Fama de Serra atravessa as fronteiras do Brasil
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Autoritario, manipulador, con un carácter irascible, propenso a berrinches y venganzas mezquinas, su perfil de niño consentido no es exactamente lo ideal para un candidato en desventaja. Sus aires prepotentes lo llevan a declaraciones desastradas, especialmente cuando sería de esperar una visión amplia, de estadista más que de gerente. En 2002, por ejemplo, cuando disputó con Lula (y fue arrollado en las urnas), predijo que en caso que su rival fuese elegido Brasil se tornaría “una Argentina cualquiera”. Ahora, no titubeó en acusar al presidente Evo Morales de ser “cómplice, o al menos connivente”, con el tráfico de cocaína a Brasil. Frente a la protesta del gobierno boliviano, dijo que “la palabra de ellos tiene el mismo valor de un billete de tres reales” (no existe tal nominación en Brasil).
Um retrato vívido, não?
Uma ameaça à América Latina
SERRA: UM URIBE PIORADO
A dramática diferença entre José Serra e Álvaro Uribe está no poder destrutivo que o tucano teria em mãos caso chegasse à Presidência da República da maior economia da América Latina. Emparedado por governos progressistas, como os da Venezuela e Equador, com um PIB importante mas cerca de 1/5 do brasileiro e sem rivalizar com a liderança de Lula na região, Álvaro Uribe teve que se contentar em representar o Departamento de Estado norte-americano na fronteira com a Venezuela, adotando um belicismo permanente na tentativa de provocar Chávez e isolar seu governo. Limitou-se a isso a bisonha expressão regional do uribismo colombiano.
Se chegasse à presidência do Brasil, o uribismo tucano teria efeitos mais graves. Com o peso da economia brasileira nas mãos, Serra manejaria um poder de fogo que seu inspirador jamais sonhou. Os sinais emitidos nestas eleições dão uma pálida idéia da ameaça que um Alvaro Uribe nativo representaria para os governos e agendas progressistas da América Latina, a saber: a) Serra quer reverter a entrada da Venezuela no MERCOSUL para destruir Chávez; b) Serra ataca o desrespeito aos direitos humanos em Cuba para enfraquecera revolução cubana, mas silencia diante de Guantánamo e do embargo comercial dos EUA contra o povo cubano; c) Serra acusa Morales de cúmplice do narcotráfico dispensando tratamento humilhante ao líder boliviano, o mesmo tratamento racista e reacionário adotado pela oligarquia brança do país ; d) Serra ameaça anular acordos do governo Lula com Lugo, sob alegação de que o Brasil faz 'filantropia' ao pagar um preço mais justo pela eletricidade de Itaipu pertencente ao povo paraguaio; e) Serra quer desconstruir o MERCOSUL –e por tabela o governo progressista de Cristina Kirchner na Argentina-- sob alegação de que o Brasil precisa de liberdade para firmar acordos comerciais mais favoráveis 'aos negócios'.
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