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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, março 04, 2015

Cárcere privado. O desespero dos caminhoneiros que a tevê não mostra

 Fernando Brito

carcere1
O interesse político de paralisar o país decide o que vai para a mídia.
Estradas bloqueadas, desabastecimento.
Mas não vai para mídia a monstruosidade que está levando ao desespero centenas ou milhares de trabalhadores humildes que, segundo suas próprias palavras, estão mantidos em “cárcere privado” no Paraná, com medo de passarem nas estradas e serem agredidos ou terem seus caminhões depredados.
Nenhuma investigação séria sobre quem está promovendo um “protesto” que, cada vez mais claramente, tem grupos políticos e empresariais a promovê-lo, sem pudor de usar da violência contra profissionais que não o integram.
Ninguém aponta, a não ser lateralmente, a relação de “líderes” com empresas de carga.
Enquanto isso, a violência campeia.
Pedradas, perseguições contra os caminhoneiros que resolvem seguir viagem e, como já aconteceu, morte de pessoas.
Os motoristas se desesperam e não é nada prudente desesperar alguém ao volante de um monstro de 30 toneladas.
O “republicanismo” do Governo de não empregar a força legítima – inclusive por decisão judicial – vai acabar – tomara que não! – por provocar  novas tragédias.
Porque tratar as pessoas como é descrito no vídeo não é protesto.
É selvageria.


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Caminhoneiros dizem querer voltar pra casa, segundo eles a grande maioria quer, mas estão sendo impedidos por um grupo e ameaçados. Este grupo estaria sendo controlado por quem? Por qual partido? Curta o Pedala Direita Emoticon like
Quem não acreditou na Globo compartilha!
Raciocinem com o Pedala: se os caminhoneiros repassam o preço do transporte para as empresas de logística, porque eles brigariam pelo preço do diesel ao invés de brigarem por condições de trabalho? O fato é que eles não brigariam para os empresários ganharem mais, eles estão sendo ameaçados, torturados e impedidos e ir e vir. A serviço de mais quem? Tem partido no meio nisso tudo.
Que reforma o Brasil precisa urgentemente?
Vote ~> www.votebrasil.com.br/pesquisa/8

terça-feira, março 03, 2015

MILITARES ESTADOS UNIDOSPeru - DS - [Gustavo Espinoza] Que os Estados Unidos têm um estratégia continental de dominação e que se dispõem a desencadear uma aventura militar contra os povos de América Latina, já foi dito por nós em diversas ocasiões.

Alguns nos levaram a sério e ratificaram uma disposição antiimperialista que agora precisa se materializar. Outros, ao contrário, guardaram silencio, talvez com a ideia de que nossa afirmação fosse exagerada e respondia ao clássico estilo de confrontação do que eles qualificam de "esquerda tradicional".
Os fatos, contudo, vão nos dando razão de maneira constante. A agressividade imperialista contra nossos países se manifesta permanentemente; e hoje se concretiza no Peru, com a autorização para o ingresso de um verdadeiro exército de ocupação integrado por cerca de quatro mil soldados, que se estabelecerão no território sob o pretexto de "combater o narcotráfico e o terrorismo".
Para situar a coisa no curto prazo, cabe mencionar que no dia 29 de janeiro passado, em uma decisão oculta, que se filtrou recentemente nas redes sociais, o Congresso da República autorizou o ingresso de tropas e pessoal armado dos Estados Unidos em território peruano, atendo a um cronograma bem preciso. E elaborado em comum acordo entre "ambas as partes".
Os partidos e forças que integram hoje o Congresso, e cada um dos parlamentares em particular, têm a obrigação de prestar contas de como opinaram e de como votaram a decisão tornada conhecida hoje.
Sabe-se, de imediato, que já de 1 a 15 de fevereiro, pisaram em solo peruano dois contingentes militares, enviados pelo Pentágono. O primeiro, integrado por 58 soldados; e o segundo por 67. Ambos permanecerão até fevereiro de 2016 na tarefa de "treinar as instituições armadas peruanas na execução de operações especiais".
Parecería que em matéria de "operações especiais" os soldados peruanos seriam como que neófitos. Carecem da experiência de combate que o exército estadunidense adquiriu depois das prolongadas guerras de Vietnam, na Península Indochina e no Oriente Medio.
Provavelmente, Afeganistão, Iraque acrescentaram tanto a bagagem militar do exército ianque que considera seu dever compartilhar com seus irmãos latino-americanos com a ideia de extender até aqui prisões clandestinas como as de Bagdad ou Guantánamo, em que a tortura e a morte constituem pão de cada dia.
Não obstante, esses efetivos, que já estão no Peru, não são nada em comparação com o que ainda desembarcará no nosso território em setembro próximo.
Desembarcarão, na nossa primavera, 3.200 soldados ianques que -pelo armamento que usam, a experiência que têm e a preparação que possuem- constituirá um verdadeiro exército de ocupação.

Desse modo estarão sendo cumpridos os acordos entre esses dois países laboriosamente trabalhados desde há alguns anos.
A execução desses planos colocará em evidência que as constantes visitas do secretario de Defesa dos Estados Unidos ao Peru, e das do chefe do Comando Sul, não eram visitas protocolares nem muito menos turísticas. Tinham um claro conteúdo bélico que já não se pode ocultar.
É legítimo perguntar-se: O que move os Estados Unidos a deslocar essa vasta operação militar em território sulamericano?
O que está a ocorrer neste continente que faz com que a primeira potência militar do planeta esteja doida para abrir fogo contra os irmãos peruanos?
Para onde apontam, realmente, os fuzis ianques que dispararão nas cordilheiras da América?
Se observamos, mesmo que a voo de passar o que ocorre nesta parte do mundo veremos que radicaliza a luta anti imperialista de nossos povos.
Que ela se expressa em demandas concretas: Respeito à independência de nossos países, vigência plena da soberania nacional, recuperação das riquezas básicas, e proteção da biodiversidade. Em um mundo em que os recursos hídricos e os produtos naturais se convertem em fortaleza de sobrevivência para a inteira humanidade.
Já faz algum tempo que Estados Unidos estão buscando a maneira de intervir militarmente na Venezuela e acabar a sangue e fogo com o projeto bolivariano liderado historicamente pelo comandante Hugo Chávez, hoje conduzido por Nicolás Maduro, encurralado por uma brutal campanha de desprestígio e violencia desatada pelas forças mais reacionárias do continente.
Pelo visto, desembarcar tropas o Peru e conseguir que isso seja admitido pacificamente pela comunidade internacional seria uma maneira de afirmar a ideia de que é normal que Estados Unidos recorram a esse tipo de procedimento na América; e que poderia repetí-lo amanhã na Venezuela ou em qualquer outro país. Brasil por exemplo.
Quem tem licença para matar pode fazer uso dela em qualquer circunstância.
Bolívia ou Equador bem poderiam recordar aquele ditado: quando ver as barbas de seu vizinho serem cortadas, ponha as tuas de molho; porque a advertência ianque se projeta também à área do altiplano, contra Evo Morales e a multicultural Bolívia; e à região mais ao norte, onde as ações do governo equatoriano de Rafael Correa não contam com o beneplácito de Washington.
O argumento que se utiliza para justificar a intervenção estadunidense é a luta contra o narcotráfico e o terrorismo. É a velha e falsa cantilena. Em 1965 ficou em voga quando a administração de Belaúnde Terry aceitou a denominada "Operação Ayacucho", que resultou em nada.
Hoje, o combate contra o narcotráfico no Peru já esta virtualmente a cargo da DEA há muitos anos. E o resultado disso é que o Peru se converteu no primeiro produtor mundial de cocaína e outras drogas. Antes da presença da DEA nunca teve tal privilégio.
Até onde irá a escalada com a "atual estratégia? Talvez até a expansão dos cultivos de droga trazendo para cá o hashis do Afeganistão, e o ópio de outras latitudes? Será que não é isso o que busca a administração estadunidense para lançar suas tropas em nosso solo no que bem podia ser um desafio para uma nova Batalha de Ayacucho?
Porém a estratégia de dominação ianque vai muito mais além: visa confrontar uns povos contra outros e aos governos que, em maior ou menos escala, desconfia.
Não há que ter muita perspicácia para intuir que por tras da "operação de espionagem" chilena contra o Peru, denunciada recentemente, seja o avesso da mão dos serviços de inteligência ianques, que facilmente poderiam armar operações com esta ou outra magnitude, até mesmo a revelia dos governos, valendo-se da infiltração dos serviços secretos que eles manipulam.
Aos povos de nosso continente corresponde atuar com firmeza e a consequência requerida em uma circunstância em que o que está em jogo é a sobrevivência do continente, agredido pela barbárie imperialista.
No início dos anos 1930, em outro contexto e também em outras condições, Augusto Cezar Sandino disse de maneira categórica: "A soberania dos Estados não se discute. Se defende com armas nas mãos".
Em algumas semanas mais os peruanos estarão evocando o 200 aniversário do fuzilamento do jovem poeta Mariano Melgar, caído em mãos do exército colonial espanhol depois da batalha de Umachiri. Será essa recordação motivo de afirmação patriótica que levará nossos jovens a levantar essa mesma bandeira?
Em todo caso, o dever de qualquer patriota é assumir seu compromisso com a história e denunciar o que constitui uma verdadeira agressão armada contra o Peru e seu povo.
Gustavo Espinoza é da equipe de colaboradores do Diálogos do Sul (DS) em Lima, Secretário geral da Associação Amigos de Mariátegui (Casa Mariátegui) e membro do Coletivo de Direção de Nuestra Bandera (www.nuestra-bandera.com).
*DiariodaLiberdade

Em culto evangélico, Eduardo Cunha diz que maioria do Brasil é conservadora


Em culto evangélico, Eduardo Cunha diz que maioria do Brasil é conservadora

O presidente da Câmara dos Deputados chegou a afirmar que a “sociedade pensa como nós[os conservadores] pensamos” e que, por isso, é preciso deixar que “a maioria seja exercida, e não a minoria”; parlamentar prometeu ainda que lutará para que os princípios da igreja evangélica sejam “levantados e defendidos” no Legislativo 
Por Redação 
Para o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), a maioria do Brasil é conservadora. A afirmação foi feita em um culto evangélico realizado no Rio de Janeiro neste domingo (1º), no templo Vitória em Cristo.
Centenas de pessoas estavam presentes quando o deputado disse que “a maioria da sociedade pensa como nós pensamos” e que é preciso deixar que “a maioria seja exercida, e não a minoria”, fazendo clara referência a pautas progressistas e da causa LGBT, que historicamente se posiciona de maneira contrária.
“Não sou eu que não vou deixar a pauta progressista andar, não sou eu que sou conservador. A maioria da sociedade pensa como nós pensamos. É só deixar que a maioria seja exercida, e não a minoria”, afirmou, adicionando ainda que os órgãos de imprensa costumam dar “cobertura maior” aos ativistas gays.
Deixando de lado o princípio do Estado laico, Cunha seguiu prometendo mostrar “aquilo que o evangelho exerce” e lutar para que os princípios da igreja evangélica sejam “levantados e defendidos” no Legislativo.
Essa influência direta da religião dentro da Câmara, por influência de seu presidente, já acontece de forma direta há algum tempo. Todas as sextas-feiras o parlamentar conduz, na Casa, uma cerimônia religiosa com outros deputados.
Foto: Eduardo Cunha conduz culto evangélico na Câmara (Divulgação) 
*RevistaForum

Que jornalismo mais sem-vergonha esse, que varre notícias para debaixo do tapete, quando afetam os interesses

Após silêncio de 20 dias, JN emite nota sobre HSBC, sem a palavra sonegação #GloboMostraDARF




Depois de 20 dias do escândalo do HSBC suíço estourar no mundo, na edição de sábado (28) do Jornal Nacional rompeu discretamente o silêncio sobre o assunto e o apresentador substituto William Waack leu uma notinha sobre o caso HSBC, de apenas 68 palavras (nenhuma delas era "sonegação").

Waack estava com cara de quem lia uma nota fúnebre, em rápidos 29 segundos, sem uso de imagens, nem infográficos explicativos, nem entrevistas, nada. Apenas o locutor lendo a nota.

A nota do Jornal Nacional disse apenas:


A Polícia Federal vai investigar as contas de brasileiros do HSBC na Suíça.

As irregularidades foram denunciadas pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos de 45 países. O HSBC teria ajudado clientes a esconder bilhões de dólares no país entre 2006 e 2007. A Polícia Federal quer saber se houve remessa ilegal de dinheiro.

O ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, disse que há indícios para abertura imediata de inquérito.
Nada de falar que o dinheiro escondido é em grande parte para sonegar impostos.

Nada de falar que a Receita Federal também investiga o caso, justamente para autuar grandes sonegadores, a exemplo do caso em que a própria TV Globo foi autuada por sonegar Imposto de Renda na compra dos direitos de transmissão da Copa 2002 da Fifa através de operações financeiras em paraísos fiscais.

E nada de falar na CPI da sonegação do HSBC já instalada no Senado na sexta-feira.

Que jornalismo mais sem-vergonha esse, que varre notícias para debaixo do tapete, quando afetam os interesses dos donos da emissora ou de seus anunciantes.
*comtextolivre

“Não vou embora, estou chegando”, diz Mujica em despedida

“Se tivesse duas vidas, as gastaria inteiras para ajudar suas lutas, porque é a forma mais grandiosa de amar a vida que pude encontrar ao longo dos meus quase 80 anos”, disse Pepe

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Cerimônia contou com aplausos, gritos de "obrigado, Pepe" e bandeiras alusivas ao seu partido político Foto: Wagner Machado / Terra
Cerimônia contou com aplausos, gritos de "obrigado, Pepe" e bandeiras alusivas ao seu partido político
Foto: Wagner Machado / Terra
Ao final do seu último dia útil como mandatário do Uruguai, José “Pepe” Mujica – que ficou conhecido internacionalmente como “o presidente mais pobre do mundo” – foi ovacionado por milhares de uruguaios, que lotaram a Plaza Independencia (a principal da capital) para “agradecer” por sua gestão.
Em meio a aplausos, gritos de “obrigado, Pepe”, bandeiras alusivas ao seu partido político (Movimento de Participação Popular) e palavras de ordem como “Pepe, amigo, o povo está contigo”, Mujica compareceu ao tradicional rito de arriamento da bandeira, quando o símbolo nacional é retirado de seu mastro e entregue ao presidente prestes a deixar o cargo.
Saudades, Pepe! Jovens explicam por que Mujica é tão popular
Na cerimônia, estavam presentes também o novo presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez – que assume neste domingo, 1º de março – , o vice-presidente eleito, Raul Sendic, a mulher de Mujica, a senadora Lucía Topolansky, atual candidata à Prefeitura de Montevidéu, e ministros do governo de Pepe.
Em um discurso de 10 minutos, que trazia por escrito, o presidente relembrou rapidamente sua infância e adolescência, e agradeceu ao povo “pelo profundo companheirismo” em cada uma das vezes em que disse ter se sentido “sozinho”. “Se tivesse duas vidas, as gastaria inteiras para ajudar suas lutas, porque é a forma mais grandiosa de amar a vida que pude encontrar ao longo dos meus quase 80 anos.”
Também repassou os tempos de prisão e luta armada contra a ditadura. “Pagamos preços enormes, mas continuamos vivos por milagre, aprendendo com a adversidade e tendo repensado toda a vida, como uma entrega e como valor a defender acima de todas as coisas.”
"Fusca foi feito em 15 dias por um artista que faz 'cabeçudos' (bonecos tradicionais do Carnaval uruguaio) e me ofereci para trazê-lo no meu carro, contou Raul Presyones. Foto: Denise Mota / Especial para Terra
"Fusca foi feito em 15 dias por um artista que faz 'cabeçudos' (bonecos tradicionais do Carnaval uruguaio) e me ofereci para trazê-lo no meu carro, contou Raul Presyones.
Foto: Denise Mota / Especial para Terra
Ao final, afirmou: “Não estou indo embora, estou chegando. Irei com o último respiro e, onde estiver, estarei por vocês, porque é a forma superior de estar com o povo”.
Fusca no ar, Mujica na pele
Em meio à multidão que acompanhava um dos últimos atos públicos de Mujica, o famoso fusca azul do presidente pairava como um monumento à sua personalidade. Não era o fusca real, mas sim uma réplica feita de papel machê, no alto de uma caminhonete.
“Sou um simpatizante do Pepe, da Frente Ampla (a coalizão governista integrada pelo partido de Mujica), e organizamos a vinda a essa despedida com amigos e integrantes do MPP do Cerro (bairro operário de Montevidéu). O fusca foi feito em 15 dias por um artista que faz 'cabeçudos' (bonecos tradicionais do Carnaval uruguaio) e me ofereci para trazê-lo no meu carro”, contou ao Terra Raul Presyones.
Sou um simpatizante do Pepe, da Frente Ampla (a coalizão governista integrada pelo partido de Mujica), e organizamos a vinda a essa despedida com amigos e integrantes do MPP do Cerro (bairro operário de Montevidéu)", diz Raul Presyones Foto: Denise Mota / Especial para Terra
Sou um simpatizante do Pepe, da Frente Ampla (a coalizão governista integrada pelo partido de Mujica), e organizamos a vinda a essa despedida com amigos e integrantes do MPP do Cerro (bairro operário de Montevidéu)", diz Raul Presyones
Foto: Denise Mota / Especial para Terra
Os amigos Wilson Mieres, 30, e Emiliano Cardozo, 18, foram a caráter para a ocasião. Cardozo, com uma camiseta customizada com o rosto e frases de Mujica – além de uma tatuagem com o rosto do presidente no braço direito – , e Mieres, com uma máscara do mandatário.
Os amigos Wilson Mieres, 30, e Emiliano Cardozo, 18, foram a caráter para a ocasião. Foto: Denise Mota / Especial para Terra
Os amigos Wilson Mieres, 30, e Emiliano Cardozo, 18, foram a caráter para a ocasião.
Foto: Denise Mota / Especial para Terra
“Mujica é um ídolo. Para os mais humildes, calou fundo e é um marco por tudo o que nos ensinou. Nunca havíamos visto um presidente assim, e acho que nunca mais vamos voltar a ver”, disse Mieres.
Emiliano Cardozo, 18, tem uma tatuagem de Mujica no braço Foto: Denise Mota / Especial para Terra
Emiliano Cardozo, 18, tem uma tatuagem de Mujica no braço
Foto: Denise Mota / Especial para Terra
Para Cardozo, Mujica “impactou com força. Para além do fato de ser carismático, seu carisma foi acompanhado por atos políticos”.
Aposentado Guillermo Verona, 59, acompanhou a cerimônia com as cores da Frente Ampla na cabeça e com a bandeira da coalizão nas mãos Foto: Denise Mota / Especial para Terra
Aposentado Guillermo Verona, 59, acompanhou a cerimônia com as cores da Frente Ampla na cabeça e com a bandeira da coalizão nas mãos
Foto: Denise Mota / Especial para Terra
O aposentado Guillermo Verona, 59, acompanhou a cerimônia com as cores da Frente Ampla na cabeça e com a bandeira da coalizão nas mãos. “É a primeira vez na história que um presidente sai como ele está saindo. Pepe nos deixa o que nunca nos deixaram: a intenção de fazer o melhor que se pode.”
Terra