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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, janeiro 30, 2012

Marco Antônio Vila é um imbecil 

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Correm no PiG dois textículos do professor Marco Antônio Vila em que ele critica o ex-presidente Lula e a presidente Dilma.O PiG e seus leitores idiotizados estão em intenso orgasmo coletivo com as palavras de Vila.



Não é nenhuma novidade a opinião de Vila sobre governos de esquerdas.



Vila critica Getúlio Vargas, critica João Goulart, critica, quase como um fetiche, Lula, critica Dilma e quem mais vencer eleição para Presidente do Brasil com o objetivo de ajudar os mais necessitados.Sempre foi e sempre será assim.Estou lendo o livro João Goulart, do historiador Jorge Ferreira, onde se vê que a critica mais contundente dirigida a João Goulart partiu do insignificante professorzinho Marco Antônio Vila.



Marco Antônio Vila é defensor intransigente da UDN e do PSDB.Do PSDB, Vila só não gosta de FHC, porque, segundo ele, foi o grande culpado por não ter liderado um movimento para derrubar o governo Lula em 2005.



Não desmente essa afirmação Xico Graziano, um dos fiéis aliados do PSDB, de FHC, ao dizer no seu blog:"ao criticar a oposição, especialmente o PSDB, o pedante professor enfrenta a situação, taxada por ele como uma “cruel associação do grande capital com os setores miseráveis”, que periga se perpetuar no poder. Quer dizer, o homem é contra o governo do PT. Conclusão: mais que o famoso “fogo amigo” da política, o arrogante historiador se coloca acima do bem e do mal, posa de conselheiro do rei.



Sobre essa ligação umbilical, incestuosa entre o PSDB e Marco Antônio Vila, não é preciso dizer mais nada.


No mais, Vila é um professorzinho frustrado, que morre de inveja pelo fato um torneiro mecânico ter sido presidente do Brasil e por esse presidente ter sido avaliado pela população como o melhor presidente da História do Brasil.Mais agora, porque não se conforma com o fato de Lula ganhar R$ 200 mil dólares por palestra, enquando ele vive mendigando para arranjar uma.E quando arranja, vende seu trabalho para falar mal de governo esquerdista pelo preço de uma tapioca estragada.




Marco Antônio Vila, assim como FHC,  Serra e Aécio Neves, só tem voz no PiG.Só os leitores babacas do PiG leem as baboseiras de Marco Antônio Vila.
*oterrordonordeste

GAROTO MORRE APÓS SE MASTURBAR 42 VEZES SEGUIDAS



Uma tragédia chocou os moradores de Rubiataba, interior do Goiás. Um adolescente de 16 anos morreu após se masturbar 42 vezes sem parar. Segundo relatos, ele havia começado por volta da meia noite, e virou a noite toda fazendo as sequencias de masturbação sem dar intervalo. Terminava uma e começava outra.

A mãe do menino já desconfiava de sua compulsividade por praticar o ato. “Era de hora em hora, igual o resultado da tele-sena, já tinha programado até de leva-lo ao médico”, contou a mãe do jovem.

Na escola onde o adolescente estudava, os colegas de classe fizeram uma homenagem. Uma de suas colegas, em conversa com a reportagem de G17, disse que o garoto era tão compulsivo que sempre lhe pedia para ligar a Web-cam, pela internet, de madrugada.

No computador do adolescente foi encontrado cerca de 17 milhões de vídeos eróticos e de 600 milhões de fotos.
*Historiavermelha

A Cuba que a midia não mostra



A Cuba que Dilma visita


Assim que Fidel e seus companheiros tomaram o poder e o governo dos EUA acentuou suas articulações para tratar de derrubar o novo poder, a grande burguesia cubana e uma parte da classe média alta foram se refugiar em Miami. Bastava esperar que mais um governo rebelde capitulasse diante das pressões norte-americanas ou fosse irremediavelmente derrubado. Afinal, nenhum governo latinoamericano rebelde tinha conseguido sobreviver. Poucos anos antes Getulio Vargas tinha se suicidado e Peron tinha abandonado o governo. Os dois governos da Guatemala que tinham ousado colocar em prática uma reforma agrária contra a United Fruis – hoje reciclada no nome para Chiquita -, sofreram um violento golpe militar.

Como um governo cubano rebelde, em plena guerra fria, a 110 quilômetros do império, conseguiria sobreviver? Cuba era o modelo do “pátio traseiro” dos EUA. Era ali que a burguesia cubana passava suas férias como se estivesse numa colônia sua. Era ali que os filmes de Hollywood encontravam os cenários para os seus melosos filmes sentimentais. Era ali que um aristocrata cubano tinha importado Esther Williams para inaugurar sua casa no centro de Havana, mergulhando numa piscina cheia de champanhe. Era em Cuba que os milionários norteamericanos desembarcavam com seus iates diretamente aos hotéis com cassinos ou às suas casas, sem sequer passar pelas alfândegas. Era ali que os marinheiros norteamericanos se embebedavam e ofendiam os cubanos de todas as formas possíveis. Era para Cuba que a Pan American inaugurou seus vôos internacionais. Era ali que as construtoras de carros norte-americanas testavam seus novos modelos, um ano antes de produzi-los nos EUA. Foi em Cuba que a máfia internacional fez seu congresso mundial no fim da segunda guerra, para repartir os seus mercados internacionais, evento para o qual contrataram o jovem cantor Frank Sinatra para animar suas festas. Em suma, Cuba era um protetorado norteamericano.

Os que abandonaram o país deixaram suas casas intactas, fecharam as portas, pegaram o dinheiro que ainda tinham guardado e foram esperar em Miami que o novo governo fosse derrubado e pudessem retomar normalmente sua vida num país de que se consideravam donos, associados aos gringos.

Há um bairro em Miami que se chama Little Havana, onde os nostálgicos ficam olhando para o sul, cada vez menos esperançosos de que possam retornar a uma ilha que já não podem reconhecer, pelas transformações radicais que sofreu. Participaram das tentativas de derrubada do regime, a mais conhecida delas a invasão na Baía dos Porcos, que durou 72 horas, mesmo se pilotada e protagonizada pelos EUA – presidido por John Kennedy naquele momento. Os EUA tiveram que mandar alimentos para crianças para conseguir recuperar os presos da invasão, numa troca humanitária.

Cuba mudou seu destino com a revolução, conseguiu ter os melhores índices sociais do continente, mesmo como país pequeno, pobre, ao lado dos EUA, que mantem o mais longo bloqueio da história – há mais de 50 anos -, tentando esmagar a Ilha.

Durante um tempo Cuba pode apoiar-se na integração ao planejamento conjunto dos países socialistas, dirigida pela URSS, que lhe propiciava petróleo e armamento, além de mercados para seus produtos de exportação. O fim da URSS e do campo socialista aparecia, para alguns, como o fim de Cuba. Depois da queda sucessiva dos países do leste europeu, a imprensa ocidental se deslocou para Cuba, instalou-se em Havana Livre, ficaram tomando mojitos e daiquiris, esperando para testemunhar a ansiada queda do regime cubano. (Entre eles estava Pedro Bial e a equipe da Globo.)

Passaram-se 23 anos e o regime cubano está de pé. Desde 1959, 10 presidentes já passaram pela Casa Branca e tiveram que conviver com a Revolução Cubana – de que todos eles previram o fim.

Cuba teve que se reciclar para sobreviver sem poder participar do planejamento coletivo dos países socialistas. Cuba teve que fazer um imenso esforço, sem cortar os direitos sociais do seu povo, sem fechar camas de hospitais, nem salas de aulas, ao invés da URSS de Gorbachev, que introduziu pacotes de ajuste e terminou acelerando o fim do regime soviético.

É essa Cuba que a Dilma vai encontrar. Em pleno processo de reciclagem de uma economia que necessita adaptar suas necessidades às condições do mundo contemporâneo. Em que Cuba intensificou seu comércio com a Venezuela, a Bolívia, o Equador – através da Alba -, assim como com a China, o Brasil, entre outros. Mas que necessita dar um novo salto econômico, para o que necessita de mais investimentos.

Necessita também aumentar sua produtividade, para o que requer incentivar o trabalho, de acordo com as formulações de Marx na Critica do Programa de Gotha, de que o principio do socialismo é o de que “a cada um conforme o seu trabalho”, afim de gerar as condições do comunismo, em que a fartura permitira atender “a cada um conforme suas necessidades”.

Cuba busca seus novos caminhos, sem renunciar a seu profundo compromisso com os direitos sociais para toda a população, a soberania nacional e a solidariedade internacional. Cuba segue desenvolvendo suas políticas solidárias, que permitiram o fim do analfabetismo na Venezuela e na Bolívia e o avanço decisivo nessa direção em países como o Equador e a Nicarágua.

Cuba mantem sempre, há mais de dez anos, a Escola Latinoamericana de Medicina, que já formou na melhor medicina social do mundo, de forma gratuita, a milhares de jovens originários de comunidades carentes todo o continente – incluídos os EUA. Cuba promove a Operação Milagre, que ja’ permitiu que mais de 3 mil latino-americanos pudessem recuperar plenamente sua visão.

Cuba é um sociedade humanista, que privilegia o atendimento das necessidades dos seus cidadãos e dos de todos os outros países necessitados do mundo. Que busca combinar os mecanismos de planejamento centralizado com incentivos a iniciativas individuais e a atração de investimentos, na busca de um novo modelo de crescimento, que preserve os direitos adquiridos pela Revolução e permite um novo ciclo de expansão econômica.

Aqueles que se preocupam com o sistema politico interno de Cuba, tem que olhar não para Havana, mas para Washington. Ninguém pode pedir a Cuba relaxar seus mecanismos de segurança interna, sendo vítima do bloqueio e das agressões da mais violenta potência imperial da história da humanidade. A pressão tem que se voltar e se concentrar sobre o governo dos EUA, para o fim do bloqueio, a retirada da base naval de Guantanamo do território cubano e a normalização da relação entre os dois países.

É essa Cuba que a Dilma vai se encontrar, intensificando e ampliando os laços de amizade e os intercâmbios econômicos com Cuba. Não por acaso o Brasil só restabeleceu relações com Cuba depois que a ditadura terminou, intensificando essas relações no governo Lula e dando continuidade a essa política com o governo Dilma.
por Emir Sader no site: http://www.cartamaior.com.br
*BrasilMobilizado

O que sobrou do Pinheirinho


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A Embraer está de olho no mercado de jatos executivos da China e contará com Jackie Chan, que receberá seu avião personalizado em São José dos Campos na próxima sexta-feira

Embraer quer decolar na China

ROSANA HESSEL



Fábrica em São José dos Campos: de olho no potencial dos novos ricos (Breno Fortes/CB/D.A Press - 1/9/10)
Fábrica em São José dos Campos: de olho no potencial dos novos ricos 

A Embraer está de olho no mercado de jatos executivos da China, segmento ainda muito pequeno naquele país, mas com potencial enorme, dado o grande número de novos ricos no país asiático. Um estudo feito pela companhia brasileira prevê que os chineses demandarão nada menos que 635 jatos em 10 anos. Ou seja, nesse período, as expectativas são de que esse mercado será o segundo ou mesmo o primeiro do mundo, movimentando US$ 21 bilhões. Para abocanhar uma fatia desse bolo, a empresa sediada em São José dos Campos (SP) contará até com uma ajuda especial, a do ator Jackie Chan, ídolo chinês conhecido pelos filmes de luta, para abrir portas e encarar a forte concorrência na Ásia.

Atualmente, os Estados Unidos lideram o mercado de jatos executivos, seguidos por México e Brasil. Na China, a Embraer aposta firme na venda de modelos maiores e mais caros: o Legacy 650, com capacidade para até 14 passageiros e autonomia de 6,7 mil quilômetros, e o Lineage 1000, para até 19 passageiros e capacidade para voar 8,3 mil quilômetros sem escalas — os dois modelos custam US$ 30 milhões e
US$ 50 milhões, respectivamente.

Atualmente, a companhia brasileira tem uma frota superior a 100 jatos comerciais voando na China e outros 53 deverão ser entregues nos próximos anos. Segundo a empresa, os jatos da Embraer lideram o mercado de
aviação regional chinês, com 76% de participação, resultado de uma mudança recente na China, marcada pela abertura aos modelos fabricados fora do país.

A parceria entre a Embraer e Jackie Chan nasceu da necessidade de fincar pé na China. A estratégia de guerra começou a ser desenhada em outubro de 2011, durante uma feira especializada em Las Vegas, nos Estados Unidos, onde a Embraer Executive Jets, subsidiária da marca brasileira para os jatos executivos, vendeu um Legacy 650 para o ator. Chan, estrela de A Hora do Rush 3, receberá seu avião personalizado em São José dos Campos na próxima sexta-feira, ocasião em que formalizará o contrato por meio do qual se tornará o embaixador da marca na Ásia. Além do avião vendido ao ator, a Embraer já comercializou outros 13 jatos Legacy 650 na China. Outras sete unidades estão em negociação.

França cria "CPMF" em transações financeiras

França cria "CPMF" em transações financeiras
 
Em ato polêmico às vésperas de uma cúpula europeia, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, diz que taxará operações bancárias em 0,1%




Sarkozy fala a um pool de canais de televisão:
Sarkozy fala a um pool de canais de televisão: "Tenho um encontro com os franceses e não fugirei disso"

Paris — Num gesto altamente polêmico e de alcance duvidoso, com potencial para desencadear uma nova crise entre os países europeus e com os Estados Unidos, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, anunciou ontem a criação de um imposto sobre transações financeiras. A taxação de 0,1% sobre as operações bancárias foi anunciada como parte de um pacote de medidas para recuperar a economia francesa e deve entrar em vigor em agosto. O anúncio da medida coincidiu também com a confirmação de que o atual mandatário do país vai concorrer às eleições presidenciais marcadas para 22 de abril e 6 de maio. O pacote foi anunciado na noite de ontem, véspera da reunião de líderes em Bruxelas.

Sarkozy não confirmou oficialmente se concorrerá à reeleição para o cargo, mas deixou subentendido, numa entrevista a um pool de canais de televisão franceses, que será o candidato natural a um novo mandato nas eleições da primavera. “Tenho um encontro com os franceses e não fugirei disso”, afirmou. A três meses da eleição presidencial, o mandatário da França voltou sua atenção para o crescimento do país, com medidas destinadas a suavizar os encargos trabalhistas das empresas e a financiar o sistema de bem-estar social.

Sarkozy insistiu que os custos da reforma do sistema de bem-estar social vão incidir mais sobre o consumo e menos sobre o custo do trabalho, uma estratégia que, a seu ver, foi inspirada na ação do ex-chanceler social-democrata da Alemanha, Gerhard Schröder.

Deficit
O presidente francês disse esperar que outros países europeus também adotem a taxação sobre as transações financeiras, seguindo o exemplo de Paris. Polêmica e contestada, a medida já vigorou no Brasil entre 1997 e 2007, sob o nome de Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

No pacote da França, houve ainda o aumento de 1,6 ponto na taxa do TVA, o imposto de valor agregado do país, que passará para 21,2% e permitirá financiar isenções de encargos trabalhistas no valor de 13 bilhões de euros. A elevação do TVA incide sobre os bens de consumo e deve entrar em vigor em 1º de outubro, incentivando as compras por antecipação, de modo a contribuir para o crescimento, disse o presidente.

O objetivo das medidas anunciadas ontem é restabelecer a competitividade da economia francesa e fazer parar a sangria de empregos da indústria. “Em 10 anos, a França perdeu 500 mil empregos industriais”, disse Sarkozy, observando que para um salário de 4 mil euros os encargos se elevam a 840 euros na Alemanha e o dobro disso na França.

O líder francês também afirmou ter observado uma melhora no horizonte da crise na Zona do Euro. “Os elementos para a estabilidade da situação financeira mundial e da Europa se apresentam”, declarou Sarkozy, às vésperas de uma reunião de cúpula europeia em Bruxelas. Ele avaliou que a situação relacionada à crise do euro está mais calma e estável porque “a Europa não está mais à beira do abismo”. Acrescentou ainda que o deficit público da França em 2011 deve fechar melhor que o previsto, chegando a 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB) ou, talvez, a 5,3%, contra os 5,7% estimados até agora.

Datafolha e Cracolândia. Que vergonha!

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Antes que Deus me leve quero ter a oportunidade de debater, olho no olho, com ao menos um desses mistificadores da grande mídia que adubam, dia após outro, a estupidez, a desinformação e o egoísmo que o povo da cidade de São Paulo não se cansa de exibir.

Esses pistoleiros da Veja, da Globo, do Estadão ou da Folha não resistiriam a 5 minutos de debate sério sobre questões como a operação policial que foi objeto de pesquisa de opinião pelo instituto Datafolha, a operação na Cracolândia paulistana.

Justiça? Nahas faliu e mora em mansão

A Falência daJustiça

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Em 1989, o mega-especulador Naji Nahas praticamente levou a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro à falência. Agora em 2012, ele consegue a proeza de levar a própria Justiça à falência.

Não à falência financeira, muito pelo contrário, pois o Poder Judiciário parece até ir muito bem de caixa, como provam os super-salários de alguns juízes do Rio de Janeiro. O que está ruindo é a própria razão de ser do Judiciário, a capacidade de fazer justiça...



Nahas quebrou a Bolsa do Rio deixando um rastro de dívidas que deveria alcançar seus bens. Sua holding Selecta S/A faliu quando seu esquema falhou. A Justiça do Rio de Janeiro condenou o especulador e tipificou o crime como falência fraudulenta. Nahas recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o processo ficou "dormindo" até prescrever, livrando-o da condenação. Um primeiro sinal da falência da nossa Justiça.

Por razões que só o Judiciário e os governos tucanos podem explicar, Nahas fica falido e não é ele quem é despejado de sua mansão. Quem é tirado de suas casas desumanamente são 1,7 mil famílias no Pinheirinho, em São José dos Campos, num terreno que pertencia à Selecta e pelo qual deve milhões de reais em impostos não pagos.

A constatação de que Nahas continua vivendo em sua mansão – com quadra de tênis, piscina e elevador, entre outros luxos –, sem ser despejado, prova que a lei para os ricos é uma, e para os pobres é outra.

O Judiciário pode gastar páginas e mais páginas, recorrendo a leis e mais leis para explicar como essa situação chegou a tal ponto, mas todo esse compêndio não passará dos autos que atestarão a falência da Justiça no Brasil.

Diante disso, fica a pergunta: quem fará a "reintegração de posse" da Justiça para o povo brasileiro?

Governo Alckmin é condenado por racismo

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Material distribuído por professora da rede pública a alunos associava a cor negra ao demônio; indenização será de R$ 54 mil a família que se sentiu atingida

Fernando Porfírio _247 - O governo paulista foi condenado por disseminar o medo e a discriminação racial dentro de sala de aula. A decisão é do Tribunal de Justiça que deu uma “dura” no poder público e condenou o Estado a pagar indenização de R$ 54 mil a uma família negra. De acordo com a corte de Justiça, a escola deve ser um ambiente de pluralidade e não de intolerância racial.
O Estado quedou-se calado e não recorreu da decisão como é comum em processos sobre dano moral. O juiz Marcos de Lima Porta, da 5ª Vara da Fazenda Pública, a quem cabe efetivar a decisão judicial e garantir o pagamento da indenização, deu prazo até 5 de abril para que o Estado dê início à execução da sentença.
O caso ocorreu na capital do Estado mais rico da Federação e num país que preza o Estado Democrático de Direito instituído há quase 24 anos pela Constituição Federal de 1988. Uma professora da 2ª série do ensino fundamental, de uma escola estadual pública, distribuiu material pedagógico supostamente discriminatório em relação aos negros.
De acordo com a decisão, a linguagem e conteúdo usados no texto são de discriminatórias e de mau gosto. Na redação – com o título “Uma família diferente” – lê-se: Era uma vez uma família que existia lá no céu. O pai era o sol, a mãe era a lua e os filhinhos eram as estrelas. Os avós eram os cometas e o irmão mais velho era o planeta terra. Um dia apareceu um demônio que era o buraco negro. O sol e as estrelinhas pegaram o buraco negro e bateram, bateram nele. O buraco negro foi embora e a família viveu feliz.
O exercício de sala de aula mandava o aluno criar um novo texto e inventar uma família, além de desenhar essa “família diferente”. Um dos textos apresentados ao processo foi escrito pela aluna Bianca, de sete anos. Chamava-se “Uma Família colorida” e foi assim descrito:
“Era uma vez uma família colorida. A mãe era a vermelha, o pai era o azul e os filhinhos eram o rosa. Havia um homem mau que era o preto. Um dia, o preto decidiu ir lá na casa colorida. Quando chegou lá, ele tentou roubar os rosinhas, mas aí apareceu o poderoso azul e chamou a família inteira para ajudar a bater no preto. O preto disse: - Não me batam, eu juro que nunca mais vou me atrever a colocar os pés aqui. Eu juro. E assim o azul soltou o preto e a família viveu feliz para sempre”.
A indenização, que terá de sair dos cofres públicos, havia sido estabelecida na primeira instância em R$ 10,2 mil para os pais do garoto e de R$ 5,1 mil para a criança, foi reformada. Por entender que o fato era “absolutamente grave”, o Tribunal paulista aumentou o valor do dano moral para R$ 54 mil – sendo R$ 27 mil para os pais e o mesmo montante para a criança.
De acordo com a 7ª Câmara de Direito Público, no caso levado ao Judiciário, o Estado paulista afrontou o princípio constitucional de repúdio ao racismo, de eliminação da discriminação racial, além de malferir os princípios constitucionais da igualdade e da dignidade da pessoa humana.
“Sem qualquer juízo sobre a existência de dolo ou má-fé, custa a crer que educadores do Estado de São Paulo, a quem se encarrega da formação espiritual e ética de milhares de crianças e futuros cidadãos, tenham permitido que se fizesse circular no ambiente pedagógico, que deve ser de promoção da igualdade e da dignidade humana, material de clara natureza preconceituosa, de modo a induzir, como induziu, basta ver o texto da pequena Bianca o medo e a discriminação em relação aos negros, reforçando, ainda mais, o sentimento de exclusão em relação aos diferentes”, afirmou o relator do recurso, desembargador Magalhães Coelho.
Segundo o relator, a discriminação racial está latente, “invisível muitas vezes aos olhares menos críticos e sensíveis”. De acordo com o desembargador Magalhães Coelho, o racismo está, sobretudo, na imagem estereotipada do negro na literatura escolar, onde não é cidadão, não tem história, nem heróis. Para o relator, ao contrário, é mau, violento, criminoso e está sempre em situações subalternas.
“Não é por outra razão que o texto referido nos autos induz as crianças, inocentes que são, à reprodução do discurso e das práticas discriminatórias”, afirmou Magalhães Coelho. “Não é a toa que o céu tem o sol, a lua, as estrelas e o buraco negro, que é o vilão da narrativa, nem que há “azuis poderosos”, “rosas delicados” e “pretos” agressores e ladrões”, completou.
O desembargador destacou que existe um passado no país que não é valorizado, que não está nos livros e, muito menos, se aprende nas escolas.
“Antes ao contrário, a pretexto de uma certa “democracia racial”, esconde-se a realidade cruel da discriminação, tão velada quanto violenta”, disse. Segundo Magalhães Coelho, na abstração dos conceitos, o negro, o preto, o judeu, o árabe, o nordestino são apenas adjetivos qualificativos da raça, cor ou região, sem qualquer conotação pejorativa.
“Há na ideologia dominante, falada pelo direito e seus agentes, uma enorme dificuldade em se admitir que há no Brasil, sim, resquícios de uma sociedade escravocrata e racista, cuja raiz se encontra nos processos históricos de exploração econômica, cujas estratégias de dominação incluem a supressão da história das classes oprimidas, na qual estão a maioria esmagadora dos negros brasileiros”, reconheceu e concluiu o desembargador.
*Ocarcará