FHC crê em Deus tanto quanto em monogamia. Serra é o contrário
Na Folha (*) de hoje, na pág. 2, no espaço do Clovis Rossi, há um monumento à hipocrisia tucana (de São Paulo).
É a reprodução de uma resposta de Fernando Henrique Cardoso na campanha para prefeito de São Paulo, em 1985 – aquela que o IBOPE garantiu que ele tinha vencido e ele sentou na cadeira de prefeito.
O entrevistador Boris Casoy perguntou a FHC se ele acreditava em Deus.
FHC, o maior dos Tartufos do Panteon tucano, respondeu:
“Eu respeito a religião do povo, as várias religiões do povo, automaticamente estou abrindo uma chance para a crença em Deus.”
A Folha chama Serra de “neocarola”.
É mais do que isso.
Segundo o Ciro, isso não tem nada a ver com uma súbita conversão do Serra ao fundamentalismo cristão – um neo-carolismo.
É calhordice, mesmo: explorar o aborto para ganhar a eleição.
Agora, o Farol de Alexandria quer, segundo o Estadão, enfrentar o Lula “cara-a-cara”.
Ele quer que o Lula dê a ele o que o seu candidato não dá: tempo de tevê.
Lula e FHC se enfrentam todo dia no horário eleitoral.
A Dilma, ontem, quinta feira, enfatizou a performance entreguista do Governo Serra/FHC: eles venderam tudo.
E só não venderam a Petrobrax porque não deu tempo.
E agora, com o ex-genro do FHC no papel de Assessor Máximo de Serra, FHC e Serra querem entregar o pré-sal.
O cotejo se trava nas comparações mais elementares, como nessa balança tão simpática, em que Lula dá de 10 a 0 no FHC.
O máximo que FHC deve fazer nessa eleição é dar curso à sua devoção a Nossa Senhora da Aparecida, andar até lá, a pé mesmo, e rezar o terço, para que seu filhote tenha uma derrota minimamente honrosa.
E ele, FHC, não seja obrigado mais a falar em Deus e aborto.
Paulo Henrique Amorim
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