Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Imaginava-se que depois da polêmica, onde José Serra (PSDB) nunca apresentou ao distinto público um diploma de graduação em economia, ele não registrasse mais sua candidatura no TSE como "economista" em 2010, como fazia nos anos anteriores.
Mas registrou, desafiando a justiça e a ética dos Conselhos de Economia.
Quando ele era governador, na biografia, havia recuado, não se apresentando como "economista". Dizia apenas que formou-se como mestre "nessa disciplina" (Economia), sem detalhar nenhuma graduação como Bacharel em Ciências Econômicas.
A designação profissional ECONOMISTA é privativa dos bacharéis em Ciências Econômicas. Sem esse dploma, não pode usar. É como alguém apresentar-se como Médico sem ter diploma de medicina.
A Justiça Eleitoral deve exigir do demo-tucano que comprove com documentação do CORECON-SP sua situação regular como "ECONOMISTA", ou a mudança da profissão no registro da candidatura, ou sua candidatura ficará irregular, por apresentar informações falsas.
Chalatanismo dá até 3 meses de prisão
Segundo o jornalista Sitônio Pinto, do jornal A União (PB), em artigo publicado em 25 de março de 2010:
O Conselho Federal de Economia nunca se manifestou sobre o pedido de interpelação judicial e o conseqüente enquadramento do candidato José Serra no Art. 47 do Dec. Lei. 3.688/41, feito pelo Conselho Regional de Economia da Paraíba e endossado pelos Conselhos Regionais do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas, Maranhão, Rondônia e Tocantins, e por dois membros do Conselho Federal de Economia.
O pedido teve por motivo o uso indevido da qualificação de economista pelo candidato Serra, que não tem bacharelado em economia nem é registrado em qualquer Conselho Regional de nenhum estado brasileiro. O procedimento do candidato caracteriza falsidade ideológica e charlatanismo, em prejuízo dos que exercem legalmente a profissão.
O Corecon-PB fez a sua parte, denunciando a irregularidade e pedindo providências à entidade competente, - no caso o Conselho Federal de Economia, parte legítima para uma iniciativa jurídica, pois congrega todos os Corecons do Brasil, onde, hipoteticamente, Serra deveria estar inscrito como economista.
O Decreto-Lei 3.688, de 3 de outubro de 1941, em vigor, trata das Contravenções Penais. Seu artigo 47, no Capítulo VI, trata do exercício ilegal de profissão ou atividade:
“Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício: Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa”.
O "Conversa Afiada" reproduziu troca de e-mails entre seu editor, Alberto Ramos, e Marcia Godoy, do Corecon-SP (Conselho Regional de Economia do Estado de São Paulo):
Prezado Sr. Alberto Ramos.
Não consta neste CORECON/SP registro em nome do Sr. José Serra e/ou Sr. José Serra Chirico. Agradecemos pelo contato e permanecemos à disposição. Atenciosamente, ___ Marcia Gomes Godoy Sá Depto. Registro
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, atacou hoje a política do governo federal para as estradas. Ele criticou as condições das rodovias e defendeu a política de concessões realizada pelo governo de São Paulo defendeu que pode repetir pelo país o modelo de concessões de rodovias feito em São Paulo, com a cobrança de pedágios. O ex govenaor de São Paulo, ataca, critica ,mente, inventa e engana. Ataca a política do governo Lula na questão das estradas como se ele tivesse feito mais e melhor. No entanto, não é isso que diz a Folha (assinante), jornal de assessoria de José Serra na matéria publicada nesta terça-feira (27)..Leia
Estrada reformada não dura nem um ano
Auditoria mostra buracos, trincas, ondulações e outros problemas em vias de São Paulo após 12 meses de reforma
Entre as 67 estradas vistoriadas, a maioria de vicinais, Tribunal de Contas do Estado achou defeito em 70%
A placa que divulga a "recuperação" da estrada vicinal entre Quadra e Guareí, a 184 km de SP, segue de pé. Quem passa por lá a estranha. Afinal, a via mantém pavimento estourado, ondulações e buracos de dois metros naquilo que resta de asfalto.Oficialmente, a reforma já foi concluída. A construtora Delta a entregou em outubro de 2008 e recebeu R$ 6,34 milhões pelo serviço em 22 km.
Após menos de seis meses, a obra já estava deteriorada. O DER (Departamento de Estradas de Rodagem), então, exigiu que vários pontos fossem refeitos. Não adiantou.O caso é citado em uma auditoria do TCE (Tribunal de Contas do Estado) em estradas que passaram por obras entre fevereiro de 2008 e julho de 2009.Cerca de 70% das vias vistoriadas pelo órgão (todas paulistas e gerenciadas pelo poder público) apresentaram ao menos um tipo de defeito após um ano da conclusão definitiva da reforma.
Os problemas vão de afundamentos e trincas no pavimento a remendos e buracos.A fiscalização in loco pelo tribunal atingiu 67 obras, dois terços delas em vicinais, rotas municipais cuja recuperação foi uma bandeira do governo José Serra (PSDB), no programa Pró-Vicinais.
Embora essas estradas não sejam pedagiadas, boa parte do dinheiro para reformá-las vem do pedágio pago em outras rodovias do Estado.
O DER, em sua defesa ao tribunal de contas, afirmou: "A auditoria revela problemas que já se somavam nas preocupações da autarquia [...], a ponto de decidir constituir comissão interna para análise caso a caso".
E completou que, "ciente de que nessas obras com problemas houve dispêndios contratuais", "passou a congregar as empresas construtoras e supervisoras para repararem os locais afetados".
DURABILIDADE
O programa de recuperação das vicinais é feito para que elas durem dez anos. Os fatores para que as estradas não suportem um décimo do tempo de vida envolvem atribuições de Estado, prefeituras ou iniciativa privada.
O tribunal cita, por exemplo, a falta de estudos que provocam erros de projetos, inclusive com avaliação incorreta do tipo de tráfego.
Outro motivo pode ser a má execução da obra por construtoras, como materiais ruins e falta de reforço do pavimento e de sistema de drenagem. E há também falhas de manutenção e de fiscalização pelos municípios (que são os "donos" das vicinais).O DER alega que elas são projetadas para um tráfego inferior a 8,2 toneladas por eixo, mas que há uso indevido, recebendo caminhões com mais de 12 toneladas -sem veto das prefeituras.O TCE diz que a auditoria deve embasar os julgamentos de cada contrato.
Em meio à polêmica sobre a paternidade dos medicamentos genéricos no país, o candidato José Serra (PSDB) admitiu nesta terça-feira que não “inventou” esse tipo de remédio. O tucano disse que a ideia já existia e apenas trabalhou para colocá-la em prática enquanto esteve no comando do Ministério da Saúde.
“Não fui eu quem inventei genérico. Os genéricos, já existia a ideia. Eu nem sabia quando eu assumi o Ministério [da Saúde]“, afirmou.
Serra disse que o ex-deputado Ronaldo Cezar Coelho (PSDB) lhe falou sobre os remédios genéricos, por isso decidiu trabalhar pela sua implementação. O tucano afirmou que, como o projeto em discussão sobre a quebra de patentes dos medicamentos tinha falhas, fez alterações para garantir o atual modelo de produção dos remédios genéricos.
O PSDB chegou a colocar em seu site na internet texto no qual sustentou que o candidato apresentou a “Lei dos Genéricos”, e destacou a promessa do partido de “turbinar” esse tipo de medicamento.
A reação tucana veio depois que a candidata Dilma Rousseff (PT) reivindicou a paternidade dos genéricos para o ex-ministro do governo Itamar Franco, Jamil Haddad – já que o tema era uma das principais bandeiras da campanha de Serra.
Além de negar a paternidade dos genéricos, o candidato disse que também não implementou no Ministério da Saúde o programa de combate à AIDS, em vigor no país. “Eu toquei o programa da Aids para acontecer na prática, mas não foi ideia minha.”
Marco Aurélio Garcia é um dos petistas mais criticados pela mídia, porque fala as coisas de forma clara e não disfarça seus sentimentos e pontos de vista. Nesta entrevista à TVPT, o coordenador do programa de governo de Dilma diagnostica o complexo de vira-latas dos que atacam a política externa brasileira.
Garcia considera que Serra, que disse que o Brasil faz filantropia com os países vizinhos, tem uma visão “tacanha” da América do Sul, e alertou que jamais poderemos “ser uma ilha de prosperidade em meio a um oceano de desigualdade”.
É difícil botar isso numa cabeça tucana, que enxerga a América do Sul como uma gigantesca São Paulo. Os tucanos consideram natural que a riqueza fique concentrada no centro e a periferia pobre que se lixe. É por isso que Serra despreza o Mercosul e ataca a Bolívia e o Paraguai.
Sobre Serra, Garcia diz ficar constrangido de ver uma pessoa com um passado progressista abraçar a direita mais raivosa e atrasada. E prevê um final melancólico para a carreira política do tucano para o próximo dia 3 de outubro.
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