Saiu no IBGE informação que o PiG (*) tratou de ocultar.
Pela primeira vez, o salário médio do trabalhador do Rio é maior do que o salário médio do trabalhador de São Paulo.
O Rio passou a criar empregos que exigem mão-de-obra mais qualificada e, portanto, de salário mais alto.
A economia do Rio se beneficia e se beneficiará cada vez mais da industrialização movida a petróleo, pré-sal e Petrobrás.Os salários que o Rio passou a pagar exigem mais estudo e são oriundos da indústria.
Como se sabe, a indústria cria mais empregos que o setor de serviços, especialmente os bancos, que aceleradamente trocam homem por computador.
O economista Márcio Pochmann – clique aqui para ler “A saída de Pochmann do IPEA será um desastre” – já tinha denunciado a redução do papel do Estadão de São Paulo no conjunto da economia nacional.
Pochmann ressaltou que São Paulo se tornou um Estado de agroindústria e bancos.
Onde a máquina e o computador expelem mão-de-obra e achatam os salários.
Inexplicavelmente, os partidos de oposição em São Paulo não discutiram esse tipo de esvaziamento durante a campanha que elegeu Geraldo Alckmin no primeiro turno.
Covas, Alckmin e Serra afundaram São Paulo.
O PiG (*) escondeu essa informação.
Vasco, navegante de longo curso, que não tem mais nada para fazer na véspera do Natal, assistia à Globo News quando foi alvejado por essa informação que parecia original.
Não era.
A Globo News, simplesmente, tinha feito uma escavação de material noticioso antigo.
O PiG (*) protege São Paulo por alguns motivos.
Primeiro, porque São Paulo é a Santa Sé do tucanato e da ideologia neo-liberal.
Segundo, porque o Globope se sustenta com dois mil domicílios na Grande São Paulo e a Indústria da Publicidade leva o Globope e a Globo a sério.
Terceiro, porque a Folha e o Estadão preferem dançar a valsa de Strauss ao som de violinos no Salão Nobre do Titanic a botar a cabeça para fora da janela.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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