O jogo pesado do Rio Grande do Norte
Por Julio Cesar Macedo Amorim
Carta Capital n˚ 607
Da Coluna Andante Mosso – por Mauricio Dias
Jagunçada
Ailton Medeiros, jornalista com atividade em Natal, está às voltas com os podres poderes locais. Ele mantém, com correção e coragem, um blog que é um dos poucos espaços independentes no Rio Grande do Norte. O Estado, como se sabe, é controlado politicamente pela família Maia (DEM), cuja expressão máxima é o senador José Agripino Maia, e pela família Alves (PMDB), que tem como representante maior o senador Garibaldi Alves. Os textos virtuais de Medeiros incomodam muito. O incômodo gera reações e, às vezes, ameaças de violência como a que foi registrada por ele numa das delegacias do estado e, também, junto à Polícia Federal, feita pelo pecuarista milionário José Bezerra Jr. Bezerra Jr., chamado de Ximbica processa o jornalista que o chamou de jagunço. O senador Ximbica ganhou fama recente quando chamou Carlos Minc, então ministro do Meio Ambiente, de "viado" e "maconheiro". Verbetes do Aurélio, de Aulete ou de Houaiss não enquadrariam isso como jagunçada?
ASSIM É O PSDB.
Estive lendo sobre a CPI da PETROBRÁS. Li que o PSDB foi o autor do requerimento. Depois disso, fui levado a acreditar que os políticos desse partido estão querendo mostrar ao País que são honestos.
Aos freqüentadores desse blog, assusta-me figuras do PSDB assinando CPI. Dentre elas, destaca-se Tasso Jereissati.
Esse cidadão tem processo no Supremo por desvio de dinheiro público. Ele faliu o Banco do Estado do Ceará - BEC. O Banco Central fez uma auditoria e seguiu os cheques dos falsos empréstimos feitos pelo BEC, e comprovou que os beneficiários foram os financiadores da campanha dele, Tasso Jereissati, ao Senado. Segundo consta, foi quase um bilhão de reais.
Em virtude disso o Banco do Estado do Ceará - BEC faliu. Após a falência, o banco foi federalizado pelo famigerado FHC. Quer dizer, um governador assaltou um banco e a União (ou seja, nós brasileiros) assumimos os prejuízos do roubo. O jornal Tribuna da Imprensa, na coluna do Hélio Fernandes, destacou esse fato. O processo contra o Senador Tasso Jereissati dorme aos pés de seu, agora, compadre Gilmar Mendes.
Tem mais: na privatização da Companhia de Eletrificação do Ceará-COELCE, empresa de eletrificação do Governo do Estado do Ceará, privatizada por ele, Tasso Jereissati, aconteceram fatos escabrosos que os políticos e a justiça do Ceará, sequer tocam no assunto. Alguns políticos por medo. Outros, da justiça, por medo também.
O primeiro fato é sobre o dinheiro da privatização: o cearense não viu nem a cor desse dinheiro. Ainda sobre a privatização da COELCE, outro fato estranho chamou a atenção dos cearenses. Prestem atenção para esse fato mais que inusitado.
A COELCE possuía um Centro de Treinamento localizado no Bairro João XXIII, uma área muito valiosa de, aproximadamente, 6,0ha. (Vejam a foto no Google Earth posição 3º. 46`06,65”S, 38º. 35`04,39 O) ANTES da privatização da COELCE, o governo do Estado repassou para uma associação dos servidores da companhia aquele imóvel. Concluída a privatização, o valioso imóvel, que deveria ter sido incluído na venda, MILAGROSAMENTE, apareceu nas mãos do grupo do governador e hoje é a sede de sua universidade, cujo reitor é seu braço direito e ex-Secretário dos Recursos Hídricos José Liberato Barroso.
O agora senador Tasso Jereissati aparece assinando pedido CPI. Coisa que, como governador, NUNCA permitiu ser feito para apurar a privatização da COELCE.
ASSIM É O PSDB.
Fonte: blogdoprotogenes. com.br
Comentário do Contexto:
Para quem não lembra, este é aquele senador que declarou: Tenho jatinho, porque posso!
doluisnassif
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