Lula e Mercadante partem pra cima de Alckmin
Quem assistiu o comício de Dilma (PT), Lula (PT), Mercadante (PT), Marta (PT) e Netinho (PCdoB) em Osasco (SP), viu uma coligação unida, e um Lula inspirado que fez daqueles discursos de arrepiar.
Lula partiu pra cima, e mostrou que não quer apenas eleger Dilma. Não quer apenas eleger Marta e Netinho para Dilma ter uma base forte no senado. Ele quer também, e mostrou inabalável confiança, de que dá sim para o Mercadante chegar no palácio dos Bandeirantes.
O Presidente criticou desde os pedágios, mostrou que Mercadante é quem gosta dos professores, mostrou que o grupo demo-tucano, aliado a Quércia, está no governo desde 1983, e, por politicagem mesquinha, negligenciaram e deixaram de cadastrar famílias necessitadas em programas sociais do governo federal, como o pró-jovem, como o bolsa-família. Se tem Estado que podia ter feito mais e não fez, foi São Paulo, tanto no governo de Serra, como no de Alckmin.
Lula foi o militante nº 1, enchendo todos de esperança e energia, convocando cada paulista para fazer o que ele fez, arregaçar a mangas para eleger Mercadante junto com Dilma, para São Paulo ter o mesmo tipo de governo, que o governo Lula fez no Brasil, com desenvolvimento econômico, distribuição de renda e ascensão social para todos.
Não sei se a lei está permitindo mostrar essas cenas externas no horário eleitoral gratuito. Se estiver é só colocar os melhores momentos de Lula, um pouco cada dia, no horário eleitoral, que metade dos votos estarão conquistados. O resto, para completar a vitória, depende da militância arregaçar as mangas e do próprio Mercadante.
Se a lei não permitir, não tem problema. Coloca só o som da voz com a foto de Lula no fundo. Dá-se um jeito. E, claro, é preciso espalhar os vídeos destes melhores momentos na internet.
A militância paulista dos partidos da coligação de Mercadante tem motivos de sobra para ignorarem as pesquisas por hora, arregaçarem as mangas e fazer acontecer. Potencial para virar, existe.
O que ficou claro é que Alckmin vai estar com insônia hoje.
dosamigosdopresidentelula
Rendição de Serra ao "lulo-petismo" abaterá candidaturas de Alckmin, Richa, Rosalba, Perillo
José Serra (PSDB/SP), mandou às favas os escrúpulos quando viu que iria perder, e desonrou seu partido, seus correligionários e seus eleitores fiéis, ao se render ao "lulo-petismo" e tentar usar de forma pirata, desonrosa e humilhante a imagem do presidente Lula em seu programa de TV.
Independente da falta de honra e de ética, a decisão tem lógica no cálculo político dos inescrupulosos. Segue a lógica do "perdido por 100, perdido por 1.000".
Os demo-tucanos estariam apoiando em peso a tática imoral de Serra se a eleição fosse só presidencial, se não fosse casada com a eleição de governadores, senadores e deputados.
Não haveria mais nada a perder mesmo, então, para quem não tem escrúpulos, antes perder por 1.000 tentando um estelionato eleitoral, do que perder por 100 bovinamente.
O problema é que, se Serra não tem nada a perder, há candidatos a governadores e senadores demo-tucanos ainda bem colocados nas pesquisas, que tem muito a perder.
Eles não estão na situação de Serra, não estão "perdidos por 100", mas a estratégia de Serra de rendição ao "lulo-petismo", coloca as candidaturas de Alckmin, Richa, Rosalba, Perillo, Agripino, Cesar Maia, no rumo do "perdidos por 1.000".
Abriu-se uma guerra interna irreparável entre a campanha presidencial demo-tucana e as campanhas estudais. Roberto Jefferson (PTB/SP) detona Serra em público, e está vocalizando o que Alckmin e os outros gostaria de estar dizendo.
Serra só pensa em salvar a própria pele. Se lixa para seu partido e seus correligionários. Para Serra, perdido por 100, perdido por 1.000, e nestes 1.000 perdidos inclui Alckmin, Aécio, Perillo, Richa, Rosalba e quantos governos estaduais e cadeiras no senado e na câmara tiver que se danar.
Os demo-tucanos estaduais pensam diferente, é óbvio. Se esta é a eleição derradeira de Serra, não é de muitos outros políticos, que tem muito o que perder nos próximos anos. Para eles, Serra virou a carga a ser jogada fora do avião, para tentar evitar a queda.
Quem conhece Serra, sabe que ele não é de aceitar ser jogado fora como contrapeso. Deverá elevar o tom da campanha com mais baixarias, jogos sujos, com contradições como mais rendição ao "lulo-petismo", a cada vez que ele achar que é a última bala na agulha que dispõe.
Lula e Dilma já são um grande trunfo para Mercadante (PT/SP), Osmar Dias (PDT/PR), Iberê Fereira (PSB/RN) e outros aliados de Lula e Dilma, que ainda estão atrás nas pesquisas, para virar o jogo. Outro trunfo inesperado que caiu do céu para estes candidatos nos estados, é a campanha tresloucada de Serra.
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