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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, julho 29, 2010

Até agora, é impossível mensurar o que se perde em um desastre deste tamanho







Gráfico animado mostra dimensão da catátrofe ambiental nos EUA

O acidente na plataforma de petróleo Deepwater Horizon em 20 de abril iniciou o maior desastre ambiental dos Estados Unidos. Três meses depois, o problema ainda não foi solucionado. Neste período, um gráfico animado ficou famoso por simular o que pode estar acontecendo com o vazamento. Segundo a projeção, se as correntes oceânicas se comportarem de acordo com o usual para a época do ano, o óleo já deve estar chegando ao Antlântico.



Até agora a BP, empresa responsável pela plataforma, já gastou cerca de US$ 4 bilhões para tentar extinguir o vazamento, limpar a região e pagar indenizações. Onze funcionários da plataforma morreram e mais de cem tiveram que ser resgatados.

A maré negra atingiu todos os estados americanos banhados pelo Golfo do México. O óleo chegou ao delta do Rio Mississipi e as áreas de conservação dos pântanos da Lousiania foram atingidas, assim com as praias da Flórida, Alabama e Nova Orleans.

A dramática imagem de animais cobertos por petróleo se tornou comum nos noticiários. Milhares de animais foram encontrados mortos. Até agora, é impossível mensurar o que se perde em um desastre deste tamanho, entre perdas econômicas e ambientais.

Fonte: divulgação ncarucar, texto da redação, com agências.
dovelhocomunista

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