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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, agosto 30, 2010

Em entrevista coletiva no domingo, Dilma Rousseff (PT) falou do Plano Nacional de Banda Larga.


*amigosdapresidentaDilma

Se ou Fato ?


É muito comum ouvirmos nos discursos da oposição ao governo Lula que "se" não fosse a herança da "boa administração" de FHC-PSDB, Lula não teria obtido sucesso econômico. É "fato" ?

1 - Quando questionados que o governo tucano quebrou o país, tendo que 2 vezes ir pedir socorro ao FMI, que nos impôs, para conceder crédito, uma política de recessão (corte de investimentos, desviando o dinheiro para pagar altos juros aos especuladores financeiros), ouvimos dos tucanos: "O FHC não deu sorte. "Se" não tivesse acontecido tantas crises internacionais ..." . É "fato" ? Serviu de desculpa - para o desemprego, a estaganação social, e o aumento da dívida pública - a crise de "potências" como Turquia, Tailandia e México.

2 - Diante do sucesso econômico do governo Lula nos seus primeiros 5 anos, a oposição decretou: "Lula deu sorte, "se" tivesse que enfrentar alguma crise internacional..." . É "fato" ?

3 - No final de 2008, Lula enfrentou a maior crise econômica do mundo desde 1929, uma crise global cujo epicentro foi os Estados Unidos e a União Européia. Em pleno ano da crise, 2009, o Brasil gerou 1,7 milhões de empregos, promoveu forte ascenção social, e o tsunami que a oposição previa se transformou na marolinha que Lula vaticinou.

4 - Mas a soberba e consequente falta de auto-crítica não impediu a maledicência da oposição e de seus lacaios na imprensa golpista: "O Brasil cresceu, mas bem abaixo de China e India. "Se" o país fosse melhor administrado..." É "fato" ?

5 - As projeções indicam que o PIB do Brasil crescerá 7 % este ano. E, o que é muito melhor, com um tsunami de distribuição de renda e de ascenção social, quesitos em que a India e a China crescem como marolinhas se comparados ao Brasil.

6 - Nunca faltarão os "se"s, eterna desculpa dos azarados e dos incompetentes, daqueles que torcem contra, dos que se valem de factóides e não de "fatos". Mas nas urnas eles levarão a merecida surra dos "fatos", dos que presenciam cada vez mais um Brasil mais justo e soberano. É "fato" que Dilma será eleita a primeira mulher Presidente do Brasil.

Diniz Lima, comentário no Blog da Dilma.

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