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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, setembro 09, 2010

Dilma em Betim






Dilma diz em Betim (MG)
que Serra “azara” o Brasil.


O pessoal do Zé Baixaria é contra o ProUni


Num comício em Betim, Minas – clique aqui para ler – Dilma tocou em dois pontos frágeis da campanha do Zé da Baixaria.

Dilma mencionou que o “azarador” azarou o Bolsa Família.

Zé da Baixaria é da turma que chamava o Bolsa Família de “Bolsa Esmola”.

O “azarador” é da turma dos DEMOs (que a Dilma chamou de PFL e poderia chamar de Arena), que entrou na Justiça para fechar o ProUni.

O ProUni, hoje dá escola 700 mil jovens brasileiros.

É isso o que o “azarador” queria fechar.

No tempo em que o Zé Baixaria fez campanha como aliado do Lula, ele dizia que ia dobrar o tamanho do Bolsa Família.

O que era um disparate.

Porque, para fazer isso, seria necessário aumentar dramaticamente o número de pobres.
*ConversaAfiada

Gabriel, o primeiro neto de Dilma

Nasceu em Porto Alegre o primeiro neto da candidata à Presidência da república pelo PT, Dilma Rousseff. O parto do menino Gabriel foi realizado no Hospital Moinhos de Vento às 6h41min desta quinta-feira.
Com crachá de visitante, a avó Dilma chegou à instituição por volta das 5h20min desta manhã. Por conta do nascimento, cerca de 30 homens fizeram a segurança nos corredores do hospital.
Paula, a nova mamãe, é filha única de Dilma e do ex-deputado gaúcho Carlos Araújo. Em 18 de abril de 2008, Paula, que é procuradora do Trabalho na Capital, casou-se em Porto Alegre com o administrador de empresas Rafael Covolo. A cerimônia, realizada em Porto Alegre, na Igreja São José, foi cercada de cuidados para evitar o assédio ao casal. Os dois, que sempre buscaram preservar sua privacidade, foram discretos durante toda a gravidez.
Gabriel nasceu com 39 semanas e três dias de gestação, pesa 3,950 kg e tem 50 cm. A obstetra de Paula, Dra. Thais Guimarães dos Santos, concedeu entrevista coletiva nesta manhã e afirmou que mãe e filho estão "ótimos" e a escala de Apgar (vitalidade) do bebê é nota 10.
Paula deve ir para o quarto até as 11h. A médica prevê que a filha de Dilma tenha alta entre 48 e 72 horas. A mãe de Dilma, de quem a candidata herdou o nome, também está no hospital e acompanhou o nascimento do bisneto.
O nascimento de Gabriel estava marcado inicialmente para ser em uma cesariana, que ocorreria às 6h do último sábado. A cirurgia foi desmarcada porque Paula preferiu esperar pelo parto normal. Com a proximidade do final da gestação da filha, Dilma acabou desmarcando um comício que faria com o presidente Lula em Canoas, na sexta-feira da semana passada, e outro evento do qual participaria no último sábado, em São Paulo, tudo para estar mais perto de Paula no nascimento.
Durante a campanha, Dilma foi discreta quanto à chegada do neto, mas mencionou a emoção de ser avó em algumas ocasiões. No último domingo, escreveu em seu twitter: "Recarregando baterias p/a semana. Percorrer o Brasil tem sido muito gratificante. Mas na hora que o Gabriel chegar, largo tudo e vou para lá". E acrescentou: "Esclarecendo: Gabriel é o meu neto, que está chegando por esses dias. Uma emoção única, que vou curtir ao lado da Paula".
Dilma costumar citar a filha no périplo pelos Estados e durante o horário político. Na TV, exibe uma foto em preto e branco ao lado de Paula e relata momentos e preocupações de quando ela era bebê.

Com o portal Zero Hora(RS)

quarta-feira, setembro 08, 2010

Deleite

SS erra






Vídeo do Vermelho:
jenio insiste no Ministério do Cano



Saiu na TV Vermelho:

Serra dá “cano” no Nordeste com aqueduto “faz-de-conta”

Serra agora deu uma de encanador. Em sua propaganda eleitoral “instalou” uma tubulação virtual de Sergipe ao Ceará, dizendo que levou água a “esse sertão de meu Deus”. O “aqueduto” do Serra é mais uma peça de ficção da campanha tucana, como sua ligação ao Lula e qualquer outra coisa que tenha feito em hospitais, sua obessão. Aliás, nem aí tem compromisso com a verdade, já que a iniciativa dos genéricos foi do ex-deputado e médico Jamil Haddad.


Por Brizola Neto, no Tijolaço

Que obra é essa ? Uma estrada ? Um aqueduto ? Um chute ?


O falso aqueduto de Serra é uma “obra” impressionante. Sai do sertão de Sergipe e cruza o nordeste até o sertão do Ceará. Nem a gigantesca transposição do São Francisco, que é obra de verdade, atinge área tão extensa.


É lógico que o programa de Serra só nomeia o santo mas não explica o milagre. Ninguém sabe quando e em que função o tucano levou água para tanta gente. Talvez seja alguma coisa relacionada a seu período no ministério da Saúde no governo de Fernando Henrique Cardoso.


Assim como seus aliados hoje o evitam, Serra omite de todas as maneiras sua estreita ligação com Fernando Henrique Cardoso, escondendo o próprio passado. Com isso, suas mensagens ficam sem pé nem cabeça. Se Serra era governador de São Paulo, não foi e nem nunca será Presidente da República, como fez uma obra no Nordeste? E se esteve por trás de algum projeto que levou água ao sertão nordestino, em que governo isso se deu?


Mas se Serra realmente fez tanta obra assim no Nordeste e a ignorância é minha, o povo nordestino deve estar muito agradecido ao tucano. Tanto que lhe “prestigia” com 21% das intenções de voto pela pesquisa Datafolha divulgada dia 27 de agosto, e “repudia” Dilma com “apenas” 60% dos votos da região.

Clique aqui para ler “Serra promete Ministério do Acarajé na Bahia”.

*ConversaAfiada

Mandela

Eu sou o dono do meu destino
Eu sou o capitão da minha alma

Invictus, poema que inspirou Nelson Mandela

Invictus é um pequeno poema do poeta Inglês William Ernest Henley (1849-1903). Ele foi escrito em 1875 e publicado pela primeira vez em 1888.


De dentro da noite que me cobre,
Negra como a cova, de ponta a ponta,
Eu agradeço a quaisquer deuses que sejam,
Pela minha alma inconquistável.

Na cruel garra da situação,
Não estremeci, nem gritei em voz alta.
Sob a pancada do acaso,
Minha cabeça está ensanguentada, mas não curvada.

Além deste lugar de ira e lágrimas
Avulta-se apenas o Horror das sombras.
E apesar da ameaça dos anos,
Encontra-me, e me encontrará destemido.

Não importa quão estreito o portal,
Quão carregada de punições a lista,
Sou o mestre do meu destino:
Sou o capitão da minha alma.


Prazer em ouvir

Os Barões estão chegando ao fim











O temor da mídia


O argentino e prêmio Nobel da Paz Adolfo Perez Esquivel escreveu um artigo, "A contaminação informativa", que pode ser lido no site Carta Maior, no qual reafirma a necessidade da Lei de Meios Audiovisuais, aprovada pelo parlamento argentino, por romper os monopólios da informação, gerar o pluralismo jornalístico e recuperar a liberdade de imprensa.


A leitura do artigo de Esquivel se encaixa perfeitamente à realidade brasileira, da América Latina e do mundo, onde a concentração da informação em pouquíssimas mãos distorceu completamente os conceitos de liberdade de expressão. A informação passou a ter donos que a manipulam ao seu bel prazer. Isso ficou evidente a nível global no endosso midiático às esfarrapadas justificativas para a guerra do Iraque, e sobressai na América Latina, particularmente durante os períodos eleitorais.


Com o avanço das forças populares na América Latina, este monopólio da informação passou a se sentir ameaçado. Depois de ditar as regras nos últimos 50 anos, elegendo e derrubando governos, conspirando e fomentando golpes de Estado, os meios de comunicação, impressos e eletrônicos, começaram a enfrentar a reação da sociedade e de seus governantes. Hugo Chávez, que chegou a ser retirado do Palácio de Miraflores por um golpe civil-midiático, retomou o poder pelo apoio popular, e, legitimado por ele, passou a enfrentar os meios de comunicação, o que antes seria inconcebível. Concessões públicas, como são emissoras de rádio e tevê, deixaram de ser renovadas automaticamente por sua atitude de oposição e conspiração frontal ao governo, sem o compromisso com a informação verdadeira.


Evo Morales também enfrenta os monopólios e fomenta o surgimento de novos veículos que diversifiquem a informação. E Lula levou adiante a 1ª Conferência Nacional de Comunicação, bombardeada pela mídia nativa, que deixou uma série de indicações a serem consideradas pelo Congresso e futuros governos. É o aprofundamento destas reformas que preocupa os monopólios. Sob o falso discurso de uma censura à imprensa, tentam impedir que a sociedade avance no debate do papel dos meios de comunicação, que sempre definiram de acordo com seus critérios.


No Brasil, a mídia é controlada por cinco famílias. Elas se consideram as legítimas representantes do direito à informação do povo brasileiro, como se estivessem desvinculadas dos seus interesses de classe. No processo eleitoral brasileiro desde o fim da ditadura militar, invariavelmente se posicionaram contra os interesses populares. Antes mesmo do fim da ditadura, boicotaram a campanha das "Diretas Já". Em 1982, antes ainda que os brasileiros pudessem escolher seu presidente, tentaram inviabilizar a eleição de Leonel Brizola no Rio de Janeiro. Em 1989, na primeira eleição direta para presidente, ocorreu a notória edição do debate entre Lula e Collor pela TV Globo. Em 1998, evitaram qualquer menção crítica à sobrevalorização cambial para reeleger Fernando Henrique Cardoso, que explodiria no ano seguinte levando o país mais uma vez ao FMI e ao aumento de seu endividamento externo.


A mídia adiou enquanto pode uma vitória de Lula. Para tanto, recorreu a dossiês, arapongagens e outros recursos espúrios, que se repetem agora na disputa entre Dilma e Serra. Na contramão do sentimento nacional, empresta seu apoio e solidariedade justamente ao que o povo não deseja. O candidato tucano vive hoje um isolamento até dentro de seu próprio partido. Mas tem a solidariedade incondicional da mídia, que promete se manifestar até o último momento na esperança de evitar uma derrota anunciada.


A preocupação da mídia se explica. A vitória de Dilma será mais uma vez a sua derrota. E a cada derrota ela se enfraquece, pois aumenta o espaço para o rompimento do monopólio e o surgimento de uma comunicação mais plural e democrática. Como observou Esquivel, "nenhum meio informativo é asséptico, mas deve basear-se na ética e em valores a serviço dos povos e não para se servir dos mesmos." Mair Pena Neto, Direto da Redação

O declínio do império e os novos tempos

Leio no ótimo blog do nosso amigo Cláudio Ribeiro – o Palavras Diversas - a notícia que, domingo passado, a Rede Globo teve de amargar, pela primeira vez em décadas, o segundo lugar em audiência no Rio de Janeiro, como você pode ver aí do lado, no gráfico do Ibope. Melhor ainda, houve equilíbrio entre as três maiores emissoras. E bem melhor ainda que os números revelam que já vão longe o tempo em que a televisão ficava ligada em quase 90% dos lares.
Era fatal, mesmo, que isso viesse a acontecer. O fim do império global é como, em geral, é o fim de todo império: lento, inexorável, fruto das mudanças sociais, econômicas e tecnológicas mas, também, da perda de sua capacidade de impor seus padrões de cultura sobre a sociedade.
Mas não é de televisão que quero falar, ao ler esta notícia. É de imprensa e de liberdade de imprensa.
O privilégio de impressão dado pela nobreza e pelo clero, há cinco séculos, depois de evoluir para uma certa democratização com a pequena imprensa, que se multiplicava em pequenos jornais, no século 19 e começo do século 20, regrediu para a condição monopolista, à medida em que começaram a se formar os conglomerados de comunicação, nos últimos 50 anos.
Tendo Assis Chateaubriand como pioneiro, o poder de imprensa tornou-se tão concentrado que seus veículos se confundiam com as famílias proprietárias: os jornais eram o “da Condessa (Pereira Carneiro)”, o JB, o de Roberto Marinho (Globo), o “dos Mesquita” (Estadão) e, mais recentemente, o “do seu Frias”.
Embora se fale muito em sinergia com a televisão, isso não foi uma regra para a evolução dos jornais. A aliança entre Marinho e a ditadura fez declinar o poder do grupo de Chateaubriand na TV, que começava a se afirmar, e fechou a porta para todos os outros grupos de mídia impressa que pretendiam nele se aventurar. Quem tentou, como o JB, pagou um preço altíssimo pela ousadia de pisar no terreno do “é meu” global, porque televisão envolve custos altíssimos e inviáveis para empresários que têm mais pompa que recursos.
O advento da internet pareceu ser a área onde isso ia se materializar. À exceção do JB, já combalido, eles e as empresas de telefonia ensaiaram um controle oligopolista do novo meio. Para existir na intenet, era preciso estar “pendurado” num dos grandes portais. Estes, por sua vez, terceirizavam o custo da produção de conteúdo. Blogueiros que viveram estes tempos podem contar muito melhor do que eu esta história.
Eu quero falar é justamente deles. Ontem à noite fiquei pensando: será que não vai aparecer, como aconteceu com o bloqueio dos grandes jornais a Getúlio Vargas, o Samuel Wainer da internet, alguém que abra um espaço de comunicação com uma ótica popular e progressista?
Quase de imediato, vi que não é isso, porque o caminho que as iniciativas vitoriosas tomaram não é o da criação de um grande empreendimento, mas o da afirmação da vontade e da capacidade (diria, até, da resistência física) que centenas, talvez milhares de pessoas em romper o monopólio e o dirigismo da informação.
Os blogs progressistas, ao contrário do que ocorreria com grupos de motivação meramente econômica, não competem por receita. Aliás, muitos de nós não as tem ou quase nada as tem, embora o sr. José Serra sustente que somos “sujos” por vivermos de publicidade (?) estatal (?!!). Vivemos uma experiência colaborativa,reproduzimos, uns nos outros, o que nos chama a atenção, não pensamos que o crescimento de nossos acessos se fará “roubando” leitores uns dos outros.
E a realidade mostra que é assim que dá certo. Quem se interessar em pesquisar a evolução do volume de acessos dos blogs de Paulo Henrique Amorim, do Azenha, do Nassif e, até, deste Tijolaço, verá que todos eles crescem de maneira quase harmônica e todos estamos cada vez mais bem situados nos ranqueamentos de sites brasileiros.
O mais legal, em tudo isso, é que acho que nenhum de nós tem a menor idéia de onde e em que isso vai parar. Numa cooperação editorial? Numa cooperação em matéria de estrutura – até porque vocês devem ver a gente saindo do ar volta e meia por problemas de suporte técnico ou, como diz uma amigo meu, “suporte o técnico”?
Querem uma resposta? Não tenho a menor idéia. Só me ocorrem os versos do Gonzaguinha: “Passado/ é um pé no chão e um sabiá/ Presente/ é a porta aberta/E futuro é o que virá…

*Tijolaço


O declínio do império – 2

Os dados que foram divulgados agora de manhã pelo IBGE só confirmam o que a gente disse mais cedo aqui. A internet está acabando com o monopólio da informação, não apenas entre a classe média, mas em relação a uma parcela muito mais ampla da população.

É só olhar o gráfico aí do lado, que fizemos sobre a publicação oficial e notar que o acesso à internet é o bem/serviço que apresenta maior crescimento entre todos os considerados para estabelecer uma avaliação de indicadores sociais.

Comparo, no gráfico, o crescimento da posse de computador e de acesso à internet com o de máquinas de lavar roupa que é, entre os eletrodomésticos, o maior ícone de elevação dos padrões de consumo popular. Não apenas a existência de acesso à web saltou de 12,2% para 27,4%, um crescimento de mais de 128% de 2004 a 2009, como este crescimento se deu no caminho de uma equalização de oportunidades.

A região Sudeste continua com a maior proporção de usuários na população total (48,1%, em 2009, contra 26,2% em 2005), seguida pela Centro-Oeste (47,2%, em 2009, e 23,4% em 2005). As regiões Norte (34,3%, em 2009, e 12,0% em 2005) e Nordeste (30,2%, em 2009, e 11,9% em 2005) apesar de ainda terem percentuais pequenos de acesso sobre o total da população são as que apresentaram maior aumento proporcional no contingente de usuários (respectivamente, 213,9% e 171,2%).

Se mantida a média anual de expansão do acesso à rede, nos últimos seis anos, que foi de 14,8% ao ano (a média, porque este índice vem crescendo de ano a ano), já se pode afirmar que quase um terço dos lares brasileiros (31,5%) já possui acesso à rede. Considerando o preço e a dificuldade de acesso nas áreas mais pobres, estamos diante de um fenômeno que vai, simplesmente, explodir com a chegada da banda larga pública.

Isso não é uma discussão diletante, um capricho de blogueiro que, por dever de ofício, apregoa o peso da internet na vida social contemporânea. É, ao contrário, a chave da compreensão dos caminhos da democratização da informação, da participação e do controle popular sobre as políticas públicas. E é, também, a chance de terminarem os oligopólios da comunicação de que se serve a elite brasileira para manter o povo na condição de dominado, não na que lhe é de direito, de força dominante de uma Nação.

*Tijolaço


A ética capenga da grande imprensa

O professor de ética e filosofia política da USP, Renato Janine Ribeiro, publicou um artigo hoje na Folha de S.Paulo, em que condena o comportamento da imprensa e da oposição no caso do acesso a dados fiscais da Receita. Ele lembra uma cena de Alice no País das Maravilhas, onde a rainha não cessa de gritar: cortem-lhe a cabeça, cortem-lhe a cabeça

Janine Ribeiro questiona por que, mesmo diante das evidências de falta de seriedade do personagem que retirou a declaração da filha de Serra, os jornalistas acreditam especificamente em uma afirmação dele: a de que o episódio visaria a prejudicar José Serra, quando se há alguém poderia ser prejudicado é Dilma Rousseff.

Para o professor de ética, a resposta estaria no fato de a imprensa não cobrir as eleições a sério. “A cobertura eleitoral é em função dos institutos de pesquisa, dos escândalos e, bem pouco, do trabalho dos repórteres. Isso augura mal para o futuro de uma profissão que um dia quis exercer”, afirma Janine Ribeiro, revelando sua frustração.

A meu ver, o professor vai no cerne da questão. A imprensa não faz o seu papel porque não está aí para reportar e sim para colaborar com um determinado candidato, apoiado pelos donos dos meios de comunicação. Colunistas e repórteres fomentam falsos debates, como este dos sigilos fiscais da Receita, distorcendo o que seria a cobertura jornalística desejável no momento de um decisão crucial para a nação.

Assim como critica a imprensa, Janine Ribeiro também repreende a oposição por se valer de um delito – cuja ligação com a campanha de Dilma não pode provar – para tentar anular na Justiça os votos dela.

“Se for jogo de cena para levar ao segundo turno, não é bonito, mas vá lá. Se for uma tentativa de anular 60% dos votos válidos e empossar um presidente votado por 25% dos eleitores, será um golpe fatal na nossa democracia”, adverte.

O professor afirma que a “oposição e a imprensa que a apóia” precisam aceitar que “nas eleições se perde e se ganha, que elas não são uma guerra em que se mata o inimigo, mas uma competição em que o povo escolhe o preferido para cada cargo.”

Até porque, observa ele, a tarefa de construir o país é de todos, e é melhor evitar atos que tornem difícil a colaboração “pelo menos entre quem gosta do Brasil”.

Mas tem gente que não gosta, professor. Não gosta do Brasil, se não tiver o poder, nem da vontade dos brasileiros, se esta não lhe for favorável.

*Tijolaço


Dilma envia apoio a Mercadante

ss Erra é um j ênio






Todos os erros do Serra.
A começar pela privatização


Serra passa a Light nos cobres

O Conversa Afiada aceita sugestão da amiga navegante Tânia e publica essas fotos históricas: Zé Baixaria privatiza a Light e cumprimenta a Rainha da Privatização, Elena Landau (*).

Serra e Landau, a privatização era uma festa !

Tânia também sugeriu a re-exibição do vídeo em que Farol de Alexandria conta que o Zé Baixaria foi quem mais insistiu para privatizar a Vale.

Aí vai: http://www.conversaafiada.com.br/antigo/?p=23211

(Se o Zé Baixaria soubesse quantos votos em Minas lhe custou essa privatização da Vale …)

Conversávamos sobre “como foi possível o Zé Baixaria errar tanto ?”

Primeiro, porque ele não se deu conta de que a matriz do pensamento conservador, os Estados Unidos, precisa se recompor.

O Império está em crise – de idéias também.

Dali, por algum tempo, não vai sair nenhuma Escola de Chicago que germine os Chicago Boys do Pinochet, aqui reproduzidos com fidelidade pelo Farol de Alexandria.

O fogo está morto, provisoriamente.

Isso significa que a Direita sumiu.

Ninguém no Brasil quer ser de Direita.

Nem os DEMOs, que, com a Direita, sumirão nessa eleição.

Mas, diz um sábio interlocutor, ninguém nasce em São Paulo impunemente – assegurava o Dr Tancredo.

Por isso, o segundo erro de Serra foi não ter ido para a convenção do PSDB.

Zé Baixaria tinha mais de 50% de chance de ganhar, com o peso da grana de São Paulo, que Aécio não podia confrontar.

Ele ganhava as prévias e se legitimava.

Não começava anêmico.

Não ficava como candidato de si próprio, de sua própria ambição solitária, como disse o Lula ontem na televisão – clique aqui para ver “Lula diz a Serra que baixaria é falta de voto”.

O terceiro erro fatal foi insistir no Aécio.

Se ele tivesse um mínimo da perspicácia que os paulistas pensam que ele tem, Zé Baixaria teria percebido que Aécio só seria vice se fosse inteiramente imbecil.

O Zé Baixaria confiou na pretensa autoridade moral, paternal do Farol sobre o Aécio.

O Aécio sempre tratou o FHC com deferência e respeito.

Mas, não leva ele a sério, como o avô.

O Farol tentou convencer o Aécio dezenas de vezes.

E educadamente ouviu um “não”.

Terceiro, Zé Baixaria não tinha plano “B”.

Era o Aécio ou nada.

E acabou por escolher esse tal de Índio, que não significa nada – ou melhor, significa tudo.

Geralmente, o vice vem de pólo oposto ao do candidato a presidente.

Lula, o metalúrgico, escolheu um empresário, José Alencar.

Collor, nordestino, um mineiro, Itamar.

FHC, paulista, um pernambucano – Maciel que, se bobear, perde a eleição em Pernambuco.

(Clique aqui para ir ao site Amigos do Presidente Lula e se divirta com “a praga “ do Lula em Pernambuco)

Serra escolheu um do Sudeste, onde ele fica.

Somou zero a zero.

Ainda por cima, um Índio sujo com as merendas do Rio.

Um falso ficha limpa.

E o mais grave de todos os erros.

Foi não sair da armadilha de 2002.

Zé Baixaria não soube se era discípulo do Farol ou não.

Uma duvida cruel, que só revelou indecisão, fragilidade.

Ele não tinha saída.

Ele tinha que vestir a casaca surrada do Fernando Henrique e sair por aí como o campeão da privatização.

Mesmo que se saiba que o Farol não dá um voto.

Mas, ele seria, ao menos, coerente.

A indecisão mostrou inépcia.

Quem manda o PSDB não encontrar uma linguagem colada ao povo – como diz o Eduardo Campos (clique aqui para ver “por que o Ciro não vem para São Paulo ?”).

Quem manda o PSDB, ancorado no paulistismo, não perceber o que se passa em Suape, em Marabá, em Rio Grande, no Pavão-Pavãzinho, no rio São Pão Francisco, na Trans-Nordestina, nas Mães da Paz.

O PSDB de São Paulo acredita nas reportagens do avião do jornal nacional.

Clique aqui para ver “Bomba, bomba ! O diálogo na cabine do avião do jn”.

E o PSDB de São Paulo leva o Fernando Henrique a sério.

O Dr Tancredo nunca levou.


Paulo Henrique Amorim


(*) Com Daniel Dantas, o passador de bola apanhado no ato passar bola, Elena Landau privatizou a CEMIG. O Itamar, depois de presidente – por que o FHC jamais se candidatou a nada, depois de presidente ? – o Itamar, governador de Minas, foi lá e mandou o Daniel a Elena embora. A CEMIG voltou a ser uma grande empresa – estatal de Minas.

terça-feira, setembro 07, 2010

obama copia Lula pra ver se agora vai






O Brasil faz escola:

Obama lança PAC dos EUA inspirado em Lula e pede Dilma emprestada para tocar as obras

O Presidente dos Estados Unidos Barack Obama anunciou ontem um ambicioso projeto de U$$ 50 BILHÕES, no sentido de investir em estradas, infra-estrutura e construção civil. O principal objetivo do plano de Obama é CRIAR EMPREGOS, e movimentar a economia americana, que acaba inclusive de ser ultrapassada pela do Brasil em Investimentos recebidos, conforme relatório divulgado ontem por uma fonte das Nações Unidas.
O PAC americano possui características bastante semelhantes a do Brasil, fonte de inspiração para o governante americano, que está abismado com a popularidade do Presidente Lula e com o altíssimo índice de aprovação do governo brasileiro. Obama ligou para Lula e apresentou seus cumprimentos pela Data Comemorativa da Independência do Brasil, E pelos quase 15 milhões de emprego que o governo Lula criou, segundo fontes, ele ainda brincou com Lula e pediu a ex-ministra Dilma Rousseff emprestada para gerenciar as obras do PAC americano.
Em sua resposta Lula disse que gostaria muito de ajudar o presidente americano, mas, pelo que parece, Dilma Rousseff vai estar muito ocupada nos próximos 4 anos, cuidando do Brasil, agora na qualidade de presidente.

*comtextolivre