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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, outubro 15, 2010

Santos do Pau Ôco

FHC crê em Deus tanto quanto em monogamia. Serra é o contrário

São uns santinhos

Na Folha (*) de hoje, na pág. 2, no espaço do Clovis Rossi, há um monumento à hipocrisia tucana (de São Paulo).

É a reprodução de uma resposta de Fernando Henrique Cardoso na campanha para prefeito de São Paulo, em 1985 – aquela que o IBOPE garantiu que ele tinha vencido e ele sentou na cadeira de prefeito.

O entrevistador Boris Casoy perguntou a FHC se ele acreditava em Deus.

FHC, o maior dos Tartufos do Panteon tucano, respondeu:

“Eu respeito a religião do povo, as várias religiões do povo, automaticamente estou abrindo uma chance para a crença em Deus.”

A Folha chama Serra de “neocarola”.

É mais do que isso.

Segundo o Ciro, isso não tem nada a ver com uma súbita conversão do Serra ao fundamentalismo cristão – um neo-carolismo.

É calhordice, mesmo: explorar o aborto para ganhar a eleição.

Agora, o Farol de Alexandria quer, segundo o Estadão, enfrentar o Lula “cara-a-cara”.

Ele quer que o Lula dê a ele o que o seu candidato não dá: tempo de tevê.

Lula e FHC se enfrentam todo dia no horário eleitoral.

A Dilma, ontem, quinta feira, enfatizou a performance entreguista do Governo Serra/FHC: eles venderam tudo.

E só não venderam a Petrobrax porque não deu tempo.

E agora, com o ex-genro do FHC no papel de Assessor Máximo de Serra, FHC e Serra querem entregar o pré-sal.

O cotejo se trava nas comparações mais elementares, como nessa balança tão simpática, em que Lula dá de 10 a 0 no FHC.

O máximo que FHC deve fazer nessa eleição é dar curso à sua devoção a Nossa Senhora da Aparecida, andar até lá, a pé mesmo, e rezar o terço, para que seu filhote tenha uma derrota minimamente honrosa.

E ele, FHC, não seja obrigado mais a falar em Deus e aborto.


Paulo Henrique Amorim

Não se brinca com coisa séria

Se o país voltar ao atraso, ajoelhe no milho

Ore
Quando Serra privatizar tudo
Reze
Quando Serra arrochar os salários 
Pregue
Quando 700 mil estudantes perderem o ProUni
Rogue
Quando o pré-sal for aberto ao capital estrangeiro
Orem
Quando a saúde for terceirizada no país, como foi em São Paulo
Rezem
Quando Serra gerar empregos lá fora, em outros países
Preguem
Quando os professores sofrerem novas agressões
Roguem
Quando mais uma vez as aposentadorias forem proteladas
Orai
Quando os movimentos sociais forem reprímidos
Rezai
Quando os sindicatos forem extinguidos
Pregai
Quando os nordestinos forem discriminados
Rogai
Quando Serra vender o país de novo
Que você acreditou em boataria
E por fim,
Peçam desculpas a todos os Santos e Credos
Por não entender o que está em jogo nestas eleições
Que não são questões religiosas, e sim modelos diferentes de governar
Que você não observou que Serra não fala de propostas e planos de governos
E por não saber o que está em jogo nestas eleições
De um lado, quem tirou o país do marasmo, da estagnação econômica, que está tirando da pobreza, que criou programas sociais, promoveu a mobilidade das classes sociais, que levou o país ao futuro e ao rumo certo, o goveno de Lula/Dilma e o outro lado, os que querem voltar, o estilo do governo do passado que levou o país a quebrar três vezes, da falta de políticas públicas e programas sociais, da dependência do FMI, das privatizações, do atraso de FHC/Serra
E que te perdõem por não saber a diferença do que é um governo progressista, nacionalista e voltado as causas populares, de um governo repressor, entreguista, anti-popular e que defende só as elites.




*CelsoJardim 

Ao Mestre com Carinho




Dia do professor...José Serra vai dar bala para os professores...Bala de borracha!.

Veja como José Serra trata os professores Veja fotos do confronto entre PMs e professores

Comemorado hoje, o Dia do Professor será motivo para José Serra passar oléo de peróba na cara e ir pedir votos para professores que são tratados a base de cassetete e bala de borracha

O comando da campanha de José Serra (PSDB), numa tentativa de neutralizar os professores liderados pela Apeoesp que foi processado por José Serra e proibido de fazer greve, se reuniu com um  sindicato de professores paulistas ligado ao tucano Paulo Renato de Souza, e programou encontro do candidato  tucano com um grupo de professores e representantes do setor da educação.É bom que se diga que, o tal grupo de professores foi escolhido a dedo pela equipe de campanha de José Serra. Só os docentes que apóiam Serra irão a esse encontro. Assim, José Serra não correrá riscos de ser vaiado, cobrado ou constrangido na frente das câmeras de TV.

Liderado pelo tucano secretário estadual de Educação, Paulo Renato Souza, o grupo do punhadinho filiado ao PSDB elaborou um manifesto em apoio a Serra e com críticas à gestão do governo Lula. "O governo Lula, ao longo de oito anos, teve políticas erráticas na área de educação", diz um trecho. O texto será entregue ao candidato Serra.

Professores com Dilma...

Em São Paulo, Dilma Rousseff (PT) participará de um evento sobre educação e inovação, onde os problemas das administrações tucanas na área serão os pontos centrais.

O evento com Dilma, terá a participação de professores. A avaliação petista é que a educação, ao lado da segurança, é uma das duas áreas mais mal avaliadas do governo de José Serra no Estado.

Entre as críticas estão os baixos salários, a contratação de temporários e o sistema de progressão continuada. No Enem, as escolas estaduais de São Paulo têm desempenho bem baixo, quando comparadas com as instituições privadas.

No ano passado, quando Serra ainda era governador, sofreu com greves e manifestações de professores.

Comicíos

Hoje, Dilma e Lula na zona leste da capital, há uma reunião de lideranças políticas para articular a ação no interior.

Amanhã, Lula e Dilma fazem ato público em Minas, e se encontram com prefeitos na semana que vem.
*amigosdopresidenteLula/comtextolivre

Reflexão pela semana da Criança e do Professor

"Eu queria uma escola que cultivasse
a curiosidade de aprender
que é em vocês natural.

Eu queria uma escola que educasse
seu corpo e seus movimentos:
que possibilitasse seu crescimento
físico e sadio. Normal

Eu queria uma escola que lhes
ensinasse tudo sobre a natureza,
o ar, a matéria, as plantas, os animais,
seu próprio corpo. Deus.

Mas que ensinasse primeiro pela
observação, pela descoberta,
pela experimentação.

E que dessas coisas lhes ensinasse
não só o conhecer, como também
a aceitar, a amar e preservar.

Eu queria uma escola que lhes
ensinasse tudo sobre a nossa história
e a nossa terra de uma maneira
viva e atraente.

Eu queria uma escola que lhes
ensinasse a usarem bem a nossa língua,
a pensarem e a se expressarem
com clareza.

Eu queria uma escola que lhes
ensinassem a pensar, a raciocinar,
a procurar soluções.

Eu queria uma escola que desde cedo
usasse materiais concretos
para que vocês pudessem ir formando corretamente
os conceitos matemáticos,
os conceitos de números, as operações...
pedrinhas... só porcariinhas!...
fazendo vocês aprenderem brincando...

Oh! meu Deus!

Deus que livre vocês de uma escola
em que tenham que copiar pontos.

Deus que livre vocês de decorar
sem entender, nomes, datas, fatos...

Deus que livre vocês de aceitarem
conhecimentos "prontos",
mediocremente embalados
nos livros didáticos descartáveis.

Deus que livre vocês de ficarem
passivos, ouvindo e repetindo,
repetindo, repetindo...

Eu também queria uma escola
que ensinasse a conviver, a
coooperar,
a respeitar, a esperar, a saber viver
em comunidade, em união.

Que vocês aprendessem
a transformar e criar.

Que lhes desse múltiplos meios de
vocês expressarem cada
sentimento,
cada drama, cada emoção.

Ah! E antes que eu me esqueça:

Deus que livre vocês
de um professor incompetente."

Carlos Drumond de Andrade
*milfacesdeLuiza

quinta-feira, outubro 14, 2010

Em evento ‘triplo’ em Teresina (PI), a sensação do dever cumprido

Presidente Lula visita uma das salas de aula do novo campus Teresina Central do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Ao participar de evento ‘triplo’ em Teresina (PI) nesta quinta-feira (14/10), visitando escola técnica, assinando ordens de serviço para estradas e obras de linha de transmissão de energia, o presidente Lula afirmou que está concluindo seu mandato com a sensação de dever cumprido, ainda que saiba que há muito para ser feito ainda. “E é bom que a gente tenha essa sensação de que poderia ter feito mais, sempre poderia ter feito mais”, disse em seu discurso de pouco mais de 20 minutos. “Mas ao mesmo tempo saio com a sensação de que embora não tenha feito tudo o que era preciso fazer, nós fizemos muito mais do que qualquer outro governo já fez na história deste País.”
O presidente visitou as instalações ampliadas do campus Teresina Central do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI) e assinou ordens de serviço da construção e pavimentação da BR-020/São Raimundo Nonato (divisa com a Bahia), da BR-235/Bom Jesus (divisa com Bahia) e de obras da linha de subtransmissão Piripiri/Tabuleiro.
As novas instalações do IFPI permitirá um aumento de estudantes atendidos, de mil para quase 10 mil.
Mas o presidente Lula disse que pretende ainda voltar ao Piauí para inaugurar outras obras, como o trecho da ferrovia Transnordestina em Eliseu Martins. A ferrovia, afirmou, “será um passo importante para o crescimento econômico do Piauí, sobretudo porque vai baratear e vai incentivar novos investimentos na produção agrícola naquela região”. Também pretende voltar para inaugurar o hospital universitário, um dos mais modernos do País. A cerimônia só não aconteceu hoje porque o processo eleitoral impediu que fosse feito concurso para a contratação de funcionários, explicou o presidente.
Ouça aqui a íntegra do discurso:

MAGNO MALTA


 
   
Dilma luta em defesa da vida 
O senador capixaba, destacada liderança nacional, foi convidado pela própria candidata

Em busca de conciliar o segmento religioso e agregar força no segundo turno da campanha presidencial, o senador reeleito Magno Malta arregaça as mangas e começa, nesta segunda-feira, em todo o País, uma verdadeira cruzada cristã ao lado da candidata Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores. Considerado o grande defensor da família brasileira, Magno Malta vai avalizar as propostas da candidata em favor da vida, da ética e dos bons costumes.

Magno vai rodar com Dilma e Lula
08-Out-2010
   
REFORÇO EVANGÉLICO. Magno: "A Dilma nunca foi a favor do aborto. Fizeram uma maldade com ela" 

Mais um motivo para votar em Dilma: Silas Malafaia é contra!

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Vendilhão do Templo

*esquerdopata

Silas Malafaia: evangélico ou fascista?

Malafaia, fascismo ou fundamentalismo religioso?
Por Aldo Cardoso

Quem ainda não assistiu o Silas Malafaia na Band, convido a fazê-lo com os olhos e ouvidos de um observador crítico para conhecer o que é um autêntico loquaz religioso. Mais do que tentar impressionar, sua linguagem busca prender pela atemorização que infunde através de uma loquacidade quase sempre agressiva. Se verdade, lábia, sofismas, retórica, não os discuto.

Como ardiloso manipulador das palavras, usa-as para cativar as mentes ingênuas com vistas a atingir seus fins que, geralmente, não guardam nenhuma correlação com os objetivos do Evangelho. Vaidoso, acha-se o centro do mundo e não admite concorrência, somente bajuladores e serviçais

Neste ponto devo realçar que a Globo, principalmente a Globo, deveria saber que num hipotético governo refém de cabeças como as do Malafaia, ela não terá mais a mesma liberdade que tem hoje para pautar a todos como faz e nem para a sua programação libertina. Também não concordo com a Globo e seus parceiros de mídia, mas o Malafaia e seu consórcio clerical não busca mais do que uma primeira evidência de que pode ditar seu rumo obscurantista, em interesse próprio, para poder levar o País ao mediavelismo e retrocesso de vida em todos os sentidos. Encarnando um lacerdismo enviesado, e engajado partidariamente, é uma ameaça concreto à ordem e ao estado brasileiro laico.

Digo isso como pastor da mesma denominação que ele, Assembléia de Deus, mas que se opõe frontalmente às suas práticas midiáticas mercantilistas, ao estilo arrogante, irreverente e desafiador a tudo e a todos. Sua aparente intolerância não é por princípios ou convicção, mas por oportunismo e conveniência a serviço de esquema que lhe interessa. Atua no lado oposto do modelo bíblico de pastor, com o qual não tem nada a ver; não tem nenhuma semelhança, antes expõe de modo vexatório a sua imagem recatada e amigável com suas atitudes extremistas, exacerbadas.
Amante de si mesmo, ser visto e reconhecido pelos homens é o seu alvo permanente, o que busca de forma ávida até com métodos do submundo e independente de qualquer preço, como são exemplos os outdoors que espalhou no Rio de Janeiro e as mídias infamantes contra a Dilma e o PT que vem disseminando por aí. Há de se perguntar: d'onde veio o dinheiro que financiou essa delinqüência criminosa, aviltante?!

Tornou-se mais um desses negociadores da fé que tem surgido aqui e ali enganando as pessoas simples, crédulas e de boa fé. Que não se engane quem lhe dá crédito de guia espiritual porque não é da sua alma que cuida, antes, lhe usa pelo tilintar das moedas e na hora que lhe convir nada e ninguém lhe têm importância além do ponto de utilidade que lhe reservou no seu xadrez interesseiro, senhorial, absolutista.

Silas Malafaia é isso: um nocivo e perigoso engodo religioso, pseudo-evangélico, a ser evitado por quem preza a sua alma e também o seu bolso. Não se peja de ser uma face visível do iceberg subversor e desestabilizador de um processo eleitoral que, como exemplo, deveria respeitar e zelar.

Aldo Cardoso
Pastor Evangélico – Assembléia de Deus – Goiânia Goiás


“Vídeo bomba” mostra o que está em jogo no segundo turno







Não seria nada mal se eleitores e eleitoras dedicassem alguns minutos de seus dias para conversar um pouco sobre o assunto exibido em um pequeno vídeo que fala sobre o presente e o futuro do país. Considerando a quantidade de baixarias que circula na internet e fora dela, esse vídeo é, como gosta de dizer nossa imprensa, uma bomba. Feita para pensar.
O Brasil está entrando na reta final da disputa eleitoral. Uma disputa eleitoral que deveria estar sendo marcada por um grande debate público sobre qual caminho o país deve seguir nos próximos anos. Infelizmente, a candidatura de José Serra (PSDB) decidiu enveredar por um caminho sombrio e introduziu no debate político uma agenda fundamentalista de extrema-direita, detonando uma brutal campanha de difamação contra Dilma Rousseff (PT).

Em um certo sentido, é compreensível que esta tenha sido a escolha da campanha de Serra. Trata-se de uma escolha que tem como motivação a necessidade de desviar a atenção da população brasileira para o verdadeiro debate que devia estar sendo feito. O debate sobre as idéias e propostas do candidato para o presente e o futuro do país.

Entre tantos vídeos que vêm circulando pela internet, vale a pena destacar um que mostra claramente um dos principais debates que devia estar sendo feito, a saber, o debate sobre as propostas econômicas dos candidatos. Considerando a quantidade de baixarias e mentiras que vem circulando na internet e fora dela, essa pequena produção aparece como algo bombástico: vídeo-bomba mostra o que está em jogo no segundo turno! – poderia ser a manchete no medíocre tom sensacionalista que viceja em nossas redações.

Afinal de contas, é isso que vai, em grande medida, decidir como será a vida de milhões de brasileiros e brasileiras nos próximos anos. Não é pouca coisa. Portanto, é preciso atenção sobre o que as duas candidaturas representam. O vídeo acima traça uma cronologia da crise mundial (2008-2009) sob a ótica da imprensa brasileira e da oposição ao governo Lula. Além disso, mostra como o governo de FHC e Serra (1995-2002) conseguiu quebrar o Brasil três vezes, a despeito de ter vendido quase todas as empresas públicas lucrativas. Essa retrospectiva adquire atualidade redobrada no momento em que Serra, finalmente, sai em defesa das privatizações, ainda que o faça de um modo envergonhado, tentando esconder o que realmente pensa sobre o assunto. 
Também é compreensível. As idéias de Serra levaram o Brasil à estagnação e agravaram o quadro de desigualdade social no país. Aliás, não levaram apenas o Brasil à estagnação. São as mesmas idéias, filhas da ideologia do Estado mínimo e da supremacia dos mercados, que levaram a economia mundial à beira do precipício. Neste momento, milhares de pessoas saem às ruas em diversos países da Europa para protestar contra os efeitos perversos dessa crise.
A imprensa brasileira, é claro, fiel à sua indigência política e cultural, não estabelece nenhum nexo entre o que está acontecendo na economia mundial e a situação brasileira. Acha mais importante debater aborto e questões religiosas. E tem muita gente boa embarcando nesta canoa furada. Então, vale a pena gastar alguns minutos do dia para ver esse vídeo e pensar. Não dói.

Os diagnósticos e previsões que aparecem nele sinalizam o que seria um governo Serra no Brasil. No vídeo, apesar da auto-proclamada “sólida formação” em economia, as profecias e diagnósticos de Serra e seus aliados sobre a economia brasileira acabam se revelando totalmente furadas. Quando estourou a crise mundial, economistas e políticos tucanos remetiam o mesmo discurso: o governo precisa cortar gastos, não há outra coisa a fazer, repete Serra. Pois havia outra coisa a fazer. E o governo Lula fez.

O conteúdo desse vídeo é um ótimo tema para o segundo turno da campanha eleitoral. Deveria ser ao menos. A população brasileira tem o direito (e o dever, me atreveria a dizer) de conhecer a “sólida formação” do economista Serra que, no auge da crise, disparou a dar entrevistas em que apontava os “graves erros” do governo Lula. O Brasil, lembre-se, foi um dos primeiros países a sair da crise e hoje ostenta taxas de crescimento acima da média mundial. A sólida formação de Serra errou todas suas previsões e suas receitas, felizmente, não foram aplicadas pelo governo Lula. São essas idéias e propostas que estarão em disputa no dia 31 de outubro.

Não seria nada mal se os eleitores e eleitoras dedicassem alguns minutos de seus dias, daqui até lá, para conversar um pouco sobre o assunto.

Marco Aurélio Weissheimer é editor-chefe da Carta Maior (correio eletrônico: gamarra@hotmail.com)
*Turquinho
 

A senhora do SS erra abortou



Desafio a Folha a fazer uma reportagem sobre este imóvel


O Brizola Neto bem lembrou e comentou em seu blog o empenho da Folha de S.Paulo em esmiuçar a vida de Dilma Rousseff. Para tal, vale até usar seus advogados para ter acesso aos autos do processo militar durante a ditadura com o depoimento de Dilma obtido após tortura.

Deveriam guardar uma parte de tamanho esforço para a vida pregressa do candidato José Serra, mas parece que para este não há a mínima dedicação. Se existisse, dou um exemplo na foto acima, do Google Street View, de algo que bem poderia render uma boa reportagem, se apurado por diligentes e interessados repórteres. Este prédio fica a 17 minutos da sede do jornal. Trata-se de um típico imóvel da região de Vila Madalena, em São Paulo, situado na Rua Simão Álvares 1020, hoje ocupado pela livraria Casa do Psicólogo, que guarda estranhas relações com o candidato. Vamos a elas*:

O prédio foi sede da ACP Análise da Conjuntura Econômica e Perspectivas Ltda, empresa de José Serra e sua filha Verônica, que não foi declarada na Justiça Eleitoral em 2002, 1996 e 1994, como determina a lei.

No local funcionou o comitê de campanha de Serra em 1994 e 1996.

No mesmo prédio funcionava a empresa Gremefer Comércio e Importadora Ltda, de Gregório Marin Preciato**, casado com prima do atual candidato. A Gremafer foi a maior doadora na campanha de José Serra ao senado, em 1994, depois de conseguir um empréstimo de US$ 2,5 milhões do Banco do Brasil, em 1993, e nunca ter honrado com os pagamentos devidos. Mesmo assim, outros empréstimos foram feitos.

Em 1995, durante a gestão de Serra como ministro do planejamento, o imóvel foi oferecido como garantia de um empréstimo de US$ 500 mil do Banco Sudameris a Gremafer, em operação de venda de títulos no mercado externo, coordenada por Ricardo Sérgio de Oliveira***, então diretor de Relações Internacionais do Banco do Brasil.

Em 25 de setembro de 1997, o prédio foi declarado por José Serra como seu endereço residencial em documento de venda de outro imóvel, uma casa na Rua Atimbá 160, na Lapa, vendida ao doleiro**** paulista Magid Bechara por apenas R$ 1.

O endereço do mesmo imóvel consta como residência de Adriana Ferreira dos Santos, secretária de Verônica Serra e sua sócia, com apenas uma cota, da IRR Latin America S/C Ltda. É o que registra a 3ª alteração contratual da empresa, em 16 de março de 2001. Apesar do pequeno capital informado, de R$ 2 mil, a IRR comprou no mesmo ano, por R$ 475 mil, a casa da Rua Antônio Gouveia Giudice 737, onde Serra reside há muitos anos.

Notas:

* As informações que seguem, em grande parte estão na ação cautelar de improbidade administrativa impetrada na 4ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal pelos procuradores da República Luiz Francisco de Souza e Alexandre Camanho. Pode ser lida no Consultor Jurídico, com data de 20 de setembro de 2002. Nas informações da ação, muitas vezes são citadas reportagens da Folha de S.Paulo. Portanto, os diligentes repórteres da Folha poderiam começar seu trabalho consultando os arquivos de seu próprio jornal.

** Gregório Marin Preciado foi do conselho de administração do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), então o banco público paulista, nomeado quando Serra era secretário de Planejamento do governo estadual, Preciado obteve uma redução de sua dívida no Banco do Brasil de R$448 milhões para irrisórios R$4,1 milhões. Também foi sócio de Serra em um terreno no Morumbi, comprado em 1981 e vendido em 25 de abril de 1995, coincidentemente um mês antes do Banco do Brasil pedir o arresto do terreno na justiça para receber a dívida de Preciado.

*** Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-tesoureiro de campanha de Serra e FHC, foi diretor da área internacional do BB e o homem da mala preta durante as privatizações.

**** A informação de que Magid Bechara é conhecido doleiro deve-se a Cláudio Humberto, e foi repetida por outros, a própria Folha registrou. Será que ao menos não interessa a um repórter saber que tipo de favor foi feito a Serra para merecer a compra de uma casa por apenas R$ 1? 

*abundacanalha 

Poder e Corrupção: Serra já foi condenado a devolver dinheiro aos cofres públicos. Gilmar Mendes engavetou.

José Serra tem 17 processos nas costas, pelo menos 3 deles por corrupção (impobridade administrativa), enquanto Dilma não tem nenhum.

O tucano já foi condenado na Justiça Federal do DF, por improbidade administrativa (Processo 96.00.01079-0 no TRF1), ao lado de outros ministros e diretores do Banco Central no governo FHC.

A ação movida por procuradores da República, denunciou o rombo de R$ 2,975 bilhões dos cofres públicos para socorrer o Banco Econômico S.A., na época do PROER.

A sentença condenou José Serra e os outros a devolverem o prejuízo causado aos cofres públicos.

Os réus entraram com uma reclaração no STF (Reclamação 2.186), que ficou nas mãos de ... Gilmar Mendes, correndo o processo lentamente desde 2002 até abril de 2008.

Em 2008, Gilmar Mendes iria assumir a presidência do STF, e teria que passar os processos que estava relatando à outro ministro, inclusive este em que José Serra estava condenado.

Em 22 de abril de 2008, um dia antes de assumir a presidência do STF, decidiu pelo arquivamento do processo de José Serra, alegando que a Justiça Federal não tinha competência para julgar Ministros de Estado, atribuição do STF, segundo ele.

O Procurador Geral da República, Antonio Fernando Souza, contestou a decisão de Gilmar Mendes, e entrou com recurso, porque o próprio STF já reconheceu que ex-ministros não tem prerrogativa nos atos de improbidade.

Desde então é aguardado o julgamento do plenário para desarquivar o processo na Justiça Federal.

Leia também:
-Ficha imunda de Serra: ele tem 17 processos... Dilma não tem nenhum!

*amigosdoPresidenteLula



Esta direita é torta e manjada e sua receita + conhecida que estupro, todo cuidado é pouco,

A direitona mostra organização para chegar ao poder: “Nossa marca é crise” moral

por Luiz Carlos Azenha
O resultado do segundo turno é uma incógnita. Tudo pode acontecer. O eleitorado já demonstrou, às vésperas do primeiro turno, que é volátil.
Dilma Rousseff chegou a atingir 56% da preferência (no tracking do Vox Populi) faltando duas semanas para a eleição.
Desde então, no entanto, vem caindo. Está claro que o governo, a candidata, os assessores dela e o PT subestimaram a campanha subterrânea movida não somente, mas principalmente através da internet. Uma campanha científica, provavelmente adotada por recomendação do tal consultor indiano, que deixou o Brasil antes que suas digitais fossem parar na Polícia Federal.
As técnicas empregadas pela oposição se parecem muito com as utilizadas pela campanha de John McCain, nos Estados Unidos, contra Barack Obama, como descrevi em artigo de 26 de abril de 2010: objetivam deslocar o eixo do debate do racional para o emocional, estimulando medos, preconceitos e oferecendo um “salvador da pátria”.
Esta campanha continua enquanto você lê este texto. O eixo dela se desloca para assuntos novos, que ainda não foram saturados no bombardeio virtual. De Dilma, a abortista, para a guerrilheira que pede indenização milionária; de Dilma, apoiadora das FARC, para a candidata que é mera figurante de uma profecia segundo a qual ela morre e assume o vice satanista (é a nova, entre os evangélicos).
Esta campanha tem o dom de deslocar o debate das questões que realmente importam para o futuro do Brasil. Tem o dom de afastar o debate das questões econômicas e dos projetos de governo. Como é que José Serra, se eleito, governaria com minoria na Câmara ou no Senado? Que benesses ofereceria para atrair apoio? Seria obrigado a lotear a máquina pública?
Todas estas questões, pertinentes, não figuram no debate eleitoral. O objetivo, que está sendo conseguido pela direitona, é criar no eleitorado um intenso nojo da política e das eleições. De tal forma que as pessoas não discutem, não debatem, nem participam. O cenário ideal para uma midiocracia com leves toques teocráticos.
Nos últimos dias, por conta do feriado, acompanhando mais de perto a moderação dos comentários do blog, pude notar como os trolls da direitona agem de forma coordenada e inteligente. Não me refiro a antigos comentaristas conservadores do Viomundo, como a Orsola Ronzoni ou o Rodrigo Leme. Falo dos que aparecem de vez em quando, utilizando IPs nunca registrados por aqui. Assim que um tema novo é colocado no blog, são os primeiros:
1. Pregando o voto nulo;
2. Desqualificando o autor do texto;
3. Mudando de assunto;
4. Dizendo que votam na Dilma, mas que a eleição está perdida;
5. Oferecendo links que desviam leitores (no caso do Ciro Gomes, apontando para um vídeo no You Tube em que ele discute com um jornalista).
É preciso reconhecer, portanto, que além da campanha sórdida há também uma campanha aparentemente sofisticada e bem gerida.
Ou seja, do ponto-de-vista meramente político (eleição, afinal, se ganha com voto), na internet José Serra fez 2 a 0.
Hoje, três ações aparentemente isoladas me chamaram a atenção.
O Ministério Público Eleitoral, da dra. Cureau, entrou com ação contra Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada, por publicar um e-mail de um partidário de Dilma Rousseff.
Está no site do TSE.
O link para o post aparece aqui.
A mesma dra. Cureau deu parecer favorável a um pedido da campanha de Serra que acusa a TV Record de ter colocado no ar uma reportagem jornalística pró-Dilma (sobre o padrão de votação em São Paulo, cidade na qual Serra teve maioria no centro mas perdeu na periferia).
Nas campanhas da direitona que testemunhei pessoalmente sempre houve essa conjugação: medo + intimidação.
Desfazer redes, desligar pessoas, desconectar.
E impor uma pauta única, onde não haja espaço para questionar de forma legítima — e jornalística — a imagem santa de um candidato (Paulo Preto quem?)
Ah, sim, quanto à terceira ação, encontra-se num post de um blogueiro da Folha, que pela segunda vez tenta ligar Dilma ao homossexualismo, a partir da pergunta de um repórter não identificado, feita no Piauí.
Acompanhem comigo: o boato nasceu em um blog apócrifo, com uma acusação lançada de forma verrosímil.
Primeiro o boato se espalhou nos subterrâneos das redes sociais, por e-mail e via twitter.
Agora, associado a um grande jornal, ele se cristaliza na superfície e pode ser disseminado com ares de credibilidade. Coloca a candidata na defensiva para os próximos debates.
Até 31 de outubro o objetivo contínuo será: acusar + intimidar + deslocar o debate para o campo do moralismo, de valores subjetivos e emocionais.
Vocês viram o documentário Our Brand is Crisis, sobre a atuação de marqueteiros dos Estados Unidos na campanha que elegeu Gonzalo Sanchez de Losada, com uma base de apoio político frágil, na Bolívia, em 2002?





*Viomundo