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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, julho 29, 2010

Confia e trabalha

O Bradesco foi para o centro
e o Serra para a extrema direita. Bye-bye …


O Rei da Classe “C” e o Trabuco: o centro tem açúcar


Os marqueteiros do jenio deviam pedir uma conversinha com o Trabuco.

O meu amigo Luiz Carlos Trabuco Cappi divulgou ontem os resultados do Bradesco no segundo trimestre.

O lucro do Bradesco cresceu 23%.

A ação preferencial, segundo o Valor, na pág. D6, rompeu a máxima histórica com alta de 4,5%: R$ 32,20.

Que horror !

Diz o Valor: “… Trabuco … destacou o bom posicionamento (sic) da instituição para aproveitar o cenário de MOBILIDADE SOCIAL (ênfase minha –PHA). ‘Nos últimos três anos, DOIS MILHÕES DE CLIENTES (DO BRADESO) MIGRARAM DAS CLASSES ‘D’ E ‘E’ PARA A ‘C’ “ (ênfase minha – PHA)

“Dos atuais 20,6 milhões de correntistas de pessoas física do Bradesco, cerca de METADE PERTENCE À CLASSE ‘C’. “ (ênfase minha – PHA)

Onde foi que o Trabuco mais cresceu ?

No segmento de micro, pequenas e médias empresas: 21% em 12 meses.

E no crédito imobiliário (ou seja, a classe “C” passou a comprar casa própria): o crescimento para o ano foi revisado de R$ 6,5 bilhões para R$ 7,5 bilhões.

“Foram desembolsados no primeiro semestre R$ 4,2 bilhões para a modalidade (credito imobiliário), QUASE O TOTAL LIBERADO NO ANO PASSADO INTEIRO” (ênfase minha – PHA), disse o Trabuco.

Ou seja, o Bradesco foi para a classe “C”.

E a classe “C” foi para o Bradesco.

O Bradesco foi para o meio da pirâmide de renda.

Que, como diz o Marcelo Neri, da FGV do Rio, deixou de ter a forma de uma “pirâmide” para se parecer mais com um “barril”. (*)

Enquanto tudo isso se passa no balanço do Bradesco no segundo trimestre de 2010, o Serra, atolado em 2002, cai no colo dos sábios do DEMO.

Serra trava em 2010 a campanha que travou em 2002.

Ele não viu a banda passar.

Ele não viu a classe “C” pegar uma grana com o Trabuco para comprar apartamento de 80, 100 metros quadrados e pagar em 20 anos.

O Bradesco foi para o centro e o Serra para a extrema direita.

Bye-bye Serra 2010.

Se o Trabuco fosse o candidato, aí é que a Dilma ia ver o que é bom para a tosse.

Como não é, o jenio terá um fim melancólico, previu o Marco Aurélio Garcia.

Vai derrubar o Belluzzo e assumir a presidência do Palmeiras.

Paulo Henrique Amorim

No governo Lula o país é turbinado

Ao relatar os avanços que o Brasil tem conquistado nos últimos anos, o presidente Lula destacou o setor de construção naval e mostrou-se bastante ousado ao explicar que a indústria nacional não deve apenas exportar equipamentos para o exterior, mas que Singapura – um dos países com maior destaque neste segmento – encomende navios e plataformas de petróleo nos estaleiros brasileiros.
Ele afirmou que, no início de seu mandato, deparou com resistência quanto ao processo de recuperação desta indústria, mas com o passar do tempo o cenário se inverteu. Lula contou da satisfação quando lançou o navio petroleiro João Cândido, no Estaleiro Atlântico Sul, no estado de Pernambuco, e tomou conhecimento que parte da mão de obra tinha procedência nos canaviais daquele estado.
O presidente informou que o país também alavancou o setor portuário como o de Rio Grande (RS) e assegurou que vem se pautando por meio da descentralização dos empreendimentos, sejam eles da indústria naval ou portos.
Ainda no discurso, mostrou que tem conseguido transitar por vários setores da economia e entidades de classe nacionais. Lula citou como exemplo os usineiros que, no passado, conversavam com os governantes às escondidas. Da mesma forma, segundo explicou, em seu governo participou das marchas dos prefeitos, dialogou com entidades das mais diversas, como o MST e a Contag.
Agora, até fábrica de turbinas vai ser montada no Brasil.
No entanto, Lula defendeu que o Estado venha a exercer o papel de indutor e regulador da economia. Porém, o presidente explicou que o Estado não pode ser empresário: “Dizer que o mercado resolveria as questões sozinho é uma falácia. Não queremos o Estado empresário, mas não queremos o Estado medíocre”, enfatizou.
O presidente contou da reunião que participou com empresários, em Brasília, na última terça-feira (27/7), quando assinou medida provisória que cria incentivos para a inovação tecnológica no país. Ele disse ao ex-ministro da Agricultura, Roberto Macedo, que a decisão do governo é importante para todos o segmentos, inclusive o agronegócio. Segundo ele, a expansão da malha ferroviária nacional permitirá ao ex-auxiliar – um dos maiores produtores de soja do país – escoar a produção de Balsas (MA) até o porto de Santos (SP).
docelsojardim

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