CHEbola

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.

É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.

É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.

Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.

Fernando Evangelista

sábado, julho 24, 2010

'Daria um cheque em branco para Dilma', diz Lula em Garanhuns

Em ato que reuniu mais de 1.500 lideranças políticas de Pernambuco com a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, o presidente Lula brincou com público, contou sobre sua origem pernambucana e foi enfático ao relatar os avanços do seu governo e ao defender Dilma para presidir o país a partir de janeiro de 2011:
"Não existe gente mais preparada para governar o nosso país do que Dilma, A esta mulher eu daria um cheque em branco. Não vamos perder a oportunidade de eleger uma mulher presidente do Brasil", disse Lula para delírio da plateia.

Na samana passada, no comício do Rio de Janeiro, Lula já disse que coloca as duas mãos no fogo por ela.

Após saber da pesquisa Vox Populi apontando Dilma na liderança 41% das intenções de voto, contra 33% de José Serra, o presidente Lula brincou: "No Nordeste, está proibido ouvir pé-de-serra (tipo de forró). Agora, só pode ouvir 'pé-de-Dilma'", disse.

Ao elogiar Dilma, Lula lembrou o racionamento de energia em 2001 e 2002: "Se ela fosse ministra do governo Fernando Henrique Cardoso, não teria apagão".

Lula também convocou a militância para reeleger o governador Eduardo Campos (PSB), os candidatos ao Senado Armando Monteiro Neto (PTB) e Humberto Costa (PT), criticando os senadores demo-tucanos, sem citar os nomes de Marco Maciel (DEMos) e Sérgio Guerra (PSDB):

"É justo a gente tirar aqueles senadores do século passado e colocar senadores do século 21".

No discurso, Lula criticou a elite brasileira e os adversários que não reconhecem os avanços do Brasil nos últimos oito anos.

Prometeu que será o fiscal de Dilma quando o assunto for direcionar benefícios para Pernambuco, caso a petista seja eleita em outubro próximo: "Se precisar, vou ficar no ouvido da Dilma: ajude Pernambuco, ajude Pernambuco", brincou o presidente. (Com informações do Diário de Pernambuco)
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