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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, junho 14, 2011

Manifestação em Tel Aviv exige que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, aceite um Estado Palestino baseado nas fronteiras de 1967.

Que venha setembro


Enquanto os judeus de Israel saem em passeata (assista ao vídeo abaixo) para apoiar o estado palestino, os governantes sionistas vão tentar de tudo para impedir que em setembro os países que integram a ONU reconheçam  esse mesmo Estado Palestino.

O cinismo  dos sionistas está atingindo as raias do absurdo.
O ministério de relações exteriores da aldeia sionista pediu aos funcionários com altos cargos "o máximo empenho possível para convencer as autoridades de outros países  que apoiar a pretensão palestina equivaleria a deslegitimar Israel e frustrar qualquer futuro acordo de paz”.
Haja desfaçatez.
Israel sabe que a maioria dos países integrantes da ONU deverão reconhecer o Estado Palestino, mas eles contam com o veto dos Estados Unidos no Conselho de Segurança.
Como se vê, aos poucos a máscara vai caindo.
Fica claro que os governantes de Israel, com a ajuda dos Estados Unidos, jamais apoiarão a criação de um Estado palestino.
E a razão é simples.
Um Estado palestino trará finalmente a paz para a região, o que desagrada a indústria bélica, cujos trilhões de dólares servem para eleger o presidente e o congresso dos Estados Unidos.
Um Estado Palestino significa, de fato, o fim de Israel como ele é hoje.
Um estado belicoso, europeu em território asiático, criado para defender interesses de países que sempre viveram da guerra e pela guerra.
Aos poucos os verdadeiros judeus estão entendendo que os inimigos deles não são os semitas, mas Israel e o sionismo.
Basta consultar a História.
Inclusive a Enciclopédia Espanhola Judaica.
Os judeus sempre foram perseguidos pelos Europeus.
E eles sempre buscaram abrigo entre os árabes muçulmanos.
A questão agora é saber se os judeus conseguirão expulsar os governantes nazi-sionistas que governam Israel.
Manifestação  em Tel Aviv exige que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, aceite um Estado Palestino baseado nas fronteiras de 1967.
*gilsonsampaio

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