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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, julho 13, 2010

São Paulo pobre São Paulo pobre Paulista






Nassif: No Sudeste, só SP
não atinge metas do milênio


O Estado de SP possui 5,7 milhões de pobres, sendo que 1,63 milhão de pessoas possuem renda familiar mensal menor que R$ 127,5

O Conversa Afiada republica texto do blog do Nassif:

No SE, só São Paulo não atinge metas do milênio

Por Homero
Do PNUD

Sete estados atingem ODM contra a pobreza

Ciclo de seminários regionais de acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio debate dados regionais de metas da ONU

da PrimaPagina

Das 27 unidades federativas brasileiras, sete conseguiram reduzir pelo menos à metade, entre 1991 e 2008, a proporção da população com renda familiar inferior a R$ 255 (meio salário mínimo), meta estabelecida pelo primeiro dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), cujos cumprimentos são previstos até 2015, revela o coordenador do Orbis (Observatório Regional Base de Indicadores de Sustentabilidade), Alby Rocha, que participou do 3º ciclo de Seminários Estaduais de Acompanhamento dos ODM, entre 23 de abril e 10 de junho.

Dos sete estados, seis ficam no eixo Sul-Sudeste: Santa Catarina lidera os avanços, com 67%, seguido de Paraná (60%), Rio Grande do Sul (54%), Minas Gerais (53%), Espírito Santo (51%) e Rio de Janeiro (50%). Goiás é o único de outra região a alcançar o objetivo 1, com progresso de 53%.

“Já São Paulo não avançou tão rapidamente”, explica Rocha. A maior metrópole do país teve resultados bem inferiores: reduziu a pobreza em 30%. O estado possui 5,7 milhões de pobres, sendo que 1,63 milhão de pessoas possuem renda familiar mensal menor que R$ 127,5.


Se Santa Catarina foi o estado que apresentou melhor resultado, Roraima seguiu a direção inversa, com queda de apenas 4% no indicador de pobreza no período analisado. Em compensação, é o que apresenta o menor número de pobres no Brasil: 160 mil. Na região Norte, o Tocantins ficou perto de alcançar a meta, com avanço de 46% no objetivo 1.

Com exceção do Distrito Federal (25%), as outras três unidades federativas do Centro-Oeste fizeram progresso considerável. Goiás ultrapassou a meta, enquanto Mato Grosso (49%) e Mato Grosso do Sul (48%) quase chegaram lá. Por outro lado, o DF é quem possui menos pessoas sob a linha de pobreza na região, com 465 mil.

doluisnassif


Serra e Kassab emperram obras do governo federal

A zona leste da cidade de São Paulo com mais de quatro milhões de habitantes tem uma história de lutas e sempre foi considerada pela administrações demotucanas no estado e na capital paulista uma região dormitório, sempre esquecida, sem acesso a cultura, ao lazer, a educação de qualidade.
É também a região onde se concentra o maior números de migrantes de todo o país, tudo que a população conquistou foi com muita luta e suor. Foram os que mais sofreram com as inundações e alagamentos em São Paulo, e foram até considerados culpados por Serra.
Os moradores aguardam ansiosamente a compra do terreno e o inicio das obras da nova universidade federal, que já foi autorizada pelo presidente Lula e pelo ministro da educação Fernado Haddad.
A área indicada para ser instalada a nova universidade federal fica na Avenida Jacú-Pêssego em Itaquera com 18.700 m2 e 22.00 m2 de área a ser construído o Pólo Educacional, que além dos prédios que abrigaram vários cursos também prevê a instalação do Memorial do Migrante e de um Cento Cultural.
Apesar de ser Federal, é sempre o Prefeito local que tem que ceder o Terreno, e no dia 4/12/2009, o Prefeito Kassab(DEM) garantiu publicamente a compra do terreno e o prédio.
Já se passaram mais de 7 meses e até agora nada de solução. No próximo domingo acontecerá o 10º grande encontro sobre a Implantação da Universidade Federal da Zona Leste de São Paulo.
E o prefeito Kassab que foi vice de Serra e assumiu após Serra renunciar o cargo de prefeito para concorrer ao governo do estado, mais uma vez demonstra o que a dupla sempre fez, pouco caso com os moradores migrantes da cidade.
A dupla demotucana sempre retardaram ou impediram a implantação de vários programas do governo Lula, assim foi no Bolsa-Família, e ainda hoje são atendidas mais de 1,2 milhões de famílias em São Paulo.
No Minha Casa, Minha Vida, dificultam a construção de novas casas para a população de um a três salários mínimos não oferecendo os terrenos e pressionando prefeitos aliados a não implantarem o programa nas cidades do interior.
docomtextolive


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