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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, junho 07, 2010

Dossiê hoje está no Google






Fechou a indústria do dossiê do Serra.

Pega ladrão ! Pega ladrão !



Esta reportagem é imperdível. Clique aqui e leia a matéria: “Vargas: Serra bate carteira e grita pega ladrão”


Serra bate a carteira e grita “pega ladrão !”.


Como se sabe, o Zé Ladeira (abaixo) é o rei do dossiê. Clique aqui para ler!


Teve o dossiê da Roseana, o dossiê do Paulo Renato, o dossiê do Tasso, o dossiê do Paulinho.


E agora ia ter o dossiê do Temer, o dossiê da Dilma.


É um McDonald’s.


Passou na frente dele, ele faz um dossiê.


(O Marcio Fortes, do Rio, sabe como é isso. Hoje ele é “assessor” do Gabeira.)


O assessor de comunicação do PT, André Vargas, matou a charada: dossiê hoje é o Google.


O Serra se elegeu presidente da República em 2002, quando deu uma surra de 61% a 39% num candidato nordestino.


Até hoje, ele está ancorado em 2002.


E não sabe para que serve o Google.


Serve para descobrir, como fez o Blog da Dilma (clique aqui para ler), uma matéria que o Correio Braziliense (quando tinha um editor destemido) publicou sobre a indústria da arapongagem do Serra.


(Por falar nisso, quem também gosta muito de araponga é o passador de bola apanhado no ato de passar bola, o Daniel Dantas. Semelhantes se atraem ? )



Paulo Henrique Amorim


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