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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, julho 27, 2010

Para igreja católica uns matam + ou -






PERDÃO PARA ASSASSINOS NO CHILE,CRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO:PARA A IGREJA HÁ ASSASSINATO PERDOÁVEL?


Na semana passada, a Igreja Católica do Chile, pediu oficialmente que os assassinos e torturadores presos no país vizinho fossem perdoados e indultados.
Esta mesma Igreja Católica é contra a descriminalização do aborto. Ou seja, quer que o aborto continue sendo crime e quem o realize seja condenado e cumpra pena.

Interessantes pontos de vista de uma mesma instituição.
Ao proteger o direito a vida, quer que uns sejam condenados e paguem seus crimes, enquanto outros, assassinos e torturadores, sejam perdoados.

Não quero aqui abrir a discussão sobre a descriminalização do aborto.
Este é um assunto complexo, que demandaria muito mais do que apenas um artigo em um blog.
Claramente não tenho uma posição determinada, mas estou aberto à ampla argumentação e discussão.

O ponto que ressalto é a incongruência desta Igreja Católica.
Não se pode posar de defensor irrestrito da vida humana e ao mesmo tempo defender o "perdão" a assassinos e torturadores.
O argumento da Igreja é que nem todos os presos tem o mesmo grau de responsabilidade.
Ora, se eu recebo uma ordem para torturar um ser humano, ou para assassiná-lo, e a cumpro, sou tão criminoso e responsável quanto quem me ordenou.
O fato é que a Igreja não pode em um dia pedir que um aborto seja considerado crime, e que portanto o seu autor seja condenado, e no outro pedir perdão para outro tipo de assassino!
Qualquer vida humana tem igual valor!
Assassino é qualquer um que cometer assassinato!

A Igreja Católica se põe, desta maneira, a fazer uma escolha política, ao defender que matadores e torturadores não paguem pelos seus crimes, mas que aquelas mulheres que realizaram um aborto sejam condenadas.

Não creio que Jesus Cristo faça esta diferença.

Sou católico, praticante, e me envergonho profundamente com esta posição.

A Igreja KatóliKa S.A Fazendo Das Suas

Bebê morre após ser submerso três vezes durante batismo

Vídeo amador mostra o momento em que o padre mergulha a criança (Cortesia Publika TV)

Vídeo amador do batismo circulou na mídia moldávia (cortesia Publika TV)
Um padre da Moldávia está sendo investigado pela morte de um bebê que se afogou após ter sido submergido três vezes durante a cerimônia de batismo.
Familiares acusam o padre, Valentin Taralunga, da Igreja Católica Orotodoxa, de negligência ao prosseguir com a cerimônia apesar dos sinais de que a criança, de um ano e meio, estava se afogando na pia batismal.
Médicos da capital moldávia, Chisinau, diagnosticaram que o bebê morreu por afogamento. O padre está sendo investigado por homicídio culposo, punível com até três anos de prisão.
Ao prestar depoimento, o padre Taralunga negou as acusações e disse que obedeceu aos cânones religiosos que ensinam sobre a cerimônia de batismo.
A família repassou à polícia um vídeo amador do momento em que o religioso submerge a criança na água. O conteúdo do vídeo foi divulgado pelas TVs locais.
Entretanto, os investigadores que trabalham no caso disseram a uma delas, a Publika TV, que ainda é cedo para chegar a uma conclusão.
Na cerimônia católica ortodoxa, os padres tampam o nariz e a boca das crianças durante os curtos instantes em que elas são submergidas na água benta.
Um porta-voz da Igreja moldávia disse não recordar de semelhante episódio na história religiosa do país.
Logo após a imersão na água, o bebê é visto com dificuldades de respirar. Segundo testemunhas, minutos depois a criança começou a espumar pela boca e sangrar pelo nariz.
Levado para ser socorrido, o bebê morreu a caminho do hospital. O diagnóstico da morte foi ocorrência de água nos pulmões.

Comentário Amoral:
"Depois se dizem contra o aborto!"

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