida no ceticismo, na crítica, que se alastra para jovens gerações, precocemente envelhecidas.
Todos os governos, todos os partidos, todos os processos traem, decepcionam, se corrompem. O socialismo teria dado em totalitarismo – e se soma nisso à direita. Os sindicalistas só querem defender seus interesses. A esquerda e a direita são iguais, etc., etc.
Como as teorias parecem ser maravilhosas e as práticas concretas, não, preferem ficar com as teorias – se possível, misturando um pouco de Nietzsche, de Foucault, de Tocqueville. Pronto, o pessimismo está constituído como visão trágica do mundo.
Encontra-se lugar na velha imprensa para escrever, contanto que não se critique a própria velha imprensa, e se concentre em criticar a esquerda – a URSS, Cuba, a Venezuela, Lula, o PT. Terminam fortalecendo o desinteresse pela política, fortalecendo a direita e desalentando os jovens, enquanto ainda mantêm seu prestígio com eles. Depois de um certo momento já se confundem diretamente com a direita.
O ceticismo pode ser liberal, certamente não é marxista. O marxismo parte da realidade concreta, mas sempre na perspectiva da sua transformação. Esse pessimismo, somado ao catastrofismo, fortalece o mundo tal qual ele é, promove a impotência diante da realidade.
Uma análise dialética da realidade supõe a apreensão das contradições que articulam o concreto, desembocando em linhas de ações e não na perplexidade, na impotência, na passividade, na melancolia e no ceticismo.
No momento em que o povo brasileiro, no seu conjunto, pela primeira vez, começa a melhorar substancialmente suas condições de vida e o expressa em um apoio como nenhum governo teve, é triste ver uma parte da intelectualidade de costas para o povo, melancolicamente continuando a pregar que tudo está muito ruim, pior do que antes, brigando com a realidade, em um isolamento total em relação ao povo e ao pais realmente existente.
O otimismo, por si só, não é revolucionário, mas todos os grandes líderes revolucionários foram e são otimistas, porque acreditam sempre nas possibilidades de transformação revolucionária da realidade. Enquanto o ceticismo leva à inação e, muitas vezes, até mesmo ao cinismo.
“O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, foi a Buenos Aires na noite desta quinta-feira para participar do velório do ex-presidente argentino Néstor Kirchner, que morreu na quarta-feira.
Marcia Carmo, BBC Brasil
"Para o Brasil e para mim pessoalmente, foi com muita dor que recebi a notícia da morte de Kirchner. Sua eleição, em 2003, permitiu que a Argentina e o Brasil conseguissem superar suas diferenças", disse Lula.
"O preconceito diplomático e empresarial deixou de existir durante os nossos mandatos. Ficamos adversários só no futebol, não mais na economia e na política."
Ao lado da viúva e atual presidente Cristina Kirchner, o brasileiro afirmou, com os olhos marejados, que tinha certeza de que ela e todo o país vão se recuperar dessa dor.
"Kirchner vai continuar governando a Argentina ao lado de Cristina", afirmou.” Matéria Completa,::Aqui::
"Vou embora triste porque Kirchner se foi. Mas vou feliz porque o povo argentino dá muito apoio à (presidente) Cristina Kirchner. A Argentina continuará brilhando em um caminho de recuperação", assinalou Lula.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao velório de Néstor Kirchner pouco depois das 21h desta quinta-feira (29/10). Ficou cerca de duas horas em Buenos Aires, mas foi o suficiente para um encontro emocionante com a presidente Cristina Kirchner, que o recebeu, visivelmente, como um amigo especial. Pouco depois, Lula afirmou a jornalistas que o falecido ex-líder argentino ajudou a superar "muitas barreiras" bilaterais.
Efe
Lula conversa com a presidente argentina, Cristina Kirchner e o venezuelano, Hugo Chávez
"Descobrimos que Argentina e Brasil não eram adversários, a não ser no futebol. Mas em política e economia andávamos juntos e vimos que tínhamos um papel fundamental na integração" da região, disse Lula no Aeroparque de Buenos Aires.
O presidente ressaltou que o legado "mais importante" de Kirchner foi "recuperar a auto-estima do povo argentino" durante seu mandato, entre 2003 e 2007, em meio a uma profunda crise econômica.
O papa deveria se preocupar com os escândalos que pipocam na Igreja Católica
Mino Carta28 de outubro de 2010 às 16:15h
Mino Carta revela sua indignação com o discurso do papa Bento XVI aos bispos brasileiros
Diante do discurso do papa Bento XVI nesta quinta-feira 28 aos bispos brasileiros, a indignação do diretor de Redação de CartaCapital, jornalista Mino Carta:
“Acho que o papa deveria se preocupar com os escândalos que pipocam todos os dia na Igreja Católica. Deveria se preocupar com os padres pedófilos, e este, a bem da verdade, é um antiguíssimo problema, sempre hipocritamente ignorado. Deveria se preocupar com os inúmeros prelados que têm relação com a máfia. E com as investigações da justiça italiana sobre as atividade de seu banco, o IOR – Instituto para as Obras de Religião – que é, há muito tempo, um dos mais renomados do mundo em matéria de lavagem de dinheiro. A hipocrisia vaticana se revela até mesmo no nome. Que “obras religiosas” seriam essas?”
Mino Carta
Mino Carta é diretor de redação de CartaCapital. Fundou as revistas Quatro Rodas, Veja e CartaCapital. Foi diretor de Redação das revistas Senhor e IstoÉ. Criou a Edição de Esportes do jornal O Estado de S. Paulo, criou e dirigiu o Jornal da Tarde. redacao@cartacapital.com.br
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (29) que o Brasil é um país democrático e laico, por isso a população se manifesta do jeito que quiser. "Eu acho que cada um vai de acordo com a sua consciência", disse, em referência à declaração dada ontem pelo papa Bento 16 para que os bispos brasileiros condenem a descriminalização do aborto. O tema vem sendo usado pela campanha dos candidatos a Presidência da República para conquistar votos.
"Não vejo nenhuma novidade na declaração do Papa. Esse é o comportamento da Igreja Católica desde que ela existe. Se você for ver o que a Igreja Católica falava há 2 mil anos, ela falava exatamente o que o papa falou", declarou Lula durante sua participação na 26ª edição do Salão Internacional do Automóvel, que acontece em São Paulo.
O presidente minimizou a polêmica criada em torno da fala do pontífice e sua possível interferência no pleito de domingo (31). "Isso pode ser falado a qualquer momento. Pode ser falado ontem, hoje, amanhã, depois de amanhã", afirmou.
Para Lula, a declaração da Igreja reforça a liberdade que existe no país, porque "a gente se manifesta, a gente ganha ou a gente perde, a gente pode pagar o preço pelos erros que cometer". "Pelo reconhecimento da sociedade brasileira, parece que a gente teve mais acerto", concluiu.