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Evo Morales defende sanções a Israel por armas nucleares
O presidente da Bolívia, Evo Morales, exigiu nesta segunda-feira (30) da Organização das Nações Unidas (ONU) que imponha sanções a Israel, já que o país é portador de dezenas de armas nucleares, em vez de castigar o Irã.
[30 de agosto de 2010 - 20h25]
Em uma cerimônia no Palácio Queimado, onde representantes governamentais de Teerã anunciaram a concessão ao país de um crédito de 200 milhões de euros (cerca de 240 milhões de dólares), Morales afirmou que nenhuma convenção do organismo mundial se atreve a questionar Tel Aviv e sua política de ingerência.Disse ainda que, segundo informações de meios internacionais, Israel possui entre 60 e 200 bombas nucleares, mas não as declaram de maneira oficial.
Terroristas
"Há países que se organizam e se preparam para se defender e são pacifistas; mas há outros que se armam para invadir com o pretexto da luta contra o narcotráfico ou o terrorismo e são mais terroristas", remarcou Morales.
O presidente explicou que a atual Constituição Política do Estado, vigente desde fevereiro de 2009, estabelece que a Bolívia jamais invadirá nenhum país, mas também assinala o direito a se defender de alguma ação interna ou externa.
A respeito da urgência de promover políticas de paz, Morales recordou os acordos da Primeira Conferência Mundial dos Povos sobre Mudança Climática, celebrada em Cochabamba em abril passado, e o compromisso de defender o planeta e o meio ambiente, danificados pelas guerras.
Paz e justiça social
Nesse sentido, assinalou que para que haja paz no mundo é necessário assegurar justiça social, um objetivo cardeal para preservar a humanidade.
Morales também agradeceu a cooperação incondicional dos enviados especiais do presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, ao mesmo tempo em que anunciou a viagem a Teerã de uma comissão interministerial no final de setembro e sua próxima visita à nação persa, que ainda não tem data definida.
Por sua vez, a delegação iraniana informou que os principais convênios a serem assinados por Morales e Ahmadinejad estão relacionados com o fomento das indústrias de leite e têxtil.
A transferência de tecnologia, participação na industrialização de minerais como o lítio e a colaboração em geologia, também fazem parte das tratativas bilaterais.
* Do Vermelho.Org / Foto Flickr: Alain
*RevistaFórum
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