Berlusconi toma um ferro monumental nos referendos.
É que lá, o povo é chamado a se manifestar sobre privatização e aumento de tarifa pública.
Aqui apanhamos por protestar contra as privatizações e quem determina aumento de tarifas são as agências reguladoras, prepostas do mercado.
Alguém ainda se lembra que as agências reguladoras autorizou aumento das tarifas elétricas acima do que foi pedido pelas elétricas?
Via Esquerda.net
Italianos votam pela água pública, rejeitam energia nuclear e imunidade de Berlusconi
Nos quatro referendos realizados em Itália participaram 57% dos eleitores, tendo o “Sim” ganho por largas maiorias, próximas ou superiores a 95%. Assim, os italianos votaram pela água pública e contra o aumento do preço das tarifas, rejeitaram a energia nuclear e a imunidade de Berlusconi.Nos quatro referendos realizados em Itália participaram 57% dos eleitores, tendo o “sim” ganho por largas maiorias, próximas ou superiores a 95%.
O Governo de Berlusconi sofreu uma nova e profunda derrota nos quatro referendos realizados nestes domingo e segunda feira. Nos referendos participaram mais de 57% dos eleitores, o que os torna vinculativos.
No primeiro referendo, contra a aceleração da privatização da água, o “sim” ganhou por 95,7% contra 4,3%.
No segundo referendo, sobre a revogação da lei que prevê que as tarifas dos serviços de água sejam determinadas em função do capital investido, provocando o aumento da factura da água, o “sim” obteve 96,1%, enquanto o “não” se ficou pelos 3,9%.
No terceiro referendo contra a energia nuclear (revogação das novas normas que permitem a produção de energia nuclear em território nacional) o “sim” atingiu 94,6% e o “não” apenas 5,4%.
No quarto referendo, de revogação da lei que garantia a imunidade a Berlusconi e aos seus ministros, o “sim” atingiu 95%, enquanto o “não” ficou pelos 5%.
Berlusconi, já consciente da derrota, tinha defendido na passada quinta feira a abstenção, em vez de defender as suas próprias leis, para tentar assim que os referendos não fossem vinculativos. Porém, a resposta foi esmagadora, com a maior participação desde há muito anos e com a rejeição das lei do governo por percentagens de 95% e superiores, que não deixam quaisquer margens a dúvidas.
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