Querem salvar a BrOi.
Eles acham que português é burro
Saiu na Folha (*), pág. B4:
“Lula articula acordo Oi-Portugal Telecom – Governo planeja operação para que empresas se associem e possam tocar o Plano Nacional de Banda Larga.”
“ … o governo estimula uma participação cruzada”.
A PT entra na Oi, como minoritária, e a Oi entra na PT como minoritária.
A PT, que não entende um grama de banda larga, viria aqui instalar a banda larga.
Segundo a Folha (*), “a Oi tem restrições de caixa” – ou seja, a Broi foi para o saco.
Hoje, a BrOi vale menos do que as empresas que lhe deram origem: a Brasil Telecom e a Oi.
Depois de ir para o saco – e lançar ao mar a ideia inicial dos jenios do BNDES, ou seja, criar uma multinacional brasileira para entrar nos mercados globais de telefonia – depois do afundamento da P36, a BrOi foi ao Governo e vendeu a idéia de fazer a banda larga.
Ou seja, pegar o dinheiro da banda larga e pagar as dividas.
Como se sabe, a BrOi nasceu com dinheiro dos trabalhadores no FAT.
A grana foi direto para o bolso de dois empresários (?) – Carlos Jereissati e Sergio Andrade – que, sem botar um tusta, tomaram conta do mercado nacional de telefonia fixa, fora São Paulo.
No meio do caminho, para tornar a fusão possível, se tornou necessário pagar um cala-a-boca de US$ 2 bilhões ao Daniel Dantas.
Por essa circunstância não se vê um único tucano falar mal da BrOi.
(Deve ser para não importunar o “brilhante” do FHC.)
E o dinheiro do trabalhador que estava aqui ?
O gato comeu.
Agora surge essa ideia jenial de pegar o rico dinheirinho dos portugueses para salvar os empresários (?) brasileiros.
Amigo navegante: você pegaria o seu rico dinheirinho e entregaria ao Carlos Jereissati e ao Sergio Andrade para tocar uma empresa que eles não conseguiram botar de pé?
E você, lá dentro, atolado numa participação minoritária ?
Você, minoritário, dá dinheiro para eles tocarem um negócio que você não conhece …
Você, amigo navegante, acha que português é burro ?
Este ordinário blogueiro é neto do Justino dos Santos Crespo, que aparece lá em cima, elegante e suave.
Nada disso.
Não tinha nada de “suave”.
Era um Crespo – e minha mãe garante que Crespo era apelido, por causa do temperamento.
O Crespo era dono da melhor padaria de Aldeia Campista, bairro que foi tragado pela Tijuca e Vila Isabel, na ZN do Rio.
O Crespo dava a este ordinário blogueiro sonho com Grapete, combinação que até hoje ele considera insuperável.
O Crespo era tudo menos burro.
Era um padeiro erudito.
Apelidou o neto de prof. Paes Pita, personagem do Eça.
Obrigava os filhos a ler Camões (a lírica).
O neto ouviu Caruso, no “Pagliacci”, pela primeira vez, na vitrola dele.
O Crespo odiava o Salazar.
Acredito que lá em Vizeu, onde nasceu, não exista um único burro.
Mas, na Portugal Telecom, são todos uns burros.
Paulo Henrique Amorim
Clique aqui para ouvir o Caruso no “Pagliacci” e ter uma ideia de como esse Crespo era burro.
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
doconversaafiada
Nenhum comentário:
Postar um comentário