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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, agosto 15, 2010

De Sanctis lança “Xeque Mate”
e gostaria de ir para o Supremo


De Sanctis com Kafka e Machado

O juiz federal Fausto Martin De Sanctis da 6ª Vara Federal de São Paulo lançou esta semana o seu primeiro romance: “Xeque Mate”. Dr. De Sanctis, por que esse título?

Leia trechos da entrevista que deu, por telefone, a Paulo Henrique Amorim.


- De Sanctis – Em primeiro lugar, por si só, o jogo de xadrez é estimulante sob o seguinte ponto de vista. Um ou dois peões podem colocar o rei em má situação. Então, o título faz alusão às muitas pessoas que são colocadas na vida, e isso pode ser transferido para o Judiciário. O juiz constantemente se encontra nessas situações. Eu achei que o título poderia resumir bem essa ideia subliminar

- O repórter Mário Cesar Carvalho, da Folha de São Paulo, argumentou que o personagem principal é um juiz que se chama Fernando Montoya De Sorrento. Ele tem exatamente as mesmas iniciais, FMDS, de Fausto Martin De Sanctis: é uma autobiografia esse romance?

- De Sanctis – Não é uma autobiografia. Essa forma de conceber o nome do personagem foi proposital para que as pessoas pudessem no seu imaginário talvez chegar à conclusão de que algo de realidade exista nesse livro. Mas, é um livro de ficção baseado na minha vivência, vivência de vida,de fatos, de justiça, e eu me inspirei muito nisso. É meio Dom Quixote de La Mancha, porque busca a realidade dentro da irrealidade.

- O “Xeque Mate” tem como enredo principal a história de um juiz que comete um erro gravíssimo e condena um inocente porque ele se encantou sexualmente por uma advogada envolvida no crime. Eu pergunto: na sua história de juiz, o sr. já cometeu algum erro gravíssimo, algum erro brutal de que se arrependesse?

- De Sanctis – De forma alguma. Eu cometi um erro. Aliás, gostei da pergunta. Algumas pessoas que leram o livro antes de eu lançar, falaram: “ah, quando você lançar vai ser um problema pra você, vão achar que você errou”, e eu dizia que isso faz parte do meu trabalho, mostrar que mesmo os honestos são passíveis de erro. Mostrar esse lado humano do Judiciário eu acho importante. Eu estou vivenciando isso, as pessoas me colocam num pedestal como se eu estivesse acima do bem e do mal, como se eu fosse uma entidade e não um ser humano passível de erros. Eu sou um ser humano. Mas, realmente, é uma história nessa parte absolutamente de ficção, de criação.

- Qual é o romancista que exerce mais influência sobre o Sr.?

- D Sanctis – Eu gosto muito de Machado de Assis. “Memórias Póstumas” eu acho fantástico. Esse ano eu li “Crime e Castigo”, li também “O Processo” do Kafka, achei interessantíssima essa discussão sobre a Moral, o certo e o errado. No “Processo” há condenação e ninguém sabe o por quê. Mas se sabe que se trata de um bom caráter que está sendo condenado à morte. Eu achei muito interessante essa discussão. Eu queria trazer algo inédito para o Brasil e eu acho que consegui. Essa discussão judicial que não existe aqui.

- Como Juiz, qual é a sua próxima atividade. O Sr. foi promovido, e o Sr. foi promovido a quê, para fazer o quê?

- De Sanctis – Eu me inscrevi para o Tribunal Regional Federal da 3ª Região, e o Tribunal precisa se reunir ainda para decidir sobre isso. E fui indicado pelos colegas federais como um dos seis juízes possíveis de integrar a vaga do Eros Grau no Supremo Tribunal Federal. Obviamente que eu gostaria de integrar ambas as cortes, mas o que está mais em evidência é a vaga do TRF, porque por antiguidade é a mais provável que vá acontecer.

- O Sr. sonha mais com o Supremo ou com a Academia Brasileira de Letras?

- De Sanctis – Bom, eu acho que a Literatura para mim ainda está no início, eu não posso ter sonhos. Seria uma pretensão muito grande falar em ABL, mas, como juiz, obviamente que eu gostaria estar no topo da carreira, como qualquer juiz.

Confira a integra da entrevista:


Recado do presidente Lula para nós, da KGB Lulista

O presidente Lula gravou depoimento agradecendo e apoiando a militância de todos os internautas, blogueiros, "tuiteiros", orkuteiros e membros das redes sociais na internet.Na mensagem, o presidente agradece a defesa de seu governo e diz que "o importante é que estamos todos unidos para fazer o Brasil seguir mudando com Dilma".

O presidente diz ainda que a participação da militância exige sacrifícios para, em um "momento histórico", garantir Dilma como "a primeira mulher presidente do Brasil".

"Esse é o momento histórico que vocês fazem parte dele ajudando a democratizar cada vez mais a informação em nosso País, pois hoje cada internauta é também um formador de opinião. Por isso continuem contribuindo com os seus textos, fotos e vídeos e seja um protagonista desse novo cenário onde cada eleitor tem o poder e o direito de informar e ser informado. Boa luta, companheiros, e vamos eleger a Dilma a primeira mulher presidente do Brasil",Da nossa parte, daqui da comunidade do blog "Os amigos do Presidente Lula", nós é que agradecemos o carinho e as palavras de estímulo do Presidente.



Enquanto houver um brasileiro socialmente ferido, deixado para trás nos governos demo-tucanos, precisando de ser resgatado da pobreza e do infortúnio, para se tornar um cidadão com uma vida plena de dignidade, nossa luta por um Brasil mais justo não terá trégua, e ela passa pela eleição de Dilma, para continuar o rumo do governo Lula, sem retrocessos.

dosamigosdopresidentelula

eua usa / israel TERRORISMO S/A






As mentiras sobre Hiroshima são as mentiras de hoje

por John Pilger
No aniversário do lançamento da bomba atómica sobre Hiroshima, a 6 de Agosto de 1945, John Pilger descreve a 'sucessão de mentiras' desde a poeira daquela cidade destruída até às guerras de hoje – e à ameaça do ataque ao Irão.
Quando fui a Hiroshima pela primeira vez, em 1967, ainda ali se encontrava a sombra nos degraus. Era uma imagem quase perfeita de um ser humano descontraído: as pernas esticadas, as costas dobradas, uma mão na cintura, enquanto estava ali sentada à espera que o banco abrisse. Às oito e um quarto da manhã de 6 de Agosto de 1945, ela e a sua silhueta ficaram gravadas a fogo no granito. Fiquei a olhar para aquela sombra durante uma hora ou mais, depois desci até ao rio e encontrei um homem chamado Yukio, que ainda tinha gravado no peito o padrão da camisa que vestia quando caiu a bomba atómica.

Ele e a sua família ainda viviam numa cabana enterrada na poeira de um deserto atómico. Descreveu um gigantesco clarão sobre a cidade, "uma luz azulada, como um curto-circuito eléctrico", depois do que soprou um vento como um tornado e caiu uma chuva negra. "Fui atirado ao chão e só reparei que os pés das minhas flores tinham desaparecido. Estava tudo calmo e silencioso e, quando me levantei, as pessoas estavam todas nuas e não diziam uma palavra. Algumas delas não tinham pele, outras não tinham cabelo. Tive a certeza de que estava morto". Nove anos depois, quando lá voltei e o procurei, ele tinha morrido com leucemia.

Imediatamente depois da bomba, as entidades aliadas de ocupação proibiram qualquer referência ao envenenamento por radiações e afirmaram insistentemente que as pessoas tinham morrido ou sofrido danos apenas pela explosão da bomba. Foi a primeira grande mentira. "Não há radioactividade nas ruínas de Hiroshima", dizia a primeira página do New York Times, um clássico da desinformação e da subserviência jornalística, que o repórter australiano Wilfred Burchett denunciou com o seu 'furo' do século. "Estou a escrever isto como um alerta a todo o mundo", noticiava Burchett no Daily Express, quando chegou a Hiroshima depois de uma perigosa viagem, o primeiro correspondente que se atreveu. Descreveu salas hospitalares cheias de pessoas que não tinham ferimentos visíveis mas que estavam a morrer duma coisa a que ele chamou "uma peste atómica". Por ter contado esta verdade, retiraram-lhe a credencial de imprensa, foi ridicularizado e caluniado – e inocentado.

A bomba atómica de Hiroshima foi um acto criminoso a uma escala épica. Foi um assassínio de massas premeditado que pôs à solta uma arma de criminalidade intrínseca. Por causa disso, os seus defensores refugiaram-se na mitologia da suprema "guerra boa", cujo "banho ético", conforme Richard Drayton lhe chamou, tem permitido ao ocidente não só desculpar o seu sangrento passado imperial mas promover 60 anos de guerra de rapina, sempre à sombra de A Bomba.

A mentira mais duradoura é que a bomba atómica foi lançada para acabar com a guerra no Pacífico e salvar vidas. "Mesmo sem os ataques das bombas atómicas", concluiu o Strategic Bombing Survey dos Estados unidos, em 1946, "a supremacia aérea sobre o Japão podia ter exercido pressão bastante para provocar uma rendição incondicional e evitar a necessidade de invasão. Com base numa investigação pormenorizada de todos os factos, e apoiada pelo testemunho dos lideres japoneses sobreviventes envolvidos, é opinião do Survey que … o Japão se teria rendido mesmo que não tivessem sido lançadas as bombas, mesmo que a Rússia não tivesse entrado na guerra e até mesmo se não tivesse sido planeada ou contemplada qualquer invasão".

Os Arquivos Nacionais de Washington contêm documentos do governo dos EUA que representam em gráfico as tentativas de paz japonesas já em 1943. A nenhuma delas foi dado seguimento. Um telegrama enviado em 5 de Maio de 1945 pelo embaixador alemão em Tóquio e interceptado pelos EUA dissipa todas as dúvidas de que os japoneses estavam desesperados para suplicar a paz, incluindo "capitulação mesmo que as condições sejam pesadas". Em vez disso, o secretário americano da Guerra, Henry Stimson, disse ao presidente Truman que tinha "receio" de que a força aérea americana "bombardeasse" o Japão de tal modo que a nova arma não pudesse "mostrar a sua força". Posteriormente reconheceu que "não tinha sido feita nem considerada qualquer tentativa para conseguir a rendição apenas para não ter que utilizar a bomba". Os seus colegas da política externa estavam ansiosos "por intimidar os russos com a bomba que trazíamos bastante ostensivamente à cintura". O general Leslie Groves, director do Projecto Manhattan que fez a bomba, testemunhou: "Nunca tive qualquer ilusão de que o nosso inimigo era a Rússia e que o projecto foi orientado nessa base". Um dia depois de Hiroshima ter sido arrasada, o presidente Truman manifestou a sua satisfação pelo "êxito esmagador" da "experiência".

Desde 1945, pensa-se que os Estados Unidos estiveram à beira de usar armas nucleares pelo menos três vezes. Ao travar a sua fictícia "guerra contra o terrorismo", os actuais governos de Washington e de Londres declararam estar preparados para fazer ataques nucleares "preventivos" contra estados não nucleares. A cada avanço para a meia-noite de um Armagedão nuclear, as mentiras de justificação são cada vez mais escandalosas. O Irão é a actual "ameaça". Mas o Irão não tem armas nucleares e a desinformação de que está a planear um arsenal nuclear provém sobretudo de um grupo da oposição iraniana, o MEK, patrocinado por uma CIA desacreditada – tal como as mentiras sobre as armas de destruição maciça de Saddam Hussein tiveram origem no Congresso Nacional Iraquiano, montado por Washington.

O papel do jornalismo ocidental em levantar este espantalho é fundamental. Que a Defence Intelligence Estimate da América tenha dito "com toda a confiança" que o Irão desistiu do seu programa de armas nucleares em 2003, foi remetido para o buraco do esquecimento. Que o presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, nunca tenha ameaçado "varrer Israel do mapa" não tem qualquer interesse. Mas tamanha tem sido a mística lenga-lenga dos meios de comunicação deste "facto" que, na sua recente representação subserviente perante o parlamento israelense, Gordon Brown aludiu a isso, quando mais uma vez ameaçou o Irão.

Esta progressão de mentiras conduziu-nos a uma das mais perigosas crises nucleares desde 1945, porque a ameaça real mantém-se quase impossível de referir nos círculos governamentais ocidentais e portanto nos meios de comunicação. Há apenas uma potência nuclear desenfreada no Médio Oriente e é Israel. O heróico Mordechai Vanunu tentou alertar o mundo em 1986 quando forneceu provas de que Israel estava a construir 200 ogivas nucleares. Desafiando as resoluções das Nações Unidas, Israel está actualmente ansiosa por atacar o Irão, com receio de que uma nova administração americana possa, apenas possa, efectuar genuínas negociações com uma nação que o ocidente tem caluniado desde que a Grã-Bretanha e a América derrubaram a democracia iraniana em 1953.

No New York Times de 18 de Julho, o historiador israelense Benny Morris, outrora considerado um liberal e actualmente consultor da instituição política e militar do seu país, ameaçou "um Irão transformado num deserto nuclear". Isso seria um assassínio de massas. Para um judeu, é uma ironia gritante.

Impõe-se a questão: vamos nós todos ser meros espectadores, afirmando, como fizeram os bons alemães, que "nós não sabíamos"? Vamos esconder-nos cada vez mais por detrás do que Richard Falk designou por "uma cortina legal/moral, beata, de uma só face" [com] imagens positivas de valores e inocência ocidentais, apresentada como estando ameaçada, validando uma campanha de violência ilimitada"? Está outra vez na moda apanhar criminosos de guerra. Radovan Karadzic está no banco dos réus, mas Sharon e Olmert, Bush e Blair não estão. Porquê? A memória de Hiroshima exige uma resposta.

Tradução de Margarida Ferreira.

ss Erra não gosta do EVO MORALES hummm...



Bolívia, o “mau exemplo”



Hernando Calvo Ospina(*)
Rebelión
Tradução do espanhol: Renzo Bassanetti

Bolívia, um país pouco conhecido no contexto mundial. A maioria dos europeus sabe da sua existência, mas não tantos o localizam no mapa. Pela pouca cultura que têm, raríssimos são os norte-americanos que não o confundam com uma fruta ou um tipo de hambúrguer.

Bolívia. A grande imprensa internacional ensinou que é só um pedaço de terra cheio de índios, coca e ditadores. Dizem ainda que estes últimos nasceram como resposta à tentativa do Che Guevara em fazer uma revolução lá.

Em 2005, a Bolívia se tornou uma atração internacional, e não pela coca e pelos ditadores: pelos índios.

Foi durante as eleições presidenciais. A imprensa destacava que um candidato indígena tinha possibilidades de comandar esse país. Um índio! Sim, um ser que não era como nós. Mostrava-se o imenso apoio que os outros indiozinhos lhe davam. Como folclore, as imagens tendiam a mostrar as saias e os chapéus das indiazinhas; e folclórico ficava o capacete dos mineiros, que nas manifestações também aclamavam o líder Evo Morales.

O indiozinho Evo foi a sensação da imprensa internacional nesse ano, particularmente na Europa. Finalmente a Bolívia produzia notícia.

Claro, nem tudo em Evo poderia ser positivo para a grande imprensa, mas sim compreensível. Por exemplo, era um dirigente do movimento dos plantadores de coca. Sim, uma coisa negativa, por que da coca para a cocaína falta pouco...mas antes de tudo, era um indiozinho. Isso o desculpava. Em cada discurso, Evo falava em acabar com o analfabetismo e a pobreza, o que a imprensa internacional via muito bem, embora se notasse que ela preferia a utilização da palavra “diminuir”.

Produzia-se uma certa inquietação nas redações por que Evo estava à frente de alguma coisa chamada Movimento ao Socialismo. Essa palavra “socialismo”.... Não se entendia como um indiozinho poderia saber disso. Não deveria ser algo saído de Evo. Era impensável saber que, quando Marx escreveu sobre isso, os índios já o praticavam havia séculos.

Até que um dia, nessas salas fabricantes de notícias e imagens “descobriram” de onde vinha a coisa. Notou-se que a irritação os atacava porque Evo era amigo do diabinho Chávez. E o pior: admirava o diabo Fidel. Mas bem, antes de tudo, Evo era um indiozinho. Todo o restante poderia entrar na conta do folclore.

E Evo Morales ganhou as eleições . Pode-se afirmar que não existiu um meio de imprensa no mundo que não o mencionasse. Como quase todos copiavam o que saía dos Estados Unidos ou Madri, a notícia saia como fotocópia de um conto de fadas. Até a chamada “imprensa cor-de-rosa” e a “jet-set” falaram do indiozinho.

Seu encontro com o rei da Espanha causou furor, ainda mais que se mencionou que Evo não usava gravata. Não importa, muitos índios são assim. Muitos intelectuais e diretores de Organizações Não Governamentais, que nunca tinham se dado por convencidos, quiseram saber como se vivia e se respirava sob o governo de um indiozinho. Voaram a La Paz, e com terror tiveram que beber chá dessa tal de coca para acalmar o “mal das alturas”.

Mas o idílio com o indiozinho não durou muito.

Evo nacionalizou o petróleo e o gás, algo incompreensível. Estava certo que quisesse tirar a maioria da população da pobreza e da ignorância, mas não era razão suficiente para “tirar” essas riquezas das multinacionais. “Tinha que ser índio!”, certamente comentaram muitos em muitas partes. A grande imprensa de certos países quase se expressou assim.

O paternalismo não deu para suportar tanto. Como por arte da magia, desde esse dia Evo passou a ser “esse índio”, o “semelhante índio”, o “tal índio”. Do folclore passou-se à difamação, e não somente a Evo. Quando se mostrava o parlamento boliviano, fazia-se notar o ridículo de que as decisões fundamentais fossem tomadas por índios e operários. E o péssimo: por tantas índias. Por isso o país estava tomando esse caminho, por que o “normal” é que sejam os de terno e gravata que decidam.

Washington decidiu que isso era “comunismo”, por isso era necessário derrotar o índio. Na falta de originalidade, iniciou-se a típica campanha de guerra de propaganda e psicológica. A imprensa internacional, manipulada por Washington e com repetidora em Madri, começou a insistir que não haviam liberdades, de nenhum tipo, que os direitos humanos eram violados e que se reprimia a oposição; também que a Bolívia se transformava no centro do tráfico de cocaína e em esconderijo de “terroristas”.

Para Washington, o cúmulo foi que Evo continuava com vida e ganhando eleições. Não adiantaram todos os milhões de dólares entregues à oposição, a seus meios de informação e a várias ONGs. Prepararam-se golpes de estado e até atentados contra sua vida. Nada de nada: o índio não se movia.

Como quase nunca tinha acontecido antes com Washington em seu “pátio dos fundos”, Evo lhes respondeu. O insolente expulsou o embaixador norte-americano, a DEA, a CIA, e ameaçou ainda tirar do país as organizações de “desenvolvimento” que pretendiam desestabilizar seu governo. Horror dos horrores!

Assim, descobriu-se que o vice-presidente, Álvaro Garcia Linera, não era índio, mas tampouco santo, talvez pior que Evo. Era um mestiço com muitos pecados: ex-guerrilheiro, ex-preso político, com grande formação política, um intelectual de rua... Então, tratou-se de introduzir discórdia para dividir. Essa imprensa sugeriu que Evo era manipulado por seu vice. Nesse caso sim, voltaram a lembrar que Evo era um indiozinho.

Pouco adiantou o complô nacional e internacional. O processo continua, com as dificuldades próprias de todo o processo criativo e atacado. Enquanto isso, aqui fora levanta e levanta simpatias e respeito.

Ultimamente a imprensa internacional prefere ser indiferente. Ás vezes, publica uma nota, claro, quando Evo faz alguma coisa que eles não gostam.

Esse comportamento dessa imprensa significa que a Bolívia já não é mais a mesma. A Bolívia, esse país que fica “pior ali”, é um “mau exemplo” no continente. E se Washington e seus aliados tem medo de alguma coisa, é desses governos “maus exemplos”. Se em tão pouco tempo, com tão poucos recursos e com tantas conspirações contra conseguiu-se tanto, por que os outros povos vizinhos não poderiam?


(*) Jornalista e escritor colombiano residente na França. Colaborador do Le Monde Diplomatique.

Artigo escrito para o semanário boliviano La Época, julho de 2010.

A coragem e o perdão são bençãos e DILMA é benção da NAÇÃO BRASILEIRA


O que os nossos grandes grupos de comunicação fazem, muito frequentemente, não é jornalismo. É campanha política. Seria totalmente legítimo, se o assumissem. Mas fingem uma neutralidade que não existe e, por isso, são cínicos.

Não param por aí, porém. São covardes, porque buscam descontextualizar a informação, como se aquilo que ocorreu sob um regime bárbaro, onde pessoas eram torturadas sadicamente, onde eram levadas à loucura e à morte. É isso o que faz a revista Época, na edição desta semana. Liga, sem qualquer elemento concreto, Dilma às ações armadas que ocorreram como resposta àquele regime. Litam um quadro de “perguntas sem resposta” que chega ao esmero de perguntar se Dilma estava armada no momento de sua prisão e se apoiou as greves operárias na região de Belo Horizonte em 1968.

Dilma fez muito bem em não responder à revista. Entrevistas à Época e à Veja deveriam ser precedidas daquele aviso que a gente vê nos filmes policiais americanos: “tudo o que você disser poderá e será usado contra você”.

Ontem, Dilma deu em coletiva a resposta curta e seca que esta exploração merece:

“Nem um pouco temo ataques da oposição. Tenho muito orgulho de ter lutado contra a ditadura, do primeiro ao último dia. Acho que aqueles que lutaram contra a ditadura são pessoas que tiveram, pelo menos na minha geração, a generosidade de enfrentar inclusive a morte. Não estávamos lutando se correr risco de vida. Fui torturada durante 22 dias. Não há controle na tortura. Não era um momento em que a democracia vigia no País. Não participei de ação armada e sequer fui julgada por isso e sequer fui condenada”.

A resistência teve muitas formas, para os que puderam ficar. Mas foi, esse é o nome, resistência, porque a agressão às intituições, com a derrubnada de um governo legítimo, a cassação dos direitos de expressão e de voto, os assassinatos, as prisões e o exílio foram ações que partiram do regime contra o qual aqueles jovens e a geração de meu avô, antes, se insurgiu como pôde.

A matéria da revista e sua capa, destinada a tornar-se um cartaz eleitoral negativo, como fez, ao inverso, a capa da Veja com o “cândidoJosé Serra que estampou, dois meses atrás, em sua capa. O passado de esquerda de Serra não pode ser lembrado, porque é a prova de que ele renegou e “matou” aquele Serra que só interessa a ele lembrar para dizer que veio de uma família pobre.

O tiro, porém, lhes saiu pela culatra. Embora um ou outro incauto possa se impressionar, os mais lúcidos e esclarecidos vão percebendo que, do que vem dali nada é água limpa, tudo está envenenado pelos interesses políticos de uma parte da elite que não se incomoda senão com seus próprios privilégios.

O desenho de Dilma, que pretendiam ameaçador, ficou ótimo, revelando que a Dilma de hoje em lugar de renegar, carrega em si o inconformismo que, geração após geração, tenta fazer do Brasil um país para seu povo.

E juventude não é idade, é desejo de construir sonhos.

dotijolaço



Um País de tôdos Brasil






O que é caro e o que é barato?

Neste sábado, Dilma Rousseff falou de um de seus projetos de ampliação do “Minha Casa, Minha Vida”. E disse algo que fará muitos elitistas torcerem o nariz: incluir a mobília básica dos imóveis financiados pelo programa no próprio financiamento da habitação. Por que eles torcerão o nariz? Porque é brutalmente econômico, de um lado. E porque agrega um valor imenso – objetivo e subjetivo – à nova moradia de pessoas que viviam em condições precárias.
Porque é econômico? Porque a mobília básica de uma casa simples – uma geladeira, um fogão, uma televisão, uma cama de casal, duas de solteiro, uma mesa e quatro cadeiras custam, no varejo, talvez só um pouco mais de 5% do valor de uma moradia, hoje na faixa de R$ 50 mil. No atacado, se você considerar algo como um milhão de unidades de cada item, talvez não chegue a 3% disso. Menos ainda, se existir renúncia fiscal de IPI, IOF e de ICMS nas operações de produção, crédito e venda. E, ainda, a intermediação do ponto de venda final do comércio. Até mesmo os prazos de entrega mais dilatados – coincidindo com as entregas das unidades habitacionais – alivia custos das indústrias, por permitir fluxos de produção seguros.
Um nada, portanto, no volume de crédito que o programa envolve. E valores que podem ser garantidos com um valor ínfimo nos financiamentos.
Mas que serão um valor muito expressivo na mudança de vida que proporcionarão aos brasileiros que estão tendo, pela primeira vez, uma moradia digna. Alguns saem de situações onde as moradias que ocupam são improvisos, montados com o que se pode e o que se consegue.
Mobília e eletrodomésticos sempre foram símbolos de ascenção social. Este valor simbólico ajuda a promover mudanças de hábitos e comportamentos sociais. A formação de uma nova classe média passa por isso.Nos EUA, que eles admiram tanto, os eletrodomésticos foram o grande apelo da formação do modelo de vida americano, nos anos 50.
Se esta anscenção for acompanhada – talvez seja o que mais tenha faltado no início do Governo Lula – da formação de uma consciência de que isso é possível porque os brasileiros passam a olhar a si mesmo como um povo, uma coletividade capaz , nossa auto-estima e solidariedade serão elementos de educação para a cidadania.
Brizola Neto

PORQUE ssERRA QUE ERA DA UNE SE EXILOU NOS usa DEPOIS DE MATAREM SALVADOR ALLENDE NO CHILE
















O mistério da fuga de Serra para os Estados Unidos




A biografia de José Serra (PSDB/SP) tem uns buracos difíceis de explicar.

Após a implantação da ditadura no Brasil, ele fugiu para o Chile.

Em 1973, quando houve o golpe de Pinochet no Chile, com apoio da CIA (Agência de Inteligência dos EUA), ele fugiu justamente para os Estados Unidos, que apoiou o golpe chileno.

É preciso entender que nesta época era em pleno governo Nixon, com a política estadunidense de apoio às ditaduras militares, na época de Kissinger. Até o "beatle" John Lennon estava ameaçado de expulsão dos EUA nesta época.

Como Serra conseguiu o green card nos EUA? Como ele se sustentou lá? Como ele conseguiu estudar nas caras Universidades estadunidenses? Ainda mais sem ter o diploma de Bacharel em Economia? E quem pagou essa conta, já que ele diz que o pai não era rico?

É um dos mistérios mais bem guardados da política brasileira.

É bastante improvável que um latino-americano exilado, realmente de esquerda, escolhesse os EUA como destino, nesta época. E se escolhesse, soa estranho encontrar facilidades de permanência, inclusive financeiras.


Há pouco mais de um mês escrevi aqui que José Serra não deixava apenas de reunir as condições políticas e ideológicas para presidir o Brasil. Além delas, ele não tem as condições morais para governar um país.
Falta-lhe, perdoem-me ser direto assim, a vergonha na cara, o sentimento de honra que um homem público deve ter para não mentir deliberadamente para o seu povo.
José Serra faz qualquer coisa para ter o poder.
Abandonou tudo o que defendeu na juventude,não por uma mudança sincera, mas movido pela ânsia de ter cargos e posições.
E demonstra isso em coisas que seriam, em si, pequenas. Mas que são profundamente reveladoras da ausência de padrões morais mínimos para exercer não apenas a presidência da República, mas qualquer cargo eletivo, que pressupõe, por natureza, uma relação sincera com aqueles que representa.
Num simples jingle de campanha isso se revela.
Havia um, feito com base na sua carreira política e realizações que, mesmo com as mistificações sobre a autoria do salário desemprego e dos genéricos, ainda podia ser considerado relacionado a ela, pois se não foi o autor, participou dos processos de implantação.
Ele pode ser ouvido aqui.
Mas, com o despencar nas pesquisas, Serra mudou o jingle.
Lançou um novo, que você pode ouvir clicando na setinha abaixo da foto deste post.
Ele não apenas se transmuta de José em Zé para tentar se fazer popular.
O grave é que faz isso de maneira cavilosa, tentanto transmitir ao eleitor simples que é o candidato da continuidade de Lula.
Diz que “quando o Lula da Silva sair é o Zé que eu quero lá” e afirma, sem qualquer pudor que “Para o Brasil seguir em frente, Sai o Silva e entra o Zé”.
Pois se ele toma a iniciativa, eu aceito.
Escrevo para o “Zé”.
E digo: Zé, você não tem caráter, você quer engambelar gente simples se fingindo a continuidade de Lula quando o que você é seu partido e aliados são oposição a ele.
Zé, se você tivesse sabgue nas veias, você enrubesceria de mentir assim ao povo brasileiro.
Zé, se você acha ruim o governo, as políticas, as decisões, critique abertamente. Diga do que discorda, porque discorda e não seja cínico.
O Plínio fez isso com a maior dureza e, mesmo sem votos, tem respeito.
A Marina tem posições contraditórias mas não fingiu, até hoje, que não teve nada a ver com o Governo Lula.
Mas você, Zé, é um covarde. Tem medo de enfrentar a popularidade de alguém que você julga estar errado e, então, finge estar de acordo.
E procura enganar as pessoas com a maior caradura do mundo.
Zé, a derrota eleitoral que você vai sofrer será imensa.Mas, ainda assim, é menor que o esmagamento moral que os milhões de Zés de verdade fará sobre a figura ínfima deste Zé de mentira.

dotijolaço


Odor de coisa podre no ninho tucano

Pesquisa nacional e em Minas acendeu o sinal de alerta na cúpula tucana, durou dois dias o entusiasmo gerado na campanha de José Serra pela entrevista do candidato na bancada do "Jornal Nacional".
Os tucanos se animam com as mentiras de Serra, que insiste em dizer que criou os genéricos, que fez o programa da Aids e outros "trololós" assumidos em frente as câmeras da Globo.
Segundo o "Painel" da Folha, o Datafolha em que Dilma Rousseff aparece oito pontos à frente do tucano e com possibilidade concreta de liquidar a eleição no primeiro turno atingiu o tucanato associado a um outro resultado desalentador, o da manutenção da dianteira de 26 pontos de Hélio Costa sobre tucano Antonio Anastasia em Minas.
Além do crescimento no eleitorado mineiro de Dilma que já ultrapassou Serra e aumentou o percentual na liderança em outros estados.
Analisados em conjunto, os resultados nacional e mineiro desenham para a oposição, às vésperas do início da propaganda de TV, um quadro alarmante que até nos estados de São Paulo e Paraná, Serra vê Dilma subindo e tirando a diferença do quadro anterior.
Para piorar o clima dentro da campanha demotucana que se mostra conturbado desde da indicação do vice Indio da Costa do DEM, quando Roberto Jefferson disparou: “O DEM é uma merda”, a coisa está fedendo mais que o previsto. O episódio gerou um reboliço danado, levou o DEM a ameaçar romper a aliança com o PSDB e provocou a reação de outros aliados dos tucanos.
A coisa complicou mais ainda após uma reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo ao apontar que as relações entre Maia e o presidenciável tucano poderiam estar rompidas. De acordo com a reportagem, a confusão começou na última semana quando o candidato ao governo do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira, disse que poderia "dar uma banana" aos aliados, caso seja eleito, pela falta de empenho na campanha.
O presidente do DEM não demorou a se defender dizendo que a "banana" poderia ser dada a Serra. Um pedido de retratação foi feito pelo tucano, mas Maia não atendeu.
Outra bomba no ninho tucano é uma matéria da revista IstoÉ, que acusa o engenheiro Paulo Vieira de Souza, também conhecido como Paulo Preto ou Negão, sumiu com cerca de R$ 4 milhões, arrecadados nos subterrâneos, principalmente de empreiteiras, para abastecer as supostas contas paralelas da campanha presidencial de Serra.
Entre os antecedentes do engenheiro consta que ele foi diretor de engenharia da Dersa, empresa estatal paulista responsável pelo Rodoanel (que custou mais de R$ 5 bilhões), e pela ampliação da marginal Tietê, na capital (obra orçada em R$ 1,5 bilhão).
As notícias nada boas para os tucanos não param de chegar, ainda mais agora que todos os quatro institutos de pesquisas confirmam a liderança de Dilma. Comentam que o ambiente no comando da campanha de Serra era de velório, como se tivesse alguém morto, pelas expressões faciais dos comandantes após o resultado de ontem do único instituto que os tucanos confiavam, o Datafolha.
O clima está pesado e o ar carregado. Mas, ainda não identificaram a causa do mau cheiro, pode ser coisa morta em decomposição ou odor de detritos humanos, restos de uma substância, de um corpo qualquer desfeito ou em processo de deterioração.



eua usa / israel TERRORISMO S/A






ISRAEL VERSUS IRÃ

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ISRAEL VERSUS IRÃ

Laerte Braga

Um grupo de mulheres israelenses revoltadas com a decisão do governo de seu país de impedir o deslocamento de mulheres palestinas até um determinado ponto de terras palestinas ocupadas (roubadas) por Israel, furou o bloqueio dos soldados e levou as mulheres palestinas até aquele ponto. Ver o mar, chegar ao mar, era a proibição do Reich de Tel Aviv.

Mulheres palestinas, de um modo geral, só servem a soldados de Israel para serem estupradas. E depois mortas. O povo que se considera escolhido por Deus como eleito nessa hora não é tanto eleito assim, é boçal na essência.

O absoluto silêncio da mídia ocidental sobre as condições de vida em Gaza, submetida a um bloqueio odioso por parte de Israel não permite que as pessoas tenham consciência do nível de barbárie dos sionistas/nazistas contra palestinos.

E nunca é demais registrar que Gaza é governada pelo Hamas, como resultado de um acordo entre o então presidente dos EUA Bil Clinton e o primeiro ministro de Israel Itzak Rabin. O acordo previa, entre outros itens, a criação do Estado Palestino, a devolução das terras ocupadas (roubadas) e eleições livres na Palestina. O Hamas venceu as eleições em Gaza. Israel não aceitou o resultado.

Nos festejos comemorativos da paz um sionista fanático, ou judeu fundamentalista como se costuma dizer, matou Rabin e a partir daí a escalada da violência das SS de Israel tornou-se incontrolável.

O estado de Israel (terrorista) dispõe de armas nucleares, é o principal aliado dos EUA no Oriente Médio e em operações terroristas pelo mundo afora, como o assassinato de um líder do Hamas em Dubai. Agentes do MOSSAD, serviço secreto do nazi/sionismo usaram passaportes reais da Grã Bretanha, Alemanha e Itália com nomes falsos.

Mais que isso, bem mais, têm o controle de importantes grupos empresariais e bancos norte-americanos, ou pseudo-norte-americanos, além de profundas ligações com o Partido Republicano.

Deitam suas ações terroristas por todos os cantos do mundo em estreita colaboração com a CIA – serviço secreto dos EUA – o que os transforma, aos dois países numa espécie de organização terrorista dotada de um arsenal nuclear capaz de destruir o planeta cem vezes se necessário for.

O presidente Barack Obama fez um apelo a um site internacional que divulgou perto de noventa mil documentos secretos da guerra do Afeganistão onde fica clara e visível toda a natureza da guerra sórdida e terrorista que norte-americanos fazem naquele país.

Seqüestros, prisões sem culpa formada, assassinatos seletivos, eliminação sumária de civis considerados suspeitos (homens, mulheres e crianças). Os documentos ligam militares dos EUA aos tráficos de droga e mulheres passando pelo Oriente Médio e Europa.

Obama pede que novos documentos não sejam divulgados.

A Europa ocidental hoje é uma grande colônia dos EUA. Ocupada militarmente e sem condições de resistir a esse imperialismo. Antigas nações como Grã Bretanha, Alemanha, França, Espanha, nada mais são que bases do império norte-americano. Seus governos têm autonomia limitada. São usados para operações terroristas do complexo EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

A invasão e ocupação do Iraque no governo Bush se deu sob o pretexto da existência de “armas de destruição em massa” (expressão do governador geral da Grã Bretanha, Tony Blair), fato negado pelos inspetores das Nações Unidas e solenemente ignorado pelos EUA. O Iraque continua sendo um país ocupado e sua maior riqueza, o petróleo, está em mãos de companhias internacionais, dentre elas a BRITISH PETROLEUM, responsável pelo maior vazamento do chamado ouro negro em um oceano (danos irreparáveis ao meio-ambiente).

Não foram poucas as imagens de tortura e toda a sorte de violência em prisões iraquianas contra civis. Os torturadores eram os norte-americanos.

O governo do Afeganistão, tutelado pelos EUA, acaba de anunciar a descoberta de uma jazida de petróleo com reservas de um bilhão e oitocentos milhões de barris no norte do país. Segundo o ministro das Minas, Jawad Omar, “em breve começaremos a explorar a região. O próprio ministro declarou que os trabalhos de prospecção acontecem a seis meses e junto a geólogos norte-americanos.

O petróleo afegão vai para companhias internacionais. A maioria delas norte-americanas e outras tantas associadas.

O ministro das Minas havia anunciado dias antes que seu país iria começar a explorar jazidas de diferentes metais, algo no valor de “trilhões de dólares”. O NEW YORK TIMES anunciou que se tratavam de jazidas de ouro, lítio e outros minerais.

Obama luta até hoje, pouco mais de um ano e meio de governo, para de fato governar os EUA. Não se impôs, de saída não conseguiu fechar o campo de concentração de Guantánamo, eliminar as prisões secretas – muitas delas navios em alto mar – e pouco avançou em negociações de paz em qualquer parte do mundo que esteja em conflito, sobretudo Oriente Médio.

Tem um pepino nas mãos. O governo paralelo do Partido Republicano, que havia dado o sinal verde para o golpe militar em Honduras, a derrubada do presidente Manuel Zelaya (ação direta do senador John McCain, derrotado nas eleições por Obama), deu sinal verde a Israel para atacar o Irã e tentar destruir as instalações e usinas nucleares daquele país.

A hipótese que o Irã venha a construir armas nucleares e com isso mude a correlação de forças no Oriente Médio, acabando com a barbárie do estado terrorista de Israel, forçando negociações sérias de paz, ensejando a criação real e efetiva do Estado Palestino (decisão tomada pela ONU em 1948 e até hoje não cumprida), leva pânico ao bunker nazi/sionista em Tel Aviv.

A forma como a mídia ocidental trata o Irã, criminaliza a revolução islâmica, transforma-a em grande satã, tem, entre outros objetivos, o de propiciar um terreno favorável a Israel para uma ação terrorista desse porte.

Se milhões de pessoas morrem num conflito com essas proporções, o Irã tem defesas capazes de resistir a Israel, isso é o de menos desde que os negócios fiquem preservados. Tanto para norte-americanos como para os que governam Israel.

O caso da iraniana condenada a morte por adultério é um exemplo típico dessa criminalização. A pena de morte por apedrejamento foi e continua sendo vendida pela mídia. Quer simbolizar o atraso, o caráter medieval de um governo, uma Nação e estigmatizar mais ainda os muçulmanos.

O apedrejamento já foi suspenso e o anúncio oficial feito para todo o mundo. A pena de morte mantida pelo simples fato que a condenada em conluio com um outro homem foi responsável pela morte de seu marido. Centenas de crimes com esse viés acontecem no mundo inteiro. Um sem número de filmes mostrando esse tipo de situação já foram produzidos por Hollywood.

É evidente que apedrejar alguém até a morte por adultério é uma boçalidade sem tamanho. A pena de morte em si é a negação do ser humano como tal. E considerar adultério crime é outra estupidez.

Quando era governador do estado do Texas o ex-presidente George Bush não atendeu a nenhum pedido de clemência de dezenas de presos executados nas cadeias texanas. Hoje, com os avanços da genética, muitas famílias desses presos assassinados pelo estado estão recebendo indenizações monstruosas, pois os chamados exames de DNA comprovaram que boa parte era inocente.

O Ato Patriótico assinado por Bush, delírio nazista de um governante estúpido, permitia a tortura, entre elas a simulação de afogamento, para facilitar as políticas de combate ao terrorismo.

Se para combater o crime é preciso usar armas criminosas, um e outro são iguais.

A expressão terrorista vulgarizou-se no fanatismo nazi/sionista e imperialista dos EUA

Um eventual ataque de Israel ao Irã, a despeito dos apelos de Obama para que isso não aconteça, leva o mundo a riscos maiores que os já existentes e os já existentes estão exatamente no que Hans Blinx definiu como “embriaguês pelo poder militar”, referindo-se aos EUA em relação à guerra do Iraque. Blinx foi o inspetor chefe da ONU que declarou não existirem provas de armas químicas e biológicas no Iraque. Isso antes do ataque terrorista dos norte-americanos.

Israel é o câncer do Oriente Médio como está e como age.

É guerra hoje é um negócio fantástico para empresas desde que privatizadas, terceirizadas.

Na alienação vendida diariamente pela mídia mundial, nos EUA inclusive, tentando mostrar árabes, ou muçulmanos como terroristas, povos inferiores, atrasados, não se exibe, por exemplo, o concurso de língua mais comprida do mundo, realizado numa cidade norte-americana e com cobertura nacional da mídia, na demonstração indesmentível da mediocridade a que foram submetidos os habitantes do complexo terrorista EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

O imperialismo capitalista, selvagem, brutal, terrorista.

Essa denúncia, entre nós, é feita sistematicamente pelo secretário geral do PCB – Partido Comunista Brasileiro (não confundir PCB com a empresa PC do B S/A) – Ivan Pinheiro em cumprimento a decisões da Conferência Nacional do seu partido.

O governo do Irã é legítimo, produto de um processo revolucionário que pôs fim a um regime totalitário de décadas. O presidente é eleito pelo voto direto dos iranianos e a condenação à morte de uma mulher é repugnante por ser exatamente condenação a morte, mas o crime não é necessariamente adultério, é homicídio.

Quem dera que o JORNAL NACIONAL no histerismo mentiroso de William Bonner denunciasse todas as execuções em estados norte-americanos e todos os erros judiciários descobertos recentemente na barbárie que é intrínseca à sociedade norte-americana.

Um eventual ataque ao Irã será um ato de terrorismo puro e simples dos nazi/sionistas de Israel. Não diferem em nada de Hitler e seu Reich. São iguais.

E Obama, nessa história toda, é só um bobo que acha que é presidente dos Estados Unidos, que supõe, ele muitos, ser uma nação, mas é apenas uma grande empresa controlada por EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

Combater o terrorismo na palavra dessa gente é tomar conta do petróleo, do ouro, do lítio no Afeganistão. No caso do Brasil, investir em José Arruda Serra para colocar de joelhos um país com dimensões continentais e trilhões de dólares em petróleo, nióbio, urânio, etc, etc.

Já o Irã é evitar que a revolução islâmica crie condições efetivas de vida digna para os palestinos, para o Estado Palestino, pondo fim ao saque sionista promovido a partir de um tumor canceroso na região, Israel.

doGilsonSampaio