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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, julho 25, 2010

Sionismo, Nazismo e todo cinismo






Mais uma do nazi sionismo

Via Opera Mundi

Israel barra entrada de deputados espanhóis na Faixa de Gaza

Autoridades israelenses não autorizaram a entrada de quatro deputados socialistas espanhóis na Faixa de Gaza neste domingo (25/7). O grupo disse que tinha como objetivo visitar o território palestino.
Segundo a deputada Fátima Aburto, que faz parte da delegação, as autoridades israelenses comunicaram que os espanhóis não entrariam por meio do Consulado Geral da Espanha em Jerusalém, “sem dar explicações”.
"Estamos indignados. Consideramos um erro que Israel queira esconder a situação da região. Nós não somos uma frota, apenas deputados espanhóis que querem fazer uma visita em coordenação com a agência da ONU para regiados palestinos”, disse Fátima.
Ao saber que não poderiam entrar em Gaza, Fátima postou em seu perfil no Facebook uma mensagem de indignação:
Reprodução
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De acordo com o jornal espanhol El País, Israel explicou que negar a entrada de políticos no território palestino é algo habitual, que faz parte de uma medida preventiva contra o Hamas, grupo islâmico eleito para governar a Faixa de Gaza em 2006. Para Israel, o Hamas é um grupo terrorista e, por isso,
desde 2007, Israel impõe um bloqueio na região.
Leia também:
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Opinião: O Estado de Israel é a origem do ódio
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Lula autoriza ajuda de R$ 25 milhões para reconstrução de Gaza
"Israel está fazendo muito dinheiro com a ocupação da Palestina", diz economista israelense
"Na minha opinião, as autoridades israelenses estão erradas. Viemos para visitar projetos educativos, sanitários e acampamentos da ONU. Em nenhum momento poderia ser interpretada como uma visita de apoio ao Hamas”, afirmou o deputado Jordi Pedret, também da delegação.
Os deputados, convidados pela agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), pretendem ir à Cisjordânia ainda hoje, segundo Pedret, citado pelo El País.
Já um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, disse que "Não é verdade que nenhum explicação foi dada”.
“Dissemos a eles que cada vez que políticos entram em Gaza, o Hamas aproveita a visita para manipular a situação e fazer acreditarem que se trata de legitimação e reconhecimento por parte da comunidade internacional”, afirmou.

dogilsonsampaio

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