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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, dezembro 21, 2010

USP cai 84 posições no ranking mundial. Viva o PSDB!





Para os tucanos, essa é a melhor política para a USP


E olha que os tucanos ganham todas as eleições entre a comunidade acadêmica da USP, de vereador a presidente. O PSDB está destruindo a Universidade Pública paulista, querem completar o serviço, pois já acabaram com o Ensino Fundamental e Médio. 
Se fosse no Rio Grande do Sul, ou em Pernambuco, um tipo como Geraldo Alckmin não ganharia eleição nem pra ministro de igreja. 
Mas como é por aqui...
A USP representa o que sobrou do desenvolvimento de São Paulo, embora exista uma elite intelectual nessa Universidade, pensadores realmente sérios são minoria, entrincheirados em poucos departamentos. O restante, talvez o conceito de Razão Instrumental dos teóricos críticos explique. 
Talvez... 
Existem doutores nessa Universidade que usam sua racionalidade como um jaleco de pesquisa, após o fim do expediente, guardam sua razão no armário junto com as vestes de trabalho. Entre os comuns mortais, possuem a mesma capacidade de análise social que um sujeito que tem apenas o ensino básico. Quando querem se inteirar sobre a política, lêem a Folha de São Paulo, o Estadão, ou Veja. Claro, existem os mais sérios, esse lêem a Revista Exame, ou a Piauí. Quando querem ir direto ao ponto, vão ao Blog do Noblat. Jornal Nacional nem pensar, é coisa de gentalha, pra isso existe a Globonews.
E a USP? 
Bom, irá demorar um pouco para alguma Universidade paulista ultrapassá-la, até lá, vai dar para empinar o nariz e dizer: sou da USP! Fora de São Paulo talvez a coisa não seja bem assim, mas aí é só desconversar e falar do passado, dos áureos tempos em que a USP era a maior Universidade da América Latina.  

Para informações detalhadas sobre a derrocada da USP tucana, vá ao Blog  Vi o Mundo

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