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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Jornalista Fuleiro de 2010

Está sendo grande sucesso o Concurso JORNALISTA FULEIRO 2010 - Troféu CARLOS LACERDA. Muitos internautas solicitaram o acréscimo de mais nomes de jornalistas fuleiros de todo o Brasil. Lembre-se: vote no jornalista que faltou com a verdade, manipulou a informação, puxou o saco do patrão, mais conhecido como "chupa-ovo", foi processado, caluniou, perseguiu o presidente Lula e a Dilma Rousseff, foi cabo eleitoral do Zé Pedágio, o mais parecido com o jornalista do passado, CARLOS LACERDA. O Blog da Dilma vai mandar confeccionar um TROFÉU e enviar para o jornalista ganhador.Vote pelo blog ou envie pelo e-mail: blogdadilma13@gmail.com.
Veja a lista: Arnaldo Jabor, Augusto Nunes, Casal 20 do Jornal Nacional, Diogo Mainardi, Noblat, Eliane Cantanhêde, José Nêumanne Pinto, Miriam Leitão, Reinaldo Azevedo, Merval Pereira, Carlos Alberto Sardenberg, Cristina Lobo, Lucia Hippolito, Luiz Carlos Prates, Ali Kamel, Boris Casoy, Jamildo Melo(Pernambuco), Renato Machado, William Waack, Zileide Silva e Josias de Souza.
*desabafoBrasil

Cuidado: vão tentar transformá-lo em Bin Laden

Como o WikiLeaks chegou ao Brasil. Vem mais bomba aí. Cuidado, Johnbim !



Só o Brasil não levou o Assange a sério. Viva o Brasil !

O Conversa Afiada reproduz o texto da jornalista Natália Viana, responsável pela introdução da “transparência radical” no Brasil.

Note-se que o noticiário da Folha (*) de hoje tentou inutilmente preservar a escandalosa responsabilidade do ministro Serrista Nelson Johnbim, clique aqui para ler “Escândalo ! Ministro da Defesa (dos Estados Unidos) ataca política externa brasileira”.


Por dentro do Wikileaks: a democracia passa pela transparência radical




Fui convidada por Julian Assange e sua equipe para trazer ao público brasileiro os documentos que interessam ao nosso país. Para esse fim, o Wikileaks decidiu elaborar conteúdo próprio também em português. Todos os dias haverá no site matérias fresquinhas sobre os documentos da embaixada e consulados norte-americanos no Brasil.
Por trás dessa nova experiência está a vontade de democratizar ainda mais o acesso à informação. O Wikileaks quer ter um canal direto de comunicação com os internautas brasileiros, um dos maiores grupos do mundo, e com os ativistas no Brasil que lutam pela liberdade de imprensa e de informação. Nada mais apropriado para um ano em que a liberdade de informação dominou boa parte da pauta da campanha eleitoral.
Buscando jornalistas independentes, Assange busca furar o cerco de imprensa internacional e da maneira como ela acabada dominando a interpretação que o público vai dar aos documentos. Por isso, além dos cinco grandes jornais estrangeiros, somou-se ao projeto um grupo de jornalistas independentes. Numa próxima etapa, o Wikileaks vai começar a distribuir os documentos para veículos de imprensa e mídia nas mais diversas partes do mundo.
Assange e seu grupo perceberam que a maneira concentrada como as notícias são geradas – no nosso caso, a maior parte das vezes, apenas traduzindo o que as grandes agências escrevem – leva um determinado ângulo a ser reproduzido ao infinito. Não é assim que esses documentos merecem ser tratados: “São a coisa mais importante que eu já vi”, disse ele.
Não foi fácil. O Wikileaks já é conhecido por misturar técnicas de hackers para manter o anonimato das fontes, preservar a segurança das informações e se defender dos inevitáveis ataques virtuais de agências de segurança do mundo todo.
Assange e sua equipe precisam usar mensagens criptografadas e fazer ligações redirecionados para diferentes países que evitam o rastreamento. Os documentos são tão preciosos que qualquer um que tem acesso a eles tem de passar por um rígido controle de segurança. Além disso, Assange está sendo investigado por dois governos e tem um mandado de segurança internacional contra si por crimes sexuais na Suécia. Isso significou que Assange e sua equipe precisam ficar isolados enquanto lidam com o material. Uma verdadeira operação secreta. 

Documentos sobre Brasil 

No caso brasileiro, os documentos são riquíssimos. São 2.855 no total, sendo 1.947 da embaixada em Brasília, 12 do Consulado em Recife, 119 no Rio de Janeiro e 777 em São Paulo. 

Nas próximas semanas, eles vão mostrar ao público brasileiro histórias pouco conhecidas de negociações do governo por debaixo do pano, informantes que costumam visitar a embaixada norte-americana, propostas de acordo contra vizinhos, o trabalho de lobby na venda dos caças para a Força Aérea Brasileira e de empresas de segurança e petróleo.
O Wikileaks vai publicar muitas dessas histórias a partir do seu próprio julgamento editorial. Também vai se aliar a veículos nacionais para conseguir seu objetivo – espalhar ao máximo essa informação. Assim, o público brasileiro vai ter uma oportunidade única: vai poder ver ao mesmo tempo como a mesma história exclusiva é relatada por um grande jornal e pelo Wikileaks. Além disso, todos os dias os documentos serão liberados no site do Wikileaks. Isso significa que todos os outros veículos e os próprios internautas, bloggers, jornalistas independentes vão poder fazer suas próprias reportagens. Democracia radical – também no jornalismo. 

Impressões 

A reação desesperada da Casa Branca ao vazamento mostra que os Estados Unidos erraram na sua política mundial – e sabem disso. Hillary Clinton ligou pessoalmente para diversos governos, inclusive o chinês, para pedir desculpas antecipadamente pelo que viria. Para muitos, não explicou direto do que se tratava, para outros narrou as histórias mais cabeludas que podiam constar nos 251 mil telegramas de embaixadas.
Ainda assim, não conseguiu frear o impacto do vazamento. O conteúdo dos telegramas é tão importante que nem o gerenciamento de crise de Washington nem a condenação do lançamento por regimes em todo o mundo – da Austrália ao Irã – vai conseguir reduzir o choque.
Como disse um internauta, Wikileaks é o que acontece quando a superpotência mundial é obrigada a passar por uma revista completa dessas de aeroporto. O que mais surpreende é que se trata de material de rotina, corriqueiro, do leva-e-traz da diplomacia dos EUA. Como diz Assange, eles mostram “como o mundo funciona”.
O Wikileaks tem causado tanto furor porque defende uma ideia simples: toda informação relevante deve ser distribuída. Talvez por isso os governos e poderes atuais não saibam direito como lidar com ele. Assange já foi taxado de espião, terrorista, criminoso. Outro dia, foi chamado até de pedófilo.

Wikileaks e o grupo e colaboradores que se reuniu para essa empreitada acreditam que injustiça em qualquer lugar é injustiça em todo lugar. E que, com a ajuda da internet, é possível levar a democracia a um patamar nunca imaginado, em que todo e qualquer poder tem de estar preparado para prestar contas sobre seus atos.
O que Assange traz de novo é a defesa radical da transparência. O raciocínio do grupo de jornalistas investigativos que se reúne em torno do projeto é que, se algum governo ou poder fez algo de que deveria se envergonhar, então o público deve saber. Não cabe aos governos, às assessorias de imprensa ou aos jornalistas esconder essa ou aquela informação por considerar que ela “pode gerar insegurança” ou “atrapalhar o andamento das coisas”. A imprensa simplesmente não tem esse direito.
É por isso que, enquanto o Wikileaks é chamado de “irresponsável”, “ativista”, “antiamericano” e Assange é perseguido, os cinco principais jornais do mundo que se associaram ao lançamento do Cablegate continuam sendo vistos como exemplos de bom jornalismo – objetivo, equilibrado, responsável e imparcial.
Uma ironia e tanto.

*Natália Viana é jornalista e colaboradora do Opera Mundi

Via Conversa Afiada


Ao abrir a Caixa de Pandora com os fantasmas do Serviço de Inteligência e Departamento de Estado da "América", Julian Assange e sua equipe de hackers e colaboradores iniciam um combate contra a concentração na produção do noticiário – na maioria das vezes, e no Brasil, em particular, apenas atendendo a interesses das grandes agências – levando a um fenômeno que o Secretário Nacional de Comunicação, Franklin Martins, apelidou de "efeito pedra no lago" (quando ondas concêntricas se formam num determinado ponto e se expandem em direção à margem). Por isso, Assange diz que documentos, como os que foram vazados nos últimos dias pelo Wikileaks: “São a coisa mais importante que eu já vi”. Senhoras e senhores, estamos diante do fato mais relevante da história contemporânea, e que deve ser determinante para o fim da hegemonia política do Império Estadunidense. Um processo irreversível de transparência, graças ao poder e alcançe da rede mundial de computadores. É um atalho importante entre notícia e versão, maior dilema do jornalismo quando em busca da "verdade". Preparem-se amigos, porque nos próximos anos nosso planeta viverá fortes emoções! Isto é, se antes não botarem as "mãos sujas de sangue" em Assange e sua turma.
http://wikileaks.org/

 *amoralnato

E Chico virou socialista



ONU homenageia Lula com prêmio por luta contra a aids

O presidente Lula recebeu nesta quarta-feira um prêmio da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo papel de seu governo no combate a aids. O diretor-executivo da Unaids, Michel Sidibé, qualificou o presidente como "uma inspiração na luta contra a aids". A cerimônia faz parte da comemoração do dia internacional da luta contra a doença.

Ao receber o prêmio do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids (Unaids) para a Liderança, Lula fez referência à África, o continente que apresenta o maior número de casos da doença e pediu uma "especial atenção".

"O combate à aids, à fome e à miséria são passos necessários e fundamentais para o surgimento de uma nova África, mais justa e igualitária", disse o presidente.

Lula citou os programas existentes no Brasil contra a doença, e criticou os "modelos de propriedade intelectual" que preservam as patentes dos remédios e criam "obstáculos que impedem muitos países pobres de oferecer os tratamentos".

O Presidente também fez um apelo para o fim do preconceito e manifestou "solidariedade às 33 milhões de pessoas no mundo que vivem com HIV".

O Ministério da Saúde aproveitou a cerimônia para anunciar uma nova campanha de prevenção, dirigida a jovens de 15 a 24 anos. Os dados apresentados apontam que, entre 2008 e 2009, o número de casos novos registrados no Brasil passou de 37.465 para 38.538, com um total de cerca de 630 mil contaminados, uma taxa de incidência de 20,1 para cada 100 mil habitantes.

Sidibé avaliou o "compromisso" do Brasil nesse combate, assim como sua decisão de "enfrentar grandes laboratórios na luta pelo direito de fabricar remédios", quebrando as patentes de empresas multinacionais.

Além disso, o diretor-executivo também citou como exemplo uma fábrica de medicamentos retrovirais que será instalada em Moçambique com apoio brasileiro e servirá para melhorar o atendimento à doença em toda África.

"Esses tipos de ações constituem uma liderança transformadora", afirmou Sidibé, que disse que atualmente 50 países mantêm campanhas de distribuição gratuita de preservativos inspirados em um modelo de prevenção que o Brasil aplica há mais de 10 anos.

Neste ano, o Brasil foi o primeiro país das Américas a ser escolhido para sediar as celebrações do Dia Mundial de Luta contra a aids. Ao agradecer a escolha, Lula afirmou que o êxito do País se deve "a atuação incansável dos profissionais e gestores da saúde e à militância dos inúmeros grupos da sociedade civil que defendem os direitos dos portadores de HIV". (do Terra)
*amigosdopresidenteLula

Inês: manter Jobim é homenagear Médici e copiar Pinochet





    Médici e Pinochet: a dupla ideal para o Governo de uma guerrilheira

    Para variar, Maria Inês Nassif escreve magistral artigo na pág. A10 do Valor de hoje: “Divã para livrar o país da síndrome do quepe”.

    “O período militar é um cadáver insepulto”, diz ela na primeira linha.

    Nassif lembra que a campanha presidencial de 2010 bateu de novo na porta dos quartéis.

    Foi o que fez Padim Pade Cerra no Clube da Aeronáutica, no Rio, em reunião sem jornalistas: lembrou que Dilma tinha sido guerrilheira.

    Ou seja: “A contaminação da oposição pelo velho udenismo (ou seja, FHC e Padim Pade Cerra – PHA) trouxe junto o hábito de pedir a tutela dos quartéis, quando seu projeto político não consegue se viabilizar pelo voto”, diz ela.

    E aí, se forja um consenso: “… a direita tem legitimidade para levar o confronto ao limite (o Golpe – PHA), enquanto, do centro à esquerda, os atores políticos se tornam irresponsáveis se não estiverem sempre conciliando” (como escolher e manter no Ministério da Defesa um serrista como Nelson Johnbim – PHA).

    Aí, Inês Nassif enfrenta todo o PiG (*) tupiniquim e põe o dedo na ferida: Nassif acredita no WikiLeaks.

    Johnbim se fortaleceu no Governo Lula ao detonar a investigação sobre o homem da caixa preta da Republica – o passador de bola apanhado no ato de passar bola, Daniel Dantas.

    Fortaleceu-se ao detonar todos os que tentaram institucionalizar a revisão dos crimes de tortura no regime militar.

    Johnbim está sentado em cima da tortura e fez o que os militares brasileiros – jamais confrontados – queriam: manter a tortura intocada – PHA

    Raymundo Faoro disse ao Mino Carta, quando Johnbim começou a despontar, ao lado de Fernando Henrique Cardoso, na Constituinte: não confie nesse rapaz.

    Faoro também era gaúcho e conhecia chimangos e maragatos.

    Esse mesmo Johnbim aparece agora no WikiLeaks – e só o Brasil não leva o WikiLeaks a sério … –, onde “expôs suas divergências com o Ministério das Relações Exteriores a ninguém menos que o Embaixador dos Estados Unidos. “

    “Gentilmente cedeu ao embaixador a informação dada confidencialmente por seu chefe, o Presidente da República, sobre o estado de saúde do presidente da Bolívia.”

    “O Ministério da Defesa – e, portanto, as Forças Aramadas – não se integra a um governo legitimamente eleito, mas se mantém no Governo com altíssimo grau de autonomia, graças às ondas de pânico criadas por grupos de direita”,  (como seu companheiro de apartamento funcional, Pade Cerra – PHA).

    “E paga o mico das inconfidências de um ‘ministro da Defesa invulgarmente ativo’, segundo definição do próprio Sobel em um de seus telegramas.”

    Johnbim na Defesa é uma singela homenagem ao regime militar, insepulto:

    “Não deve ser à toa que … a turma que se forma este ano na Academia Militar de Agulhas Negras (Aman) tenha se batizado com o nome de Emilio Garrastazu Médici, presidente militar do período mais sangrento da ditadura”, diz Inês Nassif.

    Este Conversa Afiada já disse que “Lula quer fazer de Johnbim o Marechal Lott da Dilma”.

    Depois de ler o excelente artigo de Inês Nassif, este ordinário blogueiro muda de opinião: Lula quer que o Johnbim seja o Pinochet do Patrício Alwyn, o primeiro presidente eleito democraticamente no Chile, depois do regime Pinochet.

    Alwyn foi obrigado a manter Pinochet onde ?  Onde ?

    No Ministério da Defesa !

    Pinochet é mais apropriado.

    Viva o Brasil !


    Paulo Henrique Amorim



    (*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.


    O que a Dilma não pode
    conversar com o Johnbim





      Gates, o da direita, falou mal dela ao embaixador russo. Pode ?


      Será que a Dilma vai conversar sobre o pré-sal na frente do Johnbim ?

      As  novas descobertas, as novas avaliações ?

      E se ele contar ao embaixador americano ?

      Nunca se sabe.

      Clique aqui para ler “Pré-sal, a maior vitória de Lula”.

      E sobre os submarinos nucleares para defender o pré-sal ?

      A Dilma vai tratar disso com o ministro da defesa (do Brasil ou dos Estados Unidos ?) ?

      A Dilma vai conversar sobre as pesquisas da Marinha, em Iperó, com tecnologia nuclear, na frente do Johnbim ?

      E se ele contar ao embaixador americano ?

      Se a Dilma for ao Irã – vai conversar sobre o programa nuclear do Irã com o Johnbim ?

      E se ele contar ao embaixador americano ?

      A Dilma vai conversar com o Johbim sobre as negociações com a França para expandir a cooperação militar e nuclear ?

      Isso interessa muitíssimo ao embaixador americano !

      A Dilma vai consultar seu Ministro da Defesa a propósito de bases americanas no Brasil, na Bolívia, no Paraguai e na Colômbia ?

      O novo ministro (a) das Relações Exteriores conseguirá expor, na frente do Johnbim, a estratégia da diplomacia brasileira para conseguir um assento no Conselho de Segurança da ONU ?

      Ou como vai enfrentar na Agencia Internacional de Energia Atômica a pressão dos americanos para o Brasil abrir seu processo – único – de enriquecimento de urânio ?

      O Ministro das Minas vai contar na frente do Johnbim o verdadeiro potencial das reservas brasileiras de urânio ?

      Ou será preciso esperar o Ministro da Defesa ir ao banheiro ?

      O embaixador da Líbia (ou da Síria, Venezuela, Rússia, Bolívia ou da Argentina) em Brasília vai a uma recepção a que compareça o Nelson Johnbim.

      E se o embaixador tomar uns tragos ?

      O Johnbim vai contar ao embaixador americano a inconfidência ?

      Quando Lula o escolheu ministro da Defesa, Johnbim pediu autorização para contar a seu melhor amigo: Padim Pade Cerra.

      No dia seguinte, a notícia apareceu, apenas, na coluna “Painel”, da Folha (*) que dispensa tratamento de First Class ao Padim Pade Cerra.

      Ele conta.

      O Johnbim é do tipo que conta.

      Ao Cerra e ao embaixador americano.

      Só no Brasil é possível assistir-se a um impasse dessa natureza.

      Já imaginou, amigo navegante, se o Robert Gates, ministro da Defesa americano, é apanhado no WikiLeaks – que o William Bonner chama de “uaiquiliquis” – com o embaixador russo a falar mal da Hillary ?

      E o Gates dizer que a política externa da Hillary não presta, que é contra a Rússia ?

      E o embaixador russo ficar felicíssimo, porque sempre desconfiou disso, mas, só agora, com a inconfidência, teve certeza ?

      O Gates dizer ao russo que o ministro da Estratégia de Segurança Nacional – por sinal, seu “grande amigo” – “odeia” a Rússia ?

      E contar ao russo que o Obama lhe contou que o Secretário-Geral do PC chinês tem um tumor gravíssimo na cabeça ?

      Viva o Brasil !


      Paulo Henrique Amorim

      Nelson Jobim, o ex-tucano que virou um papagaio

      Não existe no país e na classe política algum nome que possa substituir o ministro Nelson Jobim? Por que ele é imprescindível?
      Nelson Jobim, ministro da Defesa do Brasil, foi pego servindo de informante da Embaixada dos Estados Unidos. Isso depois de Lula ter consolidado, à custa de enorme esforço do Itamaraty e da diplomacia brasileira, uma imagem internacional independente e corajosa, justamente em contraponto à política anterior, formalizada no governo FHC, de absoluta subserviência aos interesses dos EUA.
      “Foi preciso oito anos para o país se livrar da imagem infame do ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer tirando os sapatos no aeroporto de Miami, em dezembro de 2002, para ser revistado por seguranças americanos.
      O ministro da Defesa, que veio do ninho tucano e era amigo pessoal de FHC (a cujo governo serviu) e de José Serra, ficou mal outra vez. O ministro desmentiu o Wikileaks, mas foi o primeiro a tomar tal atitude, pois nem mesmo as autoridades norte-americanas negaram a autenticidade dos documentos divulgados pelo site.
      Jobim está no centro da farsa que derrubou o delegado Paulo Lacerda da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), acusado de grampear o ministro Gilmar Mendes, do STF. Jobim apresentou a Lula provas falsas da existência de equipamentos de escutas que teriam sido usados por Lacerda para investigar Mendes. Foi desmentido pelo Exército.
      Em seguida, Jobim deu guarida aos comandantes das forças armadas e ameaçou renunciar ao cargo junto com eles caso o governo mantivesse no texto do Plano Nacional de Direitos Humanos a ideia (!) da instalação da Comissão da Verdade para investigar as torturas e os assassinatos durante a ditadura militar.
      Por que Nelson Jobim tem que continuar no Ministério da Defesa, se nem da cota do PMDB é, qual será o seu grande avalista, o presidente Lula ou as forças armadas? E a pergunta sem resposta que não quer calar, "Será que ele votou para presidente no número 13 da candidata Dilma?"


      Internet mais importante que jornal, rádio e revista




      Pesquisa realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que, nas eleições deste ano, a internet foi mais importante que rádio, jornal impresso e revista na formação de opinião do eleitorado.
      Ainda assim, a web está em terceiro lugar, sendo a fonte preferida de 9,9% dos eleitores. Em primeiro lugar está a televisão, escolhida por 56,6% dos entrevistados. Com 18,4% das preferências, está a conversa com amigos e parentes.
      Entre os canais de televisão, a Rede Globo aparece com 79% da preferência, seguida pela TV Record com 60,4%. O SBT foi escolhido por 37,8% dos entrevistados e a TV Bandeirantes por 25,6%.
      A pesquisa é resultado de duas mil entrevistas, dividas entre 136 municípios sorteados aleatoriamente, mas divididos por todos os estados.
      Os entrevistados tinham entre 16 e 70 anos, com escolaridade que varia entre a 4ª série do ensino fundamental e o ensino superior completo – sendo que a maioria, 32%, declarou ter ensino médio completo. A margem de erro é de 2,2%.
      Juliana Sada

      Caso Tiririca - Juiz sentecia que Revista Época foi leviana e repórter aético





      Trechos da sentença de Tiririca. Testemunhas de acusação mentiram, revista época foi leviana, sentenciou magistrado
      Testemunhas de acusação mentiram em aspectos essenciais:
      Victor Ferreira sequer se identificou como repórter da revista época ao coletar dados para a matéria
      Repórter planejou armadilha e induziu respostas:
      O desserviço da Revista Época para a sociedade:
      Ao repórter faltou comportamento minimamente ético. Revista se utilizou de ardil e leviandade:

      Novos totalitarismos





      Via Outros Cadernos de Saramago
      José Saramago
      Do meu ponto de vista, a globalização económica é a nova forma adoptada pelo totalitarismo. O chamado neoliberalismo é um capitalismo totalitário.