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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, junho 07, 2010

O cineasta que sabe das coisas

A entrevista de Oliver Stone

Parte 1

Tentei gravar ontem, mas a internet não ajudou. De qualquer forma, trago do site do excelente É Noticia, de Kennedy Alencar, a entrevista com Oliver Stone, que considero imperdível. Quem não pôde assistir na madrugada de ontem pode fazê-lo aqui, em três partes, a primeira delas acima e as outras duas logo abaixo.

Parte 2

Parte 3

do Tijolaço

e agora zé






PT ingressou com interpelação na justiça contra Serra por acusação sobre "dossiê"

O Partido dos Trabalhadores protocolou nesta segunda-feira (7), no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, interpelação judicial contra o tucano José Serra, para que ele explique acusações feitas à pré-candidata Dilma Roussseff e outros integrantes do PT.

Na semana passada, Serra disse que Dilma era a "responsável" pela suposta elaboração de um suposto dossiê contra ele, fazendo acusações e ilações ainda contra o senador Alizio Mercadante e o deputado federal Ricardo Berzoini.

Os advogados Pierpaolo Bottini e Igor Tamasauskas, representando o PT, pedem que o ex-governador fundamente as declarações concedidas à imprensa.

"Precisamos confirmar se ele mantém o que disse e identificar nessas declarações indícios de situação de crime, algum ilícito civil indenizável, uma situação de ofensa", afirmou Tamasauskas à Agência Reuters.

dos amigos do Presidente Lula

SS errasó se SFerra






Tucanogate terá que ser explicado na Justiça

O episódio do Tucanogate fez água com o desafio do jornalista Amaury Ribeiro Júnior de ser acareado com o araponga que fez denúncias à Veja, mas a mídia ainda tentará lhe garantir uma sobrevida, o que aumenta a necessidade de interpelar os responsáveis.Vejam como foi importante a decisão do PT de ingressar na Justiça comum para que Serra confirme a acusação de que Dilma seria a responsável por um suposto dossiê contra ele, em lugar de ficar inerte, como em outras agressões.

Abastecido por seus aliados midiáticos, Serra achou que poderia crescer com o episódio, acusando Dilma de práticas que sempre foram suas, como mostrou a matéria do Correio Braziliense de 2002, descoberta pelo Azenha e que postei ontem no Tijolaco.com, e de seus aliados de sempre, os demos. Todos devem se lembrar que a cada crise política o ex-senador Antonio Carlos Magalhães ameaçava com um dossiê, que na verdade nunca deixava de ser um blefe.

Desmascarar esse episódio do suposto dossiê contra Serra tem uma importância política significativa. Seria uma forma de enterrar uma prática arcaica e corrupta, que só desacredita a política brasileira. Herdada de antigos coronéis e da ditadura, ela foi adaptada e modernizada, mas com os mesmos fins: destruir o inimigo por meio de manobras traiçoeiras e covardes, ao invés de enfrentá-lo no campo das ideias.
Demos e tucanos continuam tentando tratar os processos eleitorais na Justiça e na polícia, fugindo do debate político e de apresentar claramente seus projetos para o país. Escondem-se em imagens desenhadas por marqueteiros, mas sempre acabam revelando sua identidade maligna.

Repito o que disse, é indispensável que a campanha de Dilma não dê mole. Essa gente, do mundo da arapongagem, não merece nem bom dia. Foi sorte que estivesse ali um jornalista experiente, o Amaury Ribeiro, que, ao que tudo indica, tomou precauções que se pode imaginar a partir de sua afirmação de que pode provar “diálogo por diálogo” tudo o que se passou naquele encontro. Vocês, como eu, devem estar fazendo idéia do que ele tem para mostrar ao fazer um desafio assim.

Acho que o mau olhado que puseram em cima da Dilma, com esta história de dossiê, virou um “galho de arruda” para quem a plantou.

do Tijolaço

A vida é como uma vela acesa, resistindo ao vento forte da morte.

http://misticismoemagia.blogs.sapo.pt/arquivo/vela222.gif

KKK esta só rindo se não fosse trágico

- Ter medo

Você nunca será um membro da Classe Média de verdade, se não compartilhar um nobre sentimento com seus colegas: o medo. O médio-classista, por definição, é um amedrontado por natureza. Isto advém do fato de que, para ser uma pessoa privilegiada ("graças a Deus, mesmo com todas as dificuldades"), é necessário que exista alguém em uma condição inferior, ou seja, "que não goste de trabalhar nem estudar" e por isso não tenha uma vida "remediada" como a sua. E é por isso que a vida do médio-classista parece um mundinho de cristal: qualquer coisa fora do mínimo controle pode por tudo a perder.

O medo da Classe Média se baseia na preocupação com as três coisas mais importantes para a vida de uma pessoa: o patrimônio, a própria saúde e a família (nesta ordem). E graças ao hábito de se manter bem informado (lendo Veja, assistindo Jornal Nacional e Fantástico), o colega sabe muito bem que viver é perigoso. Logo, o Juninho não pode andar de bicicleta na rua, porque pode ser atropelado, desaparecer misteriosamente ou, pior de tudo, ter a bicicleta roubada. Graças a Deus inventaram os condomínios, né! E a filhinha tem que levar a máscara e o álcool em gel para o balé, porque essa gripe suína está matando mesmo, está uma loucura. Desse jeito, será preciso cancelar a viagem a Buenos Aires... humm... não.... aí também já é exagero. Como se não bastasse, a TV vai sempre te lembrar que há muito a temer todos os dias. A Dilma Roussef, por exemplo, te causará um frio na espinha, sempre que aparecer na telinha com o Bonner narrando suas barbaridades.

O lado bom é que a economia se movimenta. Afinal, donos de lojas de arame farpado e fabricantes de alarme, circuito interno de vigilância, armas, "insulfime", blindagem de carros corretores de seguros, são todos da Classe Média: também têm que pagar a escola dos filhos e o plano de saúde, e já que isso é pra te proteger desse mundo perigoso, acaba sendo um dinheiro bem investido.


Se você, aspirante à Classe Média, ainda não consegue sentir tanto medo de tudo, não se preocupe. Experimente duas semanas ouvindo a Míriam Leitão, lendo a Folha e assistindo qualquer jornal na Globo. Enquanto o medo não vem, você já pode ir adquirindo seus kits de proteção. Não ligue se não houver nenhum estranho de olho no que é seu. O principal neste momento é ostentar sua cerca elétrica, para que a vizinhança toda preste mais atenção no seu carro recém-adquirido em sessenta vezes. Quem sabe até os ladrões se interessem e façam seu investimento em segurança ter alguma utilidade prática...

- Praticar o "cada um por si" no trânsito

Para quem quer se comportar como a Classe Média brasileira, um ótimo ambiente de observação é o trânsito de nossas grandes cidades. Ali podemos estudar, por imersão total e com riqueza de detalhes, os valores deste peculiar grupo social.

O médio-classista encara o trânsito como se fosse uma grande batalha em defesa do seu direito individual prioritário de ir e vir, o que significa que cada indivíduo da Classe, no trânsito, tem prioridade um sobre o outro e vice-versa (numa estranha equação ainda não resolvida pela matemática). E todos têm prioridade sobre os pedestres (este ponto já é bem mais fácil de entender).

Para encarar o trânsito, cada cidadão da Classe deve estar equipado com seu carro. Se uma moradia médio-classista possui, por exemplo, 4 habitantes em idade para serem condutores, o ideal é que ali haja 4 carros. O carro é uma importante propriedade desses cidadãos, e seu interior é seu mundo particular, uma extensão de sua casa sobre rodas. Por isso, o carro para este público precisa ser equipado com "insulfim", equipamento de som, ar-condicionado e lugar para no mínimo cinco passageiros (para levar objetos e peças de vestuário, uma vez que raramente o carro do médio-classista trafega com mais de uma pessoa além do motorista). Tudo isso garante que o que realmente importa (o mundo particular do condutor) esteja muito agradável, a fim de evitar o contato com o mundo exterior, totalmente desprezível. Para este, há um mecanismo de comunicação denominado buzina.

Você, aprendiz de médio-classista, precisa aprender que, para ser da Classe, é necessário se revoltar com as atuais condições do trânsito. Assim, no seu papel de cidadão politizado e pagador de impostos, deve exigir das autoridades que abram espaço na cidade para mais carros. Que desapropriem, botem a cidade abaixo, mas garantam a duplicação das vias até resolver o problema (o que provavelmente será quando a cidade for um grande plano de asfalto). Fique revoltado também pelo fato de o Governo se preocupar mais em, violentamente, coibir seu direito sagrado de ingerir álcool, do que abrir mais acessos pro seu carro trafegar mais rápido.

Também é preciso aprender a se comportar neste ambiente. Se você quiser se parecer realmente com alguém da Classe, ande sempre na frente dos outros. Se alguém sinalizar que quer mudar de faixa e ficar à sua frente, mesmo que você esteja um pouco longe, acelere loucamente para passar à frente dele antes que ele realize a manobra. Logo, sabendo que todos agirão assim, dispense o uso da seta (pode até pedir o mecânico para desativar a sua). Você não tem que dar satisfações sobre pra que lado vai virar ou se quer ou não mudar de faixa.

Portanto, aspirante, o primeiríssimo passo para entrar na Classe é abandonar o transporte coletivo, o metrô e até mesmo a bicicleta (esta somente pode ser usada para lazer, e mesmo assim, deve ser transportada de carro até o local do uso). No transporte coletivo você está num espaço público, sujeito a ficar perto de pobres e nada ali é "só seu". É muito melhor que você trafegue dentro de sua bolha de vidro e metal, "privatizando" (aprenda a adorar esta palavra) cerca de 10m² do espaço público, com uma máquina de 1000kg que queimará petróleo para transportar uma pessoa de 70kg, a fim de garantir seu merecido bem-estar até seu destino. Você tem direito, você é da Classe Média.

do Classe Média Way of life

planeta sem Oceanos – Drain the Oceans – Nat Geo and ORF

O que aconteceria se os oceanos do planeta secassem?Este trabalho foi elaborado para o NatGeo da BBC. E nos dá uma amostra de como ficaria o planeta sem esse bem tão precioso que é a água.

Dossiê hoje está no Google






Fechou a indústria do dossiê do Serra.

Pega ladrão ! Pega ladrão !



Esta reportagem é imperdível. Clique aqui e leia a matéria: “Vargas: Serra bate carteira e grita pega ladrão”


Serra bate a carteira e grita “pega ladrão !”.


Como se sabe, o Zé Ladeira (abaixo) é o rei do dossiê. Clique aqui para ler!


Teve o dossiê da Roseana, o dossiê do Paulo Renato, o dossiê do Tasso, o dossiê do Paulinho.


E agora ia ter o dossiê do Temer, o dossiê da Dilma.


É um McDonald’s.


Passou na frente dele, ele faz um dossiê.


(O Marcio Fortes, do Rio, sabe como é isso. Hoje ele é “assessor” do Gabeira.)


O assessor de comunicação do PT, André Vargas, matou a charada: dossiê hoje é o Google.


O Serra se elegeu presidente da República em 2002, quando deu uma surra de 61% a 39% num candidato nordestino.


Até hoje, ele está ancorado em 2002.


E não sabe para que serve o Google.


Serve para descobrir, como fez o Blog da Dilma (clique aqui para ler), uma matéria que o Correio Braziliense (quando tinha um editor destemido) publicou sobre a indústria da arapongagem do Serra.


(Por falar nisso, quem também gosta muito de araponga é o passador de bola apanhado no ato de passar bola, o Daniel Dantas. Semelhantes se atraem ? )



Paulo Henrique Amorim


+ cinema






Filme Documentário - Lutero [Luther]




Após quase ser atingido por um raio, Martim Lutero (Joseph Fiennes) acredita ter recebido um chamado. Ele se junta ao monastério, mas logo fica atormentado com as práticas adotadas pela Igreja Católica na época.
Após pregar em uma igreja suas 95 teses, Lutero passa a ser perseguido. Pressionado para que se redima publicamente, Lutero se recusa a negar suas teses e desafia a Igreja Católica a provar que elas estejam erradas e contradigam o que prega a Bíblia. Excomungado, Lutero foge e inicia sua batalha para mostrar que seus ideais estão corretos e que eles permitem o acesso de todas as pessoas a Deus.
Áudio - Legenda PT/BR
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