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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, agosto 29, 2010

ss Erra






Fracassou a Operação Condor do ditador Serra contra a blogosfera

Todo mundo achou sinistro quando José Serra (PSDB) censurou a imprensa de acompanhar sua palestra no Clube da Aeronáutica.

As especulações despertaram teorias conspiratórias, mas no final tudo não passou de mais uma picaretagem, percebida pelos próprios militares, e mais um vexame do demo-tucano ao tentar negar seu passado, e recorrer a discurso golpista, para agradar a platéia.

Serra tentou fazer um discurso para, talvez, incitar declarações de militares contra a adversária, para criar um factóide de mal-estar com as Forças Armadas, que seria explorado no PIG (Partido da Imprensa Golpista).

Não deu certo. Há tempos que as Forças Armadas, por mais que um ou outro membro faça alguma declaração destemperada de vez em quando, não aceitam fazer o papel de bucha-de-canhão para projetos político-eleitorais, nem para lobistas.

Com um discurso assumindo posições contrárias aos direitos humanos expressos no PNDH III (Plano Nacional de Direitos Humanos), recorrendo a factóides das FARC's, do sigilo fiscal de tucanos envolvidos em escândalos de corrupção no FHC, disparando preconceitos ideológicos contra países vizinhos, o vexame de Serra chegou ao fundo do poço ao assumir teorias conspiratórias como uma suposta "república sindicalista" a ser combatida, o mesmo argumento usado por golpistas de 1964 para derrubar o presidente João Goulart:

"Em 64, uma grande motivação para a derrubada do Jango era a idéia da república sindicalista. Quem estava por dentro sabia que isso não tinha a menor possibilidade de acontecer. Mas, eles [do PT] fizeram agora a verdadeira república sindicalista. Mas, não é pra fazer socialismo, estatismo, nada disso. É para curtir, e é uma máquina poderosa, que conta com internet, etc" - disse Serra.

É lamentável que o demo-tucano, a esta altura da vida, em pleno século XXI, adote teses fascistas e seja contra sindicatos de trabalhadores livres e com direito de autonomia política. É também lamentável que queira alijar trabalhadores de participar do processo político e de governos democráticos.

Mas o mais curioso é sua menção a internet. Finalmente, quando segmentos sociais que nunca tiveram voz na imprensa, conseguem um lugar totalmente democrático, como a internet, onde podem soltar a sua voz, Serra considera isso uma ameaça?

A certa altura o tenente-brigadeiro Carlos Almeida Batista repreendeu Serra por "cometer os mesmos erros de Geraldo Alckmin na campanha passada", e indagou: "Por quê o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não engaja em sua campanha como faz o Lula com a Dilma?"

Serra respondeu que "são temas que não emocionam a população" e que "a internet é usada para a propagação da mentira"...

É curiosa a versão de Serra da internet, porque é onde a mentira tem pernas curtas. Simplesmente porque a informação não tem dono, não tem filtro que possa barrar. Ou mata-se a cobra e mostra a cobra morta, ou não tem como sustentar um factóide diante do contraponto que fatalmente, vem à tona. É o velho dito popular: "contra fatos não há argumentos".

Perde na internet quem não tem argumentos que correspondem aos fatos. Por isso Serra perde: sua competência é falsa, sua capacidade foi falsamente alardeada, sua biografia é falsa ao se apropriar de feitos alheios e negar o que fez. O que ele pensa de verdade, não é o que ele diz. Sua imagem era falsa, e a internet proporciona a verdade, a qualquer um que quiser pesquisar.

Não por acaso, o senador Eduardo Azeredo (PSDB), do mensalão tucano, do partido de Serra, tentou implantar o AI-5 digital na internet. Além disso, a turma do Serra denunciou ao Ministério Público Eleitoral para tentarem retirar nosso blog do ar.

Do discurso de Serra, fica a impressão de que ele considera a internet uma ameaça ao seu poder, antes exercido através do controle da imprensa. E fica a impressão de que gostaria de convocar as Forças Armadas para fazer uma espécie de "Operação Condor", para fazer desaparecer a blogosfera. (Com informações da Rede Brasil Atual)

*dosamigosdopresidenteLula


Tucano com sorte de urubu

Nada dá certo para o tucano José Serra. Ele anda com uma sorte de urubu. Hoje ele ia fazer uma demagogia barata posando para fotos junto do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo – lembra do tal “Cansei”? – para registrar a “virada” de R$ 800 bilhões em tributos. Mas aí…

Vou deixar a narrativa por conta da repórter Carolina Freitas, do “Radar Político” do Estadão:

“Em frente ao painel, localizado na região central da capital paulista, desde as 11h20, Serra esperava a virada, ao lado do candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, e de líderes do PSDB e DEM. Por volta do meio dia, quando faltavam cerca de R$ 7 milhões para a virada, o letreiro apagou. Serra ficou sobre um viaduto acenando para populares, enquanto o candidato a vice de Alckmin, Guilherme Afif Domingos, tentava solucionar o problema. Dez minutos depois, Afif trouxe a notícia: “o sistema que registra a arrecadação no Paraná caiu. Não foi aqui”. Com o painel apagado, Serra resolveu fazer uma curta caminhada pelo centro e tomar um café em uma lanchonete.”

Serra está com uma sorte danada. O site de campanha caiu, o impostômetro caiu, o Ibope caiu, o Datafolha caiu e, do jeito que vai, a casa caiu…

*Tijolaço

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