Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, abril 29, 2012

Por que Serra está nervoso?

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

Avalie as hipóteses desta semana pinçadas das páginas dos jornais diários:

I) a política social do ciclo Lula reduziu à metade a mortalidade infantil no país na década passada, informa o Censo de 2010 do IBGE. No Nordeste a taxa caiu 58,6% entre 2000 e 2010;

II) o governo Dilma acionou os bancos estatais e emparedou a banca privada entre a concorrência e a execração pública: os juros estão em queda sem que a inflação escape ao controle;

A OTAN invade Chicago...


29/4/2012, Ross Ruthenberg, Global Research
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Que fim levou a “Responsabilidade de Proteger - R2P - os cidadãos, na cidade-zona-de-guerra?

A cidade de Chicago será invadida por uma conferência da OTAN, mês que vem, operação que custará mais de 100 milhões de dólares aos contribuintes norte-americanos. Esse é o custo de dar condições de infraestrutura e segurança a 50 delegações estrangeiras, incluídas cerca de 100 autoridades de Estado além de milhares de assessores.
Mas, em vez de assistir à instalação de um anel de ferro “seguro” para os burocratas da OTAN, o que os super flagelados cidadãos de Chicago muito apreciariam seria um show de aplicação da doutrina da “Responsabilidade de Proteger” (R2P), que as potências da OTAN tanto se orgulham de impingir a outras partes do mundo, tão devastadas pela violência quanto Chicago.
Nos últimos tempos, a violência em Chicago já ultrapassou todos os recordes passados. A cidade vive hoje uma epidemia de tiroteios com vítimas fatais. No ano passado, houve cerca de 2.300 tiroteios nas ruas da “Cidade dos Ventos”, que resultaram em 441 homicídios nos quais morreram homens, mulheres e crianças. Só nos primeiros três meses de 2012, já foram 656 tiroteios, com 145 homicídios. Nesse ritmo, até o final do ano, serão cerca de 2.600 vítimas de tiros na cidade e 580 homicídios.
A população de Chicago, claro, não se sente segura na própria cidade, e as autoridades estaduais e federais são visivelmente incapazes de cumprir o dever de proteger os cidadãos.
Faz portanto perfeito sentido que a população de Chicago ou alguns grupos de cidadãos preocupados estejam invocando o princípio da “Responsabilidade de Proteger” – R2P, tentando obter para a cidade os mesmos benefícios que as potências da OTAN oferecem, sempre lépidas, em intervenções militares pelo mundo, sempre, como dizem, para “proteger direitos humanos”.
Afinal de contas, a “Responsabilidade de Proteger” ensina que “a soberania não é direito: é privilégio” e, se os estados não conseguem proteger o direito dos próprios cidadãos, perdem o direito à soberania, o que daria à ONU ou a OTAN autoridade legítima para invadir e garantir a segurança de cidadãos cuja vida esteja ameaçada.
É exatamente o caso, como se pode argumentar, de exigir que a OTAN invada e intervenha em Chicago, com seus “zeladores da paz” armados até os dentes, falando línguas que ninguém por aqui entenda, cercando vastas áreas da cidade com tanques, impondo por aqui também zonas aéreas de exclusão, com os céus engarrafados de drones que vomitam mísseis sobre qualquer grupo de pessoas das quais alguém desconfie que possam perpetrar violências contra cidadãos que deveriam ser, mas não são, protegidos pelas pressupostas autoridades pressupostas competentes.
Analisemos as mortes por arma de fogo, por ano, em Chicago, num contexto sírio. Mantida a proporção entre as respectivas populações (a Síria com 20,5 milhões de habitantes; Chicago com 2,8 milhões), os números proporcionais de mortos alcançariam 18.815 civis mortos em Chicago, contra 4.160 na Síria. Morre proporcionalmente mais gente em Chicago que os números sempre crescentes, jamais conferidos e com certeza muito exagerados que a ONU divulga de vítimas sírias, desde o início dos conflitos naquele país, há 13 meses.
Se os duvidosos números de vítimas sírias causaram tal preocupação nos governos ocidentais, na grande imprensa-empresa e no Conselho de Segurança da ONU, por que ninguém dá qualquer atenção à matança de civis em Chicago? Como se diz pelas ruas pobres de Chicago: “O que somos nós? Fígado moído?”
Não há qualquer exagero em dizer que há áreas de Chicago que, para a população desassistida, equivalem a zonas de guerra. As crianças têm de ser escoltadas pela polícia, sempre que a classe sai da escola para visitar uma biblioteca em outro bairro. As minorias étnicas vivem sob risco ainda maior, ameaçadas de morte violenta apenas por andar por algumas ruas da cidade.
Não há dúvidas de que Chicago é caso que está a exigir intervenção da ONU ou análise por alguma corte internacional de justiça que julgue as autoridades municipais por não cumprimento do dever de proteger os próprios cidadãos em Chicago.
A ONU ou a OTAN devem portanto ser autorizadas a intervir para garantir segurança aos cidadãos de Chicago (assumindo-se, evidentemente, que o princípio e a prática da “Responsabilidade de Proteger” signifiquem alguma coisa a sério e sejam legítimos, legitimamente construídos).
Outro fator que torna plenamente justificável a aplicação da “Responsabilidade de Proteger” à cidade de Chicago é o nível de violência sistêmica gerada pela atividade de gangs armadas e mercenários assassinos. Muitos dos tiroteios na cidade são atribuídos a gangs pesadamente armadas ou a milícias privadas que trabalham no negócio das drogas que, em Chicago, alcança proporções industriais. E, tanto quanto se sabe, esses exércitos privados são comandados e pagos por estrangeiros – mexicanos e colombianos.
Nas próximas semanas, durante a Conferência da OTAN em Chicago, todos ouviremos governos ocidentais e os grandes veículos da imprensa-empresa, dedicados a muito elogiar a intervenção da ONU e da OTAN na Síria, onde o governo de Bashar Al Assad não estaria protegendo os cidadãos sírios contra a ação de gangs armadas (embora as tais gangs armadas estejam sendo armadas e pagas pelos mesmos governos ocidentais e respectivas imprensa-empresas suas aliadas que se reunirão em Chicago).
Por tudo isso, aplicando-se os mesmos – cínicos – critérios, pode-se exigir que a OTAN seja mandada “libertar Chicago”. É mais que hora, também, de a OTAN promover, urgentemente, uma “mudança de regime” por aqui.
*redecastorphoto

Brasil aguarda resposta da Bolívia quanto a denúncias de maus-tratos

violencia_boliviaO Ministério das Relações Exteriores disse neste sábado que aguarda resposta do governo boliviano quanto a denúncias de maus-tratos, invasão de casas, mortes de gados e expulsões ocorridas contra brasileiros por militares da Bolívia na fronteira com o Brasil.

Segundo a Agência Brasil, os abusos e violações teriam ocorrido na última quarta-feira.
Um dia depois, o Brasil enviou representantes do governo federal, da Polícia Federal e do governo do Acre até a cidade de Capixaba, a 77 quilômetros ao sul de Rio Branco.
Na sexta-feira, o encarregado de negócios da Embaixada do Brasil em La Paz, Eduardo Sabóia, foi recebido na Chancelaria boliviana, e o secretário-geral das Relações Exteriores, Ruy Nogueira, conversou com o vice-ministro de Relações Exteriores boliviano.
Em meio à crise, o Itamaraty disse que aguardará um pronunciamento oficial do governo de Evo Morales.
O governo do Acre manifesta preocupação recorrente com a segurança aos brasileiros na fronteira com a Bolívia.
De acordo com a Agência Brasil o problema é antigo e foi detectado há cerca de quarto anos.
Uma das origens da crise é uma lei da Bolívia que estabelece que estrangeiros não podem ser proprietários de terras em uma faixa de 50 km da fronteira.
Para tentar sanar o problema, um acordo entre os dois países foi firmado para colocar em prática de forma pacífica a retirada de brasileiros do território.
Violência
Ainda no final de março o governo de Evo Morales decidiu enviar mais de 3,2 mil militares às ruas de diversas cidades do país em uma tentativa de conter o aumento da violência.
A medida foi tomada após moradores da cidade andina de El Alto protestaram contra a insegurança.
A motivação do protesto foi o assassinato de dois jornalistas, estrangulados em um ônibus quando se dirigiam ao trabalho.
Na época, o presidente boliviano reconheceu que a polícia não é suficiente para combater o crescente número de crimes nas ruas.
Segundo o correspondente da BBC na Bolívia, Mattia Cabitza, em El Alto e na principal cidade boliviana, La Paz, as patrulhas policiais são escassas.
Além disso, os policiais costumam ser mal pagos e frequentemente são envolvidos em acusações de corrupção.
A situação de segurança nessas cidades será reavaliada após 90 dias.
Críticos da medida, no entanto, afirmam que colocar militares não ruas não irá resolver o aumento da violência, que deveria ser enfrentado com medidas para reduzir a pobreza e o desemprego no país.
No: BBC Brasil
*Ocarcará

Cimeira da Nato? Melhor evacuar...

Uma curiosa notícia da CBS via Prison Planet: o governo federal dos Estados Unidos preparou planos para evacuar a cidade de Chicago durante a próxima cimeira da Nato.

E não, não é uma invenção de Alex Jones: é uma directiva real, recebida pela Cruz Vermelha da área de Milwakee. Segundo o correio electrónico enviado aos voluntários da Cruz Vermelha, em Maio poderia haver "distúrbios ou outros acidentes de segurança nacional".

E lá vão eles com a "segurança nacional", mais uma vez...

A reportagem da CBS revela que foi pedido para que a Cruz Vermelha americana disponibilize um número não precisado de abrigos em caso de evacuação de Chicago. Um porta-voz da mesma organização afirmou que a directiva chegou dos Serviços Secretos.

Os serviços secretos não comentam a notícia, enquanto os funcionários do Office of Emergency Management and Communication of Chicago (OMEC) afirmam não ter nada a ver com o assunto.

Há duas semanas os moradores de Chicago tinham sido surpreendidos pelos exercícios de guerrilha urbana no centro da cidade, autorizados pelo OMEC: os helicópteros Black Hawk voaram ao longo de algumas horas entre os edifícios e agora parece possível ligar estes exercícios aos preparativos para a evacuação.

Desde o começo da passada semana, alguns residentes sempre da área de Chicago foram convidados a abandonar temporariamente as casas deles e preparar-se em vista de maiores distúrbios. Os residentes receberam esta carta dos administradores da cidade:
Recomendamos fortemente que todos os moradores encontrem lugares onde ficar durante a conferência a ser realizada nos dias 18-21 de Maio.
No caso de um motim ou de possibilidade de motim perto dum prédio próximo, todas as portas de acesso serão trancadas, incluindo a porta da garagem. [...] Para a segurança de todos, estamos a alertar todos no prédio para permanecer nas unidades deles.
Sem dúvida a Administração sabe como fazer as coisas sem espalhar o pânico...

O facto da Cruz Vermelha ter de disponibilizar abrigos coincide com a iniciativa da Federal Emergency Management Agency (FEMA) que no princípio do ano pediu a construção de campos de abrigo temporário no interior dos Estados Unidos, capazes de acolher evacuados no prazo máximo de 72 horas.
Os campos são projectados principalmente para acolher os serviços de emergência, mas podem também servir de abrigo para cidadãos evacuados aos quais serão oferecidos "as primeiras possibilidades de colocação no interior do campo".
Nesta página de Prison Planet podem ser encontrados vários vídeo dos helicópteros em voo durante os exercícios, incluída uma reportagem da Fox News.

No seguinte vídeo, em língua original, a reportagem da CBS:
Os cidadãos parecem um pouco preocupados, mas nada de grave. Bem mais preocupada é a Administração. E quando um governo tem medo dos próprios cidadãos, algo não bate bem...


Ipse dixit.

Fonte: CBS (via Prison Planet)
*InformaçãoIncorrecta

Ouro, a morte do Dólar

 

do Informação Incorrecta

No passado mês de Março, o México comprou 16.8 toneladas de ouro.
No mesmo mês, a Turquia comprou 11.2 toneladas de ouro.
Em Abril, a Rússia comprou 16.5 toneladas de ouro.
O Cazaquistão 4.3 toneladas, a Ucrânia 1.2, o Tajikistão 0.4.

Moral: há uma corrida para comprar ouro. Porquê?
O ouro é o bem-refugio por excelência,  algo em que se deposita, as esperanças quando tira um ar feio. Uma guerra? Um cataclismo?

Uma guerra se calhar não, mas um cataclismo poderia ser. Não natural, mas financeiro. De facto, circula uma ideia: e se o Dólar deixasse de ser a moeda das trocas internacionais? E se o Dólar deixasse de ser a moeda para pagar o petróleo?
Seria um cataclismo, como afirmado. Um cataclismo para os Estados Unidos que continuam a utilizar o Dólar; para os outros, pelo contrário, poderia ser uma boa notícia. Aliás: mais do que boa.

Mas será este o "tremor de terra financeiro" que justifica a corrida do ouro? Pode ser, há alguns sinais neste sentido.

A Rússia, por exemplo, não apenas comprou 16.5 toneladas de ouro, mas com este metal substituiu boa parte das reservas em Dólares. Antes da última aquisição, a Rússia já possuía mais de 850 toneladas de ouro, o que fez foi utilizar os Dólares das suas reservas para comprar o metal amarelo. Livrou-se da moeda americana e ficou com o precioso metal.

Não podemos esquecer um pormenor: a Rússia é um dos BRICS, os Países das economias emergentes. Tal como BRICS é também a China, cuja moeda, o Yuan, ainda está em guerra com o Dólar por causa do real valor no mercado (Pequim mantém o valor da própria moeda artificialmente baixo para favorecer as exportações).

Será que os BRICS estão a avaliar um sistema monetário independente da influencia do Dólar? Faz sentido que este assunto tenha sido tratado no recente encontro em Fevereiro. E mesmo que não seja para já, uma tal independência não pode não ser um objectivo no médio prazo.

O governador do Banco Mundial, Robert Zoellik, apoia a ideia chinesa de criar um banco mundial "alternativo. E este banco seria a plataforma de lançamento para o Yuan qual moeda de reserva mundial, em substituição do Dólar; ou até duma nova moeda internacional (ideia que todavia não parece muito consistente).
De tal forma, os Países emergentes não seriam mais dependente da moeda de Washington e ficariam ligados à moeda chinesa.

Um cenário que pode satisfazer os que contrariam as escolhas dos Estados Unidos, mas que não esconde alguns riscos. Entre os quais, aquele de passar simplesmente dum "dono" para outro.

O facto é que não parece existir alternativa. O Dólar sofre do efeito da crise ainda não acabada, do próprio deficit e da subida do preço do petróleo. O Euro está à espera do próprio funeral. Quem sobra? Exacto, o Yuan. Se a ideia for substituir o Dólar, só a moeda chinesa representa um sério candidato.

Se for este o próximo futuro, então fica claro porque a China tornou-se o primeiro produtor mundial de ouro. E explicaria também a corrida para o ouro dos Países emergentes ou ligados: internacionalizar o Yuan num mundo económico inimigo (pois o coração da finança ainda fica em Wall Street) significa apresentar não apenas apresentar a moeda chinesa como substituto do Dólar, mas também enriquecer esta escolha com um forte valor "nas costas" da moeda.

Isso tornaria o Yuan uma moeda com uma sólida cobertura aurífera, algo que transmite confiança, dado que o ouro é a única moeda que ninguém recusa.

Mas se assim for, quando?
Não já. Todos os BRICS têm ainda grandes reservas de Dólares e não tencionam pôr-los no mercado logo. Isso enfraqueceria o valor da moeda americana e as consequências nos mercados seriam pesadíssimas. Os Chineses tencionam "ocupar" o mercado, não tomar posse dos destroços dele.

O próximo passo será mesmo afastar-se do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.
Desta forma, os BRICS terão uma estrutura completa que poderá realmente propor-se como alternativa ao domínio norte-americano. E a base será o ouro, que terá como função estabilizar o valor do Yuan. Coisa que o petróleo não consegue fazer com o Dólar.

Não será um trabalho tão rápido. Mas se pensarmos que a China se tornou uma potência industrializada no prazo de uma geração, então podemos afirmar que tudo estará acabado em alguns anos.
Quando os produtos da China serão avaliadas em Yuan e já não em Dólares, então a transição será um facto.

Ironia da História: o ouro, que as moedas ocidentais fizeram sair pela porta, volta pela janela duma moeda comunista. Se é que a China ainda se pode definir assim.


Ipse dixit.

Fonte: Chicago Blog
*

O QUE SUSTENTAMOS??? A QUE CUSTOS?

BRASIL JÁ É O TERCEIRO MAIOR CREDOR DOS ESTADOS UNIDOS

Até agora, ninguém deu a notícia. Com 372 bilhões de dólares em reservas internacionais, o Brasil acaba de se converter, aplicando mais da metade delas em “treasuries”, no terceiro maior credor individual externo dos Estados Unidos, como pode ser visto na própria página oficial do tesouro norte-americano, cujo link publico abaixo. O acúmulo de reservas internacionais, cujo custo de carregamento tem caído em linha com a redução da taxa SELIC, serve para valorizar o dólar com relação ao real, favorecendo nossas exportações,e é, sobretudo, uma arma geopolítica, que mantêm em situação positiva a imagem do Brasil frente às agências internacionais de classificação de risco e em uma posição de força em organismos como o G-20, o Banco Mundial e o FMI.
Conheço empresários brasileiros de linha mais desenvolvimentista, no entanto, que pensam que a política de acúmulo de dólares poderia ser complementada com a emissão de moeda, no mercado interno, destinada a investimentos diretos do governo na área de infraestrutura, por exemplo. Tal medida, com uma pequena expansão administrável da inflação, derrubaria o valor do real frente ao dólar, favorecendo as exportações, injetaria dinheiro em todos os níveis da economia produtiva, e criaria milhões de empregos.

Cachoeira da LAMA

A influência de Demóstenes junto a Gilmar

Volume 5, página 116 (em anexo):
Demóstenes avisa Cachoeira que "conseguimos puxar para o SUPREMO uma ação da CELG. O Gilmar mandou buscar (...) Ele que consegue tirar uns 2... 3 bilhões das costas da CELG".
Volume 6, página 15:
O araponga Jairo era conhecido como "personal araponga" de Gilmar Mendes.

Imagens: 
A influência de Demóstenes junto a Gilmar
A influência de Demóstenes junto a Gilmar

Como Cachoeira utilizava a Veja (2)

Por foo
"Manda ele soltar aquela notinha"


sábado, abril 28, 2012

A quem interessa provocar conflitos na América do Sul? 

 

 


Laerte Braga
A história real dos países latino-americanos, especialmente os sul-americanos, é contada em regime de conta gotas, uma forma de fugir do oficialismo e do ufanismo que historicamente as elites buscam vender desde os bancos escolares.
E há uma explicação simples para isso. As elites econômicas e militares da América do Sul não têm identidade nacional, mas reportam-se aos modelos e comandos europeus e norte-americanos; vale dizer, cingem-se às normas do capitalismo internacional.
É comum, por exemplo, contar os feitos heróicos de brasileiros na guerra contra o Paraguai e pintar Solano Lopez como um ditador sem entranhas. A realidade só é encontrada em publicações independentes que mostram que o País entrou em guerra com o Paraguai a soldo da Inglaterra – da qual estava afastada, mas o dinheiro fala mais alto – e porque o Paraguai de Solano Lopez, em vias de industrialização, afetava os negócios britânicos.
O governante paraguaio implementava um programa de reforma agrária, concorria com as indústrias têxteis e metalúrgicas dos britânicos e afetava os “negócios” do mate. Fomos apenas o instrumento do poder imperial da Grã Bretanha. Não houve patriotismo algum no confronto.
Para registro, os Estados Unidos, à época, já buscando hegemonia junto ao império britânico se opôs ao Brasil e a seus aliados. Os governos e forças armadas do Brasil, Argentina e Uruguai foram subornados pelos ingleses.
As Ilhas Malvinas, território argentino, até hoje são mantidas sob controle militar do falido império de sua majestade Elizabeth II e num flagrante desrespeito às leis internacionais, mantêm na região submarinos com armas nucleares, aí já noutra conjuntura, a que envolve os Estados Unidos, antiga colônia britânica e hoje proprietário do outrora império “onde o sol não se põe”,
Quando Nixon disse que o Brasil arrastaria a América Latina para onde se inclinasse, estava levando em conta o nível de desenvolvimento de nosso País, seu tamanho continental e justificando o apoio de seu governo à ditadura militar que encharcou de sangue o território nacional e preserva até hoje intocada em boa parte a barbárie militar.
À exceção do movimento tenentista, que mesmo assim se dissolveu em boa parte absorvido pela ditadura Vargas, nossas forças armadas são forças auxiliares do poder maior, sem identidade e uma polícia maior e melhor qualificada da grande potência de hoje. Estamos no Haiti sem saber por que, em vias de irmos à Síria para fazer não sei o quê e mantendo um fragata na frota de “paz” nas proximidades do estreito de Ormuz para garantir os interesses das companhias que transformaram os EUA em conglomerado terrorista ao lado de Israel. Máquina de guerra.
O governo de Lula não mais privatizou setores essenciais, mas abriu as portas do país ao nazi/sionismo com o tal tratado de livre comércio (TLC) com Israel. Através de “acordos militares” empresas israelenses adonaram-se dos setores estratégicos do Brasil.
Leia em:
Governos como o do presidente Chávez, ou do presidente Evo Morales, do presidente Rafael Corrêa, de Cristina Kirchner, de Daniel Ortega não interessam ao grande irmão. Promovem a reforma agrária, o fim do analfabetismo, estabelecem políticas públicas de participação popular, constroem habitações de qualidade para as pessoas, democratizam as relações do Estado com o cidadão, a despeito de uma ou outra limitação. Abrem caminhos para uma revolução popular a partir da consciência política.
Cuba desafia os EUA desde 1959 e se mantém heroicamente a despeito de todas as tentativas golpistas e do bloqueio imposto pelos pelo conglomerado ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A.
A Colômbia no entanto é o caso mais grave.
Em guerra civil há anos o país está mergulhado num regime de terror e barbárie e é hoje o maior produtor de cocaína do mundo – o governo não tem interesse na paz, a guerra favorece os grupos produtores da droga e o presidente, todos são meros quadrilheiros ao lado de militares e latifundiários, os chefes dos grandes cartéis.
No país são freqüentes os assassinatos de lideranças de oposição, sindicalistase camponeses. Há mais de 10 mil presos políticos e milhares de assessores militares norte-americanos, que controlam polícias, forças armadas e governo, além dos grupos paramilitares formados por latifundiários e pistoleiros de grandes conglomerados, os principais controladores da produção e distribuição de droga.
O próprio jornal brasileiro(?), O GLOBO, noticiou que o traficante Fernandinho Beira-Mar havia sido preso com as FARCs-EP , para anos depois num canto de página admitir que Beira-Mar foi entregue pelos paramilitares numa tentativa de minimizar os conflitos com o Brasil em torno do bandido.
A ex-senadora Ingrid Bettancourt, prisioneira de guerra durante anos das FARCs-EP, quando liberada, estava em perfeita integração com a guerrilha, tinha um filho com um líder guerrilheiro. Filho que abandonou – fato denunciado por sua secretária – e foi tentar o Prêmio Nobel da Paz patrocinada por uma indústria de cosméticos para mostrar que os anos na selva não a envelheceram.
É a história vendida pela mídia de mercado e fabricada na sociedade do espetáculo; o objetivo de transformar o ser humano em zumbi diante de um projeto de poder que é mundial.
Ao perceber que um controle como o que exercem na Colômbia – até porque o tráfico de drogas paga os custos da guerra e com sobras, já que a guerra hoje é privatizada, empresas cuidam do “negócio”, não seria possível no Brasil, os norte-americanos criaram o chamado PLANO GRANDE COLÔMBIA, que inclui parte do Brasil, a Amazônia, enquanto tentam, através de um governador provincial na Argentina, a instalação de uma base militar para controle total da América do Sul.
A piedosa prece que Obama faz todos os dias pela morte de Chávez é um pedido que a mídia dos EUA não esconde.
A Colômbia hoje é sócia do Brasil no antigo projeto SIVAM – monitoramento aéreo da Amazônia – ao lado dos EUA e aviões de fabricação brasileira, mas capital e tecnologia norte-americana (ao privatizar a EMBRAER FHC abriu mão de dispormos de tecnologia nossa no campo). Detêm informações estratégicas sobre nosso País, inclusive e principalmente sobre nossas reservas minerais estratégicas, caso do nióbio.
Marchamos para deixarmos de ser uma nação e caminhamos celeremente para o formato conglomerado da chamada nova ordem econômica, criada com o fim da União Soviética.
Lula inventou, frase do secretario geral do PCB Ivan Pinheiro, “o capitalismo a brasileira. Só que os donos são os norte-americanos e grupos sionistas (controlam a indústria bélica brasileira). Como leite em pó instantâneo estamos nos dissolvendo na obsessão da guerra cambial que custou o poder a Kadafi.
Um estudo das Nações Unidas feito na década de 70 mostra que a América do Sul é uma futura área de conflitos. Não são conflitos provocados pelos povos sul americanos, mas pelos interesses de elites políticas, econômicas do campo e da cidade que controlam o País sem que o governo reaja, pelo contrário, se deixa levar pela crença de potência de ilusão.
Estamos sendo engolidos, tragados nessa voracidade falida do capitalismo, mas montado em milhares de ogivas nucleares.
Um Eike Batista, um Daniel Dantas, um FHC, um Serra, um Alckmin, um Aécio (já apareceu uma prima de Cachoeira nomeada pelo ex-governador do bafômetro ou corruptômetro) e os políticos que controlam parte expressiva do Poder Judiciário, tudo isso nos transforma definitivamente numa república de bananas, onde um Brilhante Ustra tortura, assassina e permanece impune e a mídia faz e fala o que bem entende; mente, deturpa, golpeia, etc..
Um banqueiro de jogo de bicho faz tremer a república. Coloca na poder governadores corruptos como Sérgio Cabral e Marconi Perillo e ainda abre perspectiva para outro criminoso, Anthony Garotinho, que chega em nome do “senhor”.
Que república é esta?
Somos democracia consentida?
O Código Florestal recém aprovado pela bancada ruralista nos condena a ser um país com inúmeros futuros desertos e jogar a Reforma Agrária em suas areias. Depois desse “papelão” da “base aliada” na Câmara dos Deputados ficamos na dependência do VETO da Presidenta Dilma Rousseff...
Mas somos uma potência, por enquanto, de ilusão.
Não há saída dentro do processo político vigente, dentro do jogo sujo das eleições financiadas por empresas privadas, por bancos e latifundiários.
Ou vamos às ruas e viramos essa mesa para rearrumá-la segundo a vontade popular, que tem que ser despertada, está anestesiada pela mídia, ou vamos de fato virar apenas um departamento do PLANO GRANDE COLÔMBIA.
Esse é o desafio que as forças populares enfrentam.
Os conflitos aqui interessam aos donos para que sejamos sempre o gado marcado de que fala José Ramalho. Só isso, mais nada...


Enviado por Sílvio de Barros Pinheiro
*RedeCastorphoto

DEMÓSTENES TORRES DIZ EM CONVERSA QUE GILMAR MENDES ATUOU EM FAVOR DA QUADRILHA DE CARLINHOS CACHOEIRA

Os domínios de Gilmar: o Supremo no fundo do poço

Será Gilmar Mendes (“bom pra caceta”) o anel que o PIG vai entregar?

O Estadão online não poupou o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. O jornal estampa um diálogo de conversa do senador Demóstenes Torres (ex-DEM) com o presidiário e acusado de bicheiro, Carlinhos Cachoeira. Nela, Demóstenes deixa claro que Gilmar Mendes atuou a favor da quadrilha ao puxar uma ação milionária que envolvia a Companhia Energética de Goiás (Celg) e que Gilmar Teria garantido que reduziria a dívida em cerca de R$ 3 bilhões.

Ao que Cachoeira responde: “Nossa Senhora! Bom pra caceta, heim?”

Veja trecho da reportagem:
Em uma conversa entre o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, gravada pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, o parlamentar afirma a Cachoeira que ter trabalhado junto com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes para levar à máxima corte do país uma ação bilionária envolvendo a Companhia Energética de Goiás (Celg). No diálogo, que durou pouco menos de quatro minutos e ocorreu no dia 16 de agosto de 2011, Demóstenes demonstra intimidade com o ministro ao tratá-lo apenas como “Gilmar”.
“Conseguimos puxar para o Supremo uma ação da Celg aí, viu? O Gilmar mandou buscar. Deu repercussão geral pro trem aí”, contou o senador, referindo-se a um instrumento processual que permite aos ministros escolherem os recursos que vão julgar de acordo com a relevância jurídica, política, econômica ou social.
Considerada por muitos políticos goianos má “caixa preta” do governo do Estado, a Celg estava imersa em dívidas que somavam cerca de R$ 6 bilhões. Demóstenes avaliou a Cachoeira que Gilmar Mendes conseguiria abater cerca de metade do valor com uma decisão judicial. “Dependendo da decisão dele, pode ser que essa Celg… essa Celg se salva (sic), viu?”, disse. “Eu acho que esse trem pode dar certo, viu?ele que consegue tirar uns dois… três bilhões das costas da Celg. Aí dá uma levantada, viu?” (texto integral)
*Leia mais em Educação Política