O mistério da fuga de Serra para os Estados Unidos
A biografia de José Serra (PSDB/SP) tem uns buracos difíceis de explicar.
Após a implantação da ditadura no Brasil, ele fugiu para o Chile.
Em 1973, quando houve o golpe de Pinochet no Chile, com apoio da CIA (Agência de Inteligência dos EUA), ele fugiu justamente para os Estados Unidos, que apoiou o golpe chileno.
É preciso entender que nesta época era em pleno governo Nixon, com a política estadunidense de apoio às ditaduras militares, na época de Kissinger. Até o "beatle" John Lennon estava ameaçado de expulsão dos EUA nesta época.
Como Serra conseguiu o green card nos EUA? Como ele se sustentou lá? Como ele conseguiu estudar nas caras Universidades estadunidenses? Ainda mais sem ter o diploma de Bacharel em Economia? E quem pagou essa conta, já que ele diz que o pai não era rico?
É um dos mistérios mais bem guardados da política brasileira.
É bastante improvável que um latino-americano exilado, realmente de esquerda, escolhesse os EUA como destino, nesta época. E se escolhesse, soa estranho encontrar facilidades de permanência, inclusive financeiras.
Há pouco mais de um mês escrevi aqui que José Serra não deixava apenas de reunir as condições políticas e ideológicas para presidir o Brasil. Além delas, ele não tem as condições morais para governar um país.
Falta-lhe, perdoem-me ser direto assim, a vergonha na cara, o sentimento de honra que um homem público deve ter para não mentir deliberadamente para o seu povo.
José Serra faz qualquer coisa para ter o poder.
Abandonou tudo o que defendeu na juventude,não por uma mudança sincera, mas movido pela ânsia de ter cargos e posições.
E demonstra isso em coisas que seriam, em si, pequenas. Mas que são profundamente reveladoras da ausência de padrões morais mínimos para exercer não apenas a presidência da República, mas qualquer cargo eletivo, que pressupõe, por natureza, uma relação sincera com aqueles que representa.
Num simples jingle de campanha isso se revela.
Havia um, feito com base na sua carreira política e realizações que, mesmo com as mistificações sobre a autoria do salário desemprego e dos genéricos, ainda podia ser considerado relacionado a ela, pois se não foi o autor, participou dos processos de implantação.
Ele pode ser ouvido aqui.
Mas, com o despencar nas pesquisas, Serra mudou o jingle.
Lançou um novo, que você pode ouvir clicando na setinha abaixo da foto deste post.
Ele não apenas se transmuta de José em Zé para tentar se fazer popular.
O grave é que faz isso de maneira cavilosa, tentanto transmitir ao eleitor simples que é o candidato da continuidade de Lula.
Diz que “quando o Lula da Silva sair é o Zé que eu quero lá” e afirma, sem qualquer pudor que “Para o Brasil seguir em frente, Sai o Silva e entra o Zé”.
Pois se ele toma a iniciativa, eu aceito.
Escrevo para o “Zé”.
E digo: Zé, você não tem caráter, você quer engambelar gente simples se fingindo a continuidade de Lula quando o que você é seu partido e aliados são oposição a ele.
Zé, se você tivesse sabgue nas veias, você enrubesceria de mentir assim ao povo brasileiro.
Zé, se você acha ruim o governo, as políticas, as decisões, critique abertamente. Diga do que discorda, porque discorda e não seja cínico.
O Plínio fez isso com a maior dureza e, mesmo sem votos, tem respeito.
A Marina tem posições contraditórias mas não fingiu, até hoje, que não teve nada a ver com o Governo Lula.
Mas você, Zé, é um covarde. Tem medo de enfrentar a popularidade de alguém que você julga estar errado e, então, finge estar de acordo.
E procura enganar as pessoas com a maior caradura do mundo.
Zé, a derrota eleitoral que você vai sofrer será imensa.Mas, ainda assim, é menor que o esmagamento moral que os milhões de Zés de verdade fará sobre a figura ínfima deste Zé de mentira.
dotijolaço
Odor de coisa podre no ninho tucano
Outra bomba no ninho tucano é uma matéria da revista IstoÉ, que acusa o engenheiro Paulo Vieira de Souza, também conhecido como Paulo Preto ou Negão, sumiu com cerca de R$ 4 milhões, arrecadados nos subterrâneos, principalmente de empreiteiras, para abastecer as supostas contas paralelas da campanha presidencial de Serra.
Entre os antecedentes do engenheiro consta que ele foi diretor de engenharia da Dersa, empresa estatal paulista responsável pelo Rodoanel (que custou mais de R$ 5 bilhões), e pela ampliação da marginal Tietê, na capital (obra orçada em R$ 1,5 bilhão).
As notícias nada boas para os tucanos não param de chegar, ainda mais agora que todos os quatro institutos de pesquisas confirmam a liderança de Dilma. Comentam que o ambiente no comando da campanha de Serra era de velório, como se tivesse alguém morto, pelas expressões faciais dos comandantes após o resultado de ontem do único instituto que os tucanos confiavam, o Datafolha.
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