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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, julho 28, 2010

O Brasil, felizmente, é um dos países mais avançados neste tipo de proteção






Massacre de baleias. E sem sanções internacionais…

Esta foto chocante, publicada na edição de hoje do caderno Planeta, chamou-me a atenção para a necessidade de que se ponha fim a uma das maiores hipocrisias ambientais do mundo, que é a burla à proibição do abate de baleias que, embora em vigor desde 1986, continua existindo pela caça disfarçada – aliás, nem disfarçada, como a foto prova – para a captura com finalidades científicas, que é praticada pelo Japão, pela Noruega e pela Islândia.

O Brasil, felizmente, é um dos países mais avançados neste tipo de proteção. Não apenas encerramos a caça baleeira em 1986, ano da moratória internacional, como, ano passado, o presidente Lula baixou um decreto que torna as águas territoriais brasileiras um santuário para baleias e golfinhos e habilita o Governo brasileiro a pressionar pelo respeito – que não existe – à proibição da caça em todo o hemisfério sul do planeta. E é justamente nas águas do Sul que a captura e abate de baleiras é mais realizada pelo Japão, o principal transgressor dos acordos internacionais.

Incrível é como um atentado ambiental como este não desperte no mundo desenvolvido, tão preocupado com o meio-ambiente, nenhum tipo de reação mais dura, como gostam de ter em relação aos países mais pobres.

dotijolaço


Verdadeira visão do inferno, “o dinheiro a raiz de todos os males” O ser humano é um animal que nos perdoe Deus e a natureza, o mais cruel dos animais o corrompido pelo dinheiro. Pobre diabo.

chebola

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