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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, julho 13, 2010

São Paulo pobre São Paulo pobre Paulista






Nassif: No Sudeste, só SP
não atinge metas do milênio


O Estado de SP possui 5,7 milhões de pobres, sendo que 1,63 milhão de pessoas possuem renda familiar mensal menor que R$ 127,5

O Conversa Afiada republica texto do blog do Nassif:

No SE, só São Paulo não atinge metas do milênio

Por Homero
Do PNUD

Sete estados atingem ODM contra a pobreza

Ciclo de seminários regionais de acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio debate dados regionais de metas da ONU

da PrimaPagina

Das 27 unidades federativas brasileiras, sete conseguiram reduzir pelo menos à metade, entre 1991 e 2008, a proporção da população com renda familiar inferior a R$ 255 (meio salário mínimo), meta estabelecida pelo primeiro dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), cujos cumprimentos são previstos até 2015, revela o coordenador do Orbis (Observatório Regional Base de Indicadores de Sustentabilidade), Alby Rocha, que participou do 3º ciclo de Seminários Estaduais de Acompanhamento dos ODM, entre 23 de abril e 10 de junho.

Dos sete estados, seis ficam no eixo Sul-Sudeste: Santa Catarina lidera os avanços, com 67%, seguido de Paraná (60%), Rio Grande do Sul (54%), Minas Gerais (53%), Espírito Santo (51%) e Rio de Janeiro (50%). Goiás é o único de outra região a alcançar o objetivo 1, com progresso de 53%.

“Já São Paulo não avançou tão rapidamente”, explica Rocha. A maior metrópole do país teve resultados bem inferiores: reduziu a pobreza em 30%. O estado possui 5,7 milhões de pobres, sendo que 1,63 milhão de pessoas possuem renda familiar mensal menor que R$ 127,5.


Se Santa Catarina foi o estado que apresentou melhor resultado, Roraima seguiu a direção inversa, com queda de apenas 4% no indicador de pobreza no período analisado. Em compensação, é o que apresenta o menor número de pobres no Brasil: 160 mil. Na região Norte, o Tocantins ficou perto de alcançar a meta, com avanço de 46% no objetivo 1.

Com exceção do Distrito Federal (25%), as outras três unidades federativas do Centro-Oeste fizeram progresso considerável. Goiás ultrapassou a meta, enquanto Mato Grosso (49%) e Mato Grosso do Sul (48%) quase chegaram lá. Por outro lado, o DF é quem possui menos pessoas sob a linha de pobreza na região, com 465 mil.

doluisnassif


Serra e Kassab emperram obras do governo federal

A zona leste da cidade de São Paulo com mais de quatro milhões de habitantes tem uma história de lutas e sempre foi considerada pela administrações demotucanas no estado e na capital paulista uma região dormitório, sempre esquecida, sem acesso a cultura, ao lazer, a educação de qualidade.
É também a região onde se concentra o maior números de migrantes de todo o país, tudo que a população conquistou foi com muita luta e suor. Foram os que mais sofreram com as inundações e alagamentos em São Paulo, e foram até considerados culpados por Serra.
Os moradores aguardam ansiosamente a compra do terreno e o inicio das obras da nova universidade federal, que já foi autorizada pelo presidente Lula e pelo ministro da educação Fernado Haddad.
A área indicada para ser instalada a nova universidade federal fica na Avenida Jacú-Pêssego em Itaquera com 18.700 m2 e 22.00 m2 de área a ser construído o Pólo Educacional, que além dos prédios que abrigaram vários cursos também prevê a instalação do Memorial do Migrante e de um Cento Cultural.
Apesar de ser Federal, é sempre o Prefeito local que tem que ceder o Terreno, e no dia 4/12/2009, o Prefeito Kassab(DEM) garantiu publicamente a compra do terreno e o prédio.
Já se passaram mais de 7 meses e até agora nada de solução. No próximo domingo acontecerá o 10º grande encontro sobre a Implantação da Universidade Federal da Zona Leste de São Paulo.
E o prefeito Kassab que foi vice de Serra e assumiu após Serra renunciar o cargo de prefeito para concorrer ao governo do estado, mais uma vez demonstra o que a dupla sempre fez, pouco caso com os moradores migrantes da cidade.
A dupla demotucana sempre retardaram ou impediram a implantação de vários programas do governo Lula, assim foi no Bolsa-Família, e ainda hoje são atendidas mais de 1,2 milhões de famílias em São Paulo.
No Minha Casa, Minha Vida, dificultam a construção de novas casas para a população de um a três salários mínimos não oferecendo os terrenos e pressionando prefeitos aliados a não implantarem o programa nas cidades do interior.
docomtextolive


Correio do Brasil sôbre europa





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O segundo tombo


Delfim Netto
O crescimento dos níveis de pobreza nos desenvolvidos mantém a economia mundial sob estresse.
O próximo ato da crise pode ser ainda mais trágico


Nesta primeira semana de julho, as várias tribos de economistas deste nosso espaço globalizado foram chamadas a se manifestar sobre o ceticismo do respeitado professor Roberto Shiller quanto à recuperação dos países da Eurolândia atingidos pela segunda crise financeira provocada pela irresponsabilidade fiscal dos governos, aliada às patifarias dos mercados financeiros.

Numa recente entrevista, ele revelou sua frustração diante da falta de confiança que existe nos países desenvolvidos quanto a uma resposta positiva à crise na maioria das economias europeias. O professor Shiller acredita que é maior que 50% a probabilidade de que o mundo entre em um novo período de recessão por conta dessa crise europeia, que na verdade é a continuação daquela de setembro de 2008.
As opiniões do professor Shiller são ouvidas porque se trata de um profundo conhecedor dos problemas que tumultuam os sistemas financeiros, particularmente o mercado imobiliário. Escreveu obras extraordinárias, dentre as quais o famoso texto Animal Spirit, que tem edição em português.
É preciso relativizar, no entanto, o peso do seu comentário a respeito da probabilidade de outra recessão. Ele mesmo fez questão de chamar a atenção para o fato de que não está apoiado em nenhum estudo novo, mas apenas no seu próprio sentimento. “Não tenho atrás de mim nenhuma teoria nem o resultado de alguma experiência; apenas eu sinto, simplesmente, que existe essa probabilidade de um segundo mergulho no nível de atividade da economia mundial ...”

Como podem ser medidos, então, os 50% ou mais de probabilidade? Ela é apenas a frequência com que um fato se repete e, como não houve nenhuma experiência, não há nada a medir. Então, tanto faz dizer que a probabilidade é de 50%, ou menos, que as coisas não mudam, neces-sariamente. Agora, por que é preciso prestar atenção a uma conjectura como esta? Porque as consequências de um segundo tombo, quando ainda não estão curadas as fraturas do primeiro, são simplesmente aterradoras.

É evidente que a maior parte dos 30 milhões de desempregados desde a crise iniciada nos Estados Unidos em 2008 não foi reabsorvida no mercado de trabalho. O crescimento dos níveis de pobreza nos países desenvolvidos continua a manter a economia mundial sob estresse, o comércio global reduz as perspectivas de expansão e aumenta a volatilidade nos mercados financeiros. Isso, obviamente, põe dificuldades para a aceleração do desenvolvimento nos países que não contribuíram para o primeiro ato da tragédia nem são responsáveis pelo segundo, que, se confirmado o sentimento do professor Shiller, conduzirá a um desenlace ainda mais trágico.

Os governos que socorreram a banca envolvida na patifaria, com recursos extraídos do setor produtivo parecem não entender que haverá alguns milhões de trabalhadores a menos, que já não terão renda para ser expropriada numa segunda oportunidade. A lerdeza com que estão trabalhando para aprovar a regulação que proteja a sociedade da concupis-cência dos agentes financeiros e suas inovações tóxicas é uma indicação de que não aprenderam nada com a história. Nem a do século passado e suas terríveis consequências nem a da última década com o empobrecimento dos povos.

Quando se olha de perto o que aconteceu, não podemos deixar de lembrar a célebre descoberta de Hegel na sua Introdução à Filosofia da História: “O que a experiência e a história nos ensinam é que os povos e os governos nunca aprendem nada com a história ou usam os princípios dela deduzidos”.
Nunca foi tão útil entender e tirar da história as lições que reduzam a probabilidade de novo erro. Essas lições não se circunscrevem à necessidade de construção de um sistema monetário e financeiro hígido, estável e devidamente regulado para financiar o sistema produtivo e as inovações que são a base do crescimento da produtividade do trabalho. Um fato importante que se pode extrair da crise é que ela mostrou a velocidade com que controles fiscais aparentemente bem-sucedidos podem deteriorar-se e ameaçar o equilíbrio dos países.

A lição maior da crise é que a percepção da existência de um sólido equilíbrio fiscal de longo prazo e uma apropriada relação Dívida Pública/PIB (corretamente medida) são fundamentos do sucesso da boa governança. Esses fundamentos dão aos governos a capacidade de bem cumprir o seu papel no enfrentamento das crises de oferta ou procura globais.
O Brasil tem sido até agora um bom exemplo do sucesso dessa lição.
docartacapital

Evangélico denuncia : Globo acima das leis







dodesabafobrasil

Qual foi a acerto para se calarem

Globo acusa dirigentes da CBF de enriquecimento ilícito. Depois não toca mais no assunto. Por quê?

Globo Repórter que foi ao ar em 2001. Dividido em quatro partes. Veja, antes que a Globo mande tirar do ar.










doblogdomello

Faça o que digo mas não o que faço não é






MARINA SILVA PEDE PUNIÇÃO POR INFIDELIDADE PARTIDÁRIA: E PARA ELA NÃO?



"Acho que é o cumprimento daquilo que é a fidelidade partidária. Todos os partidos fazem isso que a lei eleitoral manda, que candidatos e líderes políticos que foram eleitos por aquele partido e por aquele programa sejam coerentes com seus partidos e seus programas", declarou, durante visita à fábrica da Embraer, em São José dos Campos (SP).


Pois é....
Faça o que eu digo mas não faça o que eu faço!
A nova conservadora, e traidora dos trabalhadores, deveria então, por coerência, entregar seu mandato de Senadora que pertence ao Partido dos Trabalhadores, já que a mesma acha que se deve cumprir a fidelidade partidária não é mesmo?
Interessante como os "valorosos" jornalistas não lhe fazem esta pergunta não?
Provavelmente porque, como linha auxiliar da candidatura de Serra/PSDB, não se deva desgastá-la.
Lamento que o PT não tenha requerido, como de direito, o mandato da traidora, deixando-a fazer este tipo de política cínica, em que pede punição para um crime que ela própria cometeu....
domiguelgrazziotin

O abismo que representa a diferença social




Existe uma grande diferença entre necessidade e futilidade.








doguriaapaixonada

Sonegômetro: já é preciso medir o quanto não se arrecada neste País

Homem do jatinho de Serra, suplente de Cesar Maia, tem 228 milhões em paraíso fiscal

O ex-deputado e ex-banqueiro Ronaldo Cezar Coelho (PSDB/RJ), empresta seu jatinho e helicóptero para José Serra (PSDB/SP) fazer sua campanha pelo Brasil a fora, conforme amplamente noticiado.

Cezar Coelho é também 1º suplente do candidato ao senado Cesar Maia (DEMos/RJ) nestas eleições de 2010, e apresentou sua declaração de bens ao TSE, contendo algumas curiosidades.

Da fortuna declarada de mais de meio bilhão de reais, quase a metade, 228 milhões estão no exterior, nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal.


O valor está declarado e, por isso, a princípio, não há ilegalidade.

A razão para manter dinheiro em paraísos fiscais são duas: ou ocultar a origem do dinheiro (há paraísos fiscais que não exigem nenhuma declaração fiscal, e contas podem ser até ao portador), ou fugir de pagar impostos no país onde vive. No caso do demo-tucano, menos mal, porque ele se identifica como sócio da Samambaia Investiments Limited e declara.

Fortuna declarada, mas origem desconhecida pelo eleitor

Ronaldo Cezar Coelho elegeu-se deputado pela primeira vez em 1986.

Seu patrimônio declarado subiu de R$ 28 milhões em 1996 para R$ 565 milhões em 2010, um crescimento de 1937%. A evolução declarada é:

1996: R$ 28 milhões
1997: R$ 69 milhões
2001: R$ 298 milhões
2006: R$ 493 milhões
2010: R$ 565 milhões

O grande salto, a partir dos dados disponíveis, foi no período de 1997 para 2001, coincidentemente na época de FHC, quando o patrimônio engordou 332%.

Dinheiro em paraíso fiscal aparece a partir de 2001

Nas eleições de 1998 não constava em seus bens nenhuma fortuna no exterior. A partir de 2001, já aparecia R$ 134 milhões no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britanicas:

1997: R$ 0 milhões
2001: R$ 134 milhões
2006: R$ 204 milhões
2010: R$ 228 milhões

Sangria da riqueza nacional para o exterior

Ainda que a origem da fortuna seja totalmente legal (o ex-banqueiro foi dono do banco Multiplic e da financeira Losango), fica moralmente complicado para um homem público, que quer influir no destino de uma nação, deixar metade de sua fortuna expatriada, para fugir de pagar impostos no país onde vive.

Justamente por ser milionário, tem maior capacidade contributiva. É muito egoísmo para um político, fazer fortuna no Brasil, ganhando juros pagos por milhões de brasileiros, e em vez de agir com grandeza, gerando empregos e riquezas aqui, deixar aplicada metade da fortuna no exterior, evadindo capitais, poupança interna, e recolhimento de impostos, que poderiam ser feitos aqui. Essa riqueza poderia estar a serviço de financiar produção e empregos no Brasil.

É essa turma que quer colocar Serra no poder, e ter influência na política do Banco Central, do Ministério da Fazenda, do BNDES.

Fortuna feita cobrando juros reais de até 34% ao MÊS no Brasil

Na seção de cartas da "insuspeita" revista Veja de 22/10/1997 (auge do demo-tucanato com FHC no poder, antes de quebrar de vez o Brasil), com a inflação já controlada pelo plano real, um leitor reclamava:


Detalhe: Ronaldo Cezar Coelho era deputado federal pelo PSDB, nesta época.

Serra liberou geral a agiotagem dos bancos: derrubou o teto de 12% de juros, na constituição

Clique na imagem para ampliar

A constituição de 1988 determinou que a taxa máxima anual de juros reais permitida seria de 12%, conforme proposto e aprovado pelo ex-deputado constituinte Fernando Gasparian (PMDB-SP):

No artigo 192:

§ 3º - As taxas de juros reais, nelas incluídas comissões e quaisquer outras remunerações direta ou indiretamente referidas à concessão de crédito, não poderão ser superiores a doze por cento ao ano; a cobrança acima deste limite será conceituada como crime de usura, punido, em todas as suas modalidades, nos termos que a lei determinar.

Em 1997, o então senador José Serra (PSDB), apresentou a PEC 21 (proposta de emenda constitucional), para revogar o tabelamento dos juros em 12% ao ano.

Serra articulou e conseguiu aprovar no Senado em 1999. Não é de se estranhar que banqueiros assim emprestem jatinho para o Serra. (Relembre essa história completa da PEC 21 aqui).
dosamigosdopresidentelula

Trem Bala Quem sabe Faz






LULA CONCORDA CONOSCO E DIZ QUE O POVO BRASILEIRO É TRATADO COMO UM "BANDO DE IDIOTAS"

Lula critica os que veem 'bando de idiotas' planejando obras da Copa

Presidente fez declaração durante cerimônia de lançamento do trem-bala.
Ele rebateu crítica sobre atraso nas obras, mas não disse a quem se referia.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta terça um desabafo em referência às críticas sobre o suposto atraso das obras de infra-estrutura para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil.

“Terminou a Copa da África agora e já começam a dizer: ' Cadê os aeroportos brasileiros? Cadê os corredores de ônibus brasileiros? Cadê os corredores de trens do Brasil?' Enfim, como se nós fôssemos um bando de idiotas que não soubéssemos fazer as coisas e definir as nossas prioridades.”

O presidente deu a declaração durante cerimônia de anúncio dos termos do processo de concessão para a construção do trem-bala que irá ligar São Paulo e Rio de Janeiro.

Segundo ele, o Brasil terá condições de inaugurar o empreendimento em 2016, ano em que o país sediará os Jogos Olímpicos, no Rio.

“Queremos que esteja pronto até as Olimpíadas de 2016. Acho plenamente possível inaugurar essas obras até 2016. A gente pode acertar qualquer coisa desde que o objetivo seja entregar a obra da melhor qualidade possível e no menor prazo possível”, afirmou Lula.

O presidente lembrou as dificuldades enfrentadas pelo governo para chegar à apresentação dos termos do processo de concessão do trem-bala.

“Não foi uma tarefa fácil. Muitas vezes abriu-se mapas e documentos e projetos do TAV [Trem de Alta Velocidade] e muitas vezes se pensou que era impossível de fazer, que muitas empresas não queriam participar, que muitos países não queriam entrar. Acho que o Brasil precisa e São Paulo e Rio de Janeiro precisam do trem porque são duas cidades mais importantes do Brasil.”

A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, afirmou que o empreendimento “mostra o amadurecimento” do Brasil na área de investimentos.

“O trem-bala mostra amadurecimento do país. É sinal de maturidade econômica e de estabilidade do país. Esse empreendimento muda o patamar de investimentos do Brasil”, afirmou Erenice.

Licitação
O aviso de licitação estará disponível no site da ANTT a partir desta quarta-feira (14). As empresas interessadas em participar do empreendimento terão de entregar os envelopes com a documentação solicitada pelo governo até 29 de novembro na sede da BM&F Bovespa. O leilão está marcado para ocorrer no dia 16 de dezembro.

Nova estatal
Documento distribuído pelo governo mostra as principais competências e atribuições da nova estatal vinculada ao Ministério dos Transportes que irá operar o transporte de alta velocidade.

“Ela terá a missão de planejar o desenvolvimento do transporte ferroviário de alta velocidade de forma integrada com as demais modalidades de transporte, por meio de estudos, pesquisas, administração e gestão de patrimônio, desenvolvimento tecnológico e atividades destinadas à absorção e transferência de tecnologias”, mostra o texto.

A ETAV (Empresa de Transporte de Alva Velocidade) estará sujeita a regime jurídico próprio de empresas privadas “inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários”. Ela vai ser organizada sob a forma de sociedade anônima de capital fechado.

Ainda de acordo com o documento, a empresa terá missão de elaborar estudos de viabilidade técnico-econômica e de engenharia para a ampliação do transporte ferroviário de alta velocidade e ainda buscar fomentar a indústria nacional na incorporação de tecnologia. “Planejar e promover a disseminação e a incorporação das tecnologias utilizadas e desenvolvidas no âmbito do transporte ferroviário de alta velocidade em outros setores da economia”, informa o texto.

Em curto prazo, a nova estatal terá de capacitar trabalhadores para a atuação no projeto e na operação e manutenção do trem-bala. A empresa também irá supervisionar as obras de infraestrutura em torno da implantação do sistema de operação do transporte.

Diário Oficial
O Conselho Nacional de Desestatização (CND), ligado ao Ministério do Desenvolvimento, publicou no "Diário Oficial da União" desta terça, o processo de concessão do trem-bala, último detalhe que faltava ser definido para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicar o edital que define os detalhes técnicos do empreendimento.


Figura 1. Representação esquemática do traçado referencial e estações


Fonte: Relatório Halcrow/Sinergia (Volume 2– Estudos de Traçado).



No entanto, a freqüência de paradas nas estações é função dos tipos básicos de serviços a serem ofertados, definidos em razão do perfil da demanda.




A tabela 1 apresenta os trechos e sua correspondente extensão ao longo do traçado estudado:

Tabela 1. Características do traçado referencial


Fonte: Relatório Halcrow/Sinergia (Volume 2– Estudos de Traçado).

Pela resolução, a União constituirá uma empresa pública por ela controlada, que deterá participação acionária em Sociedade de Propósito Específico (SPE), a quem será outorgada a exploração da concessão. A licitação ocorrerá por meio de leilão na BM&F Bovespa e o critério de julgamento será o menor valor da tarifa-teto, observado o valor máximo de R$ 0,49 por quilômetro.

De acordo com a resolução, pelo menos 60% dos lugares de cada composição deverão pertencer à classe econômica. A concessionária poderá pleitear financiamento com recursos públicos, respeitado o limite máximo de 60,3% do valor dos investimentos, estimados em R$ 33,1 bilhões – ou de R$ 19,9 bilhões, o que for menor. O financiamento poderá ser concedido por instituição financeira pública federal desde que assegurada a garantia da União para a totalidade da dívida.

Trem de Alta Velocidade (TAV)
Conceito e Vantagens
Evolução do sistema de trens de alta velocidade no mundo
Iniciativas no Brasil


Conceito e Vantagens
Sistemas ferroviários de alta velocidade utilizados no transporte de passageiros compreendem, em geral, linhas ferroviárias projetadas e construídas para trens capazes de desenvolver velocidades iguais ou superiores a 200 km/h.

A ferrovia de alta velocidade se mostra mais adequada quando opera entre pares de cidades em que a distância entre elas fica na faixa de 500 a 600 km. Acima dessa distância, a viagem aérea torna-se mais competitiva e a participação relativa de mercado da ferrovia de alta velocidade fica menor.

De forma geral, em função de suas características, a implantação e operação desses sistemas estão associadas às seguintes vantagens:

- indução ao desenvolvimento regional, aliviando áreas de maior densidade urbana;

- redução de gargalos dos subsistemas de transporte aeroportuário, rodoviário e urbano;

- postergação de investimentos na ampliação e construção de aeroportos e de rodovias;

- menor uso do solo comparado à construção ou ampliação de rodovias;

- redução de impactos ambientais e emissão de gases poluentes em decorrência do desvio da demanda do transporte aéreo e rodoviário para o TAV;

- redução dos tempos de viagem associados à baixa probabilidade de atrasos;

- aumento do tempo produtivo para os usuários;

- geração de empregos diretos e indiretos;

- redução dos níveis de congestionamento e do número de acidentes em rodovias.


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Evolução do sistema de trens de alta velocidade no mundo
A partir do primeiro trem, que começou a operar em 1964 no Japão, houve uma expansão considerável da utilização dos sistemas de trens de alta velocidade no mundo. Esses sistemas, que tecnologicamente continuam em constante evolução em termos de segurança e velocidade de operação, ampliaram sua rede. Um conjunto de países, desenvolvidos e em desenvolvimento, estão aderindo a essa alternativa de transporte de passageiros, conforme revelam a tabela 1 e as figuras 1 e 2.


Como exemplo dessa evolução, cita-se que a velocidade operacional que inicialmente era de 210 km/h, já alcança 350 km/h. Os fabricantes de material rodante estão lançando a próxima geração de trens, em sua maioria de unidades múltiplas de melhor desempenho energético e potencial de velocidade de 350 a 400 km/h.


Tabela 1 Principais sistemas de trens de alta velocidade
no mundo em operação, construção e planejamento



Fonte: Relatório Halcrow/Sinergia (Volume 4 – Operação e Tecnologia – Parte 2) e Barrón de Angoiti, Ignácio. High speed rail systems in Europe and across the world. 6th Training on High Speed Systems. Paris, 8 June 2009.


Figura 1 Sistemas de trens de alta velocidade existentes no mundo por velocidade operacional


Fonte: Barrón de Angoiti, Ignácio. High speed rail systems in Europe and across the world. 6th Training on High Speed Systems. Paris, 8 June 2009.


Figura 2 Evolução da rede global de trens de alta velocidade
Fonte: Barrón de Angoiti, Ignácio. High speed rail systems in Europe and across the world.
6th Training on High Speed Systems. Paris, 8 June 2009.



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Iniciativas no Brasil
No Brasil, já há algum tempo, a viabilidade da implantação de um sistema ferroviário de alta velocidade no eixo Rio – São Paulo vem sendo objeto de estudos, conforme se observa na relação a seguir:

- Estudo Preliminar do Transporte de Passageiros no Eixo Rio de Janeiro / São Paulo (1ª fase) 1981 – GEIPOT / SNF;

- Relatório de Viabilidade para Trem Rápido – Rio de Janeiro/São Paulo – 1986 – Davi British Rail International;

- Projeto de Transporte de Passageiros no Eixo Rio de Janeiro/São Paulo – 1987 – Mitsui/Co. Ltd;

- Trem Pendular Talgo como Solução para o Transporte de Passageiros entre Rio de Janeiro e São Paulo – 1987.

Mais recentemente, em meados dos anos 90, o governo brasileiro, no âmbito de um acordo de cooperação com o governo alemão, realizou um estudo denominado “TRANSCORR” com o objetivo de identificar investimentos para modernização do sistema de transporte no corredor Rio de Janeiro - São Paulo - Campinas.

Tal estudo indicou a necessidade de implantação e detalhou um sistema de trens de alta velocidade como solução para o transporte de passageiros no corredor que serviu de referência para os estudos atuais.

Em 2004, a empresa italiana Italplan desenvolveu um estudo indicando a possibilidade de realização de um projeto de ligação ferroviária entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, sem paradas intermediárias, por meio de concessão à iniciativa privada.

Pelo Decreto nº 6.256/07, o Governo Federal incluiu no Programa Nacional de Desestatização – PND a Estrada de Ferro – 222 destinada à implantação de trem de alta velocidade, ligando os Municípios do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. Foi atribuido ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES a responsabilidade de contratar e coordenar os estudos técnicos e fornecer o apoio técnico necessário à execução e acompanhamento do processo de desestatização da infraestrutura e da prestação de serviço de transporte terrestres relativos ao TAV Brasil.

Pelo mesmo instrumento legal, coube ao Ministério dos Transportes a responsabilidade pela execução e acompanhamento o processo de licitação da concessão do direito de exploração do serviço de transporte ferroviário de passageiros por sistema de alta velocidade. A ANTT foi incumbida de promover os procedimentos licitatórios e celebrar os atos de outorga de direito de exploração de infraestrutura e prestação de serviço de transporte terrestre relativos ao TAV Brasil.

Em 2008, a fim de dar cumprimento ao disposto no Decreto no 6.256/07, foram contratados serviços de consultoria para estudar a viabilidade técnica, econômica e financeira do empreendimento, tendo como referência inicial os estudos do TRANSCORR. O Consórcio executou estudos detalhados de demanda, traçado, análise econômica e financeira/modelagem de concessão, operação e tecnologia e estudos ambientais.

A Lei 11.772/08, que modificou a Relação Descritiva das Ferrovias do Plano Nacional de Viação, constante do Anexo da Lei nº 5.917/73, incorporou o trecho ferroviário interligando as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, destinado a operar sistema de trem de alta velocidade.

O TAV - Trem de Alta Velocidade brasileiro


E o Brasil vai entrar para o clube dos países que têm o ‘trem bala’, transporte de alta velocidade que dará à população mais uma opção de qualidade para se deslocar pelo País. O edital de concorrência do projeto que ligará Campinas (SP) ao Rio de Janeiro (RJ), passando por São Paulo, foi lançado hoje em Brasília pelo presidente Lula e atraiu o interesse inicial de sete países.
No infográfico acima você tem mais detalhes do projeto. Outras informações podem ser obtidas na página oficial do empreendimento.

Ecologia de boutique











Dinheiro do petróleo e da grande mídia financia o Greenpeace

A organização ecologista mais famosa do mundo recebe doações de grandes magnatas do petróleo, do setor automotivo e da mídia. O caso mais gritante é o dos Rockefeller — acionistas e fundadores de petrolíferas como a Exxon Mobil. Sua fundação financiou o Greenpeace com mais de um milhão de dólares.

Por Manuel Llamas, no blog Libertad Digital

O Greenpeace, a organização ecologista mais famosa e, possivelmente, poderosa do mundo, é financiado por meio de doações voluntárias, que seus membros realizam anualmente. Segundo rezam seus estatutos, a fim de "manter sua total independência, o Greenpeace não aceita dinheiro procedente de empresas, governos ou partidos políticos. Levamos isso muito a sério e controlamos e devolvemos os cheques quando são provenientes de uma conta corporativa. Dependemos das doações de nossos simpatizantes para levar a cabo nossas campanhas não violentas para proteger o meio ambiente".

Entretanto, tal lema não inclui as generosas doações que habitualmente a organização recebe de grandes fundações e organismos sem fins lucrativos que, curiosamente, pertencem a grandes famílias e magnatas vinculados ao petróleo, ao sistema financeiro, aos meios de comunicação e, inclusive, à indústria de automóveis.

Como assim? A ONG ambientalista por excelência financiada com dinheiro gerado por alguns dos setores produtivos mais contaminantes do planeta? Uma investigação mias acurada nas opacas contas desta organização revela grandes segredos e, sobretudo, muitas surpresas.

O Greenpeace conta com múltiplas filiais, espalhadas por todo o mundo, mas uma das mais poderosas e influentes é, sem dúvida, a sede estabelecida nos Estados Unidos. A franquia do Greenpeace local conta com quatro fachadas: Greenpeace Foundation, Greenpeace Fund Inc., Greenpeace Inc. e Greenpeace Vision Inc..

O projeto Activist Cash, criado pelo Center for Consumer Freedom — uma importante associação de consumidores estadunidenses —, revela algumas das fontes de financiamento mais polêmicas deste grupo apologista da ecologia.

O projeto surgiu com a ideia de levantar informações sobre o perfil e os recursos econômicos dos grupos anticonsumo. E, como não podia deixar de ser, a entidade dedica um espaço exclusivo para o Greenpeace.

Agora, quem são estes grupos? São fundações que pertencem a algumas das famílias mais ricas do mundo, cujas fortunas procedem dos negócios do petróleo, do setor automotivo e os grandes grupos de comunicação estadunidense.

O fluxo de dinheiro entre as franquias do Greenpeace com sede nos Estados Unidos é constante. A legislação americana obriga estes organismos a apresentarem anualmente uma declaração de impostos na qual figuram as rendas e as despesas.

A informação anual do pagamento de impostos de tais filiais se encontra nos denominados IRS Form 990 (Return of Organization Exempt From Income Tax). Em tais documentos oficiais, aparecem em detalhes algumas das tais doações ao longo dos últimos anos.

Rockefeller Brother´s Fundation: US$ 1,15 milhões de dólares

De 2000 a 2008 a fundação da família Rockefeller financiou o Greenpeace com US$ 1,15 milhões. A fortuna dos Rockefeller procede dos negócios petrolíferos.

John D. Rockefeller fundou a empresa Standard Oil, que chegou a monopolizar o negócio do petróleo no princípio do século 20. Entretanto, o governo dos Estados Unidos acusou a empresa de monopólio e decretou sua divisão em 34 empresas, embora os Rockefeller mantivessem sua presença nas mesmas.

A mais famosa é, atualmente, a Exxon Mobil Corporation, uma das maiores multinacionais petrolíferas do mundo. Os descendentes de John D. Rockefeller são acionistas da Exxon Mobil. Embora minoritários, possuem todavia uma grande influência e peso na empresa. Os Rockefeller também têm ou tiveram presença em grandes bancos como o JP Morgan Chase & Co (Chase Manhattan Bank), o Citybank, que, por sua vez, possuem participações em grandes petrolíferas internacionais.

Marisla Foundation: US$ 460 mil

Tal fundação também é conhecida sob o nome de Homeland Foundation. Foi fundada em 1986 pela poderosa família Getty. J. Paul Getty fundou a petrolífera Getty Oil, agora nas mãos da russa Lukoil.

Turner Foundation: US$ 450 mil

A Turner Foundation foi criada por Robert Edward Turner em 1990. Ted Turner é um dos grandes magnatas da comunicação nos Estados Unidos, dono de conhecidas cadeias de televisão como CNN, TNT e AOL Time Warner, entre outras coisas. Doou em apenas três anos US$ 450 mil ao Greenpeace.

Charles Stewart Mott Foundation: 199.000 dólares

Charles Stewart Mott foi o pai do terceiro grupo industrial automotivo do mundo, a General Motors. Antes de declarar-se falida, em junho de 2009, esta indústria fabricava seus veículos sob marcas tão paradigmáticas e pouco contaminantes como Buick, Cadillac, Chevrolet, GMC, GM Daewoo, Holden, Opel, Vauxhall e o famoso Hummer, que participa da ocupação do Iraque sob o nome de Humvee.

No fim das contas, não deixa de ser supreendente que uma das organizações ecologistas mais ativas contra a emissão de CO2 na atmosfera aceite suculentas somas de dinheiro de algumas das principais referências mundiais do setor petrolífero e automobilístico. Sobretudo, se for levado em consideração que o Greenpeace realiza campanhas que acusam os céticos da mudança climática de receberem dinheiro do setor petrolífero e de grandes empresas industriais.

Fonte: Libertad Digital
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