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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, julho 23, 2010

Um deleite ouvir o LULA

As críticas de Lula às baixarias de Serra, na entrevista à Record

A entrevista do Presidente Lula ao Jornal da Record teve 1 hora e 8 minutos. Ontem foi ao ar apenas um compacto em 3 blocos, que publicamos aqui no Blog.

No bloco abaixo o Presidente Lula condena as baixarias de José Serra (PSDB/SP) e acusações delinquentes ao PT, dizendo-se decepcionado com o comportamento vacilão do demo-tucano.

Perguntado se conversaria com Serra para aconselhá-lo, Lula disse que já estava fazendo isso, ali na entrevista. Que era só Serra usar o controle remoto e mudar de canal... como se Serra só assistisse a TV Globo.

O presidente diz ter certeza absoluta, que essa estratégia demo-tucana de só fazer campanha negativa na base da baixaria, levará Serra à derrota.





Integra da entrevista com Lula no Jornal da Record em 8 blocos

23 de julho de 2010

A entrevista ao Jornal da Record teve 1 hora e 8 minutos. Ontem foi ao ar apenas um compacto em 3 blocos. A integra está abaixo em 8 blocos.

Parte 1 - Contagem regressiva, obras para a Copa e Olimpíadas



Parte 2 - Economia, crescimento e infraestrutura



Parte 3 - Juros, economia e emoção



Parte 4 - Popularidade, imprensa, sorte



Parte 5 - FHC, lei eleitoral e sucessão presidencial



Parte 6 - Retrocesso, acusações ao PT e baixaria nas eleições



Parte 7 - Retrospectiva dos 8 anos e futuro político



Parte 8 (última) - Seleção, prestação de contas e Olimpíadas

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