O presidente Lula recebeu nesta quarta-feira um prêmio da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo papel de seu governo no combate a aids. O diretor-executivo da Unaids, Michel Sidibé, qualificou o presidente como "uma inspiração na luta contra a aids". A cerimônia faz parte da comemoração do dia internacional da luta contra a doença.
Ao receber o prêmio do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids (Unaids) para a Liderança, Lula fez referência à África, o continente que apresenta o maior número de casos da doença e pediu uma "especial atenção".
"O combate à aids, à fome e à miséria são passos necessários e fundamentais para o surgimento de uma nova África, mais justa e igualitária", disse o presidente.
Lula citou os programas existentes no Brasil contra a doença, e criticou os "modelos de propriedade intelectual" que preservam as patentes dos remédios e criam "obstáculos que impedem muitos países pobres de oferecer os tratamentos".
O Presidente também fez um apelo para o fim do preconceito e manifestou "solidariedade às 33 milhões de pessoas no mundo que vivem com HIV".
O Ministério da Saúde aproveitou a cerimônia para anunciar uma nova campanha de prevenção, dirigida a jovens de 15 a 24 anos. Os dados apresentados apontam que, entre 2008 e 2009, o número de casos novos registrados no Brasil passou de 37.465 para 38.538, com um total de cerca de 630 mil contaminados, uma taxa de incidência de 20,1 para cada 100 mil habitantes.
Sidibé avaliou o "compromisso" do Brasil nesse combate, assim como sua decisão de "enfrentar grandes laboratórios na luta pelo direito de fabricar remédios", quebrando as patentes de empresas multinacionais.
Além disso, o diretor-executivo também citou como exemplo uma fábrica de medicamentos retrovirais que será instalada em Moçambique com apoio brasileiro e servirá para melhorar o atendimento à doença em toda África.
"Esses tipos de ações constituem uma liderança transformadora", afirmou Sidibé, que disse que atualmente 50 países mantêm campanhas de distribuição gratuita de preservativos inspirados em um modelo de prevenção que o Brasil aplica há mais de 10 anos.
Neste ano, o Brasil foi o primeiro país das Américas a ser escolhido para sediar as celebrações do Dia Mundial de Luta contra a aids. Ao agradecer a escolha, Lula afirmou que o êxito do País se deve "a atuação incansável dos profissionais e gestores da saúde e à militância dos inúmeros grupos da sociedade civil que defendem os direitos dos portadores de HIV". (do Terra)
*amigosdopresidenteLula
Páginas
Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário